Opostos Equivalentes escrita por nina heilige


Capítulo 2
Bissexual




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— que mentira!

—mentira o que rapaz? – pergunta rindo. – eu to falando sério, dei um arroto na cara da fessora, ela virou a cara e revirou os olhos, mas eu ri demais por dias. – ela ri e eu acompanho ela com os olhos já marejando.

— você é tão nojenta, mulher! – rio – como pode fazer isso com a coitada da professora.

— coitada o que? – ela ri. – ela é um amor mas também é um cão.

— você é um monstro Nina. – rio e a gente chega na minha casa, pego minha chave e abro o portão, passo e espero ela pra fechar a porta. – vem. – pego na sua mão e caminho pra dentro.

— sua casa é tão linda Mal

— também acho – rio fraco. – minha mãe gosta de casas estilo vitoriana e ama plantas, da pra ver ne?

—da sim. – ela ri e eu abro a porta deixando aberta. Vou ate a cozinha e pote de sorvete de flocos com duas colheres. Me sento na mesa ao lado da Nina e entrego uma colher a ela. – hum, eu amo tanto sorvete de flocos. – sorrio pra ela.

—você já me disse. Eu também gosto, mas prefiro chocolate.

— eu fico toda melecada. – ela coloca outra colher com sorvete na boca.

— você é desastrada Nina, não é culpa do sorvete. – ela ri.

—eu sei, mas ainda vale.

— bobona. – sorrio e ouço o barulho na porta. Olho pra Marina, minha irmã mais nova entrando.

Marina é o oposto de mim, igual a minha mãe, loira, de olhos azuis e toda pequena enquanto eu sou alto, com cabelos e olhos castanhos.

— em casa Mal.

—se esta me vendo aqui é porque estou em casa. – ela revira os olhos e me da dedo. Rio.

— idiota, o que faz aqui a essa hora?

— eu e a Nina tava sem nada pra fazer então viemos pra ca. – dou de ombros.

— ah, prazer Nina. – minha irmã sorri. – sou Marina, irmã do bobão ai.

— vai a merda Marina. – reviro os olhos e olho pra Nina que so acena e sorri olhando minha irmã. O celular dela toca e ela se afasta mandando mensagem.

— Mal? Acho que estou apaixonada pela sua irmã. – olha pra Nina ao meu lado na mesa suspirando pela minha irmã que esta sorrindo pro celular. Olho de uma pra outra de novo e começo a rir.

—ou merda, sai dessa que minha irmã é cem por cento hétero.

— droga! Minha segunda crush hétero. – ela faz biquinho e eu rio de novo.

— quem é a primeira? – pergunto curioso.

— Pimentel.

—ou, que merda. – torço a boca numa careta. – mas me conta essa historia direito de bissexual.

— ah, é aquela coisa. acho que eu sempre fui mas demorei demais pra confessar a mim mesma que eu não gostava so de pênis, gostava de vaginas também. – ela da de ombros e me olha. – é algo natural, você so escolhe esconder ou deixar publico.

— e você escolheu deixar publico. – constato mas ela encolhe os ombros de forma meio culpada e suspira.

— na verdade não ao todo. So uma pessoa a minha família sabe realmente sobre isso e é a pessoa que eu mais confio no mundo, mas tirando ela ninguém da minha família. E tirando eles, so meus amigos sabem.

— isso é bem chato. Não ter a confiança de contar isso a família.- ela ri e me olha.

— e não acho que eu poderia mesmo tento gays e lésbicas na família. – ela da de ombros mais uma vez com os olhos meio cansados. – é algo difícil admitir algo pra mim mesma quanto mais pra minha família, começando dentro de casa onde deveriam me apoiar e me condenam a maior parte do tempo.

— Nina. – começo e coloco minha mão em sua nuca, beijo sua bochecha e olho em seus olhos. – você é demais pra mim. Uma grande pessoa, e isso já deveria bastar

— é, deveria. – ela me da um sorriso triste.

— mas porque nunca tentou nada com ela? – Nina olha pra mim como se fosse obvio e eu rio. – o que?

— você ouviu a parte do hétero? Então... não da poxa

— você já tentou?

—porque eu iria fazer isso? Eu sei qual é a resposta, a gente é amiga a três anos, já passei bastante tempo pra saber.

—mas você so sabia sobre ela a pouco tempo?

— mas eu já tenho uma ideia de como seria não é? – ela olha pra mim e eu fico sorrindo.

— bem, eu estou aqui de qualquer forma.

— eu sei disso. – ela sorri e beija minha bochecha.


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Notas finais do capítulo

Com amor, Nina Lovelace.



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