Te voy a ganar escrita por Chrisprs


Capítulo 3
Capítulo 3 - Boçal




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Atílio fez um movimento com a cabeça. Mas nada respondeu Pilar, como sempre sua impaciência com a mãe e suas convidadas o deixava de mal humor.

Atílio: Bom eu tenho mais o que fazer. Estou indo para o escritório, tenho uma ligação importante para fazer.

Monserrat: Claro meu querido. Não queremos atrapalhar seu dia.

Atílio: Não é sempre assim mamãe. – falou com de sarcasmo. – Deveria ter ficado em Chicago ou mesmo em seu luxuoso apartamento na França. Aqui nunca foi seu lugar preferido mesmo.

Monserrat: Você é meu filho também Atílio, eu vim te ver. – ele deu meia volta entrando na caminhonete da fazenda e colocando em movimento, nem dando ouvidos para o que a mãe falava. – Ai Pilar o que eu faço com esse boçal, é meu filho, mas é um boçal que não pensa que me fere com o que ele fala. Desculpe-me querida pela cena.

Pilar: Tudo bem tia, mas por que ele está assim com a senhora? Ele era tão gentil. – falou pegando o braço de Monse e indo para o carro.

Monserrat: Vem vamos que eu te conto. – ela contou tudo. - Gusmán, ficou encantando com a noiva de Atílio, jovem, bonita, tinha "dotes" que todo homem se encantaria por aquele tipo de mulher. – ela fez uma pausa e respirou fundo mais continuou. – Carmem era do tipo de mulher, que para seduzir quem quer que seja não teria problemas, pois o interesse dela era o financeiro. Ela estava noiva de Atílio, todos falamos para ela que ela não gostava dele e sim do que vinha com ele, mas ele nunca deu ouvidos, nem para Guilhe, ele deu, e olha que ela brigou com ele feio, não veio aqui nem para dar na cara dele quando ela fez o que fez, pois a irmã tinha avisado. Gusmán estava doente e queria que a vida sorrisse para ela, o que Carmen fez, ofereceu a ele o sorriso mais lindo e ele foi atrás dela.

Pilar: Tia, meu Deus, mas o Atílio te culpa por isso, não foi culpa sua e sim do tio Gus, que vamos falar a verdade, mesmo morrendo com a doença, teve a coragem de trair.

Monserrat: Sim, mas o que ninguém sabia e não sabem é que ele estava com câncer terminal, ele escondeu de todos, até de mim, que só soube quando Atílio me contou que Carmen o tinha deixando para ficar com Gusmán. Quando cheguei na capital, ele me contou que Carmen descobriu que ele estava morrendo e pediu dinheiro e um luxuoso apartamento em Nova Yorque, foi aí que ele se deu conta e que deu u chute nela. Atílio não me perdoa, pois voltei a viver com Gusmán, e quando ele morreu falei que era de um infarto, meses depois. Mas ele morreu por conta do câncer. – ela falou com lágrimas nos olhos, tinha uma dor no coração, por tudo, mas principalmente pelo filho, que nunca mais teve outra mulher, somente as que dormiam com ele na casa da cidade, e sabe que tipo de mulheres era,

As duas estavam na frente da casa principal do Haras, Pilar via tudo como nunca tivesse deixado aquele lugar, se sentiu renovada, se sentiu com forçar para lutar por sua filha. Pilar e Monse foram para suas acomodações. Pilar colocou uma calça jeans, botas, uma camisa xadrez, Depois desceu e foi até a cozinha a tia e uma das empregadas estavam esperando ela para lanchar, comeram e Monse foi fazer suas coisas deixando Pilar bem a vontade na fazenda, pois ela era de casa.

Ela deu uma volta na fazenda, alguns peões a olhavam com certa cobiça, ela estava linda, calça justas, blusa xadrez e botas. Ela caminhou como sempre fazia quando ela jovem, não se deu conta da hora, quando chegou de volta na casa, o jantar já tinha sido servido.

Monserrat: Vem querida, vem jantar. – esticou a mão para ela e a fez sentar.

Pilar: Preciso me lavar tia, deu um a longa caminhada, e acho melhor comerem sem mim. – falou olhando para Atílio que estava com caras de poucos amigos.

Atílio: Aqui o jantar é servido as 18h. Não vou tolerar atrasos nem tão pouco esperar ninguém. Acho que você deve se lembrar das coisas que me deixa irritado.

Pilar não respondeu, se levantou e saiu da sala de jantar, Monserrat queria falar, mas sabia que o filho estava irritado demais, jantaram no mais absoluto silencia, depois ele foi para o escritório e lá ficou.

Pilar ficou no seu quarto por algum tempo depois desceu, foi para a cozinha fazer um lanche, não tinha muito fome, estava com saudades de casa, da filha e de Amparo, depois andou pela casa, era tudo igual de quando ela era mais nova, ela foi até a sala da TV, ficou ali por um tempo, viu a luz do escritório, parou na porta ele estava olhando pela janela, ele ainda era lindo, ela se sentiu excitada por ver ele com o cigarro na mão, tragava com os lábios lindos, suas costas largas, ela teve vontade de tocar. Mas raciocinou e quando iria saindo dali, o ouviu.

Atilio: Eu não mordo Senhorita Carbajal. – falou sem se virar. Gostou do passeio pela minha fazenda?- olhou de lado com ar de deboche.

Pilar: Sim, "sua fazenda" continua linda como sempre. – estava saindo, mas parou para ouvir o que ele estava falando.

Atilio: Que bom, só te aconselho uma coisa, estou com a fazenda cheia de peões e alguns são de fora, não se meta em confusão e nem ande desfilando por ai. Não estou podendo socar a cara de ninguém agora e nem mandar outros embora.

Pilar: Eu não fiz nada, só dei uma volta como sempre fiz, mas se isso te incomoda ou te molesta, acho melhor eu ir embora.

Atilio: Acho bom mesmo, pois se você veio aqui para que eu te coma, para eu fuder com você, esta muito enganada, não o farei, o que minha mãe te prometeu. O quanto ela esta te dando para você vir para cá.

Pilar se enfureceu e partiu para cima dele, com raiva, quem ele pensa que é para falar assim com ela, ele a segurou e falou.

Atilio: Se eu quiser uma mulher na minha cama eu mesmo a busco, minha mãe não preciso colocar uma Fedelha da cidade nela.

Pilar apertou o braço dele onde a serpente tinha picado, com raiva, ele urrou de dor e a empurrou, ela o olhou com desprezo.

Pilar: Boçal, homem das cavernas, eu vim aqui para descansar, para respirar ar puro. Não quero outro troglodita na minha vida nem na minha cama. E você meu caro é o pior deles pelo que pude perceber.

Atílio a pegou pelo braço ela ficou linda raivosa, ele a desejou como um dia antes de seu casamento, parado em frente a casa do pais dela a desejou, ficou de frente para ela, suas respirações estavam aceleradas, seus lábios quase se tocando, ela queria o beijo tanto quando ele, quando Pilar apertou o braço dele novamente.

Atílio: Ahhhhh maldita

Pilar: Boçal, ogro. E saiu batendo a porta. - ele sorriu de modo orgulhoso, sentiu que ela ainda o desejava, igual ou mais de quando era uma jovem tímida que ficava observando as escondidas ele se banhar no rio ou domando os cavalos xucros.

 


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