Autumn Leaves In a Snowstorm escrita por Miss Moonlight


Capítulo 1
The odd orphan and his camera


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos ao primeiro capítulo!

Como vocês já devem saber, o primeiro capítulo sempre é meio sem graça. Ele serve mais para apresentar os personagens, o enredo e piriri pororó. E não, isso não é uma desculpa para o capítulo estar meio chocho... ou talvez seja.

De qualquer forma, obrigada por darem uma chance, tia Tati promete que os próximos serão mais emocionantes.

Enfim, nos vemos lá embaixo.

Boa leitura!



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Quinta-feira tinha tudo para ser somente mais um dia normal como todos os outros, no qual eu acordaria cedo, tomaria meu café da manhã junto aos outros órfãos no refeitório e – com o término do ensino secundário – só me restaria ir para o trabalho e voltar para o orfanato ao entardecer. Depois, jantaria a comida feita pela Sra. Watson, leria algum livro empoeirado da biblioteca do orfanato e provavelmente iria para a cama após isso. Entretanto, contrariando todas as minhas expectativas, tornou-se um dia que acabou virando minha monótona vida de cabeça para baixo.

Foi ao fim de tarde, voltando do Merle’s Coffee Shop, local no qual eu trabalhava fazia mais de um ano, que eu avistei a cena precursora da grande virada da minha vida, ou melhor, a pessoa.

O vento frio batia sem pudor em direção ao meu corpo, empurrando-o para a direção contrária na qual eu seguia e obrigando-me a fazer um pouco mais de esforço a cada passo dado. Eu distraia-me no caminho de volta para a casa, tentando tirar o emaranhado de fios de cabelo acobreados da frente do meu rosto, a fim de conseguir enxergar o chão que pisava, evitando desastres futuros.

Foi quando, entre os meus fios embaraçados, eu o vi.

Sua figura alta e pálida, coberta com vestes escuras, se contrastava levemente com o cenário alaranjado do outono que nos rodeava. Enquanto atravessava a rua a minha frente, notei que carregava uma expressão séria em seu rosto inegavelmente belo e jovem. Aquela figura com toda certeza passaria despercebida pelos olhos de qualquer outro cidadão que cruzasse seu caminho. No máximo, algumas pessoas ficariam encantadas com sua beleza ou espantadas pelo tom pálido de sua pele, mas isso porque não o conheciam, porque não sabiam quem era Charles White.

Já eu sabia.

Imediatamente parei meus passos na calçada. Meus olhos, de modo automático, seguiram sua figura até a mesma sumir na esquina a minha esquerda no final da rua. Só uma pergunta rondava meus pensamentos: O que aquele garoto estranho estava indo fazer agora?

Sempre fui conhecida por ser muito curiosa, pode-se dizer que era algo mais forte que eu. Tão forte que eu mal senti quando meus pés se puseram a copiar os passos dados por aquele jovem que estranhamente seguia na direção contrária do local onde morávamos.

Charles White era um dos órfãos do Orfanato da Sra. Stevens e de longe o mais estranho de todos. Tinhas os cabelos pretos, que caíam sobre sua testa, era pálido, alto e sempre vestia roupas de tons neutros. Tudo nele era neutro e apagado, a não ser os seus olhos e lábios. Eles eram em um cinza claro com tons azuis límpidos, que passavam facilmente despercebidos se você não os olhasse com mais atenção, e seus lábios, nem grossos ou finos demais, possuíam um tom naturalmente avermelhado que se contrastava com todo o seu rosto.

Não era difícil encontrá-lo sozinho, na verdade, eu nunca tinha o visto com alguém a não ser com os funcionários do orfanato ou com os órfãos mais velhos quando os mesmos insistiam em atormentá-lo. Sempre foi assim, recluso, quieto e sério, aparentava ser muito maduro para sua idade, na qual, coincidentemente, era a mesma que a minha.

Lembro-me quando chegou ao orfanato aos 10 anos. Achei que finalmente teria um amigo naquele lugar, já que todos os órfãos ou eram velhos demais ou novos demais para assumir esse cargo, isso sem contar o fato de que odiavam-me, julgando-me como a queridinha da Sra. Stevens, apenas por eu ter praticamente nascido naquele orfanato e, por conta disso, eu e a senhora de meia idade acabamos por criar uma certa “intimidade”. Na verdade, ela criara comigo, mas, de qualquer forma, isso não importava para eles e enturmar-me era uma tarefa quase impossível.

Eu já não era uma pessoa sociável, na realidade, acho que nunca serei, mas decidi, no instante que o pequeno menino dos cabelos escuros saiu por de trás da figura um tanto mais nova da Sra. Stevens há anos atrás – visivelmente incomodado com a apresentação que a mulher tinha feito dele para os outros órfãos –, que faria um esforço para conquistar sua amizade.

