Estórias De Horror - 2ª Temporada escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 34
Capítulo X




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Sou o agente do caos, a criatura mais impiedosa deste planeta, não tenho remorsos, não há nada dentro do meu coração. Quando tinha 5 anos, eu brigava muito com os meus irmãos por causa dos carrinhos que o meu pai comprava para o primogênito. A inveja me corroía por dentro. Aos 11 anos matei o gato filhote de estimação da minha vizinha. Odeio gatos. Naquele dia, decidi dar um pouco de patê com veneno para matar ratos. O animal babou tanto que sangrou. Aos 17 namorei uma garota linda chamada Petra, mas não deu certo. Decidi me afastar mais ainda. Aos 22 anos, eu matei meu irmão mais velho num incêndio em casa. Nunca fui acusado do ocorrido. Meu pai morreu há um ano, minha mãe quando eu tinha 2 anos e minha irmã caçula foi para o orfanato — no caso era a minha meia irmã.

Sou um psicopata em todos os sentidos. Não tenho sentimento algum. Segundo os especialistas, a psicopatia e a sociopatia são adquiridas ainda no feto. A criança nasce e vai crescendo sem uma parte do cérebro ligada à emoção da empatia ou do arrependimento. É como nascer sem um braço ou perna. Existem pessoas más, porque se tornaram más — exemplo do filme Doce Vingança. Os psicopatas, no entanto, são a personificação desse mal. Pessoas comuns que são perversas tendem a ser assim por serem influenciadas ou por desejo de vingança; nós não. Entretanto, os psicopatas/ sociopatas podem viver em sociedade. Segundo um estudo, seu vizinho pode ser um, seu filho pode ser um. O que nos segura de cometer atrocidades é sabermos que há leis penais em qualquer parte do planeta. Dê uma pistola a uma pessoa normal e mande-a matar alguém, se ela não matar é porque ela vai ter a consciência pesada depois; faça um mesmo com um psicopata, se não atirar é porque, mesmo sem a consciência pesada, o medo de ficar 20 anos na cadeia é maior. 

Essa falta de empatia que eu tenho me dá mais coragem que os meus dois companheiros, sobretudo o Ivan. Depois que capturamos o agenciador, ele ficou fazendo perguntas.

— Está na hora do trabalho — peguei a marreta.

Mandei Ivan filmar tudo enquanto Aleksêi e eu matávamos o indivíduo. Colocamos aquele velho deitado numa pedra alta. Sem pensar duas vezes marretei o torax dele, que deve ter esmagado na mesma hora. O cara soltou um chiado, sua cabeça ficou roxa, provavelmente perfurei-lhe os pulmões. Aleksêi marretou as pernas. Ivan tremia um pouco.

— Segura essa câmera direito, caralho! — gritei.

Peguei uma chave de fenda, perfurei a órbita dos seus olhos e arranquei os dois. Jorrou tanto sangue dali. Depois marretei seu rosto tantas vezes que ficou 100% desfigurado.

— Tá bom, Donovan. Mata logo ele — ladrãozinho frouxo.

— Ficou com peninha? Vambora.

Cortei-lhe o pescoço para matá-lo de uma vez. O cara pode ser o que for, menos santo. Seus olhos ficarão comigo como troféu, assim como da vítima anterior.

Arrumamos tudo e partimos para o carro. Ainda havia pingos de sangue no meu rosto. Fomos embora.

— Sabe o que eu acho, Ivan? Está amolecendo. Vamos ganhar muito com esse Snuff. Mais 8 vítimas e terminamos o que nosso Petrov começou.

Ele estava amolecendo.

Guardei os olhos do agenciador num vidro de conserva. Eram dois, e cada um tinha um rótulo com o mandamento respectivo.

 

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