— Você conta, por favor! – Naruto insistiu, sussurrando enquanto empurrava Sasuke em direção à porta de vidro.

O moreno suspirou, resistindo ao outro. Aquilo era besteira. Naruto passara a manhã inteira tentando tomar coragem para contar à mãe que estava namorando Sasuke, e este já estava ficando impaciente com toda a situação. Estava tentando se controlar para não ser o namorado babaca que pressiona o parceiro a contar sobre sua relação, mas depois de passar todo o almoço puxando assunto com Kushina para que ela não percebesse o nervosismo do filho toda aquela tensão desnecessária já estava lhe dando nos nervos.

— Naruto, para com isso! – Sasuke se virou para encará-lo. – Não faz sentido nenhum todo esse medo que você sente da sua mãe.

— Não é medo, é só que... – ele parou, olhando para os lados para ter certeza de que continuavam sozinhos na sala e voltou a falar baixo. – Você nunca conheceu a raiva dela, tá bom? Ela te ama! Mas vai por mim, aquela pessoa tem um demônio adormecido dentro do corpo e é impossível saber quando ele vai atacar. E se ela...

— Naruto, você não precisa contar agora se não quiser.

— Mas eu quero!

— Então para de falar besteira e vai logo! Vai dar tudo certo, você mesmo disse que ela me ama – Sasuke o fitou.

— É... ama mesmo – o loiro assentiu e desviou o olhar, pensativo.

Três segundos se passaram até Sasuke perder a paciência, pegar a mão de Naruto e arrastá-lo porta afora.

— Kushina, - ele chamou a mulher, que estava sentada no deck enquanto cantarolava e mexia os pés na areia, tranquila – Naruto quer te falar uma coisa.

— Porra, Sasuke, pra quê ter inimigo quando já tenho você?

— Naruto! – Kushina levantou e se virou para olhá-los. – Por que está falando assim com ele?

A pergunta, no entanto, não foi respondida, pois no instante seguinte o olhar dela migrou até as mãos dadas dos garotos e sua expressão se tornou uma de completa surpresa.

— Mãe, eu posso expli... – a frase de Naruto se perdeu em meio ao gritinho que saiu da boca da ruiva, que logo se viu correndo até os garotos e envolvendo ambos em um abraço apertado.

Confusos, os dois trocaram olhares por cima da cabeleira vermelha. Kushina os soltou mas continuou com as mãos apoiadas em seus ombros. Seus olhos brilhavam de excitação.

— Quando foi que... – ela mesma se interrompeu com mais um de seus gritinhos, voltando a abraçá-los.

— É... mãe?

— Sim? – Kushina os largou de novo.

— O que está acontecendo com você? – perguntou Naruto, com o cenho franzido e a observando como se fossem de espécies diferentes. Sasuke revirou os olhos, lhe dando um puxão com a mão que ainda segurava a dele. De repente, Kushina começou a rir, fazendo com que eles voltassem a olhá-la.

— Quer dizer, então, que finalmente deixaram de frescura e resolveram se pegar?

Dessa vez até Sasuke não pôde deixar de olhá-la embasbacado. Ele já estava ficando cansado de se sentir surpreso pela atitude inusitada daquelas pessoas, mas ouvir Kushina dizendo uma coisa dessas o deixou sem palavras. Em sua cabeça passou um lampejo de como seria uma possível reação de sua própria mãe ao descobrir. Com certeza não seria nada como aquela, mas ele tentou não pensar muito sobre o assunto.

— Como assim, finalmente? – Naruto a encarou e largou Sasuke para, em seguida, levar as mãos até a cintura. Saindo de seu momento de surpresa, o moreno prendeu o riso ao ver o outro com aquele ar de indignado.

— Finalmente, sim! – Kushina imitou a postura do filho. – Eu já não sabia mais como mandar indiretas!

— Espera, como você sabia...? – indagou Sasuke.

— Que tipo de mãe eu seria se não prestasse atenção na vida amorosa do meu filho?

— Uma mãe normal, talvez? – Naruto murmurou, recebendo um tapa no braço. – Ai!

— Sem contar que vocês não podiam ser mais óbvios – Kushina apontou, fazendo os dois garotos se olharem. – Olha essas carinhas apaixonadas! Ah, eu estou tão feliz!

E com um último abraço ela saiu correndo para dentro de casa, dizendo que precisava “fazer umas ligações”. Sasuke, ainda confuso, a observou sumir de vista.

