An Ordinary Life: The Weekend escrita por JhullyChan


Capítulo 6
Capítulo 6 - Passado e presente.


Notas iniciais do capítulo

Bota a cara no sol!



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LEGENDA:

Itálico - pensamentos

Negrito - sonhos/lembranças

By Li Syaoran

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Aquela garota realmente mexia com Sakura. Tanaka havia chegado próximo do almoço e desde então Sakura ficou mais desligada do que o usual. Tentei distraí-la, mas seu foco em mim só durava alguns minutos e ela logo voltava a se perder em pensamentos.

— Qual é? – Perguntei. Ela levantou os olhos do notebook e me encarou com a testa franzida.

Estávamos na biblioteca, guardando as coisas para irmos jantar.

— Como?

— Qual é a memória mais viva que você tem de Tanaka? – Sabia que aquela era uma pergunta delicada e pessoal, mas eu realmente queria entende-la.

Ela respirou fundo, fechou o notebook e abraçou uma das almofadas. Esperei.

— No segundo ano, Keiko entrou no meio do ano letivo. Ele era irmão mais novo de um dos amigos de Touya, e como ele não conhecia ninguém ainda, ele passou as primeiras semanas sempre comigo por perto. – Ela fixou o olhar sobre a mesa de centro e continuou. – Nós não éramos amigos, muito menos namorados, mas ninguém acreditava. O que eu não sabia era que ele e Tanaka já haviam namorado por um curto período de tempo antes. Então quando ela descobriu que ele estava de volta à Tomoeda, quis reatar o namoro e, aparentemente, eu era um empecilho. – Sakura mordeu o lábio inferior. Tique nervoso. — Foi aí que as implicâncias começaram. Eu era humilhada verbalmente quase todos os dias, isso sem contar as brincadeiras de mau gosto.

Ela parou de falar e eu esperei.

— Keiko tentou conversar com Tanaka, mas foi em vão. A pior de todas as experiências foi quando ela me atraiu até o depósito dos materiais esportivos, com a desculpa que minha melhor amiga, Akame, estava lá. Tanaka e companhia jogaram vários baldes de água em mim e me deixaram trancada lá, ensopada.

— Não me parece tão ruim. – Franzi a testa.

— Não se for pico do inverno, o clima estar congelante, o local não ter aquecedor e ser infestado de poeira e mofo, e por coincidência, você ser alérgico a essas duas coisas. – Ela engoliu seco e eu levantei as sobrancelhas, arregalando levemente os olhos. – Fui encontrada desmaiada, quase 3 horas depois do final do intervalo. Tive principio de hipotermia, além da crise alérgica. Precisei ficar em observação no hospital por 2 dias.

— E o que aconteceu com elas? – Perguntei sério. Sabia que o meu tom demonstrava a raiva que sentia.

— Nada. – Sakura sorriu de forma triste. – Aparentemente um rapaz confirmou que elas haviam passado o intervalo todo com ele.

— Um álibi. – Eu disse enquanto ela balançava a cabeça.

— Eu conversei com Keiko, explicando tudo e depois parei de falar com ele, na esperança dela me esquecer. – Sakura fechou os olhos e balançou a cabeça em negativa. – Não adiantou nada.

— Sinto muito. – Me levantei e me sentei ao lado dela. – Não sabia que você tinha alergia a poeira e mofo. Tentei deixar o assunto mais leve.

— Poeira, mofo e castanhas. Leite de coco me deixa muito enjoada. – Ela enumerou.

— Não sou alérgico a nada, mas sinto desconforto quando como lula. – Contei para ela. Sakura sorriu.

— Obrigada. – Franzi a testa.

— Pelo quê? – Ela mexeu os ombros e secou o canto do olho esquerdo.

— Por ter me contado sobre a lula, não ter tirado foto do meu look hoje cedo e mandado para Eriol e Tomoyo, mas principalmente por se preocupar comigo. – Acompanhei o sorriso dela.

