Unsolved escrita por Strela Ravenclaw
Notas iniciais do capítulo
Olá ♡
Boa leitura amores, saudades de vocês!
Desculpe se houver algum erro, tô caindo de sono! :(
Clarissa Narrando
As coisas esquentaram em todos os sentidos entre mim e Andrew. – O jeito como ele me toca, me beija, me olha, me faz delirar.
As vezes queria não ceder tão facilmente a ele. – E foi com esse desejo que acordei as três da manhã e não o vi na cama.
Sei que não devo esperar muita coisa do Andrew, eu assumi os riscos de me envolver com ele. – Desde o começo sabia o quanto ele era complicado.
Mas ainda assim é tão foda acordar e não vê-lo aqui, isso me faz cair na real que é sempre só uma transa pra ele.
Me levanto da cama e me dou conta de que ainda estou nua. – Pego o robe que eu estava usando antes e o coloco. – Desço as escadas sem pressa e vou até a cozinha beber um copo d'água.
Me encosto no balcão de mármore frio e fecho os olhos.
Me lembro do que Samantha me contou antes de morrer. – Que minha mãe já havia planejado que Andrew se apaixonasse por mim. – Isso seria impossível, mamãe. Penso.
Saio do cômodo sentindo o chão frio causar atrito em meus pés descalços. – Assim que passo pela sala Andrew sai do escritório falando no telefone.
— Depois a gente se fala Dave. – ele me olha de um jeito estranho e desliga o telefone. – O que faz aqui? – indaga.
— Vim beber água. – digo sem muito entusiasmo.
Estou decepcionada por continuar com isso.
— A essa hora?! – sinto um tom de deboche em sua voz.
— Sim Andrew. Por que, as pessoas não podem sentir sede as três da manhã? – indago sem paciência.
— Posso saber porque está irritada comigo? – Ele chega perto de mim.
— Não estou irritada com você, estou irritada comigo por ser uma idiota! – digo e dou as costas pra ele subindo as escadas.
Sei que Andrew está logo atrás de mim e ele se faz anunciar quando entra no quarto batendo a porta com força.
— Não faz barulho, sua mãe está dormindo! – tento controlar a voz para não sair tão alta.
— Você não pensou nisso quando estava gemendo meu nome. – ele ironiza de um jeito que me irrita.
Estou vermelha de raiva e vergonha. – Olho em seus olhos azuis frios.
— Você é um babaca do caralho! – xingo com raiva e ele da um sorrisinho de deboche.
— Eu já sei que você sabe falar palavrão, garotinha. – sua ironia me deixa ainda mais irritada.
— Por que você não volta pro seu escritório, Andrew?! Ou melhor, por que não vai pra rua?! – indago temendo a resposta.
— Então é isso?! – seu tom de voz é quase como se ele tivesse achando graça.
— Isso o que?
— Você acha que eu deveria ficar aqui como um idiota apaixonado?! Clarissa sinceramente... – ele se aproxima de mim e sorri com deboche. – pensei que você fosse mais inteligente, sabe. É só diversão, amor. – a ironia usada na última palavra é nítida.
Sinto a raiva me invadir e me imagino estapeando a cara dele.
— Você é um vadio, Andrew. – me afasto dele e passo a mão pelo meu cabelo nervosamente. – Em pensar que minha mãe achou que eu um dia me apaixonaria por alguém como você. – sorrio com deboche pra ele.
Andrew me lança um olhar estranho. – Quase como decepcionado?! – Se sim, era exatamente o que eu queria, estou usando do próprio veneno dele.
Pois da minha boca não vai sair que eu posso estar completamente apaixonada por ele.
Seu olhar muda rapidamente. – Agora ele me analisa.
— O que disse? – indaga.
— Isso mesmo que você escutou... – ele me interrompe.
— Você sabia o que sua mãe estava planejando?
— O que?! Não! Espera aí... – pauso. – Você também não sabia?!
— Não. – Andrew diz com raiva.
— Então ela enganou você. – sorrio fazendo ele me olhar feio. – Quem diria não é mesmo?!
— Não é como se o plano ridículo dela fosse dar certo. Olha pra mim, eu nunca me apaixonaria por você. – diz impassível.
Suas palavras me incomodam, me atingem e magoam. – Mas por mais que ele queira parecer tão verdadeiro quando as diz, seus olhos parecem mentir.
— É recíproco. – minto com firmeza.
