Academia de Vampiros - Ligação de Sangue escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 5
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, espero que ainda tenha leitores por aqui, bem vamos esclarecer algumas coisinhas antes de lerem o capitulo incrível que eu fiz com muito carinho pra vocês. Bem, eu não abandonei e nem pretendo abandonar a fanfic, mas acontece que eu simplesmente tive o pior bloqueio de ideias da minha vida e não sabia o que escrever mesmo sabendo exatamente o que eu queria para o capitulo, porem eu finalmente consegui e para compensar eu fiz um capitulo bem grande pra vocês!
APROVEITEM!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/730998/chapter/5

Acordei com uma dor de cabeça enorme por conta do golpe que Dimitri me dera e com a visão bastante embaçada e equilíbrio questionável também, havia uma movimentação estranha dentro do quarto e percebi que uma humana baixinha e gorducha de cabelos curtos estava colocando algumas roupas no armário do outro lado do quarto e havia se descuidado o bastante para deixar a porta aberta já que eu estava apagada e sendo assim ela provavelmente imaginou que eu não fosse acordar logo – é vadia, mero engano.

Levantei devagar para não chamar a atenção ainda mais, visto que eu não fazia a menor ideia de onde estava e de quantos Strigois poderiam estar espalhados pelo ambiente e quando me aproximei o suficiente a peguei pelo pescoço ainda de costas numa chave de braço – cortesia de algumas coisas que aprendi com meu pai que segundo ele me seriam de bastante utilidade e que poucas Academias ensinavam por serem extremamente conversadoras com seu método de ensino tradicional em luta defensiva e proteção confiando em nada além de si mesmos e uma estaca de prata - apertando os braços com força o suficiente para deixá-la inconsciente então eu fechei a porta a trancando e rapidamente corri para fora do local me vendo num corredor enorme com paredes de ferro quase sem iluminação, parecia até que eu estava num filme de terror desses que a vitima em algum momento tropeça no meio da fuga e ai morre.

Clássico.

Eu ainda estava muito fraca para usar meus poderes de Moroi para criar uma saída alternativa então iria ao estilo da Velha Escola – ou ao Estilo da St. Vladimir e não dependeria de nada além de mim mesma e de tudo que havia aprendido lá – que ironia, porque estando lá parecia que eu não usaria metade do que era ensinado, e olha lá eu pagando língua.

Ouvi outra movimentação estranha numa sala alguns metros a frente do corredor e ao me aproximar cuidadosamente encontrei um grupo de três Strigois discutindo alguma coisa haver com um próximo ataque que fariam ainda naquela noite pela cidade, esperava conseguir passar despercebida por todos eles e sendo assim ganhar algum tempo, porém infelizmente tropecei numa caixa de metal ao meu lado no corredor e todos imediatamente viraram em minha direção.

Ah que merda!

Eu e minha língua grande em brincar sobre estar num filme de terror.

— O que você... Como conseguiu escapar da ala de prisioneiros? Dimitri é mesmo um idiota por não ter matado você de uma vez! Que se dane as ordens, eu vou matar você! – Esbravejou um deles vindo em minha direção me derrubando no chão e começamos a lutar derrubando tudo que havia a nosso volta em meio a chutes e arremessos de nossos corpos; o que me renderia hematomas gigantes mais tarde com certeza.

Pelo canto do olho vi uma Strigoi loira sair correndo por uma porta que eu não havia reparado existir quando entrei pelo lado oposto, porém eu tinha problemas bem maiores para lidar naquele momento então me foquei em dar um jeito nos Strigois ali presentes e após jogar um deles sobre a mesa eu consegui uma nova estaca que me ajudou a acabar com aquela palhaçada e logo eu estava no andar de cima.

Agora que todos estavam mortos só precisava arranjar um transporte para me levar para a Rússia o mais rápido possível. Eu sabia exatamente quem poderia me ajudar com isso.