— Não espalhe, ok? – Pisquei antes de seguir para a porta e espera-la para irmos jantar.

Tanaka parecia ter um dom natural de chamar atenção, seja de forma forçada ou não. Ela, juntamente com os pais, falou o jantar todo sobre tudo que envolvia a própria vida. Vovô e vovó Kinomoto se mantiveram calados praticamente o tempo todo e os únicos que tentavam ser cordiais foram Fujitaka e os pais de Ken.

Após o jantar, Sakura e eu decidimos voltar a estudar, o que para Sakura seria um meio de fuga, mas eu não me importava. Pelo menos eu conseguiria manter os olhos sobre ela.

— Se acalme, querido. – Ouvi a voz de Kaho assim que entrei na cozinha.

— Tudo bem que Ken não sabia, mas a partir do momento que nós contamos para ele o que aquela garota fez a Sakura... – Ele não terminou a frase, pois me viu.

— Boa noite. – Segui para o armário e peguei os biscoitos que Sakura havia pedido. – Desculpe ter atrapalhado.

— Não há problema algum, Li. – Kaho me lançou um meio sorriso. – Sakura está com você? – Balancei a cabeça confirmando. – Muito bem. – A cunhada de Sakura se aproximou de mim. – Posso te pedir um favor? – Concordei. – Não deixe Tanaka se aproximar de Sakura. Talvez você não entenda agora, mas um dia ela poderá te explicar.

— Tudo bem. No tempo dela, quem sabe. – Mexi os ombros, fiz uma reverência e saí de lá.

Ela já me explicou, queria dizer, mas não sabia se era o certo a ser dito.

Estranhei não encontrar Sakura na biblioteca, mas logo vi uma nota autoadesiva amarela fluorescente sobre meu notebook.

— Esqueci meu caderno no quarto. Já volto. – Li para mim mesmo e sorri. Sempre distraída e esquecendo coisas. Balancei a cabeça e guardei a nota dentro de um dos meus cadernos enquanto me sentava no sofá.

— Que felicidade te encontrar aqui. – Ouvi uma voz feminina e olhei para a porta. Tanaka havia acabado de entrar na biblioteca e fechava a porta atrás de si.

— Perdida?

— Não. Na verdade eu estava te procurando. – Levantei uma sobrancelha.

— Posso saber o motivo?

— Nada em especial. – Ela passou a se aproximar de mim em passos lentos. Igual a um predador espreitando a presa. – Apenas não consigo parar de pensar em você. – Balancei a cabeça de um lado para o outro, tanto para dissipar aquele pensamento quanto pelas palavras de Tanaka.

— Onde Ken está? – Perguntei me referindo ao primo de Sakura e suposto namorado dela.

— Na sala de jogos, junto com primos. – A encarei de forma fria quando ela abaixou, e acabou desligando no processo, o meu notebook. – O que foi? Não gosta da minha companhia?

Continuei encarando-a, me recusando a responder. Aquilo era tedioso demais. Ela não é feia, mas odeio mulheres oferecidas e interesseiras.

— Então você vai bancar o difícil? – Ela se aproximou de mim, parando o rosto próximo ao meu. Continuei indiferente.

— Se você puder se retirar, tenho que estudar. – Disse de forma inexpressiva.

Retirei o notebook de perto dela, coloquei em meu colo e retornei a liga-lo.

— Você está me rejeitando? – Seu tom de voz indicava que ela se sentia ofendida, mas eu não me importava. – Vamos, idiota. Responda.

— Não lhe devo explicações. – Se ela queria despertar o pior de mim, estava conseguindo. Abri o arquivo que precisava e continuei ignorando-a.

Senti que a cada minuto ela ficava mais agitada. Apoiei o notebook da mesa e me levantei, para buscar um livro que havia deixado no lugar onde estava sentado anteriormente. Tanaka tentou se aproximar de mim, porém continuei ignorando-a e voltei à poltrona.

