Eu sou a Lenda escrita por Karina Ferreira


Capítulo 17
II-I Fome


Notas iniciais do capítulo

Prontas para conhecerem o elenco elemental da história?



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Aos poucos a mente turva de Zsadist foi voltando e o vampiro podia escutar ao longe um assovio muito comum a ele seguido do estalar que antecedia a dor. O som foi ficando mais nítido e próximo a medida em que a dor também passava a ser clara para ele

Com dificuldade, abriu os olhos identificando que estava preso ao tronco e um carrasco açoitava suas costas. Olhou em volta, o céu claro, os membros da glymera* que assistiam ao castigo e logo foi tomado por compreensão, ele tinha voltado de onde parara

Cansado de todos os maltrato e abusos que sofria por sua ama, Z a matara e fora condenado a morte por isso. Em outro tempo, no meio de seu açoite, Rhage surgira como um enviado da Virgem anunciando que, a pedido de Nalla, o rei havia decretado o fim da prática de escravos de sangue. Não podia contar com a mesma sorte daquela vez. Fechou os olhos rezando a Virgem para que a fêmea fosse feliz enquanto aguentava calado os golpes que cortavam a pele e faziam suas pernas fraquejarem

— Pare! – seria capaz de reconhecer a voz do macho que salvara a sua vida por mais de uma vez em qualquer lugar, mas escuta-la, ao contrario de uma outra vez em que estivera na mesma situação, daquela vez, não lhe trouxe alivio – O rei ordena que pare esse açoite imediatamente – não podia ver o macho falando atrás de si, mas as palavras desse o desesperavam, não era assim que deveria ser, ele aceitara voltar a ser escravo por Nalla, a Virgem podia voltar atrás em sua palavra se acreditasse que não cumprira com o combinado

— Esse escravo matou uma fêmea de casta e está sendo punido por isso- falou o carrasco

— Existem fatos que comprovem suas palavras? – perguntou o loiro aguardando uma resposta – pois então, eu, em nome do rei, decreto esse castigo finalizado. Sua majestade reclama o escravo para si – o escravo foi solto de forma brusca e sem conseguir equilibrar-se em suas próprias pernas caiu ao chão

Lutando para que o corpo o obedecesse Z colocou-se de pé olhando de Rhage para o carrasco que com fúria o golpeou uma ultima vez no rosto, para então virar-se em seus calcanhares e sair dali sobre o burburinho de indignação causado pelos membros da glymera*

Zsadist não precisava olhar o próprio reflexo, sabia perfeitamente que o golpe do outro o marcaria eternamente o rosto, a marca de sua vergonha, a marca que o tornava repulsivo a todos que o olhassem

— Irmão, onde está Nalla? Ela está bem? – perguntou em desespero para Rhage enquanto se aproximava cambaleante do outro. O loiro sempre o tratou como um igual, e pela Virgem, era o único que Zsadist podia chamar verdadeiramente de amigo, fora ele quem ensinou tudo o que sabia sobre luta. Mas naquele dia, pela primeira vez, Z viu somente desprezo nos olhos do vampiro

— Não sou irmão de escravo – falou de maneira dura – E não conheço Nalla alguma

...

Bella estava hipnotizada pelos olhos negros que refletiam o brilho da chama ainda acesa na mão do híbrido. Não queria nutrir sentimento algum pelo macho, decidira isso no momento em que descobriu estar emparelhada a criança da lenda, mas contrariando tudo o que tinha como princípio e questão de honra, dentro dela crescia o temor de precisar ficar longe do híbrido, ainda pior, o medo de ser obrigada a mata-lo para proteger a joia

Pensando em seus medos e inseguranças, aproximou o rosto do outro o beijando em busca de conforto, como se com aquele contato, tudo fosse ser resolvido e eles não precisariam se separar por pertencerem a lados diferentes naquela guerra

Edward correspondeu ao beijo com a mesma intensidade de sentimentos e temores, fez a pequena chama acesa em sua mão retornar para dentro de seu corpo e a abraçou como se pretendesse a prender contra si para que nunca mais se distanciassem. Ao longe, pode escutar passos indo de pressa de encontro a eles, Bella gemeu contrariada e fez menção de que se afastaria, mas ele a manteve no lugar, não estava pronto para deixa-la ir, ainda mais tendo consciência de que aquele poderia ser o ultimo contato entre eles

— Leelan*? – no começo, Edward não gostava do vampiro pelo simples fato de ser vampiro, depois, mesmo que tentasse convencer a si mesmo do contrário, não suportava o macho por claramente existir algo profundo entre ele e Isabella. Mas ali, naquele momento, o odiava por estar colocando fim a algo que ele gostaria de prolongar eternamente. Tentou manter Isabella presa junto a si, mas a vampira os afastou voltando-se para o vampiro que ajoelhou-se perante ela com uma adaga negra em mãos a fincando no chão

— Não! – gritou Isabella aparentando temor – levante imediatamente desse chão seu imbecil!

