Penso em você, logo desisto escrita por British


Capítulo 20
Então é Natal


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Demorou um pouquinho, mas está aqui o capítulo! Obrigada pelos comentários! Amei ler cada uma deles! Também quero agradecer a KakashiSenPai pela recomendação na minha outra fic, "O amor é cego". Obrigada! Enfim, boa leitura a todos ♥



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Rio de Janeiro. Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017.

Sakura estava no shopping com Tenten comprando presentes de Natal. A Haruno não queria deixar tudo para às vésperas do dia, pois sabia que os preços estariam mais altos e que não acharia nada interessante. Após entrarem em quase todas as lojas do shopping, as amigas foram tomar um café na Starbucks.

— O relógio que você comprou pro Sasuke é muito lindo, Sakura! – Elogiou Tenten.

— Será que ele vai gostar? Ele foi assaltado na semana passada e levaram o relógio dele, então pensei que um novo seria útil. – Explicou Sakura.

— Ele vai adorar! Mas que coisa hein? Essa cidade fica cada vez mais perigosa... – Comentou Tenten.

—  Sim, temos que estar sempre com os dois olhos bem abertos. Graças a Deus nada aconteceu com o Sasuke! Ele não reagiu e conseguiu sair bem.

— Levaram o celular dele também?

— Não, porque ele tava sem o aparelho na hora. Levaram o dinheiro e o relógio. Foi no Centro. Ali é sempre perigoso. – Afirmou Sakura.

— Verdade! – Concordou Tenten.

—  Pra quem ainda falta você comprar presente? – Perguntou Sakura.

— Para o Kiba! Ele é o meu melhor amigo, mas sempre é difícil comprar algo pra ele. Você conhece bem o gosto dele... O que acha que eu posso dar? – Perguntou Tenten.

— Eu sempre comprava tênis. Ele tem uma coleção e, além disso, são úteis porque ele corre quase todos os dias. Ou, pelo menos, corria quando a gente namorava. – Comentou Sakura.

— Boa! Vou comprar um tênis pra ele! Você me ajuda a escolher? – Pediu Tenten.

— Ajudo! – Disse Sakura.

— E você conseguiu comprar o presente de todo mundo ou tá faltando de alguém? – Perguntou Tenten.

— Falta o presente do Deidara. Quero dar algo especial a ele. – Disse Sakura.

— Tipo o que?

— Não sei. Algo que possa lembrá-lo de mim, como a pulseira que ele me deu no meu aniversário com as máscaras da tragédia e da comédia, representando o teatro. – Disse Sakura mostrando a joia em seu pulso.

— É muito bonita e delicada. Combina com você. – Analisou Tenten segurando o pingente nos dedos.

— Deidara tem bom gosto. Aliás, como anda o rolo de vocês? – Perguntou Sakura.

— Só transamos. Não estamos num relacionamento. – Respondeu Tenten.

— Mas você não gostou dele? Aposto que o Dei pode ser um ótimo namorado! – Sugeriu Sakura.

— Acho que não pra mim! Vem cá, Sakura, você nunca pensou no Deidara de um jeito diferente, sendo mais que um amigo?

— Não, não mesmo! Quando eu conheci o Dei tinha acabado de terminar com o Kiba, então apesar dele ser muito lindo nunca o vi com esses olhos. E depois surgiu o Sasuke e a minha vida virou de cabeça pra baixo. Por que?

— Por nada não! É que ele realmente é muito lindo! Fiquei pensando se você já tinha se sentido atraída por ele alguma vez...

— Sério, eu nunca pensei nele dessa forma. Por isso, sempre rio quando o Sasuke sugere para eu ficar atenta! Meu namorado é muito ciumento! – Risos.

— Entendo.

[...]

Quando voltava do shopping, Sakura pegou o elevador e quando a porta estava prestes a fechar a mão de alguém a segurou. Era Ino. Assim que ela entrou no elevador, Sakura teve vontade de sair dali, mas não o fez. Então, Ino forçou uma conversa com sua antiga amiga.