— Mais uma vez, peço: por favor, senhorita Tanaka, se retire, pois preciso estudar. – Essa garota já está me enchendo o saco! Se Sakura chegasse e visse Takana me beijando, seria o caos. O melhor era cortar o mal pela raiz logo.

— Você prefere ela a mim? – A voz de Tanaka se tornava cada vez mais irritante.

— Sim. – Encarei-a enquanto dizia.

— Não pode ser. – Ela começou a andar de um lado para o outro. – Então ela só pode ser boa de cama. Não tem outra explicação. – Tanaka intercalava entre sussurros e frases ditas na altura normal.

— Já pedi para que se retire, senhorita Tanaka. – Tentei ser o mais educado que a minha irritação permitia, mas aquela garota já estava me fazendo perder a paciência.

— Não saio enquanto não tiver uma resposta satisfatória. – Respirei fundo. Aproveitei que ela continuava andando e troquei de lugar, e me sentei na poltrona mais afastada. Puxei o notebook em minha direção, mas ainda o deixei sobre a mesa de centro. – Não há a menor possibilidade de você ter me rejeitado por um motivo tão insignificante.

— É a minha vontade. E ela não é insignificante para mim. – Continuei frio, confesso. Contudo era melhor isso do que quando explodia.

Tanaka se movimentou de forma rápida novamente e dessa vez eu não percebi, estava ocupado mexendo no notebook. Senti quando os lábios dela encostaram-se aos meus. Fiquei parado, com os olhos abertos, encarando-a de forma fria. Por fim ela desistiu.

— IDIOTA! – Ela gritou de pura frustração.

— O que está acontecendo aqui? – Ken atravessou a porta com Sakura logo atrás. Me mantive quieto, deixando as explicações para Tanaka.

— Nada, Ken-kun. – Encarei Sakura, e por sua expressão, ela sabia que algo havia acontecido. – Apenas o idiota do meu irmão que deixou a janela do meu quarto aberta e permitiu que Xgaku fugisse. Sabe que eu idolatro aquela gata.

Sakura olhou para mim e me mostrou um leve sorriso.

— Eu vou matar aquele idiota quando chegar em casa. – Tanaka finalizou seu teatro com a voz chorosa.

— Tudo bem, agora vamos. Seus pais estão te procurando. – Vi Ken passar o braço sobre os ombros de Tanaka e guia-la para fora da biblioteca.

Sakura se sentou no braço da poltrona que eu estava e isso fez com que Tanaka nos lançasse um último olhar carregado de ódio.

— O que ela tentou? – Sakura me perguntou pouco tempo depois que eles saíram.

— Como? – Quis ter certeza.

— Eu peguei o final da conversa, antes dela gritar. Então não adianta dizer que nada aconteceu. – Nunca havia visto Sakura daquela forma. Prefiro quando ela é mais distraída.

— Ela é uma oferecida, oportunista. – Resumi. Sakura não precisava saber os detalhes. Olhei para ela assim que ela se apoiou em mim.

— Me desculpe. Deveria ter imaginado que ela faria algo do tipo e não te avisei.

— Não se preocupe. – Tentei convencê-la. Fechei os olhos e recostei na poltrona. – Já estou acostumado com essas situações, Sakura. Fazer parte de uma família influente e rica, atrai certas pessoas indesejadas. – Infelizmente me lembrei de várias situações que havia passado. – Eu só preciso tomar um ar e voltar a estudar.

Me surpreendi quando Sakura levantou, o que me fez abrir os olhos, e me estendeu a mão.

— Então vamos. Vou te mostrar meu segundo lugar favorito dessa propriedade.

— E qual é o primeiro? – Perguntei enquanto me levantava e sorria para ela.

— O lago, idiota. – Sakura sorriu e me deu uma cotovelada.

— Sem agressão física, por favor.

Seguimos para os fundos e Sakura me conduziu até a garagem. Passamos pelos carros e subimos uma escada lateral, entrando em um lugar amplo, porém com teto baixo.

