Solipsista Induzido escrita por Vanderlyle


Capítulo 1
I




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Quando os raios do luar entravam por sua janela, Sakura acordou, sobressaltada. Olhava ao redor de seu quarto, numa tentativa de se situar. O ambiente ao seu redor era marcado por tons claros. Havia, nos cantos, caixas que haveriam de ser desembaladas, amostras da recém mudança que Haruno havia vivido. A decoração era simples; a garota não havia tido tempo de ajeitar tudo como realmente queria.

 Ao notar o quão forte estava segurando seu lençol, a rosada afrouxou o enlace, notando seu intenso tremor e acelerado batimento cardíaco. “Esse pesadelo, novamente...”, Pensou, tristemente, ao lembrar das imagens que vez em outra atormentavam sua mente e sono, privando-a de paz interior.

Os pesadelos, apesar de virem com pouca frequência, deixavam-na um tanto quanto perturbada. Ao olhar no relógio, a kunoichi de cabelos rosados percebeu que faltaria muito até o amanhecer, e por experiências anteriores, sabia que não conseguiria dormir novamente. Resolveu deitar, pensando no motivo de seus pesadelos: Sasuke. Fazia pouco mais de dois anos desde que o Uchiha havia partido em sua jornada de redenção. Dois anos de esperanças vazias. Pensou, sombriamente, ao lembrar de como seu amor de infância havia se despedido dela, tocando-a na testa. Numa promessa silenciosa de que voltaria para a Vila. Para ela.

Entretanto, o tempo havia passado, e por mais que lhe doesse admitir, Sakura estava a ponto de desistir de seu amor. Apesar dele ter sido agradável no pequeno tempo que ficou na vila após sua luta com Naruto, a kunoichi temia. Temia muito. E se ele apenas estivesse sendo educado? Não era porque a estava tratando polidamente, que significava que estava interessado em Sakura, ainda mais num sentido romântico. Levando em consideração todas as vezes que Sasuke a havia rejeitado, Sakura sentia-se uma idiota por ainda criar esperanças de que algum dia, magicamente, o Uchiha perceberia que ela era seu autointitulado par ideal. Além do mais, que tipo de problema mental ela tinha, visto que ainda era perdidamente apaixonada pelo homem que a maltratou e tentou matá-la?

Conforme seus pensamentos chegaram neste ponto, Sakura encolheu-se em seu lençol, ainda tremendo muito, ao lembrar de acontecimentos passados.

Seus pesadelos que envolviam Sasuke, tinham base no genjutsu em que ele a havia colocado, minutos antes de sua batalha final com Naruto. No genjutsu, Sakura apenas teve o vislumbre de Sasuke atravessando-a com seu chidori, matando-a. Apesar de isso já ser cruel o bastante, em seus pesadelos, tudo piorava. Neles, Sakura assistia o Uchiha matando-a de formas diferentes, aparentando estar extremamente satisfeito em realizar o ato. O que mais a assustava, porém, era os olhos de seu amado. Conforme observava seu corpo ser esfaqueado por Sasuke, enquanto sangue manchava o chão, a Haruno não via luz nos brilhantes olhos do rapaz, sendo um o sharingan, o outro rinnegan. Os sonhos eram habitados num amplo campo verde, durante a manhã. Sakura nunca soube que a luz do dia poderia ser tão violenta. Por mais que estes sonhos durassem pouco tempo, a kunoichi sempre acordava sobressaltada, tomada por uma tristeza quase palpável. Afinal, além de seu amor não ser correspondido, seu amado havia tentado matá-la, e isso não era nem um pouco saudável numa pseudo-relação, Sakura tinha certeza.

Às vezes, só às vezes, Sakura pegava-se secretamente odiando Sasuke. Odiando suas ações egoístas, seu orgulho, e todas as consequências que vieram com isto. Quando pensava nas atitudes do antigo companheiro de time, vinha-lhe à mente alguém que negava tudo aquilo que estava além dele; algo só realmente existia para o rapaz caso ele houvesse vivido empiricamente. Isso, para Sakura, explicava a relutância do amigo em criar laços afetivos com qualquer um. O Uchiha havia feito ela, Naruto e Kakashi sofrerem muito nos anos que tentavam avidamente trazê-lo de volta à vila; à luz.