— Oi, Sakura. Tudo bem? – Perguntou Ino como quem não queria nada.

—  Melhor antes de ver a sua cara. – Respondeu Sakura.

— Preciso te pedir desculpas pela nossa briga na festa. Eu perdi a cabeça. Pensando melhor, acabei te provocando num momento em que não deveria. Eu realmente quero que a gente volte a ficar bem. – Insistiu Ino e Sakura a encarou.

— Tá perdoada. – Respondeu Sakura e Ino ficou confusa.

— Como assim?

— Tá perdoada, Ino. Eu prometi que quando perdoasse o Kiba também perdoaria você, então vou fazer isso.

— A gente vai voltar a ser amiga?

— Pode ser, mas eu ainda preciso de um tempo. Vou ser muito sincera. Quando olho pra você, não vejo sinais reais de um arrependimento como vejo no Kiba.

— Agora ele é o mocinho e eu a bandida?

— Nossa história não é novela. Não tem mocinho e bandido aqui. – Rebateu Sakura.

— É que você pinta a figura do Kiba como a do mocinho e eu sou sempre a bruxa má! – Reclamou Ino.

— Talvez seja porque beijar o namorado da sua melhor amiga seja o ato de uma bruxa má, que tal?

— Você tá me perdoando da boca pra fora! – Acusou Ino.

— Então, me faça mudar de opinião sobre você! – Disse Sakura, então o elevador parou no andar da Haruno e ela saiu. Enquanto isso, Ino ficou pensativa sobre a amizade dela.

[...]

Chegando em casa, Sakura deu de cara com sua mãe e seu pai dançando juntinhos na sala. Sorriu com a cena e tossiu em seguida para mostrar a sua presença.

— Que casalzão hein? – Comentou Sakura e os pais dela então se afastaram.

— Eu e o sua mãe somos a prova viva que o romance não morreu! – Disse Kizashi.

— Hoje nós estamos completando 20 anos de casados. – Contou Mebuki e Sakurra então os abraços.

— Parabéns por esse dia! Obrigada por serem pais tão incríveis e esse casal que me dá exemplo de uma vida a dois construída em cima de pilares fortes de respeito e admiração. – Disse Sakura.

— Querida, você nos inspira a ser assim! – Disse Mebuki.

— Na verdade, vocês que me ensinaram a ser assim! Quero um dia poder olhar para o meu marido e ver que consegui uma relação como a que vocês têm! – Disse Sakura.

— Acha que Sasuke Uchiha pode ser esse homem? – Perguntou Kizashi.

— Até o momento ele não me deu provas do contrário! – Sakura sorriu e então foi até seu quarto.

— Tá preocupado com ela, querido? – Perguntou Mebuki para o marido.

— Um pouco. Ela disse que quer dividir um apartamento com o Sasuke, caso passe pra mesma universidade que ele. Não acha cedo? Nem faz um ano ainda que eles estão juntos... – Comentou Kizashi.

— Eles se gostam e isso basta. Nós também fomos morar juntos com menos de um ano juntos...

— Mas a situação era diferente! A gente morava em apartamento alugado e morar junto ia gerar economia pra nós dois até porque na época a gente não tinha dinheiro sobrando. – Lembrou Kizashi.

— Sakura quer fazer suas descobertas também. Será bom pra ela e, se não der certo, ela tem a nós. Ela poderá voltar quando quiser!  - Lembrou Mebuki.

— Ok.

[...]

Após embrulhar e guardar todos os presentes de Natal que tinha comprado em seu closet, Sakura se jogou na cama e pegou o celular para ligara para Sasuke.

— Amor, comprei seu presente de natal hoje. – Contou Sakura após Sasuke atender o telefone.

— Pode me dizer o que? – Perguntou curioso.

— Não, porque vai ser surpresa. Fiquei um pouco em dúvida na hora de comprar os presentes para a sua família, mas acho que todos vão gostar. – Disse Sakura.

— Você tem bom gosto, então não preciso me preocupar com isso. Você me ajuda a escolher um presente pros seus pais? – Perguntou Sasuke.

