Os Sete Heróicos escrita por Fernando Weimer


Capítulo 4
Capítulo 4 - Preparação, Traição e um Pedido




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Amanhecia. Se daria hoje o início de nossa missão. Me levantei da cama, e fui para o banheiro tomar um banho. Vesti uma calça confortável e botas de soldado, e, carregando minha mochila com mudas de roupa e muita ambrosia e néctar dos deuses, me encaminhei para as forjas.
    Lá, comecei a pegar meus itens. Para a missão, eu fizera alguns equipamentos divinos, como um bracelete que virava escudo, um pingente que virava armadura e um celular,ao passo que cada tecla do aparelho correspondia a uma arma branca feita de bronze celestial. Também fizera duas canetas, mas que, ao serem clicas, se transformavam em pistolas, e sua munição era feita de bronze celestial. Fiz também algumas facas, uma para cada membro da equipe. Recentemente, cerca de um ano atrás, eu recebera um presente de meu pai, um apito que, ao ser assoprado, convocava todas as minhas criações para junto de mim; concerteza ele iria para a missão, afinal de contas, deixaria alguns autômatos no Acampamento, e eu poderia precisar deles.
     Por fim, mas não menos incrível, eu fizera alguns adereços mecânicos, como um relógio que disparava um gancho preso a um fio de aço, o que me tornava parecido com um filho de Aracne: o Homem-Aranha. Fiz também algumas cápsulas de metal com uma mistura de explosivo feito por mortais e fogo grego, o único fogo que eu não conseguia manipular e ter resistência. Por fim, comecei a guardar todos os equipamentos. Coloquei o relógio com gancho em meu pulso esquerdo, meu bracelete que se transformava em escudo também no braço esquerdo, acima do relógio. Coloquei as canetas/pistolas dentro de um bolso da calça, suas munições dentro da mochila, e o celular que se transformava em dezesseis tipos de armas brancas de bronze ao clicar em suas teclas, dentro de um outro bolso. A faca coloquei, através de um tecido elástico, presa em meu braço esquerdo, já que a camiseta de manga longa encobriria a lâmina. As bombas coloquei dentro da minha mochila, e o apito, preso a um cordão, de forma a deixá-lo semelhante a um colar, juntamente com o pingente que se transformava em armadura.
     Já munido de minhas ferramentas letais, saí das forjas, indo para o refeitório, para ingerir um café da manhã reforçado, ao nível de nossa exaustiva missão que viria a seguir.




      - Então, está de acordo? - perguntou a voz vinda de um vulto, que mais parecia o barulho do vento.
      - Sim. Absolutamente de acordo. Por um poder assim, eu faço qualquer coisa. - eu disse.
      - Que ótimo! Espero que seus "amigos" gostem de alguém tão traidor quanto você. - retrucou.
      - Ah, mas ele gostarão, como gostarão. Eles vão me agradecer, é para o bem deles, e poderei concedê-los a divindade.
      - Mas irá traí-los. A eles e aos seus queridos deuses.
      - Não me importa. Os fins justificam os meios.
      - Adoro mortais como você, tão perversos e revoltados. - e então, numa lufada de vento, o vulto desapareceu, juntamente com sua voz, que parecia ser o ar atmosférico falando.
      Caminhei rumo ao refeitório, saindo da floresta. Nosso ponto de encontro fora estratégico, sem permitir que nenhuma dríade escutasse. Eu teria um poder maior que o dos Três Grandes dentro de alguns dias, assim que a missão terminasse. Bastava esperar.

       


       Naquele momento, meus parceiros de equipe chegavam ao refeitório, inclusive Alice, só que está, no entanto, de um jeito irritadiço e melancólico. Ela me lançou um olhar do tipo "estou com vontade de te bater", e sentou-se o mais distante que podia de mim. Hállan, percebendo a cena, sussurrou para mim:
       - O que está acontecendo? Faz dias que você e a Alice estão distantes... e ela parece que quer matar você.
       - Longa história... digamos que eu me descontrolei e me inflamei com ela. - respondi. Não entendia exatamente o porquê de eu estar triste por Alice estar com raiva de mim. Geralmente, eu teria me irritado ainda mais e discutido ferozmente.
       Evitei pensar nos riscos da missão, e comecei a comer meu sanduíche com requeijão, uma coxa de galinha e uma salada. Era quase um almoço, mas, afinal de contas, não sabíamos quando comeríamos denovo, então comemos pra valer... quer dizer, eu e o Hállan fizemos isso, as garotas optaram por não comer muito para não engordarem.
        Após a refeição, chamei Gabriela para uma conversa a sós. Não queria que os outros soubessem de minha idéia.
        - Gabi... sua mãe é Atena, correto? - que pergunta imbecil, eu sabia que a mãe dela era Atena.
        - Sim... por que?
        - Bem... Atena tinha, ou tem ainda, uma filha chamada Annabeth Chase, não? - indaguei, ansioso.
        - Sim, sim, mas o que...
        - Será que consegue fazer um favor para mim?
        - Depende... qual seria o favor?
        - Peça para sua mãe a localização de Annabeth Chase. Tem como fazer isso?
        - Sim... claro! Mas terá de me contar no que você está pensando! - exclamou ela.
        - Claro! Assim que conseguir a localização de sua irmã.


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