Este ódio, entretanto, era rapidamente sufocado pelo amor que sentia por ele. E, de qualquer forma, o Time Sete havia conseguido trazê-lo de volta, apesar deste não estar necessariamente vivendo em Konoha. “Mas, mesmo assim, ele merecia apanhar um pouco, para aprender a não machucar a quem lhe ama...” A Kunoichi pensou, desejando não ser tão volátil em relação aos sentimentos que tinha por Sasuke.

Após horas de seu monólogo interno, Sakura, visivelmente mais calma, levantou-se, conforme os raios de sol surgiam através de sua janela. O tempo, apesar de ensolarado, demonstrava que, provavelmente, choveria mais tarde, devido às cinzentas nuvens que pairavam no céu. Apesar de ainda sentir seu coração sufocado numa tristeza, a rosada decidiu se arrumar, pois mais tarde tomaria café com Ino, assim como havia combinado com a loira no dia anterior, para aproveitar a merecida folga que fora atribuída à Sakura. Ultimamente, a rosada estava trabalhando de forma incansável no hospital, o que tornava essa sua folga mais do que bem-vinda.

Quando chegou no banheiro e olhou seu reflexo, Sakura observou suas olheiras, nas quais delineavam sinistramente seus grandes olhos verdes. Ignorando seu aspecto um pouco desleixado, a garota contentou-se ao escovar rapidamente seus fios rosas. Não que ela não fosse vaidosa, porém, neste momento, tudo o que realmente queria era dormir pela eternidade. ”Já estou com pensamentos mórbidos, e o dia mal começou”, pensou, num humor negro. Rapidamente se arrumou, e saiu de seu apartamento, indo em direção ao centro comercial de Konoha.

Desde que a Quarta Guerra Ninja havia acabado, Sakura passou a ser considerada uma heroína na Vila da Folha. Sua força, bondade, beleza e inteligência eram notadas por todos ao seu redor. Até mesmo seus pais, que às vezes eram relutantes com a ideia de sua filha ser uma kunoichi, haviam admitido e aceitado que ela havia se tornado muito, muito forte. Este pensamento a trouxe um conforto em seu tumultuoso coração, pois, depois de tanto esforço, havia, finalmente, alcançado seus companheiros de time, dentro de seus parâmetros. Sakura sentia-se extremamente grata à Tsunade, pois, sem a ajuda da outrora Hokage, a Haruno jamais poderia ter se tornado forte o bastante para poder ajudar Naruto na salvação de Sasuke. Além de sua incrível força e dos ninjutsus médicos, Tsunade havia ainda transmitido o conhecimento do Byakugou, que, graças a seu excelente controle de chakra, Sakura pôde adquirir e usufruir do jutsu de Rank-S.

Durante o caminho até o centro, conforme Konoha acordava e seus habitantes saiam de suas casas, prontos para viverem suas vidas, a Haruno observava atentamente a monotonia de um dia comum. Após a tumultuosa guerra, ela e a maior parte da população aprenderam a apreciar esse tipo de calmaria, considerando-a um privilégio.

Acordando de seus devaneios, Sakura sentiu-se ser observada. Intrigada, olhou para trás, apenas para ver algumas velhinhas comprando alimentos, numa mercearia que se encontrava um pouco atrás de onde a kunoichi estava. Dando de ombros, pôs-se novamente a caminho da cafeteria onde se encontraria com a amiga, apesar de ter certeza que esta se atrasaria.

