Casada com um Vampiro escrita por SukYan


Capítulo 4
IV




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Daryl P.O.V’s

Perder o controle não era do meu feitio, mas aquela garota me tirava do sério! Arrependo-me muito do que eu fiz com ela, além do mais ela não pode descobrir o que eu sou.

Enquanto nos encarávamos, os olhos verdes dela me queimavam como se fossem uma punição. Era intenso o seu olhar, apesar dela ser fraca e indefesa. Lá no fundo eu sinto pena da onde ela se meteu, afinal ela é esposa de um vampiro.

Amelie P.O.V’s

Eu acabei adormecendo confusa em meus pensamentos. Pesadelos atormentavam minha noite. Sangue e guerra, dor e ódio, eram essas coisas que definiam aquele sonho que parecia ser tão real.

Eu corria daquele tormento, gritava e corria mais um pouco. Chorava feito desesperada implorando para que não me machucassem, até que as vozes foram ficando distantes, os barulhos sumiram e as imagens ficaram turvas. Eu acordei.

Assustei-me com a primeira coisa que vi: Daryl me olhando assustado e confuso segurando meus pulsos gentilmente.

— Eu ainda estou sonhando? – Perguntei para mim mesma, apesar dele ter respondido.

— Você estava tento um pesadelo, então te acordei.

— Ah, - respondi seca. – Obrigada.

— Não me agradeça! Você estava me batendo, eu não podia tolerar isso.

No final ele só se importa com ele.

A frieza de sua mão adormecia aonde ele tocava e isso foi um choque para eu me lembrar de que ele não é gentil, e sim um tremendo de um filho da mãe.

— Pode me soltar agora.

Sem pensar duas vezes ele me soltou bruscamente.

Sem muita cerimônia me levantei da cama e procurei um robe, afinal meus trajes não eram lá muito decentes para ficar na frente desse homem.

— Aonde vai? – Ele perguntou com sua voz rouca.

— Respirar. Esse clima tenso aqui me sufoca.

Ele virou-se e respirou pesado.

Desci as escadas e enfiei-me na cozinha. Aquela sopa não tinha me enchido, precisava de algo mais sólido para satisfazer meu estômago.

Abri a geladeira e de lá retirei queijo, alface, presunto e ketchup. Fiz dois sanduiches e servi-me com um suco de laranja.

Sentei-me no chão encostada contra a geladeira e lágrimas escorriam pela minha face.

Eu sentia que o que eu vivia ainda não era o ápice da desgraça e que mais tempestades estavam por vir. Dei-me conta de que, aqui eu não sorri sinceramente uma única vez, pois eu sempre estava infeliz e entediada. Lembrei de que eu tinha uma verdadeira família em Los Angeles e que eu tinha amigos e agora, tudo o que me resta é um misero casamento fracassado! Mamãe não queria isso para mim. Eram nessas horas tristes que ela me consolava, mas ela se foi e deixou-me aqui nesse mundo.

Ouço passos vindo em direção a mim, e trato de enxugar as lágrimas e volto a concentrar-me em meu sanduiche.

Era ele, o Daryl. Estava em uma calça pijamas e somente. Pude ver seu abdômen definido e sua linha loira de pelos que um dia me peguei imaginado onde dariam.

— Chorar não vai resolver nada, ratinha. – Ele disse enquanto se servia de um copo com água.

— E você acha que eu não sei disso?

— Você só precisa ser forte, e aguentar tudo isso.  – Ele abaixou-se em minha frente, me encarou e sorriu. – Arrume seu jeito de respirar.

Ele se levantou e foi em direção ao seu escritório. – Outra noite com ela, eu aposto.

Pela primeira vez ele foi gentil comigo. Daryl tinha razão: Eu não podia entregar-me sem lutar antes. Eu acharia meu céu em meio a aquele inferno!

Voltei para o meu quarto com uma ponta de esperança que Daryl estivesse lá, mas elas se desfizeram assim que eu dei o primeiro passo para dentro do mesmo.

