2Shy - A Continuação escrita por beansforluck


Capítulo 2
Capítulo 2: 2Shy - Annabeth


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, essa é a visão da Annabeth sobre o que aconteceu naquela semana em que a Calipso conheceu o Percy e sobre o casamento.
https://www.youtube.com/watch?v=8gtREooYQ9w
Esse é o link da música, ela já está na playlist da fic.



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Capítulo 2: 2Shy – Annabeth

 

— Annabeth, vai logo falar com ele. - Calipso disse sussurrando, tentando ser ameaçadora – é só falar: “Oi, você faz apresentações em casamentos?” e só, aí você pega o número dele, resolve o meu problema e o seu.

— Calipso, quem tá casando aqui é você …

Ela ponderou por alguns segundos, resmungou algo e foi em direção ao meu boy— eu agora estava chamando-o assim, porque a Calipso estava chamando ele de 'boy da Annie'— falou com ele rapidamente, pegou algo de sua mão e quando se voltou para mim, sinalizou para acompanhá-la.

Enlacei seu braço e ela, como sempre, começou a tagarelar.

— Então o nome dele é Perseu, mas ele prefere Percy, - é um nome bonito – e ele tem aquela voz rouca que você imaginava em seus sonhos …

A partir desse momento eu comecei a ignorá-la, para não ficar mais vermelha do que já, provavelmente, estava e comecei a imaginar se nossos nomes ficam bonitos juntos, e como soa bem “Perseu” ou “Percy” e como combina com ele, ele é maravilhoso.

— Annabeth! - levei um susto e um tapa na nuca.

— O quê?!

— Eu desisto, você já está imaginando seus filhos com ele, enfim, estou indo. Boa sorte na sua volta para Camden.

Era o dia do casamento e eu nunca vi Calipso tão feliz. E Leo sorrir tanto, e olha que é algo que ele faz bastante. O dia estava frio, geando, começando a embranquecer a cidade. O que deixou o clima da cerimônia mais romântico, se isso possível. James, o pajem e filho dos noivos, quase engoliu as alianças, deixando todos desesperados, mas no filme da cerimônia, com certeza, vão me ver rindo igual a uma hiena.

Quando chegamos no salão onde seria a festa, percebi que a decoração da festa não ficou diferente da cerimônia, tirando os arranjos de flores, estes eram de outra espécie de flor, não perguntem qual, mas claramente eram diferentes.

Houve uma recepção, um jantar – que estava delicioso – e algumas declarações de alguns convidados. Eu fui convidada a fazer uma, mas eu não conhecia a maioria dos convidados, então achei que seria estranho para todos. Foi uma boa decisão, já que meu objetivo era tentar chegar em Percy, e eu estava nervosa, e como estava. Esse nervosismo nunca tinha se externado de tal forma, nem quando fui pegar meu canudo na colação da faculdade.

Pelo menos os discursos estavam me distraindo até a introdução dele.

 

Boa noite a todos. Antes de começar, gostaria de parabenizar os noivos e agradecer por terem me escolhido para fazer esse momento da vida deles mais especial. - pessoas aplaudiram e gritaram em concordância – A primeira música da noite será: Love Is All You Need, dos Beatles.”

 

Reyna, uma das madrinhas e minha amiga, tentava me acalmar quando eu o vi. Por dois motivos, o ar ficou rarefeito e eu queria fugir.

— Annabeth, respira fundo. E bebe um pouco. - ela me deu uma taça de vinho – Sinceramente, eu te conheço desde de sempre, você nunca ficou desse jeito por causa de homem, nem boyzinho nenhum.

— Eu sei, mas tem alguma coisa nele … - o olhei, seu cabelo estava caindo nos seus olhos – alguma coisa que me desestabiliza. Eu quero chegar e conversar com ele, e depois arrancar todas suas roupas e …

Ela riu da cara que eu fiz, quando insinuei aquilo, continuamos conversando até que decidiu ir dançar. E eu fiquei lá o olhando, ameaçando a ir falar com ele, desviando do seu olhar, o tempo todo perto da saída de emergência.

Eu ainda acho que fiquei perto da saída de emergência, para sentir-me melhor, caso fizesse alguma besteira.

Chegou um momento, em que ele, … ele tirou uma pequena pausa, e eu decidi que era o momento.

“- Oimacarrão você gosta?

— Que?”

Eu percebi o que eu havia feito e saí, entrando em pânico. As pernas fraquejando e o ar mais rarefeito do que antes e as mãos geladas e a nuca doendo e eu só conseguia ver saída. Eu consegui passar na mesa em que eu estava sentada com meus amigos e peguei minha bolsa, eles me olharam assustados, alguns tentaram me seguir, mas eu fui rápida.

Senti a chuva gelada no meu rosto, rachando meus lábios somente quando sentei no local mais isolado daquele ônibus e foi então que vi que aquele ônibus ia para Merton, a direção oposta da minha casa. Saltei dele na primeira parada, e chamei um táxi, ainda passando mal.

De onde saiu essa pergunta Annabeth? 'Oi… macarrão você gosta?' De onde veio isso? Você virou o Tarzan?

Quando cheguei em casa fui tomar meu banho sem esquecer o que eu disse, o que eu pensei, como aquilo me afetou. Fiquei em estado vegetativo o dia inteiro, ignorei tudo e todos.

Isso não podia acontecer, de novo.

Fiquei quase três meses para voltar a vida normal, a vida que eu estava construindo aqui em Londres, longe de Birmingham, depois de tudo. Nesses dois meses e meio, eu não peguei o metrô, eu evitei meus amigo e todos e tudo no geral, eu precisava desse tempo, voltar a ter minha confiança, quanto a relacionamentos e analisar se eu realmente deveria investir nele, em Percy.

E eu decidi que valia a pena sim, eu vim para Londres para desconstruir crenças e traumas eu vim para viver minha vida.

Então, fui sábado para a aconchegante estação de Angel, ouvi até ele começar arrumar suas coisas. Aí fui, até ele, quando o mesmo estava de costas e dessa vez não tremi, sabia que podia falar normalmente, mas decidi repetir a dose Tarzan, só que com um sorriso vitorioso no rosto.

— Você…sair… comigo…de mim…lembra?

E eu sabia que ele estava com aquele sorriso sacana no rosto assim que parou de mexer em seu malão.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, vocês já sabem o que fazer.
Até a próxima