— Eu ofendi minha princesa, julguei suas ações e a tratei como um igual quanto esta somente tentava cumprir seu dever e fazer o que julgou ser melhor

— Cale a boca Emmett! – ordenou em gritos mas o vampiro a ignorou

— Eu quero oferecer um...

— Eu mandei calar a boca! – gritou a vampira empurrando o amigo que caiu sentado ao chão a olhando em culpa – você sabe que se oferecer um Rytho* a uma princesa a dívida é cobrada por toda a guarda

— Eu sei, mas errei e preciso pagar pelo meu erro

— Você é um imbecil Emmett, e não vai pagar por erro algum. Se faz questão realmente disso, deixemos a divida em aberto e no momento certo eu a cobro. Agora ande, temos que ir pra casa – se colocou de pé, deu uma ultima olhada em Edward e saiu dali sem olhar para trás enquanto o híbrido a acompanhava firmemente com os olhos

...

Os recrutas estavam enfileirados diante de um portal por onde eram despachados para suas casas. Todos estavam eufóricos por conseguirem completar o treinamento e agora poderem ver os familiares que a muito tempo não viam

Jasper sorriu para Edward e passou pelo portal, o híbrido que deveria ser o próximo atravessando o circulo azul, antes de o fazer, olhou uma ultima vez Isabella que sustentou o olhar do macho. Com um suspiro, Edward atravessou o portal

— Minha casa fica logo ali em frente – apontou Jasper – Onde fica a sua?

— Fica mais afastada, já quase na fronteira – o loiro o olhou espantado

— Com a barreira enfraquecida, talvez devêssemos tirar sua família de lá ao menos até que Bella passe pela transição e as guardiãs possam voltar lá – Edward assentiu sem querer dar motivos para desconfiança ao outro – Temos bastante espaço em casa, eu posso falar com meu pai para que sua família fique conosco até que tudo esteja resolvido, claro que terão que lidar com os problemas de bebidas dele, mas prometo cuidar para que ele não os chateie

— É muito generoso Jasper, podemos falar sobre isso em outra hora. Agora eu só quero ir para casa

— Edward? – o ruivo já ia em direção a fronteira quando o outro o chamou – Eu... Eu gosto de você, quero dizer, eu gosto muito de você – o loiro parecia nervoso, como alguém que confessa um pecado. Edward sorriu para ele e o puxou para um abraço forte

— Eu também gosto muito de você irmão! – Jasper devolveu o abraço gostando de como a palavra soou na boca do outro

...

Após se certificar de que não tinha ninguém por perto, Edward caminhava para a fronteira do território elemental quando o gigante dragão negro voou de dentro do campo de força em encontro a ele. A fera rugia feroz e batia as asas a poucos metros de distância do híbrido a ponto do vento causado pelo movimento balançar os cabelos acobreados

— Eu também senti a sua falta seu grande bobalhão – falou divertido para o bicho que pousou a frente dele abaixando a cabeça para que ele o afagasse. Edward afagou o dragão encostando sua testa na cabeça dele enquanto o alisava. O dragão rugiu mais uma vez para ele – Eu também não sei por que protegido ela – respondeu sincero recordando-se do dia em que esteve ali para que as guardiãs reforçassem a barreira e ele se ocupou unicamente em defender Isabella – Mas você agiu muito bem me ajudando – completou sorrindo e o dragão rugiu em resposta – É claro que ele estava de olho em mim, não me surpreendeu que tenha mandado Succubu a atacar. Mais uma vez, muito obrigada meu amigo, eu não teria conseguido sem você. E como estão todos na aldeia? – o dragão respondeu na língua que somente ele poderia compreender – vamos fazer o que tem que ser feito então

Edward montou as costas do dragão que logo levantou voo. Os dois partiram em direção as fazendas dos humanos. A ordem de Odin, foi que os humanos deveriam doar, todos os anos, uma pequena parte de sua colheita aos elementais e esses levavam muito a sério a ordem de que a doação deveria ser pequena, o que doavam nunca era o suficiente para manter os senhores dos elementos por muito tempo

