Por minha causa... escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Oláaaaa, Arnaldosss!!
Voltei depois de 84 anos, mas estou aqui. Kkkkk, espero que gostem dessa fic nova!!!!



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Aqui em casa é muito bom, gosto do lugar que meus pais escolheram. Meu quarto é o terceiro no hall. Nossa casa tem só um andar, papai nunca apreciou escadas — deve ter tido alguma experiência traumática e não quis nos contar. Sim, nos contar. Tenho uma irmã mais nova, Catriona. Esse deveria ser seu primeiro ano no Castelobruxo, mas nossa vida virou de cabeça para baixo quando papai recebeu uma promoção e nos mudamos para o Reino — Unido. Tive que me separar dos meus amigos, família, casa e cidade; e nada disso era descartável para mim.

Estou consertando os olhos do meu coelho de pelúcia quando Catriona entra no quarto.

— Você pegou dois pares de meias meus, não pegou? — ela tem uma lista em mãos, deve estar checando a bagagem pela quadragésima vez.

— Peguei — arranco com força um fio rebelde que está saindo da cabeça do coelho. — Você tinha pego elas de mim na semana passada. E mamãe já conferiu sua mala, descansa um pouco. — Catriona faz bico e continua me olhando, como se eu fosse devolver as meias. — Mais alguma coisa?

— Estou com medo — aquela postura de pequena guerreira irritada desaparece e até me sinto mal por não devolver as meias, mas eu preciso delas. Catriona fica cabisbaixa e, num pulo, sobe na minha cama.

— Mas não tem do que ter medo, Ca — respondo sem dar muita ênfase ao assunto, não quero que ela ache que uma nova escola seja tão aterrorizante.

— Tem sim, eu mal sem falar em inglês — ela esfrega um dos olhos, tentando esconder de mim algumas lágrimas.

— É claro que sabe, e com o tempo você aprende, e nem é tão difícil. Você é inteligente. Olha, fica com o Sr. Bubbles. — ofereço meu coelho que parece ter saído de um filme de terror. Catriona me olha com cara de quem diz “não, obrigada. Nós duas sabemos que ele dá medo.” — Em defesa do Sr. Bubbles, ele era muito bonitinho quando ganhei no meu aniversário de cinco anos.

— Duvido muito — ela salta para fora da cama. — Já fez suas malas?

— Em dez minutos eu faço — tento quase não mexer a boca, mas Catriona entende perfeitamente.

— O QUÊ? — ela berra igualzinho a mamãe, até faz eu me sentir a pior pessoa do mundo. — Rosalie, amanhã vamos para a escola! Como pode não estar com as malas prontas?

— Como uma coisa tão pequena pode fazer tanto barulho? — aperto uma das minhas orelhas enquanto, com a outra mão, vou arrastando Catriona para fora do meu quarto.

— Rosalie Fleur Bryce, estou dizendo para você arrumar logo essas malas. Senão...

Bato a porta e finjo não ouvir sua voz abafada. Mas tudo vai em vão quando, em menos de dois segundos, mamãe abre a porta novamente. Segurando um pano de cozinha, ela analisa o quarto e abre as janelas como se estivesse morrendo sufocada.

— Filha, e as malas? Como ficam?

— Ah, mãe — deito na cama. — A preguiça me domina.

— Nem vem com essa palhaçada — sempre rio quando ela diz a palavra “palhaçada”. — Também não ria, eu não limpei essa mala para nada — ela tira meu malão do armário e o coloca sobre a cama. — Vamos, levanta. Vai. — Gemo de preguiça. Mamãe simplesmente bufa e diz para Catriona ajuda-la com o jantar.

Eu nem sei o que levar. Todas as minhas roupas? Só os uniformes? Vestidos ou calças? De qualquer jeito, luto contra a vontade de dormir e me levanto. Abro as portas do closet e começo a tirar as roupas dos cabides, dobrá-las e então coloca-las na mala. Termino bem a tempo de papai chegar do trabalho. Ponho o malão no chão e atravesso o hall.

— Oi, pai — o abraço e ele beija minha testa.