Tentei, durante uma semana inteira, achar um momento ou uma maneira de me aproximar dele. Nas refeições, na biblioteca do orfanato, no jardim, na escola e nunca tive um único sucesso. Ou eu desistia de me aproximar antes, achando que seria um incômodo, ou tinha as perguntas amigáveis – nas quais ensaiara diversas vezes na minha cabeça antes – todas cruelmente ignoradas, ganhando apenas seu olhar tedioso e frio em troca.

Foi no final da primeira semana de sua estadia ali, que eu desisti completamente de tentar aproximar-me dele. Estava sentava perto do mesmo no refeitório na hora do jantar, a fim de conseguir sua atenção outra vez. Eu comentava algo sobre o Sr. Martin – que além de cuidar da manutenção do orfanato, cuidava também do jardim nos fundos do pequeno prédio –, quando ele de repente se levanta, bate as mãos na mesa, fazendo-me pular levemente de susto em meu assento, e encara-me com seus olhos totalmente cinzas, cheios de fúria, sem um único resquício se quer de azul.

Lembro-me perfeitamente de sua frase, do tom de voz raivoso e de sua expressão fria, pois aquilo marcou-me de certa forma: “Quantos dias mais você precisa para entender que eu quero ficar sozinho? Tenho coisas mais importantes a fazer do que escutar suas baboseiras. Você é tão carente, que nem percebe o quanto é inconveniente e insuportável. Vê se me deixa em paz ou irá se arrepender!”.

O medo que senti de White, a vergonha ao ver os outros órfãos rindo de mim ao meu redor, a raiva por suas palavras cruéis e a tristeza ao ter todas as esperanças de conseguir um amigo indo por água a baixo, foi tudo terrivelmente doloroso. Eu estava de fato sozinha, como sempre estive e tinha certeza de que sempre estaria.

Meus pensamentos viajavam em memórias distantes, enquanto eu ainda punha-me a segui-lo mesmo sem nenhum motivo aparente, apenas com a curiosidade guiando-me. Andávamos há mais ou menos uns quinze minutos e nada de chegar a lugar algum. Eu andava mais atrás, evitando ser descoberta. Podíamos não ser amigos, ou colegas, mas vivíamos em quartos um de frente para o outro e crescemos morando no mesmo local, ele provavelmente acabaria reconhecendo-me. Por via das dúvidas, levantei meu cachecol vermelho cobrindo meu rosto parcialmente até o nariz, enquanto amaldiçoava-me por escolher logo o cachecol com a cor mais forte que tinha na loja.

Tão discreta, Autumn, meus parabéns!

Charles White caminhava a minha frente em passos determinados e rápidos, parecia saber exatamente onde estava indo. Segurava sua bolsa lateral de couro atravessada no seu corpo em uma das mãos e a outra se encontrava dentro do bolso de seu casaco azul-marinho. Não demorei a perceber que estávamos indo para uma parte de classe média alta do bairro, mas isso não ajudava a entender o porquê de estarmos ali, ou melhor, o que ele estava fazendo ali e por que eu ainda estava o seguindo.

Eu sabia que White trabalhava na editora do jornal da comunidade em outro bairro longe dali e que nessas horas estaria voltando para o orfanato assim como eu. White não tinha amigos ou conhecidos, pelo que eu saiba, e, como era órfão, tecnicamente não possuía mais nenhum parente. Então o que diabos ele fazia ali afinal?

O sol havia se posto por completo e a noite já se fazia presente quando ele parou e eu consequentemente parei também. Ele virou a cabeça olhando para os dois lados da calçada e eu rapidamente entrei em um pequeno beco a minha esquerda, que havia ali perto. Encostei-me de olhos fechados e com o coração na boca na parede suja e repleta de pichações. Contei os segundos, torcendo para não ter sido pega. Depois de um tempo naquela posição, tirei a conclusão de que estava temporariamente segura e estiquei minha cabeça para fora do beco para espiar o rapaz, vendo-o enfiar uma das mãos dentro da bolsa e tirar de lá uma câmera que claramente não tinha sido feita naquela década.

O jovem rapaz posicionou-se por detrás de uma árvore com o tronco grosso, aparentemente tentando se esconder de algo, assim como eu estava escondendo-me dele. Puxou a manga do casaco e checou o horário no relógio em seu pulso. Direcionou seus olhos diretamente para a casa grande do outro lado da rua e esperou.

Acompanhei seu olhar e ali havia uma casa bonita e um tanto chique. Era revestida em cores claras e tinha um jardim consideravelmente grande e bem cuidado na parte da frente. Uma casa perfeita, para uma família perfeita e com um financeiro perfeito também. O que não era surpresa alguma, tendo em vista o local onde estávamos.

