Fumetsu no Ai escrita por Kagami-Hime


Capítulo 11
As memórias daquele que eu amo - Watashi no daisuk


Notas iniciais do capítulo

Desculep a deora, fiquei sem tempo



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Algo jazia na margem do rio, era um corpo.

Alguém o recolheu.

Eu estava agoniada, encontrei a carta de Gakupo ao meu lado.

Chorei.

Meiko apareceu, sua face refletia o que tinha acontecido. Sem ela dizer uma palavra, eu já sabia...  Sim, eu sabia. Chorei com mais força ainda, chegando a soluçar.

Len apareceu em meu quarto.

-Rin o que foi?

-O senhor Gakupo está morto.

Ele olhou para Meiko, como quem não acreditava que isso tivesse acontecido.

-Rin....

Ouvimos gritos. A cidade parecia estar completamente em pânico.

Len me fitou e me fez levantar.

-Vamos Rin, temos que sair daqui.

-Mas.... – entre soluços e meu pranto, tentei falar.

-Rin-dono, ele está certo. Vamos.

Meiko e Len me tiraram de casa, não levamos nada. Quando já estávamos no alto do morro vimos... A cidade estava em chamas. Não entendia porque, mas tudo de ruim estava acontecendo exatamente naquele maldito dia.

Chegamos a uma cabana no meio da floresta, já passava do meio dia.

Os demais Sakura no Kaze estavam ali, menos Ted e Teto.

Akita - Não achamos a Miku-dono, nem Kaito-san. Pelo visto eles foram capturados muito antes da luta começar, Meiko.

Meiko – isso é ruim. A cidade está em pânico. Luka esta atacando a tudo e a todos, ninguém vai escapar. Ela vai atacar todas as familais influentes da região e tentar obter influencia com isso.

-Quem é Luka? – Eu fitei os presentes. Len me amparava. Mesmo tentando conter meu choro, eu tiver forças para perguntar.

Meiko me fitou.

-Há muito tempo, quando todos nós ainda éramos crianças, Gakupo-sama era um dos melhores aprendizes tanto nas artes de espada quanto nas artes marciais. Seu pai treinava a todos nós para formar um grupo de elite para proteger o vilarejo e os cidadãos quando à hora chegasse.

Formávamos o melhor grupo de todos. Fomos crescendo e melhorando. Luka era uma de nós, ela e Gakupo-sama nunca haviam se separado. Eram os melhores amigos, e a paixão nasceu nele, mas não nela.

Quando atingimos a maioridade, Luka nos traiu vendendo a família de Gakupo-sama a um grupo de mafiosos em troca de dinheiro.

Foi a pior traição para Gakupo-sama. Por isso, tudo é tão sombrio. Ele a amou e ela o traiu, ele jurou que jamais amaria novamente, até aparecer à senhorita. Uma flor amarela que desabrochou na primavera. Um ser tão alegre e único. Por isso vamos protegê-la.

Eu tentei sorrir, me levantei e fui pro quarto, sozinha. Len ficou, conversou com todos e ficou a par de toda a situação. Ele queria ajudar. Meu irmãozinho era um verdadeiro homem agora. Isso era tão bom, pena ter que ver isso numa situação como essas. Tão caótica.

Eu me sentei no chão, peguei a carta da Gakupo, que nem sequer havia aberto ainda.

Relutante, eu a abri...

“Minha querida Rin,

Possivelmente eu não estarei aqui, se você estiver lendo essa carta. Perdoe-me por não poder te contar tudo detalhadamente como você merecia. Mas reviver essas memórias que para mim são tão dolorosas, ainda é difícil. Embora o tempo tenha passado e eu não ame mais a Luka. Porém, as cicatrizes que ela me deixou ainda sobrevivem em mim.

Eu me tornei extremamente amargurado, depois de todo esse incidente. Fechei-me para o mundo e para todos ao meu redor. Porém, num dia qualquer eu vi uma menina de cabelos cor de ouro brincando com o irmão perto de um córrego. Ela tinha os olhos azuis e uma flor na cabeça.

Eu a observei por horas, vendo a sua alegria e toda a sua pureza. Meu coração obscuro foi tocado por toda a sua luz. Eu passei a desejar ver todos os dias aquela alegria e vislumbrar aquele sorriso tão doce. Eu busquei a menina até encontrá-la, eu a conheci e percebi que ela era muito mais do que só aquele sorriso. Ela me ensinou a amá-la e respeitá-la.

Rin, eu te amo, nunca se esqueça disso nem por um segundo.

Gakupo.”

Eu chorei.

Meu corpo se arqueou para frente. Contorci-me, chorei até a minha exaustão.

Não havia mais nada a dizer... Mais nada a fazer...


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