— Ah, eles adoram livros! Vou te passar uma lista com alguns que eles estão atrás e que ainda não conseguiram comprar. – Revelou Sakura.

— Obrigado! Vai ser de grande ajuda! Outra coisa, a Ino deve vir passar o Natal conosco por causa do Itachi. Isso vai ser um problema? – Perguntou Sasuke.

— Acho que não. Inclusive, hoje eu a vi e disse que a perdoei.

— Mas você não disse que não ia perdoá-la? – Perguntou Sauske confuso.

— Mudei de ideia. Seria injusto perdoar o Kiba e não ela. Eu tinha te prometido que faria isso, então fiz. Ela está perdoada. Agora, quanto a ser minha amiga, isso já faz parte de um outro processo...

— Entendi. Você perdoa, mas quer distância.

— Por enquanto, sim. Com o Kiba tem funcionado, então acho que com a Ino pode dar certo também.

— Vocês não brigaram hoje?

— Não. Ela me pediu desculpas pelas atitudes na festa do Neji.

— É um bom sinal, já que ela hastear a bandeira de paz primeiro faz você baixar a guarda.

— Eu não baixei a minha guarda.

— Aham, é claro. – Ironizou Sasuke.

— Bobo! – Risos – Agora, eu preciso desligar. Depois a gente se fala?

— Depois a gente se fala, meu amor.

— Te amo, Sasuke! – Despediu-se Sakura.

— Eu também! – Respondeu o Uchiha.

[...]

Rio de Janeiro. Domingo, 24 de dezembro de 2017.

Sakura estava pronta para ir para a casa de Sasuke para cear junto da família Uchiha, quando a campainha do seu apartamento tocou e Deidara surgiu na porta com um embrulho nas mãos. Então, o ator abraçou a amiga.

— Feliz Natal, Sakura. – Desejou Deidara finalmente entregando o embrulho para a amiga.

— Feliz Natal, Dei! Que bom que veio! – Disse Sakura segurando o presente nas mãos.

— Você me chamou, então eu vim! – Disse sorrindo.

— Só um minuto que eu já volto! Vou pegar o seu presente! – Disse Sakura e saiu.

— Oi Mebuki, Kizashi. Vocês estão muito elegantes! – Elogiou Deidara na ausência de Sakura.

— Vamos passar o Natal com a família Uchiha, então decidimos caprichar! – Piscou Mebuki.

— Sakura quer que causemos uma boa impressão para a família de médicos tradicionais. – Respondeu Kizashi.

— Eles têm que se sentir honrados de ter a presença ilustre de vocês lá! – Afirmou Deidara.

— E você, filho, onde vai passar o Natal? – Perguntou Kizashi.

— Uma amiga me convidou para cear com ela e outros amigos. Não vou ficar sozinho. – Disse Deidara e então Sakura surgiu com o presente de Deidara em uma das mãos e o que tinha recebido do amigo na outra.

— Vamos abrir ao mesmo tempo? – Ela perguntou entregando o presente ao amigo.

— Vamos! – Concordou Deidara.

Na caixa do presente de Sakura, ela achou um vestido lindo, verde, como a cor de seus olhos. Imediatamente, ela sorriu, acariciou o tecido e olhou para Deidara que a esta altura também estava fascinado com seu presente.

Sakura havia comprado para o amigo um troféu escrito Prêmio de Melhor Amigo e embaixo havia personalizado com o nome de Deidara.

— Gostou? Quis te dar o seu primeiro prêmio, pois sei que muitos ainda virão pela frente. – Disse Sakura e ganhou um abraço de Deidara.

— É lindo! Vai ficar do lado na minha cama! – Respondeu emocionado.

— Que bom! Assim você sempre vai se lembrar de mim! – Sakura sorriu.

— E você? Gostou do vestido? – Perguntou Deidara.

— Eu amei! Quero logo ter a ocasião certa para usá-lo! – Disse sorrindo.

— Filha, nós precisamos ir agora, senão vamos nos atrasar para o jantar na casa dos Uchiha. – Avisou Mebuki.