— Eu sempre vinha aqui a noite, já que não podia ir para o lago. – Ela acendeu a luz que ficava no topo da escada. Em uma das extremidades daquele local, havia uma janela grande e nós fomos até lá. – Os funcionários dos meus avós usam esse sótão para guardar coisas agrícolas, como ferramentas, sementes e os sacos com a colheita.

Chegamos até a janela e eu me surpreendi. A vista era incrível, mesmo a noite. O céu estava cheio de estrelas, e por mais que a lua não estivesse completamente cheia, estava linda e bem iluminada.

Não sei quanto tempo ficamos ali, mas foi o suficiente para eu me acalmar. Não falamos nada e o silêncio não foi constrangedor, na verdade teve um efeito calmante.

— Acho melhor irmos. – Sakura finalmente quebrou o silêncio. – Daqui a pouco vão sentir nossa falta e Tanaka não vai perder a oportunidade de encher a cabeça deles de besteiras.

Principalmente depois de eu ter dado um fora nela. Pensei.

— Sim, vamos. Ainda tenho que terminar a pesquisa de Cultura Organizacional. – Ela soltou uma curta risada enquanto seguíamos para a escada. – O quê?

— Você e seus trabalhos. – Sakura balançou a cabeça de um lado para o outro. – Cadê a folga?

— Só amanhã. Prometo.

— Acho bom, pois amanhã o dia será cheio.

— O que temos para amanhã?

— A parte da manhã de um domingo, normalmente, nós vamos para o lago. Há um píer mais ao norte, onde a água é rasa e calma, e as crianças podem aproveitar melhor.

— Depois, almoço. – Continuei. Saímos da garagem e pegamos o pequeno caminho de pedra.

— Uhum. Depois: casa. Papai falou que podemos ir direto para Kyoto, pois ele vai voltar com Touya. – Subimos as escadas e antes de irmos para a biblioteca, paramos na cozinha. – O que é bom, pois temos 700 km de estrada pela frente.

— Pessoas normais fazem em 9 horas. – Ela parou, com a porta da geladeira aberta, esperando que eu continuasse. – Eu faço em 7 horas e 30 minutos.

— Nada de correr, quero chegar inteira. – Me limitei a sorrir.

— Aí estão vocês. – Ouvi a voz de Fujitaka e olhei em sua direção. – Fui à biblioteca chama-los para a ceia, mas não os encontrei.

— Fui mostrar o sótão para Syaoran, papai. – Sakura respondeu.

— O da garagem? – Ele perguntou.

— Sim. – Ela sorriu e ele a acompanhou.

— Bom, não vão dormir tarde, pois amanhã sairemos às 08:00 para o lago. – Fujitaka fez uma reverência, que foi imitada por mim e Sakura, e saiu da cozinha.

— Acho que vou dar uma ida lá na mesa. – Sakura seguiu para fora da cozinha, mas parou sob o batente da porta. – Você vem?

— Não. Vou voltar para a biblioteca. – Mostrei um meio sorriso, me desculpando. Ela mexeu os ombros e saiu da cozinha.

Peguei uma xícara com chá, alguns biscoitos e segui para a biblioteca.

...

Perdi a noção do tempo. Parece uma desculpa, mas é verdade. Ontem fiquei estudando até quase duas da manhã, e com isso, acabei não acordando para treinar.

Acordei com a agitação do primo de Sakura pelo quarto e me assustei quando conferi as horas.

— Achei que você não fosse, cara. – O garoto falou. Agradeci a contra gosto, tentando não descontar nele.

Arrumei minha cama, tomei uma ducha rápida e segui para a cozinha.

— Bom dia. – Sakura me saudou assim que me aproximei dela. – Acho que alguém não foi treinar hoje. – Estreitei os olhos assim que ouvi o comentário.

— Acabei indo dormir tarde. Não consegui acordar cedo. – Respondi a ela.