— Sidney, é sou eu. Quem mais seria mulher? Sim eu estou bem... Mais ou menos, acho que bati a cabeça no armaria enquanto... Ah esquece. Isso não é importante agora. Me deixa falar garota! Eu preciso de um grande favor seu e precisa ser agora então pare tudo       que estiver fazendo. –Falei pelo meu celular que havia recuperado junto com minhas armas depois de matar todos os Strigois. – Eu preciso de um avião para me levar para a Rússia. Pra ontem garota! Tudo bem, eu vou te mandar as coordenadas de onde estou. Sim, eu achei o Dimitri, mas tive um problema com os novos amigos dele e uma falha esquisita com os meus poderes e esse problema vai me levar para a Rússia. É eu sei que minhas filhas estão lá correndo perigo, droga! Não, não fale nada a eles por enquanto, não quero deixá-los assustados e eu pretendo chegar antes que algo de errado... mais ainda. Obrigada.

Nunca pensei que viajar de avião fosse me deixar tão extremamente inquieta, mas a verdade era que nunca foi tão difícil ficar sentada na minha vida e após algumas horas finalmente desembarquei pegando um taxi direto para a casa dos Belikov torcendo para ter chegado a tempo.

Eu tinha que ter chegado a tempo... Por favor! Que São Vladimir me ajude.

Era início da noite quando cheguei na frente da casa dos Belikov, paguei o taxi e após pegar minha mochila com tudo que iria precisar corri em direção a casa pulando o muro da parte de trás na esperança de que assim ainda consiga manter o elemento surpresa ou coisa do tipo, caindo no gramado recém cortado e onde havia um pequeno jardim no meio – amassando algumas flores o que provavelmente deixara a avó de Dimitri muito brava comigo depois, mas eu lidaria com ela quando fosse necessário porque naquele momento eu tinha problemas muito maiores para resolver - e ouvindo gritos que eu conhecia muito bem.

— Droga! – Praguejei irritada e desesperada ao mesmo tempo ao perceber que a porta dos fundos já estava no chão e ao entrar na cozinha tudo estava revirado e com claros sinais de que houve uma luta recente por ali, quando iria dar mais um passo mãos taparam minha boca me puxando para o corredor do lado esquerdo que dava acesso ao porão, me apavorei e quando estava prestes a reagir dei de cara com Adam Zeklos e o xinguei mentalmente pelo susto imenso.

— Sou eu, calma Rose! Desculpe pelo susto, mas foi à primeira coisa que passou pela minha cabeça. – Disse ele soltando meu corpo devagar e então apontando o andar de cima onde ouvi as coisas quebrando. – A coisa está bem feia lá em cima. Como sabia que precisávamos de ajuda?

— O que está acontecendo aqui Adam? Cadê todo mundo? Onde esta a Rebekah? E as meninas? – Perguntei apavorada com a falta de informações e com o fato de os barulhos no andar de cima aumentarem a cada segundo que estávamos conversando no andar inferior. – Eu sabia que algo ia acontecer porque fui eu que dei a ele a localização das minhas filhas por acidente depois que ele me sequestrou enquanto eu tentava caça-lo para encontrar um jeito de cura-lo então sabia que tinha que vir direto pra cá imediatamente depois que acordei. E eu estava certa.

— Rebekah esta lá encima com as crianças eu acho. A mãe dela está com ela também. Eu cheguei há pouco tempo e descobri que Dimitri está aqui quebrando tudo enquanto tentava matar a própria irmã, então me escondi quando vi você pular o muro dos fundos provavelmente torcendo pra ninguém ter notado sua aproximação nada sutil. Então esteja ciente que provavelmente o seu efeito surpresa pode ter ido por água abaixo.

Pretendia responder as palavras dele de forma rude devido ao nervosismo que percorria por todo o meu corpo, mas algo no andar de cima chamou a minha atenção.

— Papai, por favor, me solta! – Gritou Zoey de um jeito enrolado pela pouca idade, mesmo que fosse muito inteligente para uma infinidade de coisas que muitas com mais idade não sabem. – Eu estou com medo. Quero ficar com a vovó.

