Capítulo 16 –Ana

Saí do prédio e parei na calçada para tomar um taxi. Minha cabeça estava a mil. Mesmo que eu quisesse explicar ele não me entenderia. - Meu Deus ! E agora o que vou fazer da minha vida ? Por que me deixei levar, droga! Eu sabia que iria dar nisso… tentei resistir, mas foi mais forte que eu… Por que ele tinha que ser tão gostoso ? Adorei o que fizemos… foi maravilhoso ! Nunca me senti assim antes….

Chegando no meu apartamento, fui direto para o meu quarto. Graças a Deus a Katy não estava em casa, melhor assim…. Entrei no meu quarto, me despi. Deitei na minha cama e toda lembrança de nós dois juntos veio em minha mente. Ele me beijando, me tocando, me possuindo, sussurando no meu ouvido, dizendo sacanagens que me excitavam, o seu grunhido ao atingir o seu êxtase… caramba! Não vou conseguir dormir…

Levantei e me dirigi ao closet, peguei a caixa que eu deixava escondida atrás dos casacos. Tirei a chave que ficava presa em uma correntinha em meu pescoço e a abri. Fiquei remexendo nas fotografias, nas cartas, nos bilhetes, com todas as terríveis lembranças em minha mente.

—Não posso! Simplesmente não posso! Colocaria a minha vida e a do Christian em risco. Não posso arrastá-lo para essa sujeira.

Guardei tudo de volta na caixa. A escondi novamente. Afinal nem a Katy sabia da história completa. Se soubesse de tudo ficaria muito puta comigo. Voltei para a minha cama e adormeci depois de muito tempo…

No dia seguinte, acordei mais cedo do que o normal, fiz minha higiene matinal e fui trabalhar. Não queria correr o risco de encontrar o Christian na garagem ou nos corredores. Não sabia ainda como iria agir ao vê-lo. Entrei em meu consultório, com o olhar interrogativo da minha secretária voltado para mim….

—Bom dia ! Como está minha agenda hoje Hanna ?

—Bom dia Dra. Steele. Todos os seus horários do dia estão agendados.

—Ótimo ! Assim que o primeiro paciente chegar, pode mandar entrar.

—Sim Doutora!

Entrei em minha sala e me preparei para me enfiar o dia todo no trabalho. A manhã passou voando. Não parei nem ao menos para ir ao banheiro. Pedi que Hanna pedisse meu almoço. Não queria me arriscar em sair do consultório, mesmo com a insistência da Katy para almoçarmos juntas.

Enquanto comia meu sanduíche, me levantei e me direcionei até a janela. Quase engasguei com o que vi… Christian estava andando no jardim do hospital ao lado de uma médica loira que eu nunca tinha visto. Os dois pareciam muito divertidos pelo semblante visivel em seus rostos. Eu senti o meu corpo inteiro contrair. E minhas mãos fecharem em punho.

—Eu não acredito no que estou vendo ! E um galinha mesmo! Nem se deu ao trabalho de ser discreto. Vi quando ele olhou na direção da janela do meu consultório. Rapidamente fechei a cortina. Me sentei bruscamente. Sentindo o coração acelerado na garganta.

Desgraçado ! Maldito ! Pulei na cadeira quando o telefone tocou. Era Hanna para me avisar que o paciente da tarde já havia chegado. Voltei ao trabalho, porém, com uma dor insuportável. Assim que atendi o último paciente e me preparava para ir embora, a porta do meu consultório se escancarou tão forte que bateu na parede, um Grey extremamente irritado adentrou, com uma Hanna apavorada atrás.

—Agora vai ser assim ? Agir como se nada tivesse acontecido entre nós ? Ele vociferou.

—Me desculpe Doutora, não pude evitar. Disse Hanna.

—Tudo bem Hanna! Pode nos deixar a sós por favor ?

—Claro Doutora ! E saiu da sala.

—Estou esperando Anastasia…

—Com que moral você me pergunta isso ? Afinal não fui eu quem estive desfilando acompanhado nas dependências do hospital.

—Está com ciúmes Ana ?

—Não seja ridículo Christian! Ciúmes ? Eu ? Ha ha ha…

— E ciúmes Anastasia ! Por que está fugindo de mim. Ficou enfurnada nesse consultório o dia todo. Não me deu escolha…

—Não estou fugindo de você. Apenas passei o dia fazendo aquilo que fui contratada para fazer e sou paga. Voce deveria saber disso. Afinal de contas me contratou.