Logo avistaram o gado pastando, Edward garantiu que não havia nenhum humano ali para vê-los ou se machucar, e então ordenou a Draco, seu dragão, que mergulhasse em direção aos animais. Enquanto se segurava ao dragão, o hibrido sorria saudoso de suas aventuras ao lado do amigo, o gado percebendo a aproximação do enorme bicho correu em fuga mas fora inútil, o dragão pegou um com as patas o apertando até que os ossos quebrassem e voou para a fronteira

Quando passou pelo campo de força o sorriso no rosto do hibrido morreu imediatamente. A situação em que seu povo vivia nunca fora considerada fácil por ele, mas agora, depois de viver com os vampiros e ver pessoalmente o quão abastados eles eram, a ponto de jogarem comida fora, a miséria dos elementais lhe parecia ainda mais dolorosa de se encarar

Não tinham troca de estação e graças a cúpula de energia lançada sobre o território deles, não podiam ver o céu e o ar era escasso, causando incômodo no hibrido após tanto tempo respirando ar puro. O chão infértil, era seco e rachado, não importando o quanto dominadores de água o humedecessem

Logo viu a pequena vila formada por casas simples de pedra, a medida em que se aproximava podia ver os aldeões se reunindo no pátio para comemorar sua volta com gritos empolgados, provavelmente por verem a carne que ele trazia. Deram espaço para que o dragão conseguisse pousar e logo os cercavam com sorrisos

Edward podia ver nas expressões ansiosas o quanto todos estavam famintos e desejosos pelo o que o hibrido os trouxe, mas ao contrário do que se espera de uma multidão esfomeada, não avançaram sobre o boi, como sempre, aguardaram que o próprio hibrido que o trouxe o oferecesse a eles

Quando saltou do dragão se colocando em frente ao povo, todos o reverenciaram em respeito, não fora sempre assim, o hibrido que precisou conquistar seu espaço, por muito tempo, foi motivo de chacota entre os demais. Como de costume, Edward também se curvou perante os aldeões, gostava de deixar claro que não era superior de forma alguma aos demais

— Trahyner*! - virou-se imediatamente vendo Alec correr empolgado em sua direção.

— Trahyner*! – respondeu em mesmo nível de empolgação abrindo os braços para receber o amigo, trocando um abraço de machos com ele

— Como está o do fogo? – saldou Alec o olhando firme aos olhos verdes, que para ele, era motivo de piada, já que era somente isso que diferenciava o hibrido dos demais

— Vivo como pode ver. E como está o da terra? – respondeu também olhando firme nos olhos completamente negros

— Entrando em um colapso de tédio sem você aqui – gargalhou dando tapinhas nas costas do amigo. Os machos que tinham a mesma idade sempre foram amigos, na infância, Alec protegia Edward dos demais garotos que o perturbavam e esteve sempre presente nos momentos importantes da vida do híbrido, conhecia a fundo a alma e os segredos daquele que chamavam de libhertador* e era o único, que após Edward ter provado seu valor, permanecia o tratando como igual – Quero saber de todos os detalhes, tudo o que viu e experimentou

— Não seja um futriqueiro Alec – zombou do amigo enquanto cortava um pedaço da perna do boi com a espada – Divida o bicho, preciso falar com o rei – acenou para o povo e logo montou novamente no dragão

— Vocês conhecem as regras, famílias com crianças e idosos ficam com as melhores partes – antes de partir, pode escutar o amigo orientar e ver o povo, sem reclamar, se organizar na fila deixando que as famílias com crianças e idosos fossem a frente. Era por eles que Edward estava naquela batalha, era por toda aquela gente que passava fome sem condições de produzir o próprio alimento que ele precisava lutar

Avistou a montanha onde vivia a primeira família* dos elementais com diversão. Vampiros tinham um castelo pomposo e coberto de pedras reluzentes, eles tinham uma caverna. Ele teria gargalhado do pensamento se não fosse a constatação do quanto eram pequenos em comparação a outra espécie

O dragão esverdeado de nome Succubu estava deitado ali e rugiu incomodado da aproximação do dragão negro, eles sabiam as regras, aquele era o território dele e o Draco não podia pisar ali. Edward saltou das costas do dragão ao chão, Succubu ainda cuspiu fogo no outro que o ignorou e voou para longe

