O meu eu de hoje escrita por Hanako Shimotsuki


Capítulo 10
Capítulo 9 - Férias: Parte Ⅱ


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo... Espero balança um pouco a vida desses garotos daqui para frente.

Boa leitura!



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Não sei quanto tempo passamos ali sentados. Yoru já estava impaciente nossos celulares ficaram lá em cima com as malas.

Onde ficamos presos só tem três cômodos enormes uma sala de jogos, onde nos encontramos, um quarto com banheiro é uma Sala de TV com as escadarias para o andar de baixo, o ultimo, que tinha uma piscina e uma mini academia.

Nossa sorte é que na sala de TV tem uma frigobar com algumas “porcarias” para comer.

—Vou pegar algo para comer não aguento mais de fome.

Ele falou já em pé rumo a sala de TV. Ao o ver se afastar de mim meu corpo estremeceu com a ideia de ficar sozinho ali. Mas não conseguir me mover para impedi-lo de se afastar.

Dois minutos é ele não tinha voltado. Olhava freneticamente para os lados me certificando de que não havia nada nem ninguém por ali e mesmo assim suava frio sem parar de tremer.

Milhares de pensamentos passavam em minha cabeça de possíveis coisas que poderiam acontecer comigo e nenhuma delas é agradável. O tempo passou a andar devagar e Yoru parecia que nunca voltaria.

Estava imóvel é o mal conseguia respirar estava em pânico e não conseguia gritar para chamá-lo. Um estalo vindo por trás me fez dá  um pulo do sofá saindo correndo e gritando até onde Yoru se encontrava.

—Yoru!

Pulei nele o agarrando assim que o vi na porta da sala de TV.

—O que ouve?

Suas mãos que seguravam algumas coisas foram ao chão. Então ele me abraçou olhando ao redor.

Não falei nada por não conseguir o tremor insistia assim como a falta de ar.

—Est… Estão aqui!… Eles vão me pegar novamente...

Gaguejava tremendo me agarrando a blusa dele na tentativa de me esconder.

—Acalme se Hayato, não há ninguém aqui. Você tem que respirar devagar ou vai ter um Treco.

Apesar de sua voz ter saído alta era calmo e preocupado. Seus braços me apertaram mais num abraço. Ele ficou assim durante um tempo até conseguir me acalmar.

Em algum momento Yoru me levou até o sofá só percebi quando estava mais calmo, porém não só me levou como passava a mão em minha cabeça.

—Sabia que tinha medo do escuro, mas isso já se tornou pavor Hayato… O que quis dizer com “eles vão me pegar de novo”.

Falou na tentativa de quebrar o gelo que se formou após me recuperar, mas acabou por fazer uma pergunta nada legal.

—Nada só foi o medo que me fez delirar.

Menti tirando a mão dele de minha cabeça apesar de gosta do que fazia não quero criar esperança alguma.

—Péssimo mentiroso.

Levantou o dedo indicador fazendo um sinal negativo.

—Desculpe vou tentar melhorar depois.

Ironizei revirando os olhos com o comentário dele. Ele acabou por soltar uma bela risada o que me fez rir também é esquecer o medo por um instante.

—Sabê… Terminamos ela estava muito histérica depois daquele incidente.

Ele pareceu hesitante no começa, mas falou num tom baixo como se quisesse se desabafa.

—Ela foi a melhor namorada que já teve. É uma pena!

Lamentei ou fingi lamentar porque não estava nem aí para ela. Queria é comemorar só não o faço em considerava aos sentimentos de Yoru.

—Tudo bem. Assim não tenho que ouvir ela reclamar por passar o tempo com você.

Inesperadamente ele não parecia triste e sim tirado um peso das costas. A simples resposta dele me fez ficar vermelho sendo grato pela escuridão pela primeira vez na vida.

—Não fale besteiras é por isso que nenhuma namorada te quer… Não me trate de forma especial.

Tentei disfarçar falando qualquer coisa em mente.

—Especial? Faço isso?

Ele parecia mais confuso do que aqueles quadros modernista em exposições.