Minha visão se tornou vermelho sangue no mento segundo que as palavras me atingiram.

Ninguém mexia com minhas filhas.

Ninguém.

— Rose. Rose? O que você vai fazer? Volta aqui sua maluca! Ah mais que droga, o que você tem na cabeça? – Reprovou Adam quando sai correndo em disparada para o segundo andar, o ignorando completamente.

Ao entrar quase fui atingida pelo corpo de Dimitri que havia sido arremessado por provavelmente um chute de Rebekah que agora estava colocando minha filha embaixo da cama junto com suas irmãs.

— Rozy? Rose! – Gritou Rebekah a poucos metros de mim, porém seu irmão a acertou fazendo-a apagar imediatamente.

Rezei para que ela ainda estivesse viva após receber aquele golpe, pois o som foi quase ensurdecedor.

— Rose cuidado, atrás de você! – Gritou Olema Belikova em pânico e com alguns machucados leves, mas Dimitri já havia levantado e vindo pra cima de mim. – A deixa em paz filho, por favor!

— Como conseguiu escapar do esconderijo? – Perguntou ele tentando alcançar meu pescoço. – Aqueles incompetentes de uma figa, não fazem nada direito e...

— NUNCA MAIS TOQUE NAS MENINAS DE NOVO DIMITRI BELIKOV! – Gritei com minha estaca em mãos, porém ele me acertou fazendo a mesma voar longe em conjunto com meu corpo.

Senti minha cabeça bater na cômoda ao lado da cama que havia ali, então ao finalmente me colocar de pé vi a pior coisa do mundo. Algo que fez meu sangue virar gelo e meu corpo amolecer quase completamente.

Angela havia saído debaixo da cama e havia pulado nas costas do pai provavelmente tentando impedir que ele fosse para cima de mim novamente e então ele a pegou pelo pescoço fazendo ficar com os pés suspensos no ar e a prensou no chão abaixo de si. E naquele momento eu sabia exatamente o que ele faria, eu queria muito impedir um ato tão horrível desse, mas meu corpo estava tão estupidamente lento e meus movimentos pareciam tão inúteis ainda.

Os dentes dele finalmente encontraram a pele dela rompendo-a com extrema facilidade, seu grito de dor cortou o ambiente e quando consegui encontrar novamente minha estaca de prata algo extremamente estranho aconteceu em seguida e isso definitivamente mudou tudo. Dimitri soltou um gemido de dor que ecoou pelo cômodo todo me obrigando a tapar os ouvidos e caiu para trás vomitando algo escuro como piche – arriscava a dizer que era o próprio sangue, mas a iluminação do ambiente não estava ajudando muito em minha analisa, atrás de mim para meu espanto Angela sentou com facilidade como se apernas tivesse caído passando a mão pelo pescoço e seu ferimento aos poucos começou a estancar sozinho e desaparecer restando apenas uma mancha rosada que provavelmente logo não estaria mais ali também, ela finalmente se colocou de pé e para o espanto de todos estava indo na direção de Dimitri que estava de joelhos e ainda gemia de dor segurando o estomago com desespero, ela calmamente tocou o ombro dele que pareceu se acalmar aos poucos com o toque dela e então entendi o porquê disso estar acontecendo mesmo que ainda achasse algo impossível – ele já não era mais um Strigoi.

Ele estava de volta.

Ao finalmente levantar o rosto Dimitri pareceu perceber o que havia feito de errado com sua família e então tentou se afastar horrorizado por ter mordido a própria filha ao ponto de chegar muito perto de mata-la, porém Angela se manteve firme na frente dele, se ajoelhou a sua frente puxando os ombros dele de modo que ele pode pousar a cabeça no colo dela e chorar tudo que estava preso dentro de si, toda a dor e agonia, toda a culpa pelas coisas ruins e toda a parte que o tornou um mostro temporário.