— O que foi isso? – perguntou e, ao receber apenas o silêncio como resposta, se virou para Naruto. O loiro parecia perdido em seus próprios pensamentos, seu rosto e pescoço vermelhos. – Naruto?

Assim que Naruto o olhou Sasuke sentiu seu coração dar um pequeno salto. Aqueles brilhantes olhos azuis contrastavam com a pele corada e os cabelos, dourados pela luz do sol, balançavam levemente com o vento. A expressão perdida em seu rosto fez Sasuke sorrir      . Em momentos como esse, o Uchiha pensava em como parecia surreal a existência daquela pessoa à sua frente.

— Vem cá – ele pegou a frente da camisa de Naruto e o puxou para mais perto, trazendo suas faces a centímetros uma da outra. O olhar do loiro oscilou entre os olhos e a boca de Sasuke, que esperou até que Naruto selasse seus lábios num beijo doce e carregado de sentimento.

Era bom fazer aquilo sem se preocupar se haviam outras pessoas por perto. Não que Sasuke fosse admitir em voz alta, mas era difícil se segurar todas as vezes em que sentia vontade de acariciar o outro. E se para o Uchiha aquilo era um problema, imagina para o garoto energético que não sabia guardar as mãos para si próprio.

— Acho que a gente devia ir ver pra quem ela foi ligar – falou Naruto, encostando a testa na de Sasuke e levando uma de suas mãos gentilmente até a cintura dele.

— Só espero que não seja para os meus pais. A não ser que ela pretenda matar meu pai do coração – Sasuke admitiu, fazendo Naruto rir.

— Meninos! – eles a ouviram chamar e entraram em casa, vendo-a agitada enquanto andava de um lado para o outro procurando alguma coisa. – Minato vai chegar daqui a pouco e vocês precisam contar a novidade pra ele. Mas antes eu só preciso achar... ah! – e com isso ela sumiu escada acima.

— Fudeu – Sasuke suspirou, jogando-se no sofá.

— O que foi? – perguntou Naruto ao sentar a seu lado.

— Eu não imaginei que o seu pai fosse estar em casa.

— E qual é o problema? A parte mais difícil a gente já fez.

— Contar para sua mãe... Essa é a parte mais difícil pra você? – ele o olhou, indignado.

— Ei, relaxa – Naruto colocou a mão na coxa de Sasuke para que ele parasse de bater o calcanhar no chão nervosamente.

— Diz o cara que há dez minutos estava com medo de falar com a própria mãe.

— Eu já disse que não era medo, era só... receio.

— As duas palavras significam a mesma coisa, Naruto.

— Ah...

Sasuke começou a rir ao vê-lo confuso e essa foi sua vez de acabar com a distância entre eles, puxando Naruto para mais um beijo, que foi retribuído após um breve sorriso. O moreno suspirou ao sentir o contato entre suas línguas, seu nervosismo se dissipando a medida em que Naruto se empolgava com as mãos.

— Acho que vou precisar de mais alguns desses – Sasuke disse ao parar para recuperar o fôlego. O sorriso que Naruto deu em troca fez os pelos em sua nuca se arrepiarem, mas antes que ele pudesse sequer pensar em continuar com aquilo uma voz nova no ambiente fez seu coração parar.

— O que está acontecendo aqui?

Sasuke se levantou em um pulo, se vendo cara a cara com Minato, que provavelmente havia acabado de chegar em casa e vira o filho trocando saliva com o amigo. Sua expressão indicava que ele não estava muito feliz com aquela cena.

— Será que alguém pode me explicar?

— S-sr. Namikaze, nós...

Ele não sabia o que falar. Minato podia ser um homem super gentil, mas ainda assim era um dos mais intimidadores que Sasuke já conhecera e, se isso tinha ou não a ver com o fato de ele ser pai de seu namorado, o moreno não saberia dizer, pois seu cérebro parecia ter dado curto-circuito. Para quebrar o gelo, no entanto, para a surpresa de Sasuke, veio a risada alta de Naruto. O Uchiha o olhou incrédulo.

— Eu estou brincando, Sasuke – Minato falou, fazendo o moreno se voltar para ele novamente. O loiro agora tinha um sorriso nos lábios, o que fez Sasuke se lembrar, enfim, de como respirar.

— Você tinha razão, valeu a pena vir aqui só pra ver isso – outra pessoa falou e, só então, Sasuke percebeu que Itachi se encontrava ali, ao lado de Kushina, assistindo à cena enquanto ria.