— Aproveitando seu último dia de férias? — amo o jeito com que se preocupa comigo. Ele deve estar exausto; a promoção implicou em mais carga horária, e eu achava que as horas do trabalho antigo já bastavam para derrubar qualquer guerreiro.

— Isso não importa — dou de ombros. — Como foi no trabalho? — tiro de suas mãos sua maleta e a coloco sobre a cômoda que fica ao lado da porta de entrada.

— O que você está querendo? — ele desconfia da minha preocupação. Demoro uns segundos para responder mas logo digo:

— Ainda posso voltar para o Castelobruxo. Vai, pai... — imploro, puxando seu paletó como uma criancinha.

— Ah, filha — ele perde o interesse na nossa conversa. — Me desculpa, mas já aceitei esse emprego e com certeza deram o meu para outro lá no Brasil. Com o tempo, você vai aprender a gostar daqui. Todos nós vamos — ele me dá mais um beijo na testa e entra no lavabo.

— Sabia que tudo está muito perigoso aqui no Reino-Unido? — puxei conversa enquanto meus pais e Catriona mastigavam o frango.

— Como assim? — questiona mamãe, abaixando o volume da televisão.

— Andei vendo algumas edições do Profeta Diário, é o jornal daqui — explico rapidamente. — Quem é esse Voldemort?

— Se lembra de quando falamos de Grindelwald? — papai começa logo após ter engolido seu suco. Afirmo com a cabeça e ele continua: — Voldemort é como ele, mas dizem que é pior. — Sinto calafrios, mas todos à mesa continuam agindo normalmente.

— E não estão nem um pouco preocupados com isso?

— Toda hora — papai diz entredentes enquanto corta mais uma fatia de frango. — Mas sabemos que Hogwarts é o melhor lugar para mantê-las seguras. Certo?

— Certo — concorda mamãe.

— Vocês tem certeza absoluta? O jornal diz que esse Voldemar... Voldemort... não sei. Diz que ele está perseguindo um garoto, Harry Potter é o nome dele. E esse tal de Harry Potter estuda lá em Hogwarts — É incrível como minha família não se interessa nem um por cento na minha conversa.

— O vilão sempre tem uma vítima para perseguir. — comenta papai, mastigando. — Só tome cuidado lá na escola, o.k.?

Afirmo com a cabeça, mas não tenho exata certeza do que estou confirmando. Na verdade, estou pensando em como será Hogwarts, se será muito legal, ou muito ruim. Provavelmente muito ruim. Sim, muito ruim.

Mal percebo quando o jantar acaba e mamãe começa a recolher os pratos. A ajudo com o resto das panelas e também com a louça, mas sem dizer um pio. Ainda encalacrada com o fato de estar indo para a escola que é o foco de ataque de um bruxo assassino, me deito e apago as luzes. Abraço o coelhinho que Catriona recusou e fecho os olhos. Fico tentando procurar alguma coisa boa em toda essa situação. Mas é muito difícil achar luz quando se está cega.

Demoro vários minutos para aceitar o fato de ter que atravessar, literalmente, uma parede para poder pegar o trem. Catriona tirou de letra e até meus pais, que são bem medrosos, não hesitaram em arriscar a vida.

Dá certo. Estou em algum outro lugar, “Plataforma 9 ¾” está escrito numa placa. Analiso o lugar até que papai me tira de meus devaneios ao gritar meu nome.

— Rosalie! Já vai entrando.

Um sineta toca e me apresso. Dou um beijo e um abraço forte nos meus pais, que se emocionam e não se movem até o trem começar a andar. A porta finalmente fecha, eu e Catriona estamos procurando uma cabine livre quando avisto alguns rostos familiares.

— Gente? — pergunto feliz ao abrir a porta de vidro de uma das cabines.

Meus amigos sorriem ao me ver. Logo se levantam e damos um abraço coletivo. Me sento num espaço vago e apoio minha mala debaixo do banco.

— Então não vai ser tão ruim — Juliana comenta enquanto André fecha a porta. Eles dois estão se mudando também. Estudávamos juntos no Castelobruxo, e é ótimo ter rostos conhecidos por perto.

— Nossa, eu não sabia que vocês vinham — digo.