Podia quase ouvir as engrenagens do meu cérebro funcionando sem parar naquele momento, tentando entender o que estava acontecendo ali de fato. O que diabos White fazia ali naquele bairro, naquela hora, escondido daquele jeito na frente daquela casa? Talvez estivesse trabalhando para o jornal, fazendo alguma reportagem sobre algum ricaço que fizera alguma besteira, quem sabe?

Estava tão ansiosa para o que viria a seguir, que podia sentir até um certo frio na barriga com a expectativa.

Meus pensamentos foram cortados quando uma mulher bonita por volta dos 30 anos saiu pela porta da casa a nossa frente. Olhei diretamente para White e ele já estava com a câmera em frente aos olhos, tirando algumas fotos. Voltei a observar a mulher, enquanto ela fazia seu trajeto até o carro estacionado em frente a garagem de sua casa. Usava roupas simples, mas, com certeza, nada baratas. Possuía um leve sorriso no rosto que se manteve até a mesma entrar no veículo. Enquanto isso tudo acontecia, podia-se ouvir o som da câmera de White tirando algumas fotos e o barulho continuou até o carro sumir pela esquina a nossa direita.

Ao mesmo tempo em que eu ainda tentava entender o que estava acontecendo ali, White guardava sua câmera e tirava um pequeno bloco de notas da bolsa junto a uma caneta, logo começando a fazer anotações rapidamente. A única certeza que tinha no momento era que eu daria tudo para saber o que a caligrafia dele estava dizendo naquele pedaço de papel.

Mordia meu lábio em um ato totalmente ansioso, na espera do que viria a seguir e surpreendi-me ao notá-lo parado, aparentemente aguardando por algo de novo. Checou o relógio outra vez, suspirando em seguida, provavelmente não gostando muito da informação recebida pelo acessório. Encostou-se no tronco escuro da árvore e olhou para o céu, onde a lua já poderia ser vista em sua grandiosidade e as estrelas, que só incrementavam sua beleza, garantiam seu lugar ao seu redor.

Não pude evitar acompanhar seu olhar, queria entender cada ato seu, cada gesto ou expressão, qualquer pista seria de grande valia para entender a situação presenciada. O que será que ele estava pensando?

Observando a imensidade negra, em um puro momento de reflexão, questionei-me sobre o motivo de tudo aquilo, da minha tamanha curiosidade, insistência sobre o assunto e das emoções que estava sentindo, todo o nervosismo, tensão, dúvida e ansiedade.

Talvez fosse a minha vida rotineira e sem graça apenas querendo meter-me em algum problema, só para ter alguma mudança na minha rotina entediante, que já duravam dezessete anos da minha existência, ou seja, ela toda. Suspirei, olhando a lua e as estrelas que, durante todos esses anos, eram as minhas verdadeiras únicas e fiéis companheiras de vida, que estiveram sempre ali comigo. Um tanto dramático e lunático da minha parte, eu sei, mas saber que elas estariam ali todas as noites, fazendo-me companhia, era reconfortante e de certa forma fazia eu me sentir menos sozinha no mundo. E lá estavam elas, observando eu meter-me em uma provável enrascada.

Fui despertada de meus pensamentos, quando outro carro passou pela rua, chamando a atenção de White e a minha também. O rapaz rapidamente passou a tirar fotos no veículo, enquanto o mesmo era estacionado dentro da garagem da mesma casa a nossa frente. Charles fez o mesmo processo que o anterior: tirou o bloco e fez anotações, checando o relógio e provavelmente anotando o horário do acontecimento fotografado.

Franzi a testa, achando tudo aquilo estranho demais. Por que aquelas duas cenas presenciadas, a saída da mulher loira e da chegada daquele outro carro, eram tão importantes para merecerem fotos, anotações e uma espionagem na penumbra da noite? O que diabos aquela mulher e visivelmente aquele homem que dirigia o veículo tinham feito de tamanha importância?

Acompanhei todos os movimentos seguintes de White, esperando algo que juntasse todas aquelas peças de quebra-cabeças que ele havia me dado sem nem mesmo perceber. Mas quando o tempo passou e mais anotações foram feitas e mais fotos foram tiradas – após a chegada da mesma mulher minutos depois, só que agora acompanhada de uma jovem menininha por volta dos 10 anos –, percebi que não o resolveria tão cedo. Notei como seu olhar demorou mais na figura pequena, apesar de ser impossível ler suas emoções. Ele era sempre tão frio, mesmo sem ninguém por perto.

