The White Rose escrita por Senhora Darcy


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/732733/chapter/22

 

Não tinha ninguém quando chegamos, os criados disseram que a Duquesa tinha ido à vila e deveria estar chegando em uma hora.

— Já estamos esquentando água para o banho, Alteza. Pode ir para o quarto, se quiser.

— Obrigada, Sarabeth.

Seguimos para o segundo andar, onde eram as acomodações. Paramos na frente do corredor. A tentação era muito forte.

— Sozinhos em casa...não sei se vou aguentar.... – Gregory disse, se aproximando.

— Gregory, é melhor não arriscarmos. Sabemos que os criados são bem leais a Duquesa e...

— Eu tenho alguns criados leais a mim também.

— Gregory... – Ele beijava meu pescoço, estava ficando difícil de raciocinar. - ...Se nos pegarem, não teremos nem chance de conhecer nosso filho. Tome banho e me encontre na sala de leitura, precisamos resolver o que vamos fazer ainda.

— Tudo bem. Te vejo depois. – Ele disse e se virou. – mas antes... – Ele voltou e me beijou indecentemente -...só para te deixar com vontade.

— Como se eu já não estivesse.

Ele riu e foi para o seu quarto, enquanto eu entrei no meu, com as pernas bambas.

Quando acabei de me aprontar, todos já haviam chegado e o almoço já iria ser servido, então não tive tempo de muita coisa. Apenas conversei com a Duquesa, enquanto Gregory lia e os outros homens tiravam a roupa molhada. Logo em seguida, comemos e a Duquesa voltou a me arrastar para conversas e mais conversas, e depois para uma partida de damas.

O jantar se passou monótono e lento, já que eu não podia olhar para Gregory mais que duas vezes a cada cinco minutos, pois o príncipe já estava desconfiado. Me recolhi mais cedo, entre a sobremesa e o conhaque, com a esperança de acordar cedo e achar Gregory sozinho.

Já estava no quarto, apenas de espartilho e com as saias debaixo, quando a porta se abriu. Não tive nem tempo de questionar quem teria tal audácia, pois o príncipe já foi entrando e se aproximando.

— Olha, Katherine...eu andei pensando e acho que nós poderíamos aproveitar essa viagem para nos conhecer melhor.

— Alteza....

— Me chame apenas de William.

— William, nós teremos bastante tempo para nos conhecer depois do casamento.

— Eu sei. Mas eu estou ansioso e impaciente, Katherine. Você é a moça mais bonita que eu já conheci na minha vida e está me deixando louco... – Ele se aproximou mais e passou um braço pela minha cintura, os olhos fixos em meu busto.

— William, eu não acho uma boa ideia...

— Eu sei que é a sua primeira vez, e você está nervosa. Mas não acha que seria melhor nos conhecermos assim antes de fazermos isso com um bando de gente nos olhando?

— Não sei... William, eu não acho uma boa. Não somos casados, isso seria pecado – eu disse hipocritamente – e meu pai está no quarto ao lado, e eu não acho que estou pronta.

— Katherine, apenas... não pense. Sinta. Eu gosto de você. Gosto muito e sei que se você der uma chance, pode gostar de mim também.

— William... – Eu não pude terminar porque ele me beijou.

Me pegou de surpresa e eu não sabia o que fazer. Se eu aceitasse, ele me levaria para a cama e eu poderia fazê-lo pensar que o filho era dele. Mas aquilo era errado. E eu não queria me deitar com ele. Não queria que ele fosse o pai dos meus filhos. Não queria ter nada com ele.

Uma batida na porta me deu a deixa perfeita para sair de seu beijo.

— Quem é?

— Sou eu, Gregory.

Meu coração parou e depois acelerou e William me olhou acusadoramente. Fiz minha melhor cara de confusão e dei de ombros. Antes de eu ao menos me mexer, William se aproximou da porta e antes de abri-la, tirou a camisa e bagunçou os cabelos.  Abriu a porta para um Gregory sorridente, cuja expressão logo mudou para uma séria e intimidadora.

— O que quer aqui, senhor White? – William perguntou.

Gregory olhou por cima do ombro do príncipe e me fitou, quase nua, no mesmo quarto que William...tinha uma pergunta implícita em seu olhar e eu neguei com a cabeça, avidamente, parando quando William se virou para mim.

— Sua Alteza está indevidamente vestida, senhor, pode parar de olhá-la! E diga logo a que veio. – William ralhou.

Gregory desviou o olhar de mim e fitou o príncipe, de cima, por ser mais alto. Não se deixou intimidar nem um pouco e respondeu calmamente, o que irritou William.

