Open wounds, closed heart escrita por Nekoclair


Capítulo 30
Dia 30




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11/11/2017

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Hoje (Ontem?) aconteceu a pior coisa que podia me acontecer: eu sonhei com o Victor. Sim, aquele tipo de sonho. Mas, enfim, foi difícil encará-lo quando as lembranças estavam ainda tão vívidas em minha mente. Eu o amava tanto que não sabia mais o que fazer com os meus sentimentos. Por que não podia ser mais fácil? Por que eu não podia apenas me contentar com a sua amizade? O que eu sou suposto de fazer agora que reconheço que a posição de amigo não é mais suficiente? Conhecer o calor do seu corpo foi a pior coisa que podia me acontecer, pois agora eu desejava por mais.

Maldito abraço.

Eu estava tão alheio ao mundo, e frustrado comigo mesmo, que só percebi que a atividade havia começado quando Minako falou que nos restavam dois minutos. “Dois minutos para o quê?”, foi o que eu pensei na hora. Só quando virei em direção ao Guang e perguntei o que estava acontecendo é que descobri que a atividade de hoje era “Cenários de Sobrevivência”, e que deveríamos escrever os doze itens mais úteis para se sobreviver em um deserto. Para a minha sorte, a atividade era em grupo, e Guang, Leo e Victor já haviam praticamente completado a lista.

Durante o intervalo, Guang e Leo aproveitaram que Victor havia ido ao banheiro para questionar o meu comportamento estranho. Respondi que não era nada, recebendo um olhar descrente por parte do Leo. “Você realmente acha que ainda nos engana depois de tanto tempo?”, ele perguntou, uma de suas sobrancelhas erguidas. Ao seu lado, Guang anuiu e informou-me que amigos serviam para ajudar uns aos outros nas horas necessárias. Envergonhado e me sentindo bastante desconfortável, expliquei que era constrangedor falar a respeito. “Mais do que aquela vez, na faculdade, quando você…”, Leo começou, trazendo à tona uma história antiga que Phichit havia insistido em compartilhar algum tempo atrás. Antes que ele tivesse tempo de continuar falando, pedi para que parasse e expliquei que era outro tipo de constrangimento.

Alguns segundos de silêncio se seguiram até que Guang perguntasse se o assunto envolvia Victor de alguma maneira. Depois que eu anui a cabeça, não foi difícil para eles entenderem o que havia acontecida, ainda mais se considerar as expressões ridículas que eu mais do que certamente trazia no rosto.

Guang rapidamente falou que aquilo era normal, e que eu não devia me sentir mal por causa desse tipo de coisa. Quanto ao Leo, ele culpou os hormônios e então complementou dizendo: “Vai ver ele também sonha com você, o tempo todo, todas as noites. Talvez tenha fantasias que você nunca sequer imaginou. Um fetiche, quem sabe. Vai ver ele curte sadomasoquismo. Ou! Ou! Ou talvez ele goste de cosplay, orelhinhas de gato...” Sinceramente, desejei que ele tivesse ficado quieto. Guang também não parecia acreditar nas coisas que o próprio namorado estava falando. Leo jogou uma mão para cada lado em sinal de rendição e caímos na risada, que provavelmente era o que ele pretendia.

Durante a roda de conversa, sentei ao lado de Victor, enquanto Leo e Guang nos davam alguma privacidade ao sentar um pouco distantes. Provavelmente eles sentiam que eu precisava daquilo, da companhia do Victor real e que certamente não escondia nenhum fetiche bizarro. Sorri enquanto lembrava de mais cedo. Instintivamente, olhei na direção do Victor, surpreendendo-me ao encontrar seus olhos brilhantes fixados no meu sorriso. Obviamente que isso me deixou embaraçado e fez minhas expressões se contraírem e se tornarem tensas. Eu estava nervoso, e não sabia como reagir apropriadamente.

Durante a saída, antes que todos fugissem portão afora, Minako nos avisou que devemos trazer algum objeto pessoal na próxima sessão, para falar sobre e relacioná-lo às nossas experiências. Ou seja, algum item com valor sentimental. Fui o caminho todo até em casa pensando nas minha opções, apesar de já ter uma ideia do que eu desejava trazer.

Enquanto me levava em casa, Victor perguntou se eu já havia me decidido e eu respondi com um talvez. Ele então falou que também havia andado pensando a respeito, e que provavelmente me mandaria uma mensagem depois para pedir minha opinião. Anui, feliz pela confiança, e despedi-me dele ao que ele parou diante de minha casa.

A propósito, eu falei que aceitei a carona dele, hoje? Porque aceitei, pelo menos desta vez. Foi maravilhoso, e serviu para afastar minha insegurança. Os momentos compartilhados entre nós são sempre agradáveis; agradáveis demais para serem prejudicados por causa de um um sonho estúpido.


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Notas finais do capítulo

Olá, mundo! Como vão vocês?
Mais um sábado, mais um capítulo~ Espero que estejam gostando da história, que se aproxima cada vez mais do seu capítulo final. Apenas mais oito capítulos, minha gente!
A respeito deste, e de certa forma também do próximo, alguém tem alguma suspeita do que cada um do quarteto mágico vai trazer? (E por quarteto eu quero dizer Guang, Leo, Yuri e Victor, caso não tenha ficado claro para alguém).
E mais uma vez gostaria de lembrar que comentários são minha maior fonte de inspiração, e que respondo cada um com carinho. ♡ Então, que tal deixar seus pensamentos em relação ao capítulo, ou mesmo à história, aqui embaixo pra eu ler? Críticas construtivas também são sempre bem vindas!
E por último, mas não menos importante... Eu postei o meu PWP (sim, aquele que tem mais feelings do que porn) segunda passada, e quem quiser dar uma lida o nome é "Uma manhã com gosto de você". Lemon é um gênero meio fora da minha zona de conforto e fazia anos que eu não escrevia algo do tipo, por isso, eu super agradeceria se vocês pudessem dizer se aprovam ou não.
Bem, é isso.
Até semana que vem!



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