These four walls escrita por clariza


Capítulo 1
▸ Prólogo ▸


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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―Sinto muito senhorita York, mas o seu saldo está zerado ― o homem disse na frente dela, olhando no seu computador através do vidro que os separava. Allie levantou os olhos tela do celular. Ela esteve distraída com o print que Lily tinha mandado no grupo que elas tinham, no print mostrava o stalker dela falando algumas porcarias sobre o primeiro ministro e suas políticas e seus programas sociais e programas para receber imigrantes.

―Sinto muito, o que?

―Sua conta bancária, ela está zerada, na verdade ela está cancelada.  ― replicou o homem, ajeitando a sua gravata azul.

“Você consegue acreditar que esse maluco é contra o primeiro ministro Dumbledore?” Lily tinha mandando logo em seguida ao print, enquanto aparecia um Em Vence digitando.

―Isso é impossível, eu sou Allison York, Allison Ho York, tipo das indústrias York, é tipo impossível disso ter acontecido, deve ser um erro do seu sistema.

De contragosto o moço do banco conferiu os dados bancários dela mais uma vez, Alisson havia guardado o telefone na bolsinha que ela trazia consigo, ignorando a conversa.

―Eu temo que não esteja errado, mostra que essa conta foi encerrada ontem a noite, sinto muito.

Allison sorriu, agradeceu e saiu do caixa dando espaço para que as outras pessoas na fila pudessem ir falar com o gerente, ela pegou o seu telefone novamente digitando o número do celular do pai.

―Pai, por que a minha conta foi encerrada? ― ela disse no segundo que Phil York atendeu o telefone, sempre no segundo toque para dar um ar de importância.

―Por que você é uma adulta agora, ontem foi seu aniversário não foi? Paguei todas as suas contas, mas agora você adulta e independente, não é mesmo? Não foi por isso que saiu de casa?

―Não! ― Allison protestou tentando manter a voz baixa ― Você ainda é legalmente responsável por mim, você sabe que eu não tenho como me manter, eu nem tenho um emprego, eu vou ligar para a mamãe!

―Ligue pra sua mãe e eu corto o seu belo apartamento com vista pro olho de Londres. Ache um emprego,se você é velha o suficiente pra viver de música e tristeza, então você pode se sustentar ou você pode voltar pra casa.

―Não, a Lana del Rey aqui vai se virar, obrigada por nada. ― e antes que ele respondesse alguma coisa Allison havia desligado o telefone, vendo que o grupo já estava com 120 mensagens não lidas.

Merda.

Allie pensou em comprar um sorvete para afundar o resto das suas lástimas, mas ela não tinha dinheiro para isso, as 5 libras na sua bolsa só serviam para que ela voltasse pra casa de ônibus, afinal ela não tinha mais crédito pra andar de uber pela cidade.

Ela resolveu pegar o metrô, era a opção mais fácil e barata para voltar pra casa, apenas três libras e ela poderia usar o troco para comprar o sorvete quando  descesse na estação.

A garota pegou o telefone novamente, olhando para a sua tela de início com os dizeres “dê o salto se a queda vale a pena” e depois de tantos meses ela estava se questionando se ela não havia dado um salto maior que as pernas. Pensou em ouvir música, mas ela precisava de uma solução permanente e a música de fato apenas iria lhe distrair.

Durante o percurso até em casa  Lily ligou duas vezes, apesar dos pesares desde que a mãe de Allie foi pra reabilitação Lily tinha colocado um pouco do seu lado festeiro de lado e ajudado Allie incondicionalmente, quase como se ela quisesse ser a sua mãe, a fazendo comer vegetais e a tirando de casa pelo menos uma vez por semana, sempre a levando em festas, para tomar café ou apenas na casa dos pais dela onde sempre tinha os melhores biscoitos com chá do planeta terra.

Quando Lily ligou pela terceira vez, ela foi obrigada a atender.

―Eu estava me vestindo pra ir na sua casa ― informou Lily ― Como eu já estou vestida eu vou ai, por que não está respondendo lá no witch bitch? De qualquer jeito eu to entediada, vamos fazer alguma coisa, a Em vai passar o dia no dedos de mel trabalhando.

―Lily, eu to ferrada.

―O que aconteceu?

―Eu fui no mercado comprar nuggets e meu cartão não passou. ― explicou Allie.

―Você é uma rainha do drama, você consegue viver sem nuggets.

―Não, fui no banco e disseram que a conta foi encerrada, que tipo de pai corta os nuggets da propria filha?

―Um monstro ― respondeu a amiga sem muito interesse.

―Lilian, presta atenção, eu estou falida.

―O que você quer dizer com isso? ― Lily perguntou ― tipo falida não tenho condições de comprar minhas bolsas channel ou falida eu não tenho dinheiro pra comer?

―Eu quero dizer que eu só tenho um lugar pra morar porque o apartamento está quitado, meu pai não vai mais me bancar. Eu não tenho um emprego e nenhuma perspectiva de ter um emprego porque eu não sei como trabalhar em nada, eu sou inútil.

―Não é nada florzinha, você pode cantar naquele bar chique perto da sua casa.― sugeriu a amiga.

―É um apartamento enorme de frente pro olho de Londres, eu teria que cantar o mês inteiro todos os dias em todos os horários o dia inteiro.

―Você pode vender as suas coisas.

―No apartamento só tem as coisas do meu irmão…

―Ok, vamos pensar numa solução, eu já chego ai. ― Allie ouviu o barulho de movimento, como se Lily estivesse correndo com o telefone na mão. ― Posso conseguir umas divulgações de festa comigo, é só ir na boate dançar um pouco ficar louca animar a multidão.

―Lils, eu pareço que tenho 12 anos, quando eu vou num restaurante me dão o menu infantil, eu preciso de documentos e praticamente uma autorização assinada pelos meus pais que eu sou maior de idade.

Lily ficou em silêncio.

―Você pode conseguir um colega de quarto, o apartamento é enorme você não ia nem precisar lidar com ele e você pode cobrar caro pela localização e usar esse dinheiro pra comprar seus nuggets.

―Eu não sei, me soa meio arriscado colocar um desconhecido em casa.

―É isso ou voltar a morar com seu pai.

―Você quis dizer satã.




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Notas finais do capítulo



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