— Porque você está aqui?

— Kushina me ligou dizendo que tinha algo pra me mostrar, mas eu não achei que fosse ser tão bom assim.

Em qualquer outra situação o mais novo teria se irritado com a atitude do irmão, o teria encarado ou o mandado calar a boca, com certeza, mas sua mente ainda tentava processar o que estava acontecendo. Naruto e Itachi ainda riam enquanto Minato e Kushina lhe olhavam com sorrisos gentis.

— Se vocês estão felizes eu fico feliz – falou Minato ao se aproximar, segurando o ombro de Sasuke e lhe dando um leve aperto. No instante seguinte, entretanto, o sorriso em seu rosto havia sumido e seus olhos claros encararam o moreno com determinação. – Eu espero que você cuide bem do meu filho, se não...

E o novo sorriso que esboçou fez Sasuke engolir em seco.

— Pai... – Naruto o repreendeu, finalmente levantando do sofá – acho que você já assustou ele demais por hoje.

— É, você tem razão – Minato riu. – E eu não aguento mais essa roupa, preciso me trocar – falou, apontando para o terno que usava e se dirigiu até a escada.

— Eu posso te ajudar com isso daqui a pouco – Kushina se manifestou, ao que Naruto apenas comentou um “que nojo” e recebeu um olhar feio da mãe.

— Você está bem? – o Uzumaki finalmente se virou para Sasuke, pegando em sua mão e entrelaçando seus dedos.

Clique.

Sasuke olhou para a ruiva, que parecia feliz ao mostrar para Itachi a foto que acabara de tirar.

— Ah, fala sério – o Uzumaki reclamou de novo, finalmente decidindo sair porta afora e puxando um Sasuke ainda aturdido consigo.

— Usem proteção – eles ouviram Itachi gritar enquanto começavam a andar pela areia. Sasuke se perguntava se ele realmente se achava engraçado toda vez que dizia aquilo.

— E depois você me pergunta porque fiquei daquele jeito pra contar para ela. Aquela mulher é capaz de qualquer coisa... Sasuke?

Quando o Uchiha finalmente o olhou Naruto caiu na risada, fazendo o outro enfim sair de seu estado letárgico. Sasuke estava irritado, odiava se sentir impotente e travar daquela maneira havia sido ridículo e constrangedor. Não se lembrava da ultima vez em que passou por algo desse tipo, provavelmente nunca teve de passar, e a risada alta ecoando em seus ouvidos só lhe afirmava o quanto a situação era idiota. Sentindo seu rosto queimar, Sasuke empurrou o loiro, deixando-o para trás e saindo resmungando.

— Ei, espera! – Naruto lhe chamou depois de quase tropeçar no próprio pé e correr para alcançá-lo. – Desculpa, eu...

— Você sabia que ele ia fazer aquilo?

— É claro que não – o loiro o segurou para que ele parasse de andar, o fantasma de sua risada presente no sorriso contido que tinha no rosto. – Mas eu sei dizer quando meu pai está realmente com raiva, e aquele não era o caso.

Sasuke respirou fundo, desviando o olhar. Não queria que aquele rosto estonteante à sua frente lhe distraísse de sua raiva, mas talvez ele não tivesse tanta escolha assim.

— Sasuke, - Naruto o chamou com a voz manhosa – não fica assim.

Logo em seguida o moreno se viu sendo puxado pela roupa e seu torso sendo enlaçado por braços calorosos e convidativos num abraço apertado. Depois de alguns segundos ele inevitavelmente se entregou e relaxou, segurando-se à camisa de Naruto enquanto enterrava seu rosto naquele pescoço bronzeado. O cheiro do loiro fez Sasuke se forçar a controlar o desejo de agarrá-lo bem ali, uma mistura desnorteante de suor, praia e o aroma adocicado do xampu que ele usava.

— Aqueles três não são normais.

— Não mesmo – Naruto riu enquanto percorria as costas de Sasuke com as mãos.

— Quando for a vez de falar com os meus pais, é você quem vai contar.

— O que? Ah, não! Se você ficou todo bobo assim perto do meu pai imagina como vou ficar perto do seu!

— Ninguém mandou ficar rindo da minha cara – Sasuke deu de ombros.

— Mas eu já pedi desculpa – a voz manhosa estava de volta e o moreno se viu tentado demais para ficar ali parado.