Cerca de cinco minutos depois, Sakura chegou na charmosa cafeteria que contava com diversas mesas brancas, com duas cadeiras cada. O ambiente era todo em tons pastéis, trazendo uma boa sensação à garota, que, ao observar o cardápio, sentiu-se relativamente melhor. Sua tristeza iria embora quando Ino chegasse, de qualquer forma. “Se ela chegar...” Sakura bufou. Marcar um compromisso com Ino de manhã não era algo realmente confiável.

Ao ler o cardápio, Sakura foi abordada pelo garçom de cafeteria, um charmoso rapaz de cabelos castanhos, que aparentava ter sua idade.

—  Será que eu poderia lhe ser útil em algo? – Perguntou o rapaz, num tom um tanto sugestivo, na humilde opinião de Sakura.

—  Oh, estou apenas esperando uma amiga minha, por enquanto não quero nada. – respondeu, dando um sorriso envergonhado, após o rapaz se retirar. Este lhe deu uma piscadela, numa tentativa de flerte.

Não que ele fosse feio. Pelo contrário. Sakura, porém, só tinha olhos para uma pessoa. “E ele não está aqui”. Os pretendentes da garota, após a Guerra, começaram a brotar de todos os lados. Alguns pareciam realmente serem interessantes, entretanto, nenhum deles chegava aos pés de Sasuke em vários sentidos. Talvez até chegassem, mas Sakura não estava nem um pouco interessada.

Ino, sua amiga, havia marcado vários encontros para a rosada sem o conhecimento desta, que, ao chegar no lugar que havia marcado de se encontrar com a Yamanaka, era surpreendida por um rapaz que alegava estar ali num encontro com ela. Mesmo internamente pensando em várias formas de assassinar uma certa porca loira, a Haruno permanecia nos encontros, não querendo magoar seu acompanhante, pois, afinal de contas, sabia o quão desagradável a rejeição era.

A garota fugia de compromissos pois, não querendo superar Sasuke, não havia sentido usar alguém apenas por diversão. Ela era melhor do que isso. O que a atormentava, contudo, era a possibilidade de que quando Sasuke voltasse, não estivesse sozinho, e sim com uma garota muito mais bonita e forte do que Sakura. Afinal, estava-se falando de Uchiha Sasuke. O cara mais bonito-charmoso-misterioso que a rosada já havia visto em seus dezenove anos. Ela contava apenas com que o garoto continuasse inocente, no quesito sexo feminino.

Antes que se afundasse mais ainda em seus lamentos e insegurança, Sakura foi interrompida pela chegada de sua melhor amiga e rival, Ino, que recentemente havia começado um relacionamento com Sai. “Kami, até mesmo Sai está namorando e eu aqui...” Pensou, depressivamente, ao ser abraçada pela amiga.

—  Testuda, por que está com essas olheiras? A noite anterior foi agitada? – perguntou, esboçando um sorriso malicioso.

— Wow, demais, tipo, acordar de madrugada por causa de um pesadelo é excitante, você deveria experimentar qualquer dia. – disse, ao mesmo tempo que revirava os olhos. Ino, conhecendo-lhe melhor do que qualquer um, sabia dos pesadelos. Sua expressão, antes provocativa, desmanchou-se em preocupação.

— Ainda está tendo os pesadelos por causa do Uchiha idiota? Argh, assim que esse cretino pôr os pés em Konoha, eu serei a primeira pessoa a saudá-lo! Vou dar a ele uma surra inesquecível! – A Yamanaka disse, levantando os punhos de forma sonhadora, imaginando como seria agradável a cena.

Sakura, observando as palhaçadas de sua amiga, pôs-se a rir. Era incrível como Ino sempre a alegrava, não importando o quão ruim tudo estivesse. Sakura queria poder voltar no tempo e dizer à sua versão pré-adolescente fazer as pazes com a amiga, pois toda aquela rivalidade era extremamente infantil.

Yamanaka, após sentar-se, começou a conversar animadamente com Sakura, contando-lhe coisas sobre suas missões e o recém-iniciado namoro com o companheiro de time de Sakura, Sai, o garoto que a chamava descaradamente de Feia.

