Em 3ª Pessoa

O município parou completamente para assistir, ao vivo, ao sequestro de uma família que residia em um rancho na zona rural. O meliante era um caseiro que tomava conta do lugar enquanto os moradores viviam numa residência da capital cearense. Tudo aconteceu depois de um surto do homem, atacou a dona da casa e seus dois filhos, ameaçou-os com um revólver. Desde madrugada que a mulher e seus dois filhos eram feitos de reféns e a manhã estava chegando. Foi preciso uma empregada, que entrava de manhã bem cedo, relatar o ocorrido à polícia e assim a PM começou a fazer campana no rancho e na tentativa de dissuadir o sequestrador. A policia militar ficou trabalhando com a civil para concluir esse caso, mas o homem não quis conversa e deu prazo de poucas horas para matar os três.

— Precisamos de ajuda rápida. Precisamos do Inspetor Ronaldo Lucena nesse caso pra ontem — disse um policial.

Alguns minutos depois, um carro descaracterizado da polícia civil entrou na propriedade particular e dele saíram dois homens. O primeiro era jovem e negro, estatura mediana; o outro era ruivo, com seus quase quarenta anos de vida, o que era realmente notável pois sua barba já era meio grisalha. Esse ruivo era um tanto forte e era o inspetor tanto mencionado.

— Inspetor Ronaldo e detetive João. Que bom que vieram, porque a coisa ficou feia. O sequestrador está lá, firme e forte. Não se contenta nem em deixar as crianças livres. Felizmente o maldito ainda não matou ninguém — relatou o delegado. — Um caso bem intrigante.

— Por quê?

— Ele fala que alguém chamado Belial o possuiu e agora está usando seu poder para purificar o planeta das pessoas más. Não entendi muita coisa.

Um clima de mistério surgiu.