— Pegamos chuva hoje de manhã, vim ver se ela estava bem de saúde.

— Ela tem criadas e tem a mim, caso esteja mal de saúde.

— O sr. White estava apenas mostrando preocupação com sua princesa. – Eu apareci ao lado do príncipe, provocando ambos com minhas vestes.

— Katherine, acho melhor...

— Eu ir me deitar. Sim, então os dois queiram me dar licença, estou muito cansada. Boa noite, Alteza e sr. White. – Eu entreguei a camisa de William para ele e o empurrei gentilmente para fora do quarto, fechando a porta em seguida.

No dia seguinte, acabei acordando no mesmo horário de sempre, e todos já estavam de pé quando eu desci para o café. Comemos em silêncio e eu fitei meu prato o tempo todo.

— Estou um pouco cansado hoje, Alteza, o que acha de me fazer companhia com uma leitura em meu quarto? – William perguntou quando eu me levantei da mesa.

— Ah, eu adoraria, Alteza, mas já combinei com a Duquesa de passarmos um tempo juntas. Bom descanso.

Assim, passei a manhã com a Duquesa, ouvindo histórias sobre a sociedade local e discutindo sobre roupas, imóveis e boas maneiras. Depois do almoço, lancei olhares significativos e discretos a Gregory, que pareceu ter entendido o recado.

— Com vossa permissão, Majestade, eu gostaria de mostrar o jardim à princesa. Ontem ela mencionou um gosto por flores e creio que ela apreciará o passeio.

— Sim, sim. Podem ir. O príncipe não gostaria de acompanha-los?

— Ah, não é necessário incomodá-lo, meu pai. Ele me disso hoje mesmo que estava um pouco cansado.

— Obrigada pela preocupação, minha querida. – William disse, amargo.

Eu sorri para ele e acompanhei Gregory para os jardins.

— Uau, esse cara é chato mesmo.

— Nem me diga. Ele já era grudento, agora está ainda mais por sua causa.

— Por minha causa?

— Sim, está com ciúmes.

— E tem motivos para estar. – Gregory disse, com um sorriso satisfeito.

— Eu disse que você é metido.... – Rimos e eu resisti a vontade de beijá-lo ali mesmo, pois tinha quase certeza de que William nos observava de alguma janela. – Agora, falando sério, Gregory, o que vamos fazer?

— Bom, eu pensei muito nisso na noite passada, e eu tenho um plano.

— Isso é bom.

— Mais ou menos.

— Ora, não fique aí enrolando! Me diga logo o que é!

— Eu recebi uma oferta...de emprego. Meu tio falou bem de mi para todas as pessoas importantes que conhece, e recebi várias propostas, mas uma delas inclui ir para a América.

— América?

— Sim. Muitas pessoas estão indo para lá ultimamente, em geral foragidos e pessoas procurando oportunidades melhores, e acho que nos encaixaremos nas duas. Então, por causa desse fluxo, o comércio lá está crescendo muito, e fui convidado para cuidar do comércio de bebidas de lá, ou melhor, entre lá e aqui, por um dos fornecedores. Ele me arranjaria uma propriedade, bem menor do que esta e eu receberia um salário mediano. Eu recusei de início, porque queria ficar na Inglaterra e minhas condições aqui são melhores do que seriam lá, mas....

— Eu aceito!

— Você nem sabe o que eu ia dizer.

— Você iria dizer para fugirmos juntos para lá. E eu aceito!

— Está falando sério?

— Claro que estou!

— Mas... não vamos ser ricos, Katherine, e não conhecemos ninguém por lá. Pode ser que não dê certo. É muito arriscado.

— E é a minha melhor opção também.

— Bom, você pode ficar aqui e casar com...

— Ficar aqui sem você não é uma opção. E teremos uma casa, e você terá um emprego. E estaremos juntos. É tudo o que eu preciso para começar. Depois nos viramos lá. Nós vamos conseguir, Gregory! Isso era tudo o que eu queria!

— É tudo o que eu mais quero também! Céus, não acredito que você concordou!

— Gregory... eu passei dias num navio pirata com você, e acha que eu fugiria da América? É o plano perfeito!

— Sim! Bem, eu só preciso dizer sim ao homem e preparar tudo para a viagem. Em dois dias provavelmente, podemos partir.

— Bom, vai ficar apertado. A viagem até o castelo demora dois dias. Então se partirmos hoje ainda, e se eu conseguir fugir do castelo... bem, tudo vai dar certo!

— Sim. Katherine, tudo vai dar certo. – Ele disse e sorriu para mim, me olhando daquele jeito que parecia estar me enxergando por inteira, por dentro, e por fora.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The White Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.