Tudo Estava Bem Ontem escrita por Cherry Pitch


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

PARABÉNS PRA CORÇAAAAAAAAAA! Espero que goste, e amanhã vou tentar escrever uma mais felizinha pra te tirar dessa bad, tá? É que hoje não deu :(



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Tudo estava bem no dia anterior, na noite anterior. Até que a madrugada chegou. Até que Scorpius e Albus correram até a cozinha ao ouvirem o barulho de algo ali, e encontram Harry Potter caído no chão, sem se mexer.

***

Draco estava no hospital, durante o seu plantão. Suas mãos se moviam de maneira hábil ao analisar o estado de saúde de um dos clientes, que dizia estar sentindo dores na cabeça e no abdômen constantemente. 

E o Malfoy só queria ir pra casa. 

A porta se abre, e de lá sai um dos enfermeiros, com os olhos baixos, fixos no chão. 

— Senhor Malfoy. Você tem um cliente.

— Mas eu estou atenden-

— É importante. 

Draco assente com a cabeça, e segue o enfermeiro. Quando abre a porta, vê alguns médicos no corredor branco e melancólico do hospital, com uma maca. E nessa maca estava um corpo que lhe era familiar. 

Sem conseguir controlar a si mesmo, Draco corre em direção a maca. 

E, ao chegar lá, vê o que temia. A pele morena de Harry Potter e os óculos colocados no rosto dele de modo torto. Aquela pele que ele tinha tocado tantas vezes, aquelas mãos que tinham tantas vezes passado pelos seus cabelos loiros, de modo carinhoso, aqueles lábios que o tinham beijado, aqueles lábios que já tinham dito tanto palavras doces quanto provocativas. 

O corpo inerte de Harry Potter ali, era algo que ele não gostaria de ter visto.

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto do Malfoy. 

— O que aconteceu? — pergunta Draco, com os olhos fechados, ainda segurando a mão de Harry. 

— Na cozinha, senhor Malfoy. — respondeu um dos médicos. — Quando Albus e seu filho o encontraram, já estava caído no chão. 

— Façam os exames nele. Exames cerebrais, do coração, tudo. — Draco diz. — E, pelo amor de Merlin... Eu preciso saber se ele está vivo. 

Draco finalmente solta a mão de Harry andando pelo corredor do hospital, cambaleando. Ele não aguentava mais aquilo, não aguentava mais aquela dor. 

***

Albus estava sentado ao lado de Scorpius, segurando a mão deste. Havia pouco tempo que tinha conseguido ficar quieto na cadeira. As mãos ossudas e frias de Scorpius surpreendentemente faziam com que ele se sentisse melhor - por mais difícil que isso fosse, quando seu pai estava tendo todo o seu corpo examinado por médicos, que tentavam descobrir o que tinha acontecido naquela madrugada. 

De repente, Albus escuta a voz rouca de Draco quebrar o silêncio gélido quase palpável que estava na sala, num sussurro. 

— Querido, me abrace como você fez na noite anterior. Nós podemos ficar na cama deitados por horas, sem se importar com o fato de que temos que levantar. Eu prometo não... Eu prometo não dizer que tenho que ir para o plantão. Eu prometo que não vou levantar até que você diga que quer, eu... Eu poderia olhar nos seus olhos até o sol se pôr, e depois disso, nós somos luz e vida, então... Por favor, deixe assim. Continue com vida, eu imploro. Eu... Eu preciso de você aqui, entende?

Albus encarava o padrasto ali, implorando a alguém que não estava ali para ficar, e queria dizer que seu pai não ouviria. Que seu pai estava à beira da morte, e seu corpo inerte nem naquela sala estava. Mas, ao olhar para as mãos ossudas de Draco tremendo, os dentes dele batendo, o rosto pálido e os olhos cheios de dor e lágrimas, Albus não conseguiu. 

Albus sente a mão de Scorpius apertar mais a sua, e este estava paralisado, com os lábios tremendo. 

— Al... — Scorpius sussurra, tentando que o pai não o escutasse. — Eu sei que é o seu pai que está naquela sala fazendo exames, mas... Eu não aguento ver o meu desse jeito. Eu... Me ajuda, e, por favor, não solte a minha mão. 

Albus olha nos olhos de Scorpius, que praticamente reproduziam as palavras deste. 

— Eu não vou soltar, Scorpius. Eu estou aqui, e não vou embora. Nunca.

Scorpius morde os lábios ao ouvir o pai continuar os seus sussurros.

— Harry, eu preciso dos seus lábios juntos dos meus. Eles foram feitos para estar juntos, e não separados, como estão agora. Por favor, pelo amor de Merlin, de Salazar, Godric, ou em qualquer divindade trouxa que você acredite, fique. Eu preciso de você aqui, e dos seus lábios nos meus de novo. Por favor.

***

Tudo estