Mudblood escrita por Florescer


Capítulo 4
Can I kiss you?


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora!!!!
Semanas de provas vocês sabem como é... Mas ta aí um capítulo com uma bela bomba no final!
ATENÇÃO! Quem não gosta de homossexualismo não leia!!!!



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 O quarteto adentrou a suntuosa mansão de Draco com ar superior. Atrás de Draco, seguiram para que um dia foi a aconchegante sala de jantar da familia Malfoy. 

   Dezesseis lugares estavam ocupados na mesa, sobrando quatro para que todos se acomodassem.

   Saudaram Voldemort respeitosamente e seguiram para seus lugares. 

   Draco se sentou ao lado esquerdo de sua mãe, que estava ao lado esquerdo de seu pai, próximos a cabeceira de Voldemort. Os outros três se acomodaram nos lugares vagos e mais afastados. 

   - Draco... - A voz do ofídico soou pela sala. - É bom tê-lo conosco essa noite. Trás notícias sobre Hermione Granger, suponho. 

   - É recompensador estar aqui, Mestre. - Falou e saudou com a cabeça.  - Venho observando a Granger há alguns mêses e não observei muita coisa que possa interessá-lo, a não ser , talvez, que ela passe muito de seu tempo na companhia de Harry Potter. - Sua voz saiu muito rápida no começo, mas a controlou em seguida. Pôde ver a expressão de descontentamento de seu mestre a sua frente, por isso continuou. -  No entanto, com a ajuda de Snape, que não pôde estar aqui essa noite, consegui colocar meu plano em prática e Astoria passou a ocupar, juntamente com a Granger o posto de monitoras chefes de Hogwarts. Já que a escola aboliu a monitoria dividida por sexos iguais...

   - Vá direto ao ponto, Draco. - Seu pai murmurou.

   - Deixe o garoto falar, Lúcio! - Voldemort o repreendeu. - Estou interessado em cada detalhe do que descobriram. - Falou alto enquanto se levantava e apoiava suas duas mãos sobre a mesa. 

   - Astoria acordou de madrugada com uns barulhos no quarto de Granger... - Todos os olhos da mesa se voltaram para ele e Draco precisou engolir em seco para poder continuar. - Ela estava murmurando coisas que não eram possíveis de entender e gemendo como se estivesse sentindo dor. Seu corpo flutuava enquanto suava e suas orbes completamente negras. Como se ouvesse magia negra impregnada em seu corpo. - Concluiu e abaixou a cabeça enquanto ouvia Voldemort rir.

   Levantou sua cabeça a tempo de ver os dentes completamente podres que seu mestre exibia. 

   Todos, inclusive sua tia Bellatrix o encaravam sem entender. 

   - Bom trabalho, garotos. - Falou olhando de Draco para Astoria. - Quero que se aproximem de Hermione Granger. Os dois. 

   - Se me permite, Mestre... - começou Astoria. - Hermione nunca deixaria que nós nos aproximassemos dela. 

   Voldemort parou na cadeira atrás de Astoria e pousou suas mãos sobre os ombros da garota. 

   - Se souberem como... - Voldemort falou enquanto focava Draco do outro lado da mesa. - Façam o necessário. 

   Draco sentiu sua mãe entrelaçar seus dedos nos do filho sob a mesa em sinal de que estava com ele para o que precisasse. 

   - Mestre! - Bellatrix chamou a atenção. - Porque a garota é especial? Não seria mais prudente observar o Potter? - Perguntou enquanto olhava para baixo, temendo ser repreendida. 

   - Suas indagações não me aborrecerão hoje, Bellatrix. - Falou alto, fazendo sua voz ecoar em toda a sala. - Hermione Granger é mais parecida com cada um de vocês aqui nessa sala... - Começou encarando cada um dos dezoito comensais e Draco. - Do que é parecida com os amigos que ela resolveu acompanhar. - Voltou para seu lugar e ainda em pé atrás de sua cadeira voltou a falar. - Lenvantem-se! Temos uma iniciação para fazer esta noite. - E encarou Draco novamente. 

                              ***

   Já era manhã quando Hermione abriu os olhos aliviada. Ao contrário da noite anteriror, não houveram pesadelos e ela acordara descansada. 

   Há algum tempo, esporadicamente, Hemione vinha vivendo noites de terror em seus próprios sonhos. 

   Como se estivesse deitada no chão, ao seu lado e em seu mesmo estado, uma mulher quase ruiva gritava e se debatia enquanto seu corpo parecia ganhar vida própria, flutuar e bater violentamente contra o chão novamente. Seus gritos eram de dor. Parecia que algo a consumia internamente. No final, seus olhos sempre acabavam negros, como se a vida dentro dela tivesse se esvaziado, dando lugar a algo terrível. 

      Então a mulher se levantava e ainda com olhos negros vinha até Hermione. Um único ponto de luz intenso e cegante saia da garganta da mulher e flutuava até ela. 

   Hermione queria pará-la. Ajudá-la e evitar que tudo aquilo acontecesse. Mas não podia se mover. Não conseguia, por mais que quisesse. Era como se todos seus esforços fossem em vão. 

   Então, inevitavelmente, o ponto brilhante adentrava pela sua própria boca e ela podia sentir quando, dentro dela, se desfazia e espalhava por todo seu corpo, acompanhado de uma corrente de calor que a envolvia e a acalmava, pois Hemione sabia que nada que causasse aquela sensação poderia ser ruim.

   Dentro da escuridão da mulher algo de bom chegava para Hermione. 

   Se deixou esquecer daquele pensamento enquanto se arrumava para mais um dia de aula.

   Depois de um longo banho e de toda sua higienização, abriu seu roupeiro e o encarou por um instante. Hermione nunca fora uma garota que gastava tempo e criatividade para escolher suas roupas como a maioria fazia cuidadosamente. Não usava maquiagem ou permanecia horas no cabelereiro. No entanto, já fazia algum tempo que sua aparência a encomodava. 

   Suspirou e vestiu o uniforme que a escola lhe exigia. O mesmo de todo dia. Colocou sua alpargata preta e caminhou para fora do salão da monitoria, ajeitando sua bolsa pesada sobre o ombro direito. 

   Quando o quadro se abriu revelando a  passagem, topou com Harry e Rony do lado de fora discutindo com Morgana.

   - Hermione... Fale para essa velharia que somos seus amigos! - Ronald exclamou. Suas bochachas já vermelhas. 

   - Oh! Que garoto abusado! - Morgana estava difetente do que visto todos os dias. Seus olhos flamejavam. - Pode apostar Ronald Weasley que você nunca mais entra nesse salão comunal! 

   Rony cerrou os punhos.

   - Tem sorte de ser um quadro! - Furioso apontou o dedo para a representação da bruxa. 

   - Vamos Rony. Hermione já esta aqui. - Harry tentou ao máximo se controlar enquanto puxava seu amigo pelo corredor. 

   - Mas porque todo esse nervosismo? - A garota perguntou finalmente enquanto o amigo murmurava como os livros eram certos quando diziam coisas detestáveis sobre a bruxa Morgana. 

   - Ela não queria deixar que entrássemos para apanhar você para o café-da-manhã. - Harry olhou para Rony ainda de cara feia. - Ronald se descontrolou. Esta nervoso por causa do teste amanhã e... - Levantou as mãos para que a garota tirasse suas próprias conclusões sobre o nervosismo do amigo. 

   - Que teste? - Perguntou exasperada ignorando o caso de Rony. Não conseguia se lembrar de nenhum teste. 

   - Calma Hermione. - O ruivo tentou acalmá-la. - Vou fazer o teste para o time de quadribol da Grifinória. - Sorriu quando viu a amiga se suavizar. 

   - Não sabia que começavam amanhã. - Comentou e jogou seus braços ao redor dos ombros de Rony. - Você vai se sair bem. É muito bom. 

   Harry sorriu internamente ao ver a interação entre os amigos. Ele sabia que Hermione gostava de Ronald há algum tempo, porém seu amigo poderia ser considerado lerdo o suficiente para perceber. 

   - Teve sonho ruim essa noite, Mione? - Rony perguntou e a garota enrigeceu imediatamente, deixando seus braços caírem ao lado de seu corpo.

   Negou com a cabeça. 

   - Tive duas vezes durante as férias e outro na noite passada. - Suspirou. - Não parece que são frequentes, então vou torcer para que não se tornem.

   Hermione não gostava de falar sobre suas noites atormentadas. Já havia arrependido-se de comentar com seus amigos e se encomodava quando perguntavam.

   Ficou aliviada assim que entraram pela porta do Salão Comunal e se sentaram à mesa da Grifinória, porém, sentiu-se tentada a sair de lá assim que Lilá Brown sentou-se entre ela e Ronald e passou o restante do café-da-manhã acariciando e mimando-o. 

   Hermione decidira que seria melhor interromper seu desjejum, quando sentiu par de olhos a observando de longe. Draco Malfoy a olhava intensamente, de maneira estranha. Não usava ironia, ou transmitia ódio como de costume... Apenas a olhava, acompanhava seus movimentos e a observava.

 

   O restante do dia foi tão interessante quanto o início. Tiveram aula de poções com a Sonserina e Hermione mal pode se concentrar em sua tarefa por conta dos incessantes olhares de Malfoy sobre ela. Sua poção saiu errado e o vidrinho de felix felicis acabou sendo ganho por Harry. 

   Seu amigo, no entanto, adiquirira uma aptidão anormal para poções desde que voltara à Hogwarts esse ano e Hermione estava disposta a descobrir qual segredo ele guardava. 

   Assistiu às aulas de tranfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas, terminando seu horário de estudos com um relatório de cinco metros de pergaminho sobre o que acontecia no sistema fisiológico de um animal quando era transfigurado em um objeto. 

   Hermione voltou para seu quarto na esperança de encontrar algum lugar tranquilo para poder ler um de seus livros, mas encontrou Astoria e Pansy no meio de uma conversa muito animada sobre qualquer banalidade, então decidiu que seria melhor tomar um banho e procurar um lugar mais tranquilo depois do jantar. 

   Foi recompensada pelos raios de luz da lua que adentravam a Torre de Astronomia suavemente e iluminavam o ambiente o suficiente para que pudesse se sentar em um dos degraus e ler.

                              ***

   Astoria Greengrass seguiu Hermione até ter certeza de onde a garota ia e então deu meia volta para buscar sua capa encapuzada em sua suíte.

   Atrairia menos olhares pelos corredores se não a reconhecessem.

   Permaneceu por algum tempo em silêncio nas sombras observando a Grifinória enquanto esta varria os olhos por páginas e mais páginas de seu livro.

   A pouca luz que adentrava pelas grandes janelas envolvia Hermione com certa grandiosidade. Parecia perfeitamente encaixada no ambiente que a cercava, iluminando sua silhueta perfeita e seu perfil delicado. 

   Astoria sentia vontade de tocá-la e faria naquele momento se pudesse. 

   Saiu das sombras e adentrou rápidamente a Torre de Astronomia, em uma falsa e encenada surpresa pela presença Hermione. 

   - Me desculpe! - Falou rápidamente e se aproximou da garota sentada nos degraus. - Gosto de vir aqui quando quero pensar e encontrar um pouco de tranquilidade. 

   - É mesmo um bom lugar para pensar. - Hermione respondeu ainda com os pensamentos no livro que lia. - Vou deixar você sozinha. - E se levantou. 

   - Não! - Astoria se aproximou um pouco mais. - Eu prometo que fico quieta para você ler. Não me encomodo com a sua presença. - Tentou ser o mais gentil possível. 

   Hermione analisou a situação em sua cabeça por um instante. Ficar próximo a Astoria já havia se tornado comum desde que as duas tornaram-se monitoras chefes.

   Sentou-se novamente enquanto observava a Sonseria debrussar sobre o para-peito da sacada. 

   E então toda a concentração de seu livro se foi e Hermione passou a observar ininterruptamente sua companhia.

   Sem motivos aparentes Astoria passara a aproximar-se, ser dócil, gentil e muitas vezes até prestativa. Hermione lógicamente estranhara o fato, mas buscava agir como igual, pois tratar outras pessoas o melhor possível era uma virtude que aprendera com seus pais ainda pequena. 

   Mas algo não se encaixava... E Hermione precisava saber o que era. Para isso, havia decidido ser o mais receptiva possível com sua companheira de monitoria. 

   Astoria observava a noite se estender ao redor de Hogwarts tão silênciosamente que Hermione cogitara ver se ela ainda respirava, mas logo se lembrara que serpentes eram silênciosas até a hora do bote e decidiu permanecer onde estava. Somente quando Astoria finalmente deu um passo atrás, e isso pareciam horas depois, que rápidamente Hermione voltou-se para seu livro.

   - Sempre me perguntei como você consegue ler tantos livros. - A voz chegou a seus ouvidos enquanto Astoria se sentava a seu lado e espichava os olhos para as páginas cheias de letras. 

   - Basta um pouquinho de paciência... - Começou. - Depois de algum tempo é como se tudo se passasse como filme em frente a seus olhos. Me dá prazer.

   Astoria quase deixou escapar um sorriso malicioso.Gostaria de descobrir o que mais causava prazer na Grifinória.

   - Não sou paciênte. - Sorriu travessa. - Gosto de saber logo o finalmente. 

   - Ler a última página pode estragar tudo! - Hermione exclamou exasperada. 

   - Acalme-se, Granger. - Astoria riu com a expressão incrédula da garota. - Gosto de pensar nisso como objetividade. - E dessa vez quem riu foi Hermione.

   - Não vai ser objetivo se você não souber o que houve para causar... - Pensou para se expressar. - Aquilo... - Foi o melhor que pensou.

   - Sabe... As vezes não sabemos o que causou o que. - Aproximou-se um pouco mais de Hermione. - Apenas sabemos.

   - Isso não funciona para livros, Astoria. - Comentou enquanto seus olhares se conectavam. 

   - Funciona para a vida... - Astoria tirou levemente o livro das mãos de Hermione que não reagiu e o soltou no chão. - Funciona com os sentimentos. - Concluiu antes de acariciar o perfeito percoço de Hermione que se encontrava incapaz de dizer algo. 

   E então avançou... Selou seus lábios nos da garota e como se tivessem sido feitos um para o outro, se encaixaram perfeitamente. 

   

   De algum ponto mal iluminado da Torre de Astronomia, Draco Malfoy sentia uma leve excitação percorrer seu corpo. 

 


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Notas finais do capítulo

O capítulo não está revisado, infelizmente! Me desculpem por qualquer erro!
Beijooos e até o próximo ;)