O Chip riu. Eu estava sem ação, em parte devido á potência vocal daquela pequena garota ( mas, meu Deus, tão cheia de curvas ), e em devido à enorme quantidade de livros nas estantes das paredes.

— Quem é esse cara que não está rindo da minha história engraçada? - Alasca perguntou

— Ah, certo. Alasca, esse é o Miles. Ele coleciona últimas palavras.

Miles, essa é a Alasca. Buzinaram o peito dela nas férias.

Ela veio até mim com a mão estendida, fez um movimento rápido no último instante e baixou meu calção.

— Esse é o maior calção do estado do Alabama!

— Gosto de andar assim, folgado. – Eu disse, morrendo de vergonha, e o puxei para cima. Na Flórida, eu estava na moda.

— Desde que nos conhecemos, Miles, já vi suas pernas de galinha muito mais vezes do que gostaria. Alasca. Não quer nos vender uns cigarros? – Disse Chip.

Então, não sei como, ele conseguiu me convencer a pagar cinco dólares por um maço de Marlboro Lights que eu não tinha a menor intenção de fumar. Ele convidou Alasca para se juntar a nós, mas ela disse:

— Preciso achar o Takumi para contar sobre a buzinada.

Voltou se para mim e perguntou:

— Viu o Takumi por aí? Eu não sabia se tinha visto o Takumi, nem mesmo sabia quem ele era. Só balancei a cabeça.

— Certo. Então nos encontramos no lago daqui a pouco. Tchau garotos – Disse Alasca.

Eu e o Chip nos sentamos num balanço na beira do lago.

— Quer fumar? – Eu nunca tinha fumado.

— É seguro?

— Não muito – Ele disse, depois acendeu um cigarro e o passou para mim. Eu traguei. Tossi. Fiquei sem ar. Tossi de novo. Quase vomitei. Segurei-me no balanço, sentindo a cabeça girar.

Joguei o cigarro no chão e pisei em cima, convencido de que meu Grande Talvez não incluía cigarros.