— Irmão! – Edward viu o garoto de cabelos loiros correr na direção dele sorrindo abertamente. Jogou a carne que segurava ao chão no momento em que Anthony pulou nos braços dele levantando o garoto do chão e rodopiando com ele. De todas as satisfações de estar de volta, rever o irmão mais novo era a maior delas

— Eu acho que você cresceu garoto – afagou os cabelos loiros do pequeno elemental que estava na altura de seu estômago

— Eu acendi – contou empolgado – olha – o garoto incendiou todo o corpo sorrindo para o irmão de braços abertos para que o mais velho pudesse ver melhor. Edward soltou um grunhido de comemoração novamente pegando o outro nos braços, acendendo o próprio corpo para que suas chamas de misturassem as do menor

— Então o bastardo está de volta? – Edward olhou carrancudo o loiro que se aproximava de braços cruzados e pouco satisfeito em vê-lo. Edward novamente soltou Anthony pegando a carne do chão

— Não fale assim James! Ele é nosso irmão – repreendeu o mais novo

— Quantas vezes vou ter que repetir que esse bastardo não é nosso irmão Anthony? Ele é a arma de nosso pai e somente isso – o garoto já ia retomar aquele briga sem fim quando Edward segurou em seu ombro fazendo sinal de que não desse importância – Quem era a garota que estava protegendo? – perguntou o loiro

— Devo satisfações de minhas ações somente ao meu rei – respondeu de queixo travado passando pelo outro com a carne apoiada nos ombros

— Um dia eu serei o seu rei! – respondeu o outro carrancudo

— Quando esse dia chegar, espero já ter colocado fim a essa maldita guerra para poder ficar o mais longe possível de você

— Você fala como se realmente acreditasse ser capaz disso – debochou e Edward virou-se para ele o olhando de maneira presunçosa

— Se eu não for, será ainda melhor, já que diferente de mim, você não pode atravessar a fronteira – James deu um passo em direção ao híbrido o olhando com raiva. Edward permaneceu no lugar encarando o outro de maneira firme, Succubu se colocou de pé como se pretendesse defender o dono naquela luta

— Meu senhor – começou Aro fazendo uma reverencia diante de Edward – Seu pai já sabe que está aqui e o aguarda no trono – declarou o macho como se tentasse evitar o combate entre os irmãos. James bufou contrariado e Edward revirou os olhos cansado de repetir ao macho que o rei não era seu pai

— Deixe isso na cozinha por favor – pediu o hibrido indo para dentro da montanha

Anthony e James o acompanharam de perto, ambos em silêncio. Quando chegou ao trono, seus olhos não se apegaram a imagem do rei e da rainha sentados lado a lado em seus tronos, mas sim na ehros* em pé atrás do rei

A concubina vestida em seu longo vestido de tecido fino e tom vermelho, como o rei gostava, o olhava de forma terna e o sorriso no rosto demonstrava alívio em vê-lo. A mulher de cabelos acobreados como os seus, parecia se segurar no lugar tentando controlar a vontade de correr de encontro a ele. Mas sabia que seria uma afronta ao rei se demonstrasse afeto a outro macho que não o próprio

— Meu rei – declarou o hibrido ajoelhando-se na frente do rei, as mãos espalmadas no piso de pedra e a cabeça abaixada de forma respeitosa

— Edward meu filho, não imagina a satisfação de tê-lo de volta! Você trouxe muito orgulho a sua casa – James, que tinha junto com Anthony se posicionado em pé atrás da rainha bufou sonoramente das palavras do pai

— Carlisle, não me humilhe ainda mais diante de meus filhos – cobrou a rainha – já basta manter o fruto de sua traição sobre meu teto. O elemental olhou para a shellan* e então encolheu-se olhando novamente o híbrido

— As informações que nos passou foi de grande ajuda guerreiro. Trouxe novidades sobre o paradeiro da joia? – Edward pensou por um único segundo em Isabella e seu sorriso arteiro

— Não meu senhor, eles mantém segredo do local em que as guardiãs ficam. Somente os guerreiros que as protegem tem essa informação. Apenas as vi aquele dia na fronteira, mas se fizesse qualquer movimento errado poderia entregar meu disfarce e julguei não ser o momento ainda. Espero não tê-lo desapontado por ter agido sem sua instrução

