Fumetsu no Ai escrita por Kagami-Hime


Capítulo 7
Noticias Inesperadas - Yoki se nu nyūsu




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Eu realmente não me sentia preparada.

Quando Gakupo e eu, finalmente, alcançamos os corredores, eu sentia meu coração bater forte. Minha cabeça estava abaixada.

Definitivamente não sabia como falar aquilo pra ele.

Eu estava com medo.

 

Chegamos ao quarto – depois de uma longa caminhada –. Era o mesmo local onde eu tinha acordado, depois da minha queda no lago.

Estava tudo preparado para nós dois. Ele se virou de costas para mim.

 

-Pode se trocar Rin.

 

Não precisou que meu marido fala-se mais nada, tirei toda a minha vestimenta e cobri meu corpo com um kimono branco – e um obi igualmente branco -. Sentei-me de costas para ele, tirando os enfeites do meu cabelo, enquanto Gakupo se trocava.

 

Meu coração palpitava, meu medo crescia.

Minhas mãos estavam tremulas. Coloquei os enfeites junto com a minha roupa – que recém havia dobrado -.

 

Eu não sabia o que pensar naquele momento. Era como se eu quisesse desaparecer, simplesmente. Fechei meus olhos com força. Senti um toque, meu corpo tremeu por completo.

 

-Rin?

 

Não consegui responder. Gakupo me virou e me fez olhar para ele.

 

-Não se preocupe com isso Rin, não vou lhe forçar a nada.

 

Meu desespero aflorou, depois daquelas palavras. Meus olhos lagrimejaram, eu segurei os braços dele com toda a força que eu tinha.

 

-Eu tenho que fazer isso! È meu...

 

-Não é nada!

 

A voz dele saiu autoritária, me encolhi. Ele me abraçou, e falou de forma gentil.

 

-Rin, não vou lhe forçar a nada. Eu sei que está com medo, sei que ainda não esta pronta. Esse deve ser um momento que você deve guardar para sempre na sua memória, pela beleza que ele traz. Será o seu momento de florescer como um rosa. Por isso ele deve ser quando você estiver realmente pronta. E isso ocorre naturalmente. Então, quando chegar à hora certa ambos vamos saber. Por enquanto basta que em deixe dormir ao seu lado.

 

Eu o fitei.

Estava surpresa.

Não sabia o que dizer. Meus olhos lagrimejaram.

Eu o abracei com força.

 

-Obrigada.

 

Sussurrei. Coloquei minha face contra o peito dele.

Gakupo sorriu, tenho certeza que ele sorriu.

 

-Não há o que agradecer.

 

Ele levantou minha face, limpou minhas lágrimas. E, em seguida, me beijou com intensidade. Seus sentimentos eram sinceros, eu conseguia compreender, mas me perguntava como ele podia saber que eu não estava pronta, que eu não me sentia segura. Gakupo podia ler através de mim. Era como se eu fosse transparente para ele.

Se isso era bom ou ruim, realmente não sei responder. Pelo menos por aqueles momentos, eu tinha certeza que não.

 

Depois daquele beijo, nos deitamos.

Eu logo adormeci, aninhada entre os braços dele.

 

Já era de madrugada quando algo o acordou.

Gakupo se mexeu o mínimo possível para não me acordar e saiu do quarto, silenciosamente.

Caminhou até o quintal. Olhou para a lua, estava cheia e tão bela. O céu estava limpo aquela noite.

 

-Apareça... Meiko.

 

Uma mulher apareceu do meio da escuridão das arvores.

Tinha cabelos curtos, olhos meio avermelhados. Trajava uma roupa tipicamente ninja.

 

-Perdoe-me meu senhor, por interromper sua noite de núpcias.

 

-Fale.

 

-Temos informações daqueles a quem o senhor procura.

 

Gakupo, que ainda fitava a lua – subitamente -, olhou para a mulher, com o cenho franzido.

 

-Encontraram?

 

-Sim. Estão num vilarejo não muito longe daqui. Creio que logo estarão aqui.

 

-O que eles pretendem voltando para cá?

 

-Ainda não sabemos, mas vamos descobrir com toda certeza.

 

-Certo. Me mantenha informado de todos os passos que eles derem. E arrumem todas as informações possíveis.

 

-Hai, meu senhor, o manterei informado.

 

-Certo, agora vá Meiko... Não quer deixar minha esposa sozinha.

 

-Hai, meus cumprimentos ao senhor e a nova senhora.

 

Gakupo a fitou com um sorriso, embora fosse um sorriso frio. A mulher se retirou. Ele voltou para o quarto.

Eu dormia profundamente. Meu marido acariciou minha face, com ternura.

 

-Não vou deixar que toquem um dedo em você. Você é o meu ser mais precioso... Não deixarei que toquem em você.

 

Ele sussurrou baixinho. Me mexi, mas não acordei. Em seguida, Gakupo me beijou e voltou a se deitar, me envolvendo novamente com seus braços.

 

Eu não entendia.

Algo estava incerto ou errado.

Algo que ninguém planejava.

O que estaria acontecendo que eu não sabia?


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