Caçadora Pelas Circunstâncias escrita por Cris de Leão


Capítulo 34
Cap.34 - Meg McCaffrey


Notas iniciais do capítulo

Olá, o capítulo de hoje.



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A caverna de Rachel ficou em silêncio por alguns instantes. Então Nina quebrou o silêncio.

— Nós temos que impedir que eles queimem esse oráculo, já que é o único que está fora do alcance deles.

— Sim, as profecias de Dodona são as únicas que podem nos ajudar no momento – disse Quiron.

— Talvez seja por isso que a mulher nos seus sonhos disse pra você se apressar Apolo – disse Annabeth. – Essa mulher só pode ser Reia.

— Reia, a rainha titã? – disse Rachel. – Titãs são maus, certo?

— Nem todos os titãs são maus – disse Apolo. – Pelo o que eu me lembre, as titânides ficaram neutras na primeira Titanomaquia. Reia, por exemplo, ajudou os deuses contra os outros titãs.

— Reia é a mãe dos deuses citônios, ela ajudou Zeus, Poseidon e Hades a derrotar Cronos – disse Quiron. – Se foi ela que falou com você Apolo, então você tem uma missão.

— Eu sei. De qualquer forma eu já estava resolvido a entrar naquele bosque – disse ele. – Preciso encontrar meus filhos e os outros campistas.

— Eu vou com ele – disse Nina. – Ele não deve ir só.

— Eu também quero ir Quiron – disse Annabeth.

— Parece que você já tem dois candidatos – disse Quiron.

— Obrigado meninas – disse Apolo aliviado.

— Só quero que vocês tomem cuidados não quero mais ninguém desaparecendo – disse Quiron. – Mandei algumas dríades para o bosque atrás dos desaparecidos.

— Queria poder ir com vocês – disse Rachel. – Quem sabe assim o oráculo não entre em contato comigo.

— É muito arriscado. O bosque pode rejeitá-la – disse Apolo.

— É eu sei. Vou ficar ansiosa esperando a volta de vocês – disse Rachel.

— Muito bem, vocês três se aprontem, partirão amanhã de manhã – disse Quiron se levantando. – Rachel se quiser pode ficar na Casa Grande.

— Obrigada Quiron, vou querer sim – disse ela se levantando. – Boa sorte aos três.

Eles saem da caverna e cada um se dirige para o seu chalé se aprontar para o jantar.

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 Na manhã seguinte, os três se encontraram nos limites da floresta e tinha uma pequena festa de bota-fora os esperando. Will e Nico, Paulo Montes, Malcolm Pace, Thalia e outras caçadoras.

— Tome cuidado e tome isso – disse Will entregando um ukulele pra Apolo.

— Pra que vou levar isso?

— Pegue logo, foi Harley quem fez.

— Tudo bem – disse ele pegando o objeto. – Obrigado.

— Leve isso também – disse Nico lhe entregando um embrulho. – É ambrosia.

— Não posso comer isso.

— Não é pra você – disse ele olhando pras meninas. – É para os semideuses que estão na floresta.

Elas assentiram e Apolo pegou o embrulho.

— Obrigado.

Enquanto isso, Malcolm se despedia da irmã.

— Tome muito cuidado Annie, não quero que você suma.

— Não se preocupe irmão, eu terei.

— Você colocou o mapa na mochila?

— Sim, está aqui.

No outro canto Nina se despedia das colegas.

— Boa sorte Nina – disse Sophie. – Cuide do meu pai.

— Eu vou cuidar – disse Nina.

— Vê se não desaparece prima – disse Thalia dando um abraço em Nina.

— Pegue Nina – Caroline dá a ela um embrulho. – É bolo de milho.

— Obrigada – Nina, pega o embrulho e coloca na mochila. – Onde está Meg?

— Não faço ideia, ela acordou primeiro que eu – disse Caroline. – deve está por aí, depois vou procurá-la.

— Bem, então até mais – disse Nina se juntando aos outros.

— Estamos prontos – disse Annabeth.

— Podemos ir então – disse Apolo.

Os três se dirigem à floresta e desaparecem de vista dos que estavam ali.

— Vamos lá meninas, vamos treinar um pouco – disse Thalia.

— Eu vou procurar a Meg – disse Caroline.

Os outros se espalharam para as suas atividades.

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Na floresta os três exploradores andavam cautelosamente.

— Fiquem atentos a qualquer som diferente ou movimentos suspeitos – disse Nina.

Apolo olhava para Nina e dava um sorriso mínimo. Ela se movia com graça por entre as raízes, seus movimentos lembravam muito os de Ártemis. Sua irmã, uma exímia caçadora se movia como uma corsa, sempre com cautela e atenta. Seu pensamento foi interrompido quando um trovão ecoou ao longe, isso não era bom sinal.

— Parece que vai chover – disse Annabeth.

— O ar está ficando úmido – disse Nina. – Temos que procurar abrigo e rápido.

Ela olha ao redor e se dirige a um local plano. Retira de dentro da mochila uma bolsa retangular prateada. Abre o zíper e joga no chão. A bolsa se desdobra e vai formando a base do que parece ser uma barraca. É claro, Nina era caçadora, todas elas possuíam acessórios de acampamento.

— Pronto. Podemos ficar abrigados aqui até a chuva passar – disse ela sorrindo. – Podem entrar.