— Vá, Sakura. Não quero atrasá-los. Eu também estou de partida. – Disse Deidara.

— Vai passar o Natal com quem? – Perguntou Sakura.

— Tenten me convidou. Vou passar com ela e com outros atores na casa dela. – Respondeu Deidara.

— Então estará em boa companhia. – Sakura sorriu e então todos saíram.

[...]

Os Haruno foram recebidos na casa da família Uchiha com elegância. A compostura de Mikoto e Fugaku seguiam os mais altos padrões e, de certa forma, nem mesmo atores tão premiados quanto Mebuki e Kizashi estavam acostumados com tanto refinamento. Sakura trocou um olhar cúmplice com os pais pedindo para que eles fossem gentis com a família de seu namorado. Logo, começaram a falar de trabalho, que era o assunto preferido de Mikoto e Fugaku. Itachi ainda não havia chegado, então Sakura estava por enquanto a salvo de qualquer tentativa de aproximação de Ino.

Enquanto seus pais trocavam figurinhas, Sasuke levou Sakura para seu quarto e trancou a porta. Queria ficar um pouco a sós com ela.

— Acha que eles estão se dando bem? – Perguntou Sasuke para Sakura.

— Meus pais não são tão formais quanto os seus. Estão estranhando o jeito deles. – Respondeu Sakura.

— Quero que eles se deem bem... – Confessou Sasuke.

— Meus pais sabem lidar com as diferenças, então vão fazer de tudo para terem um clima amigável com a sua família. Não se preocupe. – Disse Sakura.

— Engraçado, você tava morrendo de medo de conhecê-los, mas agora isso passou.

— Vi que não tenho o que temer. Eles querem o melhor pra você e, sem falsa modéstia, a melhor namorada do mundo que você conseguiria sou eu. – Sakura sorriu.

— Metida! – Disse Sasuke puxando Sakura para um beijo.

— Só falei a verdade! – Disse Sakura entre o beijo.

[...]

Um pouco antes de começar a ceia de Natal, Itachi chegou com Ino a tira colo. Até então Mikoto e Fugaku não conheciam a namorada do filho e ficaram impressionados com a beleza da moça.

— Sua namorada é uma linda moça, filho! – Elogiou Mikoto após cumprimentar Ino.

— A senhora que é linda! Itachi tem a quem puxar tamanha beleza! – Disse Ino, então Sakura chamou a ex-amiga de puxa saco no ouvido de Sasuke, que riu.

— Finalmente, as duas mulheres de minha vida se conheceram! Espero que o senhor também aprove meu relacionamento com a Ino, papai! – Disse Itachi.

— Preciso conhecê-la primeiro para isso acontecer! – Respondeu Fugaku.

— Quero convidar todos para irem à nossa sala de jantar. Chiyo já colocou a mesa e irá nos servir. – Disse Mikoto sendo seguida pelos convidados.

— A dona Chiyo não vai passar o Natal com o neto dela? – Perguntou Sakura para Sasuke.

— Não, ela sempre passa aqui. O Sasori antigamente passava conosco também, mas hoje em dia ele prefere ficar com os amigos. – Respondeu Sasuke.

— Eu chamo o Sasori de neto ingrato! – Completou Itachi que estava de olho na conversa do irmão.

— Não é pra tanto Itachi! Sasori só não gosta de se ver na posição de neto da empregada. – Disse Sasuke.

— Por que ele sente vergonha disso se é o que ele é? – Perguntou Itachi e dessa vez foi Ino quem respondeu.

— Ele só deve querer estar num lugar que o tratem como igual e não o diminuam como você insiste em fazer, meu bem. – Disse Ino.

— Tenho que concordar com a Ino. – Disse Sakura e uma parte de Ino pensou que a amiga poderia estar considerando voltar a falar com ela como se nada tivesse acontecido.