Após cerca de duas horas de muitas fofocas, Naruto chegou correndo, um tanto eufórico, esboçando um sorriso e gritando:

­–  SAKURA-CHAN! Você não vai acreditar em quem voltou ontem pra Konoha, na madrugada…

A kunoichi, que após a conversa com Ino estava se sentindo muito melhor, pôs-se a se sentir ansiosa, sob a perspectiva de, finalmente, poder ver Sasuke.

—  Onde ele está? –  perguntou ao amigo, um tanto receosa.

—  O Teme tá conversando com o Kakashi-sensei no escritório dele. Desde que ele me procurou hoje de manhãzinha, eu fiquei procurando você. Temos que ir lá logo, você tem que ver a cara daquele idiota.

“Oh, então ele foi atrás do Naruto...” Constatou, com uma leve decepção por não ter sido visitada por certo Uchiha. O que ela não contava, porém, era que este mesmo Uchiha a estava observando, escondido, há um tempo atrás.

— Bem, então acho que vou ver Sai. Boa sorte, Testuda. – Ino disse, se despedindo e saindo da cafeteria. Apesar de saber o mal que o Uchiha causava, Yamanaka sabia o quanto Sakura o amava, e o quanto esse reencontro seria importante para ela.

Após a saída da loira, Sakura seguiu Naruto, que praticamente corria em direção à torre do Rokudaime.

Ao adentrarem na torre e verem-se de frente à porta do Hokage, Naruto a empurrou, como se fosse uma porta qualquer.

— Yo. Sakura. Naruto. Acho que você pode, pelo menos, bater da próxima vez, não acha? – disse, reprovando o comportamento arruaceiro do ex-aluno.

— Hehe, pra que formalidades, Sensei... – justificou-se, sorrindo amarelo.

Sakura, ao observar a interação entre sensei e aluno, não havia ainda encarado o moreno que se encontrava em pé, um pouco à frente da mesa do Hokage. Incerta do que viria a seguir, resolveu encarar seu amor platônico, apenas para vê-lo olhando-a discretamente.

— Tadaima, Sakura. – Sasuke disse, virando o rosto para olhá-la, demonstrando uma expressão neutra.

— Okaeri, Sasuke-kun – a rosada respondeu, sentindo-se corar intensamente. De repente, Sakura sentia-se novamente com doze anos. Uma menina apaixonada e impotente.

Após isso, Sasuke voltou-se novamente ao Hokage, continuando sua interrompida conversa.  

A cabeça de Sakura girava. Ela podia jurar que todos podiam ouvir seu coração bater, devido ao estado de euforia que se encontrava. Era uma mistura de felicidade e insegurança, que apenas duas palavras de seu amado foram capazes de provocar. Felicidade, porque finalmente, ele havia voltado. Insegurança, pois sentia que algo não estava certo. Ao entrarem na sala, Sakura notou uma expressão de irritação na face de Kakashi, coisa atípica, vindo de seu calmo sensei.

A garota, tentando conter suas emoções, mal prestava atenção no diálogo que ocorria à sua frente. Só passou a prestar atenção quando Naruto, praticamente voando no pescoço do melhor amigo, gritou:

— COMO ASSIM VOCÊ JÁ VAI EMBORA AMANHÃ? – perguntou, indignação pingando em cada palavra dirigida a Sasuke.

— Há muito para se ver ainda. Além do mais, a Vila ainda pode estar correndo perigo, por isso preciso investigar melhor. – disse, calmamente, ignorando o ataque que Naruto dava ao seu lado.

Kakashi, mesmo que relutante, disse:

— Tudo bem, Sasuke. – O Hatake deu de ombros. Sabia por experiência própria que não adiantaria nada confrontar o ex-aluno. Sabia o teimoso aquele Uchiha podia ser. – Bom, agora eu tenho assuntos importantes e chatos de Hokage que precisam ser resolvidos. À noite, porém, seria muito bom se pudéssemos nos reunir...