Annabeth entra primeiro, depois Apolo e por último Nina que fecha o zíper de entrada.

— Será que vai aguentar? – perguntou Apolo.

— Não sei, espero que sim – disse Nina. – Essas barracas são mágicas, então eu acredito que sim.

Então ouviram os primeiros pingos d’água bater na barraca e depois muita água. A chuva estava castigando a barraca, mas ela estava aguentando, parecia que Zeus queria que se dessem mal ou que ele, Apolo se dê mal. Se não fosse a rapidez de Nina com certeza ele estaria muito mal.

A chuva ainda durou alguns minutos, mas logo passou. Era como se Zeus ficasse frustrado por não ter conseguido seu intento. Os três saíram da barraca e olharam para o céu que ainda estava nublado.

— É. Parece que a barraca passou no teste – disse Nina que já estava desarmando. A barraca voltou para a forma de bolsa.

— Temos que prosseguir, com esse céu nublado vai escurecer mais rápido – disse Annabeth.

Annabeth que segurava o mapa ia à frente, Apolo no meio e Nina na retaguarda. Vez em quando ouviam monstros ao longe, mas nenhum deles chegou perto. Então....

ATCHIM!

Os três pararam e ficaram escutando, eles se entreolham e então Nina que tinha os sentidos mais apurados fez sinal para que ficassem parados. Ela pegou uma flecha e apontou para uma árvore.

— Saia daí, agora! – ordenou.

Uma garota baixinha de óculos vestida de caçadora saiu de detrás da árvore com as mãos levantadas. Era aquela garota irritante, chamada Meg McCaffrey.

— Meg! – disse Nina incrédula. – O que está fazendo aqui?

A menina de cabeça baixa se aproximou.

— Eu queria vir com vocês, mas... – disse ela timidamente.

Nina suspirou.

— Meg, numa missão só pode vir três pessoas – disse Nina. – Caroline deve está aflita procurando por você.

— Desculpe, mas eu tinha que vir – disse ela.

— Por quê? – perguntou Nina de cenho franzido.

— A voz disse que eu precisava ajudar Apolo. Por isso eu vim – disse ela.

— A voz? – perguntou Apolo. – O que essa voz lhe disse?

— Que somente eu posso ajudá-lo a abrir o portão.

Apolo olhou para as meninas e depois para Meg. Ele suspeitava de que ela escondia mais alguma coisa.

— A missão é sua, Apolo, você decide – disse Nina.

— Estamos longe demais do acampamento – disse ele. – E se Meg foi mandada pela voz é porque ela tem serventia.

— Tudo bem – disse ela olhando pra menina -, mas primeiro vá trocar essa roupa molhada.

Enquanto Meg vai trocar de roupa, os três conversam.

— Estranho, não acham? – disse Annabeth.

— Eu acho que ela está escondendo alguma coisa – disse Apolo.

— Você suspeita de algo? – perguntou Nina.

— Besta disse que tinha alguém no acampamento que me guiaria até o portão – disse ele. – Quando Meg ouviu a voz dele ficou pálida de medo, eu tenho certeza de que ela o conhece.

— Está achando que Meg pode ser a tal pessoa da qual o Besta falou? – perguntou Annabeth.

— Eu quero acreditar que não, mas...

— Eu conheço a Meg há pouco tempo – disse Nina. – Quando entrei pra caçada ela já estava, entrou um mês antes de mim. Ela sempre foi uma garota legal.

— Bem, só nos resta saber o que ela pretende – disse Apolo.

Nisso Meg aparece com uma roupa seca e limpando seus óculos.

— Estou pronta – disse ela.

— Vamos continuar – disse Nina que mandou Meg ficar ao lado de Apolo.

Depois do que pareceram horas, Annabeth parou, mas Meg distraída esbarrou nela. Quando Meg levantou a cabeça para pedir desculpas sufocou um grito. Apolo e Nina correram para junto delas. Os quatro ficam paralisados ao observarem uma casca preta brilhante coberta de lama. Estava rachada no meio com as beiradas sujas de uma gosma nojenta.

— Que horror! – disse Meg com a mão na boca.

Apolo chegou mais perto. A casca era a carapaça esmagada de um inseto gigante um dos membros do inseto estava camuflado entre as árvores.

— É um mymerko – disse ele. – Ou era.

— O que é isso? – perguntou Meg.

— Formigas gigantes – disse Annabeth.

— Tem uma colônia delas na floresta – disse Nina. – Não podemos ficar aqui.

— Odeio insetos – disse Meg.

— Pelo menos esse aqui teve um fim trágico – disse Apolo.

— Mas o que quer que tenha matado essa formiga ainda está por aí – disse Annabeth.

— Vamos andando – disse Nina.

Eles andaram mais um pouco, a chuva fez o chão fumegar, estava calor.

— Parece que estamos numa floresta tropical – comentou Meg.

À frente eles ouvem um estrondoso som de água.

— É um gêiser! – disse Nina alegre.

— Isso é uma boa notícia. Pode ser que os semideuses tenham passado por lá, podemos pedir uma direção para eles – disse Apolo.

— Para os gêiseres? – perguntou Meg.

— Não, para os deuses dos gêiseres – disse Apolo. – Só espero que estejam de bom humor.

 Apolo vai à frente seguido pelas meninas.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã.



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