—Você é um grande idiota só sendo.

Suspirei ao ouvir as perguntas feitas por ele. Toda aquela conversar idiota funcionou para alguma coisa distrair minha mente.

Por um tempo ficamos conversando besteiras até mesmo nós xingando por coisas passadas.

—Pelo visto vamos passar a noite nesse lugar.

Yoru bufou irritado tentando encontrar uma posição mais confortável no sofá.

—Se está pensando em dormir tem um quarto, ao menos isso.

Comentei neutro tentando não ter nenhum tipo de paranóia por causa do medo.

—Se eu dormir você vai surtar. Não estou afim de acordar a base de sustos.

Olhou torto para mim apesar de não enxergar direito por causa da falta de luz sabia muito bem só pelo tom de voz dele.

—Então acordar a base de água gelada pode?

Questionei lembrando da última vez que ele me acordou ficando levemente irritado.

—Uma hora você reclama porque não te acordo outra reclama por ter te acordado, decida se.

O tom de voz dele aumentou claramente irritado.

—Aquele dia foi uma exceção… Sabe que odeio acordar cedo ainda mais quando não durmo minhas oito horas de sono.

Também elevei o tom de voz para ele furioso.

—Você é bem rancoroso, sabia?

Debochou Yoru.

—Obrigado pelo elogio.

Encerramos nossa pequena briga por alí mesmo. Voltando a ficar no silêncio incômodo o que me fazia voltar a ocupar a mente com o medo.

—É a sua namorada?

Yoru voltou a falar talvez sentindo minha inquietação.

—Namorada? Está falando da Akari? Ela não é minha namorada e sim amiga da minha irmã.

Fiquei confuso quando perguntou sobre minha namorada até porque não tinha, mas acabei por lembrar da mentira que contei quando estava com meus pais e tratei de concerta.

—Não é? Que bom!

Ele quase gritou surpreso com minha revelação suspirando no final aliviado.

—Como assim? Pare de falar coisas estranhas Yoru.

Estava quase o xingando desencostando do sofá tentando entender o “Que bom!” dele.

—Não é estranho… Você não precisa de namoradas.

Ele falava tão natural que quase avanço para cima dele de raiva.

—Acha mesmo que vou passar todo meu tempo grudado com você? Me poupe.

Revirei os olhos voltando a encostar no sofá.

—Sim. Eu acho!

Novamente afirmou com tanta naturalidade que queria explodir de raiva com essa atitude dele, mas tenho um plano melhor.

O sofá em que estávamos era pequeno de três lugares eu estava numa ponta é Yoru na outra. Caminhei sentando no colo de frente para ele colocando meus braços aos redor do pescoço.

 Apesar do escuro consegui ver o rosto dele se assustar com meus movimentos.

—O que está fazendo Hayato?

Sua voz saiu fraca ainda pelo susto.

—Você mesmo disse que era para está grudado com você assuma a responsabilidade de suas palavras.

Me aproximei do ouvido dele sussurrando para provocá-lo é funcionou eu quase fui jogado longe pelo empurrão que ele deu.

—Que me matar? idiota!

Gritei levantando do chão dolorido.

—Mais que merda ta fazendo Hayato? Claro que vou te matar se fizer isso.

Ele explodiu de raiva ficando de pé vindo até a mim se levantando pela gola da camisa.

—Apenas seguir suas ordens.. Você mesmo cavou sua própria cova. Agora me solte não quero ficar sufocado.

Reclamei o encarando com raiva e mesmo estando furioso ele me soltou no mesmo instante.

—Para de fazer essas merdas Hayato! Tu tem o que nessa cabeça?

Ele bufou sentando no sofá na tentativa de controlar a raiva.

—Para você aprender a parar de falar besteiras sem saber o significado delas.

Rolei os olhos me segurando para não falar nada que piorar a situação.

Na mesma hora as luzes se acenderam e vindo da porta trancada Rei aparece com uma expressão surpresa.

Para minha alegria e de Yoru estávamos a salvos finalmente.


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