Devagar ele depositou um beijo na curva do pescoço de Naruto, controlando sua respiração enquanto subia a carícia e mordiscava a pele próxima à mandíbula do loiro.

— Sasuke, – ele suspirou – não tem ninguém na sua casa agora, tem?

O Uchiha levantou o rosto para encarar Naruto, mas este tinha sua atenção voltada para os lábios agora à sua frente, seus olhos já se anuviando de desejo. Sem perder mais tempo os dois saíram em direção à casa, mas ao entrarem na sala, no entanto, no meio de toda aquela aflição, Naruto acabou batendo o dedinho do pé na base do sofá.

— Ai, droga – ele praguejou ao cair no sofá, agora preocupado em fazer a dor parar.

— Essa é a sua arma secreta pra me seduzir? – Sasuke perguntou, segurando a risada.

— Talvez... tá funcionando?

— Talvez.

Observando a mescla de um sorriso e uma expressão de dor no rosto do outro, Sasuke de aproximou devagar, pegando a mão de Naruto que estava sobre o pé dolorido e segurando-a enquanto se sentava no colo dele com um joelho em cada lado de sua cintura. Com a atenção do loiro agora toda voltada para si, Sasuke sorriu maliciosamente e observou a reação dele ao sentir seu baixo ventre ser pressionado pelo do moreno.

A medida em que trocavam beijos a excitação de ambos tornou a consumí-los e logo suas camisas já se encontravam jogadas pelo lugar. Assim que mãos cálidas fizeram seu caminho até a base da coluna de Sasuke, brincando com a barra de sua calça, e logo em seguida deslizaram até sua bunda, apertando-a com desejo, ele já não mais agüentava continuar só naquela brincadeira.

— Acho melhor continuarmos isso no quarto – ele sussurrou no ouvido de Naruto, que concordou com a cabeça energeticamente e, sem demoras, foi seguindo o moreno escada acima.

As risadas sem contexto e os tropeços pelo caminho mostravam o quanto estavam ansiosos por aquele momento. Pelo menos Sasuke tinha certeza de que estava, queria sentir Naruto de todas as maneiras possíveis e parecia que estava esperando há uma eternidade. Paciência não era uma de suas virtudes.

Assim que adentraram o cômodo o Uchiha fez questão de trancar a porta. Desde que se mudara ele vinha aprendendo que, quando se tratava de privacidade, cuidado nunca era pouco naquele lugar.

Enquanto os lábios sedentos de Naruto envolviam os seus Sasuke se entregou, passando as mãos pelo torso do loiro, explorando cada músculo e sentindo-os flexionar sob suas palmas. Ao encontrar a barra da calça dele novamente, o moreno começou a puxá-lo até sentir a beirada da cama bater em sua coxa. Um gemido escapou de sua boca quando Naruto lhe mordeu o lábio e, logo em seguida, pegou com firmeza em suas nádegas para levantá-lo brevemente e jogá-lo na cama.

— Hm, selvagem... – Sasuke brincou, observando o loiro se postar em cima dele e se inclinar para saborear seu pescoço alvo. Naruto costumava ficar inusitadamente quieto nesses momentos, o que só aumentava a vontade do Uchiha de provocá-lo.

As carícias do loiro foram migrando pelo corpo de Sasuke, fazendo sua respiração descompassar ainda mais a medida em que Naruto se aproximava de seu quadril. Seu membro já implorava por atenção e o outro estava completamente ciente de sua situação, pois com um sorriso malicioso, Naruto se moveu devagar até o volume em sua calça, depositando ali um beijo que fez o corpo de Sasuke vibrar com toda aquela antecipação e um gemido inevitavelmente sair de sua garganta.

— Naruto...

— Eu adoro quando geme meu nome – o loiro voltou a sussurrar em seu ouvido e Sasuke o puxou pela nuca, dominado pelo desejo, trazendo-o para um beijo ardente e necessitado.

Agitados, ambos se desvencilharam brevemente para se livrarem do resto de roupa que os separavam e se atracaram de novo. Sasuke levou uma das mãos por entre seus corpos e segurou ambos seus membros com firmeza, causando uma onda de prazer nos dois que os fez gemer entre o beijo.

— Será que, por acaso, você não tem... – um pouco hesitante, Naruto arfou com a voz rouca de desejo, segurando a cintura de Sasuke enquanto o encarava com seus olhos azuis já enegrecidos.