— Não. Agiu de forma correta, eu não teria te instruído melhor – falou mais uma vez de maneira orgulhosa – O que houve na festa das fadas? Nenhum lesser* voltou da missão. A tal besta que você mencionou apareceu novamente? – Edward se recordou de ele mesmo acabando com todos os lessers* com a tessaiga aquela noite para proteger Isabella

— Isso mesmo, a besta de novo. Assumo o meu erro de julgamento, acreditei que o líder do instituto ficaria em seu posto, mas me enganei

— Não foi culpa sua, fez tudo o que estava a seu alcance e foi muito mais do que qualquer um de nós podíamos fazer presos aqui por aquela maldita fronteira! Mas diga-me que conseguimos matar a tal princesa antes de sermos derrotados – Edward fechou as mãos em punhos

— Não fui informado que a missão da noite era atingi-la – falou ainda de cabeça baixa lutando para não se deixar ser pego por seu desconforto

— Foi decisão de ultima hora, não tive tempo de mandar uma mensagem de fogo para você – Edward assentiu – mas e então? Tivemos êxito?

— Sim, a princesa está morta

— Maravilha! – comemorou o rei – Suponho que queira descansar um pouco? Foram grandes feitos e deve estar exausto

— Na verdade meu senhor, sem que aja a intenção de desrespeita-lo, eu gostaria de ter um momento com sua ehros*

— Não seja absurdo Edward, não me desrespeita seu pedido. Compreendo perfeitamente – virou de maneira gentil para a mulher que tinha os olhos ansiosos sobre o híbrido – Esme, acompanhe seu filho até o quarto dele sim? Cuide para que receba todas as honras e méritos que merece por suas conquistas – a mulher imediatamente se colocou ao lado do hibrido que levantava-se do chão fazendo uma reverencia ao rei

Edward também curvou-se diante da primeira família* e saiu dali sem olhar a mulher que caminhava ao seu lado. O vestido que arrastava atrás dela em uma longa calda fazia barulho conforme se movia

Assim que entraram na pequena cúpula da montanha, preparada para ser um quarto confortável pelo próprio Alec como um presente ao amigo, a mulher se jogou nos braços do híbrido o apertando contra si enquanto enchia o rosto do macho de beijos

— Eu estive tão preocupada, foram dias muito aflitos, imaginei tanta besteira. Temi que o descobrissem e fizessem algo terrível com você. Roguei incansavelmente a Ômega para que te trouxesse inteiro de volta pra mim – Edward permanecia imóvel no lugar sem ao menos abraçar a mulher em resposta a seu alívio – Algum problema meu filho? – soltou o hibrido que a olhava de maneira dura e maxilar travado

— Por que nunca me disse que tenho um irmão? – perguntou de maneira acusatória e a mulher pareceu confusa

— Do que está falando? Você sabe que tem irmãos. Embora nenhuma dos dois gostem, James é seu irmão tanto quanto Anthony. E Anthony – suspirou emocionada – aquele garoto o idolatra

— Não estou falando de Anthony muito menos de James! – continuou em revolta – estou falando do meu irmão humano, o filho que você abandonou quando ainda era uma criança de colo para se tornar a ehros* de Carlisle! O irmão que anda por ai carregando uma foto da mãe que ele acredita estar morta e jurando vingança aos elementais por a terem matado

— Jasper! – o sangue da mulher fugiu do rosto e ela sentou-se a cama desnorteada enquanto as lágrimas a invadiam

Continua...


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Notas finais do capítulo

Glossário do antigo Idioma:
Glymera: semelhante a aristocracia

Leelan: muito amada

Rytho: forma ritual de se lavar a honra onde o ofensor se apresenta desprotegido perante o ofendido

Trahyner: termo usado entre machos em forma de respeito mútuo e afeição

Libhertador: salvador

Primeira familia: familia real

Ehros: fêmea treinada nas artes sexuais

Shellan: companheira

Lesser: raça redutora de vampiros

Oieeeeeeee
Obrigada pelos comentarios na história dos deuses suas lindas vcs são umas fofas

E então? Ainda acham que os elementais são os grandes vilões da história? Rsrs

Não consegui terminar a one ainda, vou me esforçar para terminar para amanhã, mas se não conseguir, posto ela na quarta sem falta. Por favor, me dêem apoio nessa ideia.

Próximo cap aqui sábado que vem

Bjus suas lindas não esqueçam de comentar e quem não favoritou ainda, favoritem pfv, me ajudem a aumentar a popularidade da história



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