Naruto, que estava a ponto de explodir de indignação, pôs-se a esboçar um sorriso gigantesco, dizendo:

— Só se for no Ramen Ichiraku!

Kakashi assentiu, dando um sorriso divertido abaixo de sua máscara. Sasuke soltou um grunhido, que poderia ser traduzido como um “sim”. Naruto, virando-se para Sakura que se encontrava meio alheia a tudo, perguntou:

— O que acha, Sakura-chan?

Haruno, balançando a cabeça, concordou, tentando esconder a tristeza em sua voz:

—C-Claro, Naruto. Vai ser ótimo, tenho certeza. – Tentou sorrir o mais brilhantemente que pôde, ainda tentando acreditar no que havia ouvido.

— Crianças, agora saiam todos, por favor. – Kakashi disse, num tom paternal.

O clássico Time sete saiu da sala do Hokage. Naruto e Sasuke seguiam à frente, empenhados numa conversa trivial regada por insultos. O Uzumaki, como sempre, falava num tom alto, irritado pelas provocações do melhor amigo.

Sakura seguia atrás. Naquele momento, ela só queria chorar. Chorar muito. “Quando ele finalmente volta, simplesmente vai embora de novo...” Pensou, tristemente. Quando ouviu Sasuke dizer que iria embora no dia seguinte, Sakura sentiu algo quebrar, mais uma vez, dentro de si. Ela queria pedir a Sasuke para ficar. Com ela. Queria lhe contar a quão perdida e ansiosa sentia-se sob a perspectiva de não tê-lo ao seu lado por mais tempo. Sentia-se em seu limite emocional, e antes que quebrasse, resolveu sair da vista de seus amigos.

— Uh, Naruto, Sasuke, eu tenho umas coisas para fazer hoje, então vejo vocês à noite, ok? – disse e se retirou, sem esperar uma resposta.

Naruto ia atrás dela, porém foi parado por um Sasuke que demonstrava uma misteriosa expressão.

Após sair de perto de seus amigos, Sakura correu. Correu até sentir-se segura o bastante para chorar sem que ninguém a visse. O lugar que escolheu foram as margens de um riacho profundo que corria não muito longe dali.

Perante as águas, a garota sentia-se acolhida. Era incrível como um elemento da natureza, além de conceder vida, poderia também trazer a morte. Ao sentar na beira do riacho, Sakura observou seu reflexo refletido nas calmas águas cristalinas que corriam ali, em contraste com o interior da garota, que demonstrava estar mais próximo de uma tempestade arrasadora.

—  Até quando você vai sofrer por alguém como ele?

Ao dizer estas palavras enquanto olhava para seu próprio reflexo, Sakura chorou. Queria que as águas levassem sua angústia, esse sentimento que sentia consumir seu peito,involuntariamente. Conforme suas lágrimas desciam livremente por seu alvo rosto, Sakura não tinha mais certeza se aguentava esse vai e vem intenso de suas emoções. A garota tirou suas sandálias, mergulhando seus pés na água, e ao jogar a cabeça para trás, queria que o barulho semelhante a um tambor, que tocava incansavelmente toda vez que pensava em Sasuke, parasse de uma vez por todas. O barulho, porém, provinha de seu próprio coração, que delatava a qualquer um o apogeu das emoções de Sakura, na forma de descompassados batimentos cardíacos.

Sakura Haruno, após sentir-se despedaçar, recompôs-se, dando uma última olhada em seu reflexo na água. A garota lentamente se levantou, secou suas lágrimas, vestiu suas sandálias e lentamente foi andando até seu apartamento, desejando que tudo aquilo desaparecesse.


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Notas finais do capítulo

Era para ser uma oneshot, mas optei por separar em duas partes. Se acharem algum erro, por favor, me avisem.
E, se puder deixar um comentário, eu agradeceria muito ♥
Creio que daqui uma semana o capítulo final já seja postado, ele é bem mais curto em comparação a esse.
Beijos, e obrigada por ler até aqui. :)



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