Antes de comerem, Fugaku agradeceu pela comida, a presença dos convidados e disse o que esperava que aquele Natal representasse, com todos os filhos à mesa e com suas futuras noras ali. Deixou expresso seu desejo para que os filhos se casassem e tivessem filhos logo, mas Itachi comentou que nunca seria pai, o que fez Fugaku olhar torto para ele. Já Sasuke e Sakura disseram que ainda era muito cedo e os pais concordaram.

Então, após a sobremesa, eles começaram a falar sobre Sakura e Sasuke irem morar juntos no ano seguinte.

— Sasuke e Sakura já começaram a procurar apartamento? – Perguntou Fugaku.

— Sim, alguns pela internet. Mas ainda não marcamos de ir fazer uma visita. – Disse Sasuke.

— Senhor Uchiha, queremos ter o resultado do vestibular primeiro para escolher um que fique próximo da faculdade em que vou estudar. – Disse Sakura.

— Vai para a mesma que Sasuke? – Perguntou Mikoto.

— Essa é a intenção. – Sorriu Sakura.

— Sakura é muito inteligente e temos certeza que ela vai passar dessa vez. – Disse Mebuki otimista.

— Estamos confiantes na nossa garota. – Completou Kizashi.

— Sem dúvidas, Sakura irá passar! – Disse Ino querendo agradar Sakura.

— Senhorita Yamanaka já conhecia a Sakura, certo? – Perguntou Fugaku.

— Longa história, pai. – Intercedeu Itachi.

— Não tem problema. Eu responderei o seu pai. Eu e Sakura nos conhecemos desde a infância e moramos no mesmo prédio. – Respondeu Ino.

— Ino vivia lá em casa. Ela e Sakura eram inseparáveis. – Comentou Mebuki.

— E agora se separaram? Porque olhando para vocês não parecem em nada grandes amigas... – Jogou Fugaku no ar, sem saber da briga entre elas, então Sakura e Ino trocaram um olhar.

— Amigas brigam. – Sakura e limitou a dizer.

— E qual foi o motivo? – Fugaku continuou provocando, vendo que o que fazia irritava Itachi, que queria proteger a namorada.

— Chega, pai! Ino, não responda! – Bradou Itachi.

— Filho, não vejo nada demais no que seu pai perguntou. Queremos conhecer as garotas que vocês escolheram namorar e, se elas não se dão bem, nós queremos saber porque. Acredito que Mebuki e Kizashi conheçam a história. Podem nos dizer? – Pediu Mikoto.

— Eu não veria problema em contar, mas, em respeito a Ino, prefiro não dizer. – Falou Mebuki.

— Minha esposa tem razão! Estamos em clima de festa e ficar lembrando de picuinhas do passado não vai nos levar a lugar algum. – Kizashi tentou apaziguar o conflito.

— Meu pai tem muito a aprender com você, senhor Haruno. – Disse Itachi.

— Sakura, tem algo a dizer? – Insistiu Fugaku, mas antes de Sakura dizer qualquer coisa Sasuke interviu.

— Por favor, pai. Já deu. – Rogou Sasuke, então Fugaku respirou fundo.

— Quanto mistério! Deve ser uma boa história! – Comentou Fugaku.

— Estou me sentindo excluída do grupo! Todos sabem, menos nós, querido! – Completou Mikoto.

— Como eu disse, é uma longa história e não precisa ser compartilhada no Natal. – Reforçou Itachi.

[...]

Após a torta de climão no jantar, começou a troca de presentes. Então, um momento de paz nasceu ali. Sasuke então entregou o presente para Sakura. Uma aliança. Sakura ficou boquiaberta quando abriu a caixinha de veludo.

— O que é isso, Sasuke? - Perguntou Sakura ainda trêmula.

— Um anel de compromisso para você saber que eu levo a gente muito a sério. – Disse Sasuke pegando o anel e colocando no dedo da namorada.

— É um lindo presente! Obrigada. – Disse emocionada.

— Pode colocar a aliança em mim também? – Pediu Sasuke e Sakura assentiu.

— To me sentindo sua noiva – Riu de nervoso.

— De certa forma você é, ou acha que eu não penso em casar com você em breve? – Disse Sasuke e Sakura o abraçou.