E foi exatamente o que ele fez.

Em todos esses anos que o conhecia desde a época da Academia nunca vi Dimitri chorar tanto daquele jeito, ao ponto de soluçar tão alto que chegava a ser assustador, nem mesmo nas vezes em que quase fui mandada para conhecer o “Cara lá de cima pessoalmente” e então toda a raiva e medo que eu sentia dele se esvaiu lentamente como uma pia com a tampa aberta, restando apenas muita agonia pela dor dele e vontade de poder fazer tudo aquilo se afastar imediatamente, mas eu não iria sair do lugar.

Não agora.

Aquele momento não mais me pertencia.

Angela o havia salvado, esse era o momento deles. O momento dela.

— Ah meu Deus! O que eu fiz... Todas aquelas pessoas... Eu matei todas elas... Eu... Droga, eu machuquei vocês. O que foi que eu fiz com todos vocês. O que eu me tornei. Sou um monstro sem coração, sem... Alma. – Ele dizia sem parar agarrando-se mais a ela a cada palavra e então não aguentando mais apenas ficar observando cuidadosamente me aproximei e isso o deixou fora de controle de uma forma que eu nunca vi acontecer antes. – Rose! Por favor, me perdoe. Eu não queria, eu... Eu tentei matar a todos vocês, me perdoe, por favor. Angela...  Ah meu Deus... Filha... Perdoe-me por machucar você meu amor. Eu sinto muito. Cadê as meninas? Ah meu Deus, eu quase matei as meninas também!

Olhei para trás onde Nicolly e Zoey estavam encolhidas nos braços de Olema que estava em choque parecendo não acreditar que Dimitri realmente estava de volta.

— Papai? – Perguntou Zoey dando pequenos passos em nossa direção parecendo perceber que estava mesmo tudo bem agora. – Você é você mesmo de verdade?

Por um segundo algo dentro de mim ainda agindo na defensiva esticou o braço segurando as pernas dela, porém ela estendeu os dois braços para ele e algo dentro de mim afirmou que era seguro agora permitir essa aproximação e simplesmente cedi.

— Tudo bem filha, o papai voltou. Não vou machucar vocês de novo, pode confiar em mim querida. Esta tudo bem meus anjinhos. Eu sinto muito ter assustado vocês, o papai estava doente... muito doente, mas agora esta tudo bem de novo, eu prometo que está tudo bem de novo meus amores. – Prometeu ele ainda com lágrimas nos olhos descendo livremente com a mesma expressão de desespero presa em seu rosto.

E de alguma forma eu sabia que iriamos dar um jeito de ficarmos todos inteiros novamente. De algum jeito, mesmo levando o tempo que for.

Algumas semanas depois...

As coisas estavam finalmente se acertando aos poucos depois de tudo que havia acontecido nas últimas semanas, ainda levou um bom tempo para entender de fato o que havia acontecido naquela noite na casa dos Belikov, mas ao que parecia algo dentro de Angela havia sido gravado em seu DNA por ser filha de Tasha e Dimitri, o que não deveria fazer o menor sentido ou diferença numa situação como essa que enfrentamos, mas acontece que ela inacreditavelmente era Moroi com o dom do Espírito também e isso explica os demais “dons” especiais dela e também os pesadelos que apenar de terem diminuído ainda eram bem constantes, só que em níveis que não deveriam acontecer pela sua idade e por ser filha de Dimitri isso gerou o que foi chamado de “Cura Única”, ou seja, somente o sangue dela foi realmente capaz de curá-lo de verdade, mas não só em corpo como em alma também então nesse caso era possível dizer que a Ligação de Sangue entre eles formou um elo muito mais forte do que qualquer coisa já vista antes.

Fisicamente.

