Sentada, olhando pela janela, a luz do luar passava pelar barras frias de metal da janela, o que impedia as fugas noturnas dos 'inquilinos'. Estava brincando com seu pequeno e bem detalhando punhal. Já sentia a lâmina percorrendo o pescoço de alguém, manchando de sangue suas velhas vestes. Estava ansiosa, revivia várias vezes o plano em sua mente, tendo silenciosas risadas obscuras. Cantarolava uma melodia sombria, ecoando pelos escuros corredores, deixando aquela canção cada vez mais sinistra e assustadora. 

------------------------------

Dia 2 

O dia havia amanhecido nublado e frio. Nem os passarinhos se ousaram a cantarolar aquela canção feliz e irritante de sempre. Sam estava estranhamente feliz, entretanto, esperava novamente a visita de Senhora Gassen, o que não aconteceu.

Novamente se sentou do lado de fora, na varanda e ficou observando as pessoas na sala enquanto pensava em seu plano. Havia mudado de de ideia em relação a matar Sanches. Era muito óbvio aquilo e também, estava mais concentrada em armar seu plano. Matá-lo só iria deixar sua armação um pouco mais complexa e ela estava com preguiça de um mind fuck nos seguranças. No entanto, em meio aos seus devaneios Sam percebera que tudo estava mais quieto. Os chatos loucos, os estúpidos seguranças. Era como se todos estivessem recebido uma dose extra de calmantes e anti-depressivos. Observou mais um pouco. Olhava para relógio vermelho com ponteiros amarelos passando pelos números que tinham olhos ou coisa do gênero. Aquilo a lembrava fast food. Eram quase 15:30 e nem haviam entregado o remédio de antes do almoço (na verdade, o almoço já estava mais de uma hora atrasado). 

Então, resolveu verificar o que estava acontecendo, se levantou calmamente do banco, e começou a se dirigir para um dos seguranças. Sentia de longe a tensão de todos que imediatamente olharam para ela. Não entendia como fizera tão rápido sua má fama, e como todos acreditavam nessa ideia. Ela era tão doce e simpática 

E enfim, chegando para o querido Sanches, sentiu seu suor escorrer pela testa e sua respiração aumentar, quando finalmente disse:

- O que diabos está acontecendo aqui? 

Como sempre, sutil.

Sam Hillbrand.