— Já ia perguntar a Sakura onde você estava. – Vovô Kinomoto comentou assim que chegou perto de nós. – Saremos em 10 minutos. Temos que aproveitar que o tempo está melhor.

Tanto Sakura, quanto eu, confirmamos, concordando com o que ele havia dito. Sakura me acompanhou até a mesa.

— Já tomou café da manhã? – Perguntei.

— Sim. Pamy me acordou cedo hoje. – Sakura respondeu com um sorriso sem graça. – Ajudei Kaho a arrumar as coisas na caminhonete. Normalmente vamos todos a pé, mas dessa vez ninguém quer carregar peso.

— Achei que todos fossem de carro. – Comentei.

— Nem sempre. – Ela mexeu os ombros. – Só às vezes. – Achei engraçada a expressão levemente confusa dela e sorri. – O quê?

— Nada. – Continuei sorrindo. Ela me olhou de forma desconfiada, mas não fez mais perguntas.

Tomamos nosso desjejum o mais rápido possível e logo nos juntamos ao restante do povo da casa.

...

As vozes agitadas, as várias pessoas juntas, tudo colaborava para que a manhã prometesse ser animada. Chegamos ao Lago e, após armarmos as toalhas com a comida que havíamos levado, decidi esperar um pouco para entrar na água.

Sakura foi arrastada por Pamy logo assim que chegamos, então naquele momento ela estava dentro d'água brincando com a sobrinha e sendo acompanhada de perto por Touya.

— No início eu os achava completamente diferentes um do outro. – Kaho se sentou ao meu lado e eu logo entendi que ela se referia a Touya e Sakura. – Mas depois de um tempo reparei que os dois são bem parecidos, principalmente quando estão com raiva. Touya pode ser mais explosivo, porém se Sakura chega ao ponto de explodir, age igualzinho ao irmão.

— Nunca a vi tão irritada a esse ponto.

— Eu só presenciei apenas uma vez. E eu a conheço desde quando ela tinha cinco anos de idade. – Kaho mudou de posição, colocando as pernas dobradas na lateral do corpo. – Sakura pode ser um pouco fechada, então não ache que ela não corresponde aos seus sentimentos. Ela sempre foi uma criança tímida quando se tratava de falar sobre o que sentia e até hoje não mudou muita coisa.

Preferi não falar nada, deixando que ela continuasse.

— A perda precoce da mãe e a morte da melhor amiga há dois anos, não colaboraram. Ela se fecha facilmente em si mesma, então tenha paciência com ela. Algo pode estar claro na frente dela, mas mesmo assim ela vai demorar a encarar e reconhecer.

— Ela é incrível. – Não sei exatamente porque disse aquilo. Não fazia sentido. Apenas saiu da minha boca sem eu me dar conta.

— Sim, ela é. Você tem um tesouro incrível em sua vida, Li. Está preparado para isso? – Continuei observando Sakura e sorri.

— Estava aguardando por isso.

— Não esperava outra resposta e agradeço por ser sincero comigo. – Encarei a mulher ruiva ao meu lado. Ela sorriu e se levantou. – Vou pegar Pamy, se quiser aproveitar e fazer companhia a Sakura, essa é a hora.

Vi Kaho seguir para a beira do lago. Tirei a camisa, os chinelos, ficando apenas de bermuda e segui para onde Sakura estava.

— Resolveu entrar na água? – Sakura me perguntou assim que me aproximei dela. Ela estava com um top, desses que usa para malhar, e um short curto.

— Vim te fazer companhia. Já absorvi bastante vitamina D, precisava me hidratar. – Sorri de forma implicante e ela se limitou a rolar os olhos.

— Tia! – Ouvimos Pamy chamar Sakura e observamos ela acenando na beira do lago.

— Touya falou que Pamy precisa comer alguma coisa. – Sakura acenou de volta e mandou um beijo para a sobrinha. Logo Touya puxou a filha e a guiou para uma das toalhas estendidas.