Ainda estávamos na Rússia mesmo que o ocorrido já tenha acontecido há quase duas semanas, as coisas finalmente estavam começando a entrar nos eixos aos pouquinhos, mas eu ainda estava muito preocupada com os estragos que ficaram para trás, começando por Yeva que durando o ataque na casa acabou sendo mordida e estava por um fio na UTI, a mãe de Dimitri estava com o braço quebrado, mas aparentemente não era nada tão mais grave que isso e em um mês já estaria sem o gesso e pronta para voltar as suas atividades normais, Victoria estava fazendo terapia todos os dias com uma psicóloga Dhampir que vinha vê-la em casa por conta de sua mobilidade reduzida, pois também havia sido atacada tentando proteger as sobrinhas e quebrou a perna em três partes, mas estava em casa em observação e mesmo com tudo que havia acontecido inacreditavelmente seu irmão era o único que ela deixava chegar perto dela. E por fim Dimitri era o meu Dimitri de novo, mas ele estava... Diferente.

— Não consegue dormir de novo? – Perguntei entrando no quarto e encontrando Dimitri sentado na moldura da janela que dava para o jardim dos fundos. – Anda, vem pra cama, por favor!

— Eu quase matei você... Eu quase matei a minha mãe. Rebekah está no hospital em coma por minha causa e não sabemos quando e se ela vai acordar um dia e as consequências que isso pode... Eu podia ter matado a Angela quando me alimentei dela... E eu matei dezenas de pessoas quando eu era... Um monstro. –Disse ele encarando o céu escuro a sua frente, havia tanta dor presa em sua garganta que eu estava verdadeiramente surpresa que ele estivesse conseguindo fazer as palavras saírem mesmo que tão baixas que mais pareciam murmúrios.

Bem, eu sabia que em algum momento teríamos aquela conversa e mesmo que odiasse ter que fazer aquilo sabia também que haveria um momento em que eu precisaria ser mais pra ele do que já fui, em toda a nossa vida juntos. Bem, ao que parece Aluna havia crescido e superado o professor que parecia um garotinho perdido e eu era a única que sabia o caminha. Tudo bem, eu mostraria o caminho.

— Qual é, sabemos que aquele não era... –Comecei com cuidado, porem ele me cortou.

— Não! Não faça isso, não tentei tirar essa culpa de mim porque sabemos que não é assim que funciona! –Disse ele virando para mim com lagrimas nos olhos. – Eu matei dezenas de pessoas quando era um Strigoi e machuquei a minha família, não consigo jogar isso embaixo do tapete e seguir enfrente!

Meu mundo veio abaixo e provavelmente lambeu e chão no conjunto.

— Então não entra nessa Camarada, não jogue a sujeira embaixo do tapete como se não fosse nada. Quer limpar a bagunça? Manda ver! – Falei me colocando de pé e indo até ele, segurando seu rosto em minhas mãos.

— O que está fazendo Rose? – Perguntou ele franzindo a expressão, colocando as mãos sobre as minhas tentando me afastar, porem não permiti. – Me solta, por favor! Rose, me solta!

— Uma vez na Academia eu acordei de uma ponte de ligação com a mente da Lissa, ela estava sendo atacada por dois alunos Moroi no banheiro da ala de Recreação Real, estavam usando magia nela. Quando eu cheguei lá ela estava fora de controle por causa do Espirito. –Comecei ainda mantendo meus olhos fixos nos dele.

— Eu sei disso, você estava comigo e nós a encontramos juntos, e a ajudamos e os alunos levaram uma punição enorme ve qusse foram expulsos por usar magia contra outro aluno. Pode me dizer por que estamos falando disso agora, por favor? –Perguntou ele franzindo a expressão provavelmente não entendendo onde eu estava tentando chegar.

— Bem, acontece que o Espirito estava forte demais na Lissa e eu puxei a pressão pra dentro de mim para aliviar a dor dela. E então eu me perdi, sentia varias coisas ao mesmo tempo, eu não conseguia mais me controlar. – falei alisando o rosto dele devagar enquanto falava. – E mesmo com todo aquele ódio e vontade de matar os alunos e ter machucado você te jogando na parede, você não me deixou sozinha.