Sasuke o observou por um segundo, vendo-o lamber o lábio inferior com volúpia, mal conseguindo conter sua vontade de fazer com o Uchiha o que quer que fosse que estivesse passando por aquela mente bagunçada. O moreno nunca achou que fosse possível sentir tanto tesão por alguém antes.

Sem mais delongas Sasuke se apressou para esticar-se até o criado-mudo e abrir uma das gavetas apressado, pegando uma camisinha e uma embalagem de lubrificante e jogando-os em Naruto, que agora se encontrava ajoelhado entre as pernas do moreno.

— Onde foi parar seu romantismo, Sasuke? – o loiro brincou enquanto pegava o recipiente com lubrificante.

— Desculpa, eu não sabia que estava prestes a transar com algum garotinho apaixonado – ele respondeu impaciente. As provocações já não lhe interessavam mais, ele precisava sentir Naruto dentro de si imediatamente.

— Não tenho certeza quanto à parte do garotinho – ao falar isso Naruto o puxou pelo quadril, fazendo seu membro roçar bem perto de sua entrada, que contraiu de desejo. Sasuke mordeu o lábio inferior para conter um gemido alto; o idiota era bem dotado, ele tinha que admitir.

— Você sabe o que está fazendo? – o Uchiha perguntou ao ver o outro pôr lubrificante na própria mão.

— Claro que sei...

— Mhm... aposto que andou pesquisando sobre como prepa... ah! – Sasuke arfou ao sentir o dedo de Naruto lhe adentrar de repente e com mais força do que o esperado.

Agora com uma delicadeza que Sasuke nunca havia visto, o loiro começou a preparar a sua entrada, eventualmente adicionando dois, três dedos e se movendo devagar, logo transformando o desconforto em prazer.

— Naruto – Sasuke gemeu e levou suas mãos aos bíceps de Naruto, segurando firme e olhando-o com um pedido silencioso.

O Uzumaki não perdeu mais tempo, seu membro já implorando por contato àquela altura. Rapidamente ele pegou o pacotinho e abriu, colocando a camisinha em si e abusando um pouco mais do gel para se posicionar na entrada de Sasuke. Ambos se encararam enquanto Naruto o adentrava devagar, só quebrando o contato quando o prazer lhes dominou, forçando gemidos a saírem de suas bocas. Naruto se debruçou sobre o corpo do outro, que agarrou seus ombros numa busca louca por mais contato.

— Posso..? – Naruto arfou em seu ouvido.

— Por favor – respondeu Sasuke, logo sentindo as estocadas do loiro, gemendo alto a medida em que a velocidade aumentava e Naruto lhe pressionava no ponto certo.

Sentindo o prazer lhe dominar, Sasuke se agarrou às costas do loiro, sem perceber as marcas de unha que deixava ali, preocupado demais com as sensações incríveis que sentia no momento, com o suor de seus corpos se mesclando enquanto se envolviam em mais um beijo sensual, mergulhando em seu próprio mundo, onde nada mais importava a não ser o desejo que sentiam um pelo outro.

Enquanto se aproximavam cada vez mais do ápice o som de seus gemidos necessitados dominaram o ambiente e Sasuke enterrou as mãos nos cabelos loiros, trazendo seus rostos para perto e colando sua testa na dele. Suas respirações se mesclaram e o moreno quase gozou ao ver o suor colando alguns dos fios loiros na testa de Naruto e a cor em suas bochechas, que lhe davam um ar incrivelmente erótico. Mas o que marcou o ponto chave para que ele se desfizesse foi sentir a mão do outro em seu membro, dando algumas últimas estocadas antes que Sasuke gozasse e todo seu corpo se contraísse, causando então o mesmo efeito em Naruto. Eles trocaram um beijo lento enquanto o orgasmo passava por seus corpos.

Depois de se separarem e Naruto se livrar da camisinha usada, ambos se viram deitados enquanto recuperavam o fôlego.

— Por onde você andou todos esses anos? – perguntou Naruto ao se virar, fazendo Sasuke revirar os olhos ao ver o sorriso bobo e brincalhão em seu rosto.

Rindo, o loiro se aproximou para beijar a têmpora do Uchiha enquanto levava uma de suas mãos até seu abdômen, começando a espalhar com o dedo o gozo que havia ficado ali. Só então Sasuke percebeu que se encontrava coberto por seu próprio liquido pegajoso. O desgraçado já sabia que ele se incomodava com aquilo.

— Que porra... – ele se levantou para ir até o banheiro se limpar.

— Literalmente – Naruto riu e o seguiu depressa.