— Você mente muito mal, Clarissa. – seu sorriso convencido molda seus lábios.
— Você também mente muito mal, Andrew. – Ele volta a se aproximar de mim.
— Está dizendo que estou mentindo?!
— Se você não sentisse nada por mim, teria me entregado aos Acionistas. Eles iam te dar dinheiro por mim, poder... Mas você negou, Andrew, e não me diga que é só por orgulho. – digo, ele estreita os olhos analisando minhas palavras. Sua expressão transmiti firmeza, mas seu olhar não.
— Se quer acreditar em uma ilusão criada pela sua mente, acredite. – seu irritante sorriso volta intacto.
— Se quer mentir pra você mesmo, minta. Pode fingir o quanto quiser que não gosta de mim, mas a verdade sempre vai voltar pra te atormentar. – sorrio da mesma maneira pra ele.
— Garota... – seu rosto está tão próximo do meu que nossas bocas quase se encostam.
Levanto minha cabeça fazendo com que nossos lábios se toquem. – O vejo fechar os olhos e me afasto.
— Boa noite, Andrew. – digo. Ele me olha desafiador.
Vou até a cama e me deito, o colchão afunda ao meu lado. – Me viro rapidamente e vejo que ele deitou.
....
O dia amanhece quente, ensolarado. – Me levanto e vou diretamente pro banheiro. – O reflexo a minha frente me faz lembrar da noite anterior. – De cada toque, beijo... Passo os dedos pelas marcas vermelhas no meu pescoço. – Andrew é um desgraçado, ele adora me marcar com esses chupões. – Mas também me lembro da discussão que tivemos, por mais breve que fosse, ficou claro que ceder é uma coisa que ele não quer fazer. – É tão difícil assim se permitir gostar de alguém?!
Claro que isso deve ter haver com a perda da Angel. – Não é preciso ser nenhum gênio pra associar isso. – Ele deve ter medo de se envolver com outra pessoa.
Tomo meu banho ainda com esses pensamentos na cabeça. – Visto um short jeans preto de cintura alta e uma camiseta branca grande, fico descalça mesmo e apenas penteio meu cabelo, que agora está úmido.
Desço as escadas e assim que adentro a cozinha vejo Amélia tomando café. – A cumprimento com um beijo no rosto e me pergunto mentalmente se ela escutou alguma coisa que aconteceu entre mim e Andrew.
— Bom dia, Clary. Como vai? – pergunta com gentileza enquanto me sirvo.
— Estou bem, e você? – sorrio gentil pra ela.
— Uhum. – confirma sorrindo também.
Andrew adentra a cozinha depois de alguns minutos para minha surpresa. – Pensei que ele já havia saído.
Amélia e eu prosseguimos com uma conversa sobre coisas aleatórias. – Estou de pé apoiada com os cotovelos no balcão. – Andrew passa por trás de mim e bate na minha bunda.
— Qual o seu problema? – indago com irritação e vergonha.
Amélia nos olha e ri. – Andrew parece disposto a me irritar.
— Você não reclamou ontem. – pisca sorrindo maliciosamente.
— Andrew! – repreendo ele. – Cala boca. – ele sorri convencido antes de sair do cômodo.
— Vocês dois não tem jeito! – Amélia diz rindo.
A tarde tive o prazer de ter a visita da Megan. – que quase me sufocou com seus abraços.
— Você não imagina falta que me fez! Queria ter vindo antes te ver. – Ela dizia.
Passamos o dia no quarto jogando conversa fora e assistindo filmes românticos. – Colocamos a conversa em dia, e contei tudo sobre os Acionistas e a viagem. Deixei de fora apenas os detalhes em que eu e Andrew fazíamos amor.
— E você e o Andrew? Como estão? – Ela indaga.
— Não sei dizer. Ele é tão complicado, me dá nos nervos. – digo bufando, ela ri.
— O que ele fez?
Conto sobre o que minha mãe planejou desde o começo. – Andrew e eu nos apaixonarmos, e conto sobre a noite de ontem.
— Ele deve ter ficado mais confuso depois de saber disso... – Megan fala. – Sabe essa coisa de se apaixonar, é ainda mais complicada pra ele.
— Por causa da Angel?! – indago.
— Sim. Muito provavelmente. – Ela confirma. – O Andrew parece bem preso ao passado ainda...
— Uhum. – concordo plenamente com ela. E isso me causa um incômodo na boca do estômago.