Os lençóis do lado esquerdo da cama estavam amarrotados e exalava um cheiro forte de homem, o cheiro de Daryl. Mesmo ele não estando aqui do meu lado agora, o fato de que ele deitou-se ao meu lado antes me confortava de um jeito estranho. Ele havia dormido na mesma cama que eu, pena que tive aquele sonho horroroso e logo depois aquela discussão boba. Se eu não tivesse me levantado, agora talvez ele estivesse aqui dividindo os lençóis comigo.

Perdida naqueles pensamentos estúpidos, o sono logo veio, e assim eu tive uma noite longa e calma, inalando o cheiro daquele homem estranho.

XXX

Já era manhã e eu me espreguiçava para sair dos lençóis quentes e cheirosos. Com muita luta, levantei-me e fui direto ao banheiro. Retirei minhas roupas e entrei debaixo do chuveiro quente.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, as imagens em meus olhos embaçavam, e minha mente não processava nada.

Um pensamento sujo e quente veio com força. Eu estava imaginando isso em perfeitos detalhes!

“Daryl entra no box do banheiro dividindo o chuveiro comigo. Nu. Minhas bochechas ruborizam e ele sorri. Mais um daqueles seus sorrisos de satisfação que me tiram do sério. Eu dirijo-me a porta do banheiro para sair, mas ele me segura pelo pulso. – Você não quer perder uma oportunidade dessas, quer? – Ele diz numa voz rouca, quente e sexy. Eu viro-me lentamente e no mesmo ritmo dei uma boa olhada em seu corpo completamente exposto ao meu campo de visão. Ele era delicioso, com pernas volumosas e músculos definidos. Seu órgão ereto, era de tamanho adequado para aquele tipo de homem. Realmente a linha de pelos loiros iriam parar no “paraíso” e eu estava inebriada com aquilo. Ele sorri vitorioso e me puxa pela cintura, arrebatando meus lábios com precisão fazendo que um pequeno gemido escapulisse em minha boca. Sinto seu volume em minha virilha e estremeço perante o calor que se acumula em mim. Eu o desejo e ele me apalpa. Aperta meus seios sem machuca-los fazendo-me gemer e simplesmente desaparece.”

Eu agora sonhava acordada! Essa casa, ele, sua amante estavam me deixando louca! Só pode. Mas, foi tão real...

Balanço a cabeça para espantar o pensamento. Saio do box e pego um roupão, o visto e vou direto para o closet.

Visto-me com calça, blusa e tênis. Seco meu cabelo e o deixo solto para fazer suas ondulações naturais. Passo gloss e rímel e desço para o café da manhã.

Daryl está lá, com um sorriso divertido no rosto encarando um jornal.

— Tem pornô ai? – Simplesmente escapuliu de minha boca.

— Antes fosse... – Ele me encara.

Eu pigarreio enquanto passo manteiga no pão.

— Quero ir até a cidade, preciso comprar algumas coisas.

— Que coisas? – Ele levanta uma sobrancelha.

— Quer que eu faça uma listinha para você?

— Se você fosse menos chata eu preferiria que você fizesse outra coisa para mim. – Ele fala em um tom safado.

— E eu que você calasse a sua boca! – Eu corei, pois me lembrei do meu pensamento de agora a pouco. – São coisas de mulher.

Ele suspira.

— Tudo bem, pedirei ao Steves que acompanhe você, não posso ir eu mesmo porque não me interesso e também porque tenho compromissos. Ah, aproveite que você está indo gastar meu dinheiro e compre um vestido elegante. Estive olhando o que você chama de roupa e só encontrei coisas velhas. E pode gastar o quanto quiser. E o vestido é para o almoço de domingo com minha família.

— Almoço? Espera aí, você estava fuçando minhas coisas?

— E você, não estava fuçando meu castelo? Olho por olho, dente por dente, ratinha.

— Você é mesmo impossível!

Ele chama Steves e eu o acompanho para o carro.


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