— Você é louco! – Disse Sakura e em seguida beijou o namorado.

— Por você até que eu sou! – Respondeu Sasuke.

Num outro canto da sala, era Ino quem recebia seu presente de Itachi. Ao invés de uma jóia simbólica, o Uchiha mais velho havia presenteado a namorada com uma lingeriepreta. Enquanto Ino, havia dado para Itachi umas lentes importadas que ela sabia que ele queria muito comprar, mas que ainda não tinha encontrado. Ino tinha ficado um pouco decepcionada com o presente, mas ficou calada. Não queria irritar Itachi.

— To louco pra ver você usando o meu presente! – Disse Itachi após beijar Ino.

— Eu também! – Disse Ino sem graça.

[...]

Durante a troca de presente, Ino tirou um pequeno embrulho de sua bolsa e caminhou até Sakura. Então, ela tocou no ombro da antiga amiga e pediu sua atenção.

— Pra você, Sakura! – Disse Ino estendendo um presente para a Haruno.

— Não precisava, Ino. Eu não comprei nada pra você. – Respondeu Sakura meio sem graça.

—  Não tem problema. Eu não mereço mesmo. Mas agora abre. – Pediu Ino e então Sakura abriu.

Dentro do embrulho havia um diário. Na capa estava escrito “Jornada para o perdão” e Sakura ficou um pouco confusa sobre o que aquilo significava.

— Fui eu que fiz. – Começou Ino ao ver Sakura folear o pequeno caderno.

Na primeira página havia uma foto de Sakura e Ino na infância e na legenda a Yamanaka havia escrito: “Descobri que um mundo sem a Sakura ao meu lado pode ser cruel. Daria tudo para tê-la por perto de novo” e data era de quando Ino e Kiba ainda namoravam.

— O que isso significa? – perguntou Sakura seguindo para a próxima folha.

— Continue lendo. – Insistiu Ino.

Na segunda página havia uma foto dela, Kiba e Ino numa das festas de aniversário de Sakura. Na legenda, Ino dizia: “Pela primeira vez na vida, não fui convidada para uma festa da Sakura. O mundo é estranho, me sinto mal e queria fazer algo para mudar os erros que cometi”.

— É um pedido de desculpas? – Perguntou Sakura, emocionada com a lembrança.

— Uma tentativa. – Disse Ino quase chorando.

Sakura então seguiu para a página seguinte e havia uma carta. Sakura leu devagar.

Sakura,

Eu odeio o fato de que você me odeia. Quando a gente era amiga, minha vida era boa. Eu tinha alguém em quem confiar, com quem conversar e a chance de ser sempre uma pessoa melhor. Você tinha me dado essa opção para escolher, de tentar ser melhor num mundo que insiste em trazer o nosso pior lado sempre. Mas no meio do caminho me confundi, me deixei levar pela inveja e errei. Ficar com o seu namorado nunca foi algo certo. Ainda por cima, Kiba sempre te amou. Ele ainda te ama. Quando terminamos, eu sabia que pela primeira vez em muito tempo estava fazendo a coisa certa.

No entanto, aquilo não me traria de volta você, pois te feri. Uma amiga jamais deveria cobiçar o namorado da outra, provoca-la, tentar diminui-la e, por isso, te peço perdão. Porque a vida é pior sem você por perto, porque me arrependo e cada dia da minha vida que passar de agora em diante quero tentar ser merecedora da sua amizade.

Sempre vou querer o seu bem, torcer pelo seu sucesso, ansiar por uma conversa sincera com você. Me desculpe por não ter honrado sua amizade e ter destroçado a sua confiança em mim. Você disse que me perdoou, mas não sinto isso, porque seu olhar me julga e condena toda vez.

Não quero forçar nada, mas quero te dizer que cada vez que você me responde mal, me ignora ou me olha torto é como se cravasse um punhal em meu coração. Sinto muito por ter te feito sofrer. Fui uma péssima amiga, mas você, mais uma vez, me incentiva a ser melhor e é o que estou tentando ser. Me deixa ser sua amiga de novo? Se aceita, na última folha desse diário tem uma corrente escrito “best friend” e se você a aceitar como presente, então eu saberei que estou no caminho certo para ter minha amiga de volta.