— É, nós também não — responde André, desenhando na janela embaçada. — Foi uma surpresa dos nossos pais — Juliana e André são praticamente irmãos. Os pais de Juliana morreram num acidente, então como os pais de André eram muitos amigos dos de Juliana, acabaram ficando com a guarda da garota.

— Alguém mais vem por aquele programa de intercâmbios? — pergunto enquanto digo a uma velinha que não quero nenhum doce do carrinho de guloseimas. Mas quando a velinha se move, vejo Catriona sozinha, no meio do corredor, com os olhos vermelhos e olhando para o chão. — Já volto, gente.

Saio da cabine conferindo que ninguém está me vendo. Chamo Catriona para um cantinho.

— O que foi?

— Estou com saudades de papai e mamãe — ela murmura com voz de choro.

— Ai, Catriona. Já disse... — gemo, cansada de ter que explicar a mesma coisa umas quarenta vezes.

— Eu estou com medo, Fleur — ela se defende, brava.

— Não me chame de Fleur — reclamo. — Sabe que não gosto... — ela não muda. Continua emburrada. — Vamos, Catriona... – Começo a perder a paciência. — Catriona Bryce! Para. Você não é mais um bebê, tem onze anos.

Pronto. Meu grito deixa ela mais apreensiva ainda.

— Olha... — tento adquirir uma voz mais doce. — E nem vai ser tão ruim. Eu até tinha conversado com o papai, queria ver se conseguíamos ir pelo Portal do Amazonas. Mas como nos mudamos, é bem mais fácil vir pelo Expresso. O.k.? Chega de choro. Vamos voltar para a cabine e... Ah! — minha mão fica gelada e um garoto na minha frente parece estar bem bravo. — Desculpa! Nossa... nossa, desculpa mesmo.

— Ei, olha por onde anda, sua doida — ele fala, e com razão, seu uniforme está todo encharcado e laranja.

— Dino, não precisa falar assim! — uma menina ruiva aparece por trás do garoto.

— É, não mesmo. — digo, também séria. Eu sei que derramei suco nele, mas isso não é motivo para ele me xingar. — Foi um acidente, me desculpa.

— Fica tranquila. Eu sei que não foi por querer. — a ruiva diz. — Vamos, Dino. Tchau — ela acena para uma garota morena que está na cabine ao lado, e, puxando o tal de Dino pela mão, vai até o fundo do trem e desaparece ao entrar em um dos compartimentos.

Ótimo. Comecei bem. Tenho vontade de ir ajudar o garoto e pedir desculpas mais uma vez, mas pela pressa com que ele entrou na cabine, deduzo que nem se lembra mais do incidente. Rio sozinha e tento fingir que não percebi dois garotos e uma menina da cabine ao lado me observando com olhos assustados.

Estou no amontoado de alunos brasileiros. Em alguns minutos vamos entrar dançando pelo Grande Salão. Meu caso é bem peculiar, porque eu não em encaixo em nenhum lugar. Sou aluna nova, então devia estar na fila de crianças de onze anos que estão ingressando na escola. Mas também sou brasileira, então devo estar no amontoado de brasileiros. O Discipulis Partialiter é uma ideia genial, que junta alunos de todos os lugares e está sendo sediado em Hogwarts. As portas de repente se abrem e até levo um susto, mas são só dois alunos entrando no Grande Salão. O menino é grande e forte, com uma cara amarrada. Já a garota, é tão bela e leve que chama a atenção de todos os meninos perto de mim.

As portas são fechadas novamente. Esperamos uns cinco minutos e escuto uma voz estridente gritando “Castelobruxo”. É a nossa hora. Todos nós entramos no ritmo do samba que é tocado por uns pandeiros, caixas e chocalhos. Como já sei a dança de cor, foco minha atenção da decoração do salão. É gigante.

Algumas gárgulas pelas paredes. Quatro mesas enormes e cheias de alunos vestindo uniformes pretos. Acho um tanto depressivo, todos de preto. Lá no Castelobruxo, as vestes são verdes e tudo é bem colorido. Me desconcentro por dois segundos e acabo esquecendo de uma pirueta. Mas ninguém deve ter visto. A música acaba e nos organizamos em duas filas. Fazemos uma reverência ao diretor com longas barbas brancas e oclinhos meia-lua, ele anuncia a Uagadou e logo nos colocamos na frente da mesa dos professores.