— Pare! Eu já sei onde está querendo chegar com essa conversa e isso não é a mesma coisa nem de longe. Então, por favor, pare! –Pediu ele me empurrando para trás e indo em direção à porta do quarto, porem corri e o segurei pela cintura com as duas mãos. – Rose...

— Não! Eu não vou parar de jeito nenhum amor, porque todas as vezes que eu perdi o rumo você estava lá por mim mesmo quando isso o colocava em risco seja ele grande ou não, então me deixa fazer o mesmo por você. – Pedi apertando meus braços na cintura dele um pouco mais, o puxando para longe da porta. – Eu não estou jogando seus erros embaixo do tapete porque honestamente se tivesse sido Strigoi por mais tempo e tivesse matado as meninas eu o mataria.

— Lembro-me de uma conversa dessa que tivemos antes de eu virar Strigoi, quando eu perdi a memoria e resolvi viajar para cá para poder tentar colocar minha cabeça no lugar, antes de saber da Angela. Você tinha dito que estava pensando sobre se conseguiria me matar se eu fosse um Strigoi. – Disse ele virando devagar, curvando um pouco o corpo para encostar a testa na minha, então me soltou e sentou no chão abaixando a cabeça. – E percebi que você tem razão com isso, eu não vou conseguir passar por isso sozinho de jeito nenhum, foi uma porcaria tentar fazer isso das outras vezes sem você e eu não irei cometer esse erro de novo. Mas, eu não sei por onde começar, toda vez que eu durmo vejo o rosto de alguém que eu matei. Vejo os olhos da Angela lacrimejando quando a mordi... Eu vejo o monstro que eu era e eu não consigo fazer parar.

— Foque em alguma coisa bonita, qualquer coisa que para você seja bonito. –Falei ajoelhando e erguendo o rosto dele devagar o fazendo me olhar. – Isso pode não resolver tudo, mas já é alguma coisa, então vamos começar dai.

Dimitri me encarou com lagrimas que logo tratei de limpar com a ponta dos dedos e então ele ergueu a mão segurando uma mecha do meu cabelo que havia soltado do coque que eu fiz e isso me deixou confusa, porem não reagi esperando entender o que ele estava fazendo.

— Seu cabelo. – Disse ele encarando a mecha, enrolando-a em seus dedos.

— O que tem o meu cabelo? – Perguntei franzindo a testa também analisando a mexa em busca de algo que pudesse estar errado; aparentemente não tinha nada de errado com o meu cabelo.

— Seu cabelo é tão bonito. – Disse ele parecendo fascinado ainda encarando a mexa em seu dedo.

Bem, meu cabelo estava num coque todo bagunçado, eu estava de pijada de gatinho e com olheiras enormes porque não conseguia dormir direito já que as gêmeas acordavam chorando e as vezes gritando e eu tinha que ficar com elas ate que voltassem a dormir e as vezes Adam vinha me ajudar, mas ele também tinha a Rebekah para visitar no hospital e não podia ficar abusando dele e isso exigia muito de mim então eu com certeza não estava nas minhas melhores condições e muito menos o meu cabelo estava, mas Dimitri havia encontrado alguma beleza para se apoiar e mesmo não concordando muito com a escolha não me atreveria a tirar isso dele então apenas sorri e o beijei o puxando de volta para a cama.

E era isso, apenas o tempo conseguiria realmente consertar as coisas pra valer, porém de alguma forma eu sabia que conseguiríamos dar um jeito porque sempre conseguimos e agora não seria diference então ficaríamos bem de um jeito ou de outro levando o tempo que fosse necessário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do Capitulo meus amores porque mesmo demorando uma vida para postar eu fiz com muito carinho pra vocês!
Aguardo os comentários que espero que sejam grandes porque acho que eu mereço não é?
então comentem, favoritem, recomendem e deixem uma escritora feliz!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Academia de Vampiros - Ligação de Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.