2Shy - A Continuação escrita por beansforluck


Capítulo 1
Capítulo 1: Mercy


Notas iniciais do capítulo

Sim gente, eu fiz a continuação, mas por favor não me peçam para postar rápido, pq eu não tenho tempo. Enfim, eu fiz uma playlist para essa fic e eu vou adicionar as músicas conforme for postando, ok? ( https://www.youtube.com/playlist?list=PLY-o_FFGcJo1BO9GvJZHP2va1wjERIwjl )
Boa leitura!



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Capítulo 1: Mercy

 

A primeira vez que eu o vi estava a caminho do trabalho, atrasada e perdida com as linhas, - eu acabei saltando na estação errada, e quando eu voltei a superfície percebi a idiotice que eu tinha feito, tinha aparado em Angel, três estações antes – e era sábado e também meu primeiro mês morando em Londres. Eu nunca estava no metrô naquele horário, o de 9:00, afinal, eu trabalho em casa, e só saio para ir ao escritório quando me solicitam ou quando à reunião e normalmente as reuniões começam as 8:00 e meus compromissos no geral, depois das 15:00.

Mesmo assim, aqui em Londres eu tinha mais reuniões do que em Birmingham, me deixando um pouco chateada, aparentemente, a clientela do escritório de Londres era maior e com os horários mais esquisitos.

Pera, eu divaguei um pouco, vamos voltar a para o que interessa. Eu não uso o metrô nesse horário e por causa de uma senhora velha e mesquinha que estava reformando sua cozinha, eu fui obrigada a sair do meu dia de folga e ir para encontrá-la. Depois dessa reunião, eu jurei que conversaria com meu chefe, sobre meus horários e tudo mais, porque era a terceira vez que marcavam uma reunião fora dos horários da minha agenda e eu não me entendi com o metrô daqui.

Enquanto andava pelos corredores daquela estação, pensando em como não estrangular aquela velha louca da cozinha e meu chefe, ouvi a melodia de uma música, eu conhecia a melodia, mas não reconheci, só que enquanto eu fui chegando mais perto, comecei a ouvir uma voz tão bointa quanto a do Ed Sheeran cantando essa música - Castle On The Hill – eu fiquei tentada a parar, mas não podia.

Só que quem manda em mim, sou eu mesma, e apesar de estar atrasada para uma reunião, ela foi marcada fora do meu horário, então ninguém pode falar nada.

Então parei, quando cheguei na área em que dois corredores se interligavam, que era aonde ficava a área de artistas de rua, parei em um canto em que poderia ouvir a música e não atrapalhar o fluxo de pessoas. E foi nesse momento que eu vi o melhor exemplar da nossa espécie do sexo masculino. Ele tinha os olhos verdes que contrastavam bem com os cabelos pretos, que me lembravam piche, a pele que era bem clara e os lábios que não eram finos, mas também não eram grandes.

Eu quis falar com ele, mas continuei o observando até acabar a música, enquanto isso fui reparando no movimento dos seus olhos do teclado para as pessoas, como sua boca se entortava para a direita, fazendo um beicinho, assim como sua cabeça, quando fazia um agudo, e outros tantos trejeitos que me deixaram encantada. Quando eu fui em sua direção, ele me viu e apesar de não perceber, ele me deu um sorriso tão sacana, que eu me assustei e segui a direção do fluxo de pessoas.

Minha reação à aquele sorriso, me deixou preocupada, normalmente sou confiante, para qualquer coisa, mas aquele sorriso me tirou o chão, como a primeira vez que eu ficaria com um menino, eu desisti no meio do caminho.

Pelo menos, eu segui o caminho certo para minha plataforma, e consegui chegar no horário.

A reunião foi rápida, a Sra. Terrison decidiu que sua cozinha não seria mais em tons de bege e branco, mas sim de branco e verde, e aquela decisão me fez lembrar do músico de olhos verdes. E quanto a minha “conversinha” com meu chefe, eu usei toda a confiança que eu não encontrei para falar com aquele músico, apareceu e eu o fiz prometer que não desrespeitariam minha agenda.

Liguei para Calipso, avisando que estava no centro de Londres, e ela falou que passaria no meu escritório para almoçarmos e então me atualizaria dos preparos do seu casamento. Quando ela chegou eu entrei ela já começou a falar de tudo o que estava acontecendo nas últimas semanas e reclamar que eu ainda não havia escolhido minha roupa para seu casamento, já que agora eu não vou ser mais madrinha.

Não, eu não fui trocada, eu cedi minha posição para a namorada de Jason, Piper, ficar como par dele, afinal eles estão juntos e ele é meu amigo.

Nós chegamos no Carlutio's, um restaurante que parece uma versão do McDonald's italiana só que não é fastfood, e pedimos duas porções de carbonara. Eu já não prestava mais atenção nela, até que ela comentou que o DJ da festa falou que não poderia comparecer.

“Hoje eu ouvi um cantor de rua muito bom, na realidade foi no metrô, mas isso não importa. Talvez ele faça para você essa parte da música.”

Ela ficou toda animada e queria que eu a levasse para conhecê-lo, eu entrei em pânico e tentei fazer com que ela desistisse da ideia, só que não adiantou nada. Decidimos que na terça-feira da semana seguinte iríamos passar na estação de Angel para ouvi-lo.

Depois de ser arrastada para todos os cantos do centro por Calipso, cheguei em casa querendo tomar meu banho, comer o resto de torta de batata que eu havia feito, e assistir TV com o kattdjur, meu gato. Eu tentei fazer isso tudo sem pensar naquele músico de Angel e na burrada que eu fiz quando falei sobre ele para Calipso, não adiantou e querendo ou não, sonhei com ele. E mesmo tentando não ser uma stalker, eu passei naquela estação todos os dias para ouvi-lo cantar, todo dia era uma playlist diferente e eu sempre ficava naquele canto, ele não conseguia me ver dali.

Até que chegou a tão esperada terça-feira em que Calipso o ouviria. Eu estava apreensiva, como todos os dias em que eu passava naquela estação e tentava e sempre perdia a coragem de falar com ele.

Então, apesar do barulho que o bairro alternativo em que eu vivia, eu atendi o interfone do prédio.

— Annabeth, desce logo! Nós temos que encontrar aquele artista de rua por quem você está apaixonada.

Calipso era muito exagerada, eu não estava apaixonada, ou será que estava?

 


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Notas finais do capítulo

Então gente foi isso, comentem ou mandem MP, tanto faz, só me digam se gostaram ou não.
Até a próxima!



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