Aos poucos, os alunos da África, também dançando mas não em fila, entram lentamente pelo corredor. A música tem um ritmo crescente que com certeza me lembra da África. Os alunos vão dançando até chegarem onde o diretor está, onde fazem uma referência assim como nós e se colocam na frente da nossa fila.

— Mahoutokoro, Japão. — o velhinho gritou com sua incrivelmente estridente voz.

Os alunos africanos mal se acomodaram e escuto o som de um enorme gongo ecoar pelo salão. Uma música, que concluí ser japonesa, começa a ser tocada e, também dançando, os alunos japoneses, com capas de diversas cores, entram pelo corredor até Dumbledore — acho que esse é o nome dele —, depois se colocam em fila, na frente dos alunos africanos.

— Ilvermorny, Estados Unidos da América — ele grita por fim.

Por último, as portas se abrem novamente, três colunas de alunos americanos entram marchando, ao som de uma música que me lembra de uma marcha de exército. De qualquer jeito, prestando atenção, posso ouvir alguns trompetes e tambores compondo a melodia. Assim como todos, os alunos americanos se colocam, em fila, na frente dos japoneses.

— Que lindo... — Dumbledore diz. – E bom, para os alunos novos e alunos estrangeiros, Hogwarts tem a tradição de fazer com que todos os calouros passem pela seleção do chapéu seletor. Depois que fizermos a seleção dos alunos novos, poderemos fazer a mesma seleção com os estrangeiros, sei que não é nada oficial, mas como vocês ficarão conosco por um ano, acho que seria o certo coloca-los em suas devidas casas, algo bem mais simbólico do que didático.

Ele faz um sinal com a cabeça para uma professora magra e elegante, que se levanta e vai direto para onde o diretor está.

— Agora, chamarei os nomes dos novos alunos em ordem alfabética, tanto os que estudarão aqui até o fim quanto os que vieram pelo evento, quando disser seu nome venha até aqui, sente-se e eu colocarei o chapéu sobre a sua cabeça. — ela abre um rolo de pergaminho que parece infinito, e então começa:

— Acker, Felicity! — uma menina gordinha e baixa se pronuncia no meio da multidão de alunos novos dizendo ´sou eu, sou eu´ até chegar àquela professora alta.

— Corvinal! — todos de uma das mesas compridas aplaudem e assobiam, mas logo que o próximo é chamado, o silêncio volta.

— Bertocchi, Zaraa. Da Beauxbatons.

— Sonserina! — outra onda de aplausos e assovios vem da mesa da Sonserina.

— Bryce, Catriona. Do Castelobruxo. — Catriona abraça minha barriga, mas a encorajo com um empurrão. Com as pernas tremendo, ela sobre até a professora e se senta num banquinho de madeira.

— Lufa-Lufa! — o chapéu grita, e mais aplausos tomam conta do salão.

— Delacour, Fleur. Da Beauxbatons. — então aquela menina linda que entrou junto com o garoto também se chama Fleur.

— Corvinal!

— Bryce, Rosalie Fleur. Do Castelobruxo. — Fico com calafrios, confiro se sou eu mesmo e, assim como fiz com Catriona, André empurra minhas costas, o que faz eu quase cair no primeiro degrau da escada.

Me sento, nervosa e tremendo, no banquinho. Arrumo meu cabelo loiro e a professora me dá um leve sorrisinho, quase não percebo. Quando estava no bolinho de alunos brasileiros, ouvi murmurinhos dizendo que o nome dela era Minerva, mas não quero arriscar e chama-la pelo nome errado. Minerva coloca o chapéu falante sobre minha cabeça e sinto uma corrente elétrica percorrendo meu corpo. O chapéu murmura algumas coisas mas logo dá o veredito.

— Grifinória! — eu não sei bem se isso é bom ou não. Mas pela quantidade de barulho que vem de uma das mesas, concluo que é algo bom. Ainda muito nervosa, desço as escadas e me sento na mesa que me aplaudiu.

Minutos se passam e eu só quero saber quantos mais alunos faltam para passarem da letra O.