— Há mais alguma coisa ou lugar que você queira me mostrar antes de irmos embora? – Perguntei. Ela sorriu e balançou a cabeça negando. – Então podemos ir para Kyoto tranquilos, felizes e sem ressentimentos? – Ela franziu a testa.

— Está querendo saber se Tanaka ainda está me incomodando? – Mexi as sobrancelhas e os ombros, deixando que ela tomasse suas próprias conclusões.

Instintivamente ela olhou para a garota, assunto de nossa conversa. Tanaka estava com Ken e os pais dela, mas como se sentisse ser observada, olhou em nossa direção.

— Sim, ela ainda me incomoda, mas isso é uma marca que eu vou levar para o resto da vida. O que vou continuar fazendo é evita-la.

— Um dia passa. – Disse. Ela fechou os olhos, enquanto sorria e balançava a cabeça negativamente.

Ficamos um tempo ali, aproveitando nossas últimas horas antes de voltarmos para a rotina normal. Era o que eu achava.

Nisso, o restante da manhã e o almoço foram feitos ali, com todos reunidos. Foi um tempo agradável e logo após terminarmos a refeição, juntamos tudo e voltamos para casa.

— Quer descansar um pouco? Podemos pegar a estrada mais tarde. – Ouvi Sakura me perguntando assim que pisamos na casa dos avós dela.

— Vou descansar por apenas uma hora e depois vamos. Não gosto muito de dirigir a noite, mas vejo que não teremos opção.

— Tudo bem. Vou arrumar minhas coisas então. – A vi seguindo para o próprio quarto e eu fui para o meu.

Para a minha surpresa, o primo de Sakura estava lá, deitado na cama dele, mexendo no celular. O cumprimentei, me deitei e dormi rapidamente.

...

— Syaoran. – Ouvi meu nome ao longe e abri os olhos vagarosamente. – Está na hora.

Observei Sakura, inclinada em minha direção, com o rosto próximo ao meu e a única coisa que eu pensava era em beija-la.

— Já? – Tentei me levantar.

— Se quiser podemos ir amanhã. – Ela se sentou na beirada da cama ao meu lado. – Voltamos para Tomoeda e vamos para Kyoto amanhã pela manhã. Você realmente parece cansado. – Ela se aproximou de mim e apoiou a mão em minha testa. – Você está com febre, Syaoran!

Sakura me vez deitar novamente. Senti uma leve vertigem, mas não queria adiar mais a volta para Kyodai. Tentei me levantar, mas ela me impediu.

— Trate de ficar quieto. – Ela sumiu do quarto e eu voltei a fechar os olhos. Algum tempo depois ela voltou com uma bandeja cheia de coisas. – Vovó vai preparar uma sopa para você, mas antes precisamos abaixar essa temperatura.

Mal ouvi suas palavras. Elas chegavam embaralhadas e sem sentido aos meus ouvidos. Eu, gripado? Nunca!


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoas.

Mais um capítulo *-----* Penúltimo, infelizmente :/
Descobrimos mais coisinhas sobre o passado de Sakura e Tanaka >:( E de como essa garota não deixou nossa Flor de Cerejeira em paz :(
E agora, para fechar com chave de ouro: Syaoran com febre #OhCéus Coitado da pessoa kkkk Espero que ele melhore logo. Não gosto nada, nada de vê-lo assim :'(

Agradecimentos especiais:
— Fabricio piress e thatycarter por terem favoritado *-----*
— thatycarter, Suzzane, Pandinha, Keylitinha tsubasa e Emilly465 por terem comentado ♥ #JujuSaltitante o o/ o// Vou responder vocês por lá ><

Ah! Mais um capítulo lindamente revisado pela minha Beta maravilhosa, ValentinaV ♥ ♥ Muito obrigada, Flor #YouAreTheBest

Por hoje é só, povo! Até quarta :'( Para a nossa despedida desse final de semana super diferente... #Beijos

P.s.: Valeu pela dica, Su ^^'



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