—E lá vem você novamente com essa merda de que sou seu chefe e não podemos nos relacionar. Por que está fazendo isso conosco ? Me diz…

—Não há o que dizer. Apenas não acho certo e não quero ter nada com você.

—Não foi isso que mostrou ontem enquanto eu te fodia. Você bem que gostou, caso contrário não teria gritado meu nome tantas vezes da maneira que gritou. Principalmnte enquanto eu te chupava e te fodia com a minha lingua e com eu dedo, ah e também enquanto metia meu pau fundo na sua boceta e você gozava gostoso no meu pau.

— Pára com isso Christian ! Voce não está ajudando…

—Não vou parar Ana! Não enquanto você não me disser o real motivo de fugir de mim. Por que tem medo de ficarmos juntos ?

—Já disse que não tenho nada a dizer.

—Ah em sim… e eu vou querer saber tudo, enquanto te fodo em cima dessa mesa.

Ele passou a mão em cima da mesa e derrubou tudo que estava nela no chão e me jogou em cima da mesa numa velocidade tão grande que não tive tempo de pensar em reagir.

—Vai tirar a roupa ou prefere que eu a rasgue ? Ele falou bem perto do meu ouvido, enquanto se esfregava em mim.

—Não Christian ! Por favor não faça isso. Não aqui !

—Estou te dando uma escolha, o que vai preferir ? Enfiou uma mão embaixo da minha saia, enquanto a outra apertava o meu peito.

—Christian por favor ….

—Por favor o quê Ana. Quer que eu te como aqui ? E rasgou minha calcinha com uma mão ao mesmo tempo que a outra abria o ziper da calça.

—Christian, não ! Aqui não… Minha voz saiu em uma mistura de desespero, sussurro e desejo.

—Me convença Ana ! Enfiou um dedo em mim…. – Molhada e pronta como eu gosto. Lambeu o dedo, depois esfregou o lábio no meu.

—Sinta o seu gosto Ana, enquanto te como. E meteu de uma vez em mim.. Eu arfei…. Quando ia gritar, Christian abafou meu grito com um beijo feroz e voraz... continuou metendo sem dó como se quisesse me puni. Eu podia sentir tesão e ao mesmo tempo raiva em suas estocadas. Desejo e punição… comecei a convulcionar de excitação.

—Oh Anastasia ! Tem ideia do quanto te desejo ? Eu passei o dia todo pensando em você. Estava louco para me enterrar nessa sua boceta apertada… Oh Deus !

— Christian …. Ohhhhh ! Eu não conseguia dizer nada coerente… estava entregue ao prazer… sentia o formigamento percorrer meu corpo. O fogo crescente e pulsante em meu sexo.

—Se entrega pra mim Ana… deixa eu cuidar de você…. E arremetia cada vez mais fundo dentro de mim… Eu sentia que ele me partiria ao meio a qualquer momento. Me dá tudo de você que eu te dou tudo de mim…. Vem pra mim baby … Eu não aguentei e despenquei em um orgasmo que me fez sair do meu corpo.

Percebendo o meu orgasmo, ele se entregou ao seu se arremeteu mais três vezes até rosnar de prazer e dar a sua última enterrada dentro de mim. Senti seu jato quente se derramar dentro de mim…. Ele não parou de me beijar e percorrer suas mãos em meu corpo um segundo sequer. Ate que despencou em cima de mim….

—Merda ! Ele rosnou… Porra !
Eu congelei e percebi sobre o que ele vociferava… a camisinha !

—Christian seu irresponsável ! Voce não usou preservativo !

—Me desculpe, mas você não me deu escolha. Está prevenida ?

—Não ! Eu não faço uso de nenhum método anticoncepcional seu idiota…

—Serio ? Droga ! Pílula do dia seguinte Ana! Melhor tomar…

—Que merda Christian! Não pode entrar no meu consultório e fazer o que fez.

— Deixa se hipocrisia Ana. Voce não fez nada para me parar, pelo contrário, gostou bastante. Agora vem, vou te ajudar se limpar. Vamos sair daqui, passar em uma farmácia e paramos para comer em algum lugar, precisamos conversar.

—Não temos nada para conversar, já lhe disse.

—Tá, mas não me convenceu. Vem !