Depois que as duas figuras femininas entraram na casa pela porta de madeira ornamentada, o rapaz começou a guardar seus pertences dentro da sua bolsa de couro, aparentando ter terminado seu devido trabalho que ainda era-me uma incógnita. Assim que virou a cabeça em minha direção para seguir caminho, tratei logo de esgueirar-me outra vez na parede suja daquele beco, tentando continuar passando despercebida pelos olhos indiferentes do garoto, que provavelmente deixariam de ser indiferentes e passariam a ser raivosos caso descobrissem-me ali.

O segui todo o caminho de volta até o orfanato em uma distância segura, nem tão perto para chamar sua atenção, nem tão longe para não acabar sendo assaltada, sequestrada ou sei lá o quê naquela hora da noite e naquele bairro em que morávamos, que não era conhecido por ser o mais bem frequentado.

Assim que avistei o prédio escuro onde passei todos os anos de minha vida, percebi de que não poderia entrar junto ao rapaz a minha frente, já que não faria sentido nenhum e seria muito estranho e até óbvio que eu estava o seguindo. Enquanto o maior fazia seu caminho ao portão de entrada no orfanato, tratei de dar a volta no quarteirão, andando o mais rápido que meus pés conseguiam, evitando correr para não chamar atenção de nada e ninguém mediante a escuridão daquela rua.

Pulei, sem cerimônia, a cerca mediana que rodeava a residência, entrando na propriedade e sentindo a grama verde do jardim abraçar meus tênis surrados. Sentei em um dos bancos de madeira que havia ali e respirei fundo, finalmente percebendo o quanto meu coração estava acelerado, com a adrenalina que sentia, e que suava levemente na testa, por conta da longa caminhada, da curta corrida até a parte de trás do orfanato e do salto sobre a cerca.

No fim, eu quis rir. Somente rir. Há quanto tempo não sentia-me assim, tão... Viva? Isso me fez perceber que há muito tempo eu não estava vivendo propriamente a vida que me foi dada, estava apenas sobrevivendo. De fato, eu não tinha um sonho ou um objetivo de vida, não havia ninguém para se importar comigo e ninguém para eu importar-me. Não havia sentido para minha vida e perdi a conta de quantas vezes eu amaldiçoei a mulher que me deu a luz. Porém, lembrei-me de algo que havia lido em um livro há um tempo: "A vida não tem mesmo sentido, se você não der nenhum a ela".

E foi naquele momento que eu decidi que era nisso que eu focaria a partir dali. Toda a emoção que seguir Charles White trouxera-me, seria o meu objetivo temporário de vida, até achar um melhor e mais apropriado depois.

— Oh, Autumn, acabou de chegar? Já está tarde, menina, melhor entrar – disse o Sr. Martin, chegando perto do banco onde eu estava, enquanto segurava uma pá com sua mão direita.

Ele era o responsável pela grama verdinha, a horta farta e bem cuidada e as flores coloridas e cheirosas que havia no jardim. De todo o orfanato, aquela era a área mais bela e agradável, e os créditos iam todos à ele. Dentro do orfanato, a tinta escura que coloria as paredes já estava desbotada, que de fato dava aos cômodos, por mais limpos que estivessem, um aspecto sujo. Não tinha nem comparação com aquilo.

— Tem razão, hoje foi um longo dia. Bom, boa noite, Sr. Martin. Nos vemos amanhã – disse, enquanto levantava-me e acenava para o senhor.

Ele apenas sorriu, mostrando seus dentes levemente amarelados e assentiu com a cabeça. Caminhei para dentro do orfanato, sentindo finalmente o cansaço tomar conta de mim.

Quando passei pela sala de estar, onde a maioria dos órfãos se encontrava em frente a única e maltratada televisão de todo orfanato, passei despercebida por todos eles, mas não era como se eu tivesse feito algum esforço para tal. Eu era meio que invisível para todos os presentes ali e não fazia questão que isso fosse diferente na verdade. Afinal, não precisava deles e nada do que pudessem proporcionar-me.

Não demorei a subir as escadas até o terceiro andar, onde ficava meu quarto, e nem para entrar nele e jogar-me exausta na cama. Enquanto caia no sono, ainda com as mesmas roupas no corpo, só conseguia pensar em duas coisas: Charles White e o que ele estava escondendo.


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Notas finais do capítulo

Bom, até que não ficou tão ruim, né? NÉ?!

Para quem chegou até aqui, muito obrigada! Sinta-se livre para deixar sua opinião, crítica, ou até elogio, quem sabe? O feedback de vocês é sempre muito positivo e, sem querer parecer uma mendiga de comentário, acaba mesmo nos incentivando a escrever mais para vocês. Ah, e se vocês notarem algum erro, não hesitem em me comunicar, por favor.

Enfim, obrigada de novo a todos que leram, espero ver vocês no próximo capítulo!


~Tamiris (ou só Tati, se preferirem).



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