Ino Yamanaka

Sakura abraçou Ino em seguida. A Yamanaka havia conseguido convencer a Haruno a perdoá-la de verdade. Itachi e Sasuke assistiram à cena de reconciliação comovidos. Apesar das diferenças do passado, era perceptível o quanto uma havia sentido falta da outra e que as brigas naquele momento ficariam para trás.

— Vê se não apronta de novo! – Disse Sakura secando as lágrimas de Ino.

— Eu juro que não vou fazer nunca mais algo que faça você se arrepender de ser minha amiga!

De longe, Mebuki, Kizashi, Fugaku e Mikoto assistiram à cena e então todos souberam que as desavenças entre as garotas haviam ficado para trás. Era uma noite linda de Natal e o perdão entre elas tinha acontecido.

Rio de Janeiro. Segunda-feira, 25 de dezembro de 2017.

No dia de Natal, Karin acordou com o interfone tocando. O aviso do porteiro é que tinha um entregador na portaria e que ela precisava descer para receber uma encomenda. Ela concordou, então quando estava prestes a sair Naruto apareceu na sala com cara de sono.

— Quem tá lá embaixo? – Perguntou Naruto.

— Ah, um entregador. Parece que tem uma entrega pra mim. – Disse Karin com a porta aberta.

— O que será? – Perguntou Naruto.

— Não sei. Eu não estava esperando nenhuma encomenda. – Disse Karin e saiu.

Quando Karin desceu, lá estava o entregador com um buquê enorme de rosas vermelhas.

— Senhorita, Karin Uzumaki? – Perguntou o entregador e Karin assentiu.

— Sou eu. Onde eu assino? – Perguntou Karin após pegar as flores.

— Aqui, senhorita – apontou o entregador e Karin assinou.

— Pronto! Obrigada! – Agradeceu Karin.

— Tenha um bom dia e um feliz Natal, senhorita. – Despediu-se o entregador e então Karin pegou o cartão nas flores para saber quem tinha lhe mandando as flores.

Karin, esse Natal foi feliz porque tive você ao meu lado. Eu te amo. Nunca se esqueça disso.

Sempre seu, Gaara

Karin sorriu sozinha, em seguida cheirou as flores e suspirou apaixonada. Na noite passada, ela havia ido cear com o namorado e Temari. A noite tinha sido agradável e eles trocaram presentes como uma família, o que impediu que Karin sentisse a falta de seus pais que agora moravam em São Paulo.

Quando voltou ao apartamento, Naruto logo percebeu que as flores deveriam ser do namorado da prima.

— Foi o Gaara, acertei? – Questionou Naruto.

— Sim, foi ele. Você devia aprender como ele como se conquista uma mulher! – Sugeriu Karin e Naruto torceu o nariz.

— Ó Deus, como Gaara Sabaku No é perfeito! Para Karin! Seu namorado também tem defeitos, você só não descobriu ainda quais são eles. – Respondeu Naruto.

— Você está tão amargo assim por causa da Hinata? – Perguntou Karin.

— Ela vai casar no início do ano que vem! – Disse Naruto.

— E seu dever deveria ser impedir se gosta mesmo dela! Olha, eu nem devia dar a minha opinião, porque eu gosto muito do Neji e acho que eles formam realmente um ótimo casal, mas você é meu primo! Eu quero te ver feliz, Naruto! – Disse Karin.

— Feliz como você?

— É! Como eu! Quero que você saiba como é se sentir amado! Eu sei que você ama a Hinata, mas precisa que ela te ame também! Senão do que vale a pena você tentar impedir o casamento dela?

— O que você quer dizer?

— Se declare ué? Se ela dizer que te ama também, ótimo! Mas, se a resposta for não, esqueça! – Disse Karin.

— Eu vou fazer isso! Obrigado pelo conselho!


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