— Ortiz, Abelardo — um menino baixinho e magricela se agita no meio da bagunça de novos alunos e se dirige até Minerva, senta-se e o chapéu mal toca sua cabeça quando grita:

— Lufa-Lufa!

Analiso quem está na mesa. Consigo encontrar aquela ruiva e o garoto alto conversando enquanto prestam atenção na professora com o chapéu. Mais para o lado, aqueles três garotos que ficaram me observando na cabine, e graças a Merlin, André entrou para a Grifinória. Fora ele e aqueles cinco que eu nem sei os nomes, não conheço absolutamente ninguém, já que, infelizmente, Juliana foi para a Corvinal. Tem alguns que vieram do Castelobruxo na Grifinória, mas nunca tive intimidade o suficiente com eles.

— Kênia, Zarina. Da Uagadou. — Uma menina negra e esbelta sai do monte de alunos das outras escolas e senta-se, o chapéu dá o veredito:

— Grifinória!

Mais tempo se passa quando, de repente, escuto Vítor Krum e todo o salão cai no mais profundo silêncio. Ergo o olhar o vejo que é aquele garoto grande, forte e muito intimidador. Torço para não cruzar com ele nos corredores.

— Sonserina! — o chapéu grita, Krum parece desapontado, mas anda até a mesa da Sonserina e senta-se.

Mais uns dez minutos e finalmente estamos no Y.

— Yamaguchi, Akemi. Da Mahoutokoro.

— Corvinal!

E finalmente encerra-se a seleção. A Profª Minerva apanha o chapéu e o banquinho e leva-os embora.

O Prof. Dumbledore se levanta. Sorri para os estudantes, os braços abertos num gesto de boas-vindas.

— Ótimo, ótimo! — diz sorridente com sua voz grave ecoando pelo salão. — Agora, bon appétit!

Em um piscar de olhos que mal consigo entender, me vejo em frente ao maior banquete que já vi na vida, posso jurar que há pelo menos vinte ou trinta opções de pratos diferentes, provavelmente para satisfazer ao paladar de todos, já que estudantes de diversos países estão aqui.

Enquanto estou focada na comida, ouço um estardalhaço toma conta do salão e vejo que vários alunos estão se levantando. Ignoro e permaneço sentada, curtindo meu bolo de chocolate.

— Olá — André aparece do meu lado.

— Oi, onde está a Ju? — pergunto depois de engolir um morango.

— Arranjou um menino que vai leva-la até a sala comunal da Corbinal.

— Corvinal. — corrijo, ele gira os olhos. — Nossa — me lembro. — Você sabe ir até lá? — me levanto e André vem me seguindo.

— Sei mais ou menos — lhe repreendo com o olhar. — O.k., eu não sei. Mas é só seguir os alunos com uniformes preto e vermelho.

Vamos fazendo o que André disse. Nos perdemos duas vezes e na terceira, chegamos até o banheiro feminino. Estamos quase desistindo quando finalmente achamos uma espécie de escadaria que se mexe. Seguimos duas meninas que dizem algo para um retrato com uma mulher e então entramos na sala.

A sala comunal da Grifinória tem uma aparência confortável, uma sala aconchegante e circular na torre da Casa, mobiliada com poltronas fofas e velhas mesas desconjuntadas. Um fogo muito vivo crepita na lareira e uns poucos alunos aquecem nele as mãos, antes de subir para os dormitórios. Do outro lado da sala, me impressiono com irmãos gêmeos fazendo alguma coisa com um menino de cabelo roxo. Um deles me cumprimenta com um sorriso e me sinto estranhamente bem.

— Boa noite — digo a André, ele faz um sinal com as mãos e então subo as escadas até meu dormitório. Sou a primeira a entrar, as outras devem ser veteranas e estar conversando com os amigos.

Arrumo minhas roupas e coisas. Diminuo a luz do abajur e me deito de camisola, adormeço e ainda sou a única no quarto.


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Notas finais do capítulo

Ainda esatmos no comecinho.... mas por favor comentem e me digam o que estão achando!!! Amo muito vocês e muito obrigada por ter lidoa até aqui! Um beijo com cheiro de unicórnio, e até a próxima...



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