— Mas desde a Angel, eu nunca vi ele se envolver emocionalmente com ninguém. Não como ele se envolveu com você. – Megan sorri ao ver minhas bochechas vermelhas. – Eu acho que ele tá caidinho por você, mas é orgulhoso demais pra admitir isso.
— Acho que ele não vai permitir que isso aconteça. O Andrew é muito controlador...
— Em todos os sentidos né?! – Megan diz maliciosamente.
— Sim, em todos. – confirmo rindo e escondendo o rosto no travesseiro.
— Vocês parecem ter uma conexão do caralho. – Megan fala atraindo minha atenção.
— Não acho...
— Pois eu tenho certeza! – diz convencida. – É só questão de tempo até ele perceber.
As horas se passam e quando é de noite Megan vai embora. – Eu e Amélia jantamos na cozinha mesmo, e logo depois de me ajudar a organizar tudo, ela vai embora.
Tomo um banho, coloco uma roupa leve – um short curto de pano, e uma camiseta simples. – Me jogo no sofá da sala e fico lendo um livro, enquanto a TV está ligada.
Só noto que Andrew chegou quando ele arranca o livro da minha mão. – Já é a segunda vez, e isso está me irritando. – Ele coloca o livro na pequena mesa de centro.
Não tenho tempo de levantar do sofá, porque ele rapidamente se coloca por cima de mim. – Estamos tão próximos que sinto seu cheiro invadir-me.
Seus olhos estão azuis claros, como o céu, a pupila dilatada enquanto olha pra mim. – Preciso resistir a ele.
Seu rosto se aproxima do meu, e antes que sua boca possa tocar a minha, viro o rosto rapidamente.
— Sai Andrew! – peço olhando pra qualquer lugar que não seja os olhos dele.
— O que? – indaga. – Olha pra mim, Clarissa!
Demoro alguns segundos, mas acabo olhando em seus olhos novamente.
— Eu pedi pra você sair! – digo com firmeza. – Não sou sua diversão!
— Então é isso?! – Ele estreita os olhos levemente me analisando, mas acaba cedendo e sai de cima de mim.
Andrew fica de pé e eu permaneço sentada no sofá. – Ele cruza os braços.
— Realmente você não sabe esconder o que sente, Clarissa. – diz com superioridade.
Me levanto e fico de frente pra ele.
— Já você... – digo e ele sorri debochado. – Esconde muito bem!
— O que quer dizer?
— Sério Andrew?! – ironizo.
— Eu já te falei, se quer acreditar nessas suas fantasias que eu sou apaixonado por você, vá em frente. – ele da um passo e ficamos mais próximos, sua mão toca meu queixo. – Por que você não sabe se divertir, amor? – Ele usa a ironia de novo, e eu sinto vontade de bater no seu lindo rosto.
— Vai se foder, Andrew! – xingo e ele ri.
— Eu até queria com você, mas hoje está difícil. – sua risada me deixa ainda mais irritada.
Ele se afasta e sobe as escadas indo em direção ao quarto. – Decido ficar na sala por mais um tempo, volto a ler o livro mas estou desconcentrada, leio o mesmo parágrafo cinco vezes e acabo pegando no sono ali mesmo.
Quando acordo na manhã seguinte estranho o lugar onde estou. – Como vim parar no quarto? – Andrew só pode ter me carregado até aqui.
Olho para baixo das cobertas e vejo que não estou mais vestindo a roupa de ontem. – Uma blusa dele cobre meu corpo.
Andrew sai do banheiro de toalha e balança o cabelo de um jeito tão sensual que coisas impuras passam pela minha mente.
— Você tirou minha roupa? – indago sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.
— Sim. Não é como se eu nunca tivesse visto você sem elas. – diz sorrindo safado.
Me levanto da cama ainda sobre o olhar dele. – Antes que eu entre no banheiro Andrew me puxa pela cintura. – Sinto seu membro duro na minha bunda, a mão dele adentra por dentro da camisa e ele acaricia meu seio. – Fecho os olhos tentando recuperar minha sanidade mental. – Não vou ceder, não vou.
— Me solta! – peço. Ele começa a distribuir beijos pela extensão do meu pescoço e mordo o lábio abafando um gemido.
— Tem certeza? – indaga rouco perto do meu ouvido.
— Absoluta. – Pego em sua mão que está dentro da camiseta e puxo para baixo.
Ele me solta e se afasta de mim com irritação. – Se eu sou só uma diversão pra ele, então não vai me ter.
