Singular escrita por Bruninhazinha


Capítulo 1
Singular


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero pedir perdão pelos erros gramaticais.
É a minha primeira história no universo de Jovens Titãs e está bem mamão com açúcar, mas ainda tenho esperanças de que alguém goste haha
Dedicada à minha amiga/irmã, Mayara Marques ♥
Boa leitura!



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Mutano aprendeu com o tempo que as pessoas são diferentes. Não há, em todo planeta, indivíduos com as mesmas características pessoais. Pode sim haver uma coisinha aqui outra acolá que sejam semelhantes como, por exemplo, gostos, talentos ou modo de pensar, mas nada é inteiramente igual.

Todos os membros da Torre Titã possuíam suas diferenças. Asa-Noturna era dono de uma serenidade assustadora e um senso de responsabilidade altíssimo, coisa que Mutano pouco tinha. Já Estelar era toda sorrisos, radiante como uma manhã ensolarada e o metamorfo adorava importunar a amiga apenas para vê-la um pouco mais zangada que o normal. Ciborgue era o único que possuía a personalidade mais parecida com a de Mutano, entretanto era quase que um fanático por carne, enquanto o metamorfo era vegetariano de carteirinha, o que motivava brigas e mais brigas entre os dois à respeito do que comeriam nas refeições.

Só que ninguém naquela Torre tinha características tão discrepantes das de Garfield como Ravena. Ah, ela era que nem a brisa: calma, suave e leve. Já Mutano era como um mar revolto em plena tempestade.

Eles eram negativo e positivo; bastava entrar em contato para gerar um estrago enorme. Quando tentavam engajar uma conversa civilizada, as coisas geralmente saíam um pouquinho do controle. No fim, o que era para ser um diálogo agradável, tornava-se uma cena de guerra, terminando sempre com Ravena acertando objetos em Garfield, xingando todos os ancestrais do rapaz e o amaldiçoando com palavras que jamais deveriam ser ditas.

E, mesmo que parecesse estupidez ou masoquismo, ele gostava. Gostava de ver a calmaria dela, equiparada com a brisa, transformar-se em um furacão, uma ventania forte capaz de derrubar qualquer um.

Seu senso de responsabilidade — que sequer sabia que existia — sempre apitava quando pensava em aproximar da jovem. Era quase que um instinto que dizia para se afastar, manter sua vida — e os dentes — no lugar.

Mas Ravena era uma incógnita, uma equação pedindo para ser resolvida à qualquer custo.

Mutano amava mistérios e Ravena era um.

E, após um tempo, percebeu que não amava só mistérios, como também amava a garota misteriosa.

E ele demonstrava, escancarava seus sentimentos e gritava ao mundo que a amava. Nem mesmo as diferenças foram capaz de mantê-lo afastado, porque quando se ama nada mais importa. No entanto, sentia-se frustrado por ela não fazer nada e, querendo ou não, entendia que era seu jeito fechado, calado, às vezes até mesmo inseguro.

E concluiu as inseguranças dela quando, em uma noite de terça-feira, a empata o abordou no corredor dos dormitórios e perguntou:

— Mas por quê? — indagou, referindo-se aos sentimentos do rapaz — Você não me acha... esquisita?

Ele encarou o rosto feminino, a pele leitosa ainda mais pálida por conta da pouca iluminação.

— Esquisita é um adjetivo muito forte. Eu diria singular.

Ela cruzou os braços e conteve um rolar de olhos.

— É a mesma coisa.

— Não digo que você é singular de uma forma ruim, Rae. — explicou-se, abrindo um sorriso pequeno. Ravena pareceu confusa. — Quero dizer que você é única e especial. Me apaixonei por você, por tudo o que há em você, incluindo todas as suas diferenças e esquisitices. No amor as diferenças não atrapalham, Rae, elas se completam.

Mutano estava, sim, frustado por ela não expressar os próprios sentimentos só que, naquele momento, isso não importou muito, pois soube que havia reciprocidade; soube porque, ao olhar para os olhos ametistas da moça, enxergou um brilho sutil, quase imperceptível. Ela repuxou o canto da boca, enfeitando o rosto com um sorriso pequeno e ele pôde ver, pela primeira vez, os reais sentimentos dela: felicidade. Felicidade por ser amada e por também amar.

 


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