A semana seguiu assim, com Andrew cada vez mais maluco sexualmente falando. – Toda vez que ele me via, tentava me agarrar e eu resistia bravamente as investidas dele. – Estávamos em um misto de excitação e irritação um com o outro.
Andrew Narrando
Fazia mais de uma semana que Clarissa estava fugindo de mim. – Tudo porque a garota meteu na cabeça que eu nego que tenho sentimentos por ela.
Pra mim tudo sempre tem que ser físico. – Atração, sexo. Apenas isso. – Pensei que se ela não me quisesse, eu fosse conseguir me saciar com outra, mas parece que o caralho do meu pau só quer ela.
Que eu não consigo ficar com outras mulheres a muito tempo, não é novidade. – Mas eu tinha Clarissa pra saciar minha vontade, e agora ela simplesmente não quer mais. – E porra, não sei o que fazer pra essa maldita vontade de ter ela passar.
A falta dela estava afetando até mesmo o meu humor, e Dave se aproveitava ao máximo para me irritar nas horas vagas.
— Nick eu tenho certeza que o Andrew está sexualmente frustrado. – ele disse enquanto resolviamos alguns negócios.
— Cala boca seu filho da puta! – xingo sem paciência e ele cai na gargalhada.
— Vou ir pra boate antes que essa frustração passe pra mim! – Jogo um objeto qualquer na direção dele, mas Dave desvia e sai correndo porta a fora.
— Desgraçado! – xingo mais uma vez e Nick olha pra mim.
— Cara o que tá acontecendo? - indaga fechando o notebook.
— Nada Nick!
— Drew eu te conheço... – ele insiste e eu bufo insatisfeito.
— A Clarissa... – digo e vejo um sorriso se formar na boca dele. – Se for comecar a rir porra, não vou falar nada!
— Relaxa Andrew! Caralho.
— A Clarissa tá fazendo graça e isso me deixa estressado! – digo me sentindo constrangido.
— O que você fez? – Nick indaga e meu olhar não poderia ser mais incrédulo.
— Por que eu teria feito algo, porra?
— Porque eu te conheço Drew. – ele sorri. – Olha, só me conta logo o que aconteceu.
Passo por cima do meu orgulho e conto a ele. – Nick escuta tudo com atenção.
— Qual o problema de assumir que você está apaixonado por ela? – indaga.
— Nick você escutou o que eu disse? Caralho, eu não estou apaixonado por ela! – minha irritação é notória.
— Para de ser mentiroso, Drew! Eu te conheço a anos...
— E daí? – sorrio debochado pra ele.
— Sei quando você está mentindo! – Nick diz com superioridade. – E está fazendo isso exatamente agora...
— Não estou! – Me levanto irritado.
Caminho pela sala enquanto Nick me observa.
— A verdade Andrew, que a pior forma de mentira, é quando mentimos pra nós mesmos... – suas palavras atraem minha atenção.
— Que porra você é agora Nick, um psicólogo? – ironizo e ele me olha com impaciência.
— Seja sincero sobre o que sente pela Clary uma vez na vida, Drew! – fala. – Não precisa dizer pra mim que você está apaixonado por ela, só assuma pra você...
Fico em silêncio e volto a me sentar na cadeira. – Nick retoma o que estava fazendo no notebook. – Longos minutos se passam até eu decidir romper o silêncio.
— Eu jurei que não ficaria vulnerável a essas merdas de sentimentos. – digo encostando a cabeça na cadeira, fecho os olhos me lembrando da Angel.
— Eu sei o quanto isso é difícil pra você, ainda mais depois de perde a... – Nick se interrompe e não pronuncia o nome dela. – Enfim, acho que você pode quebrar algumas promessas.
— Não acho que eu seja capaz disso. – digo abrindo os olhos e fitando o teto.
— Drew, só depende de você. – Nick fala e encerramos o assunto ali.
Penso nas coisas que ele me disse e parte de mim acha tudo ridículo. – Mas por outro lado suas palavras me atormentam.
Nick avisa que vai descer para boate e ver como estão as vendas. – Eu acabo indo pra casa sem pensar muito no que pretendo fazer. – Sei que se pensar demais vou acabar me arrependendo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Faça uma autora feliz e motivada, comente! ♡
PS: Eu amo o Nick sendo sensato gente haha. Digam o que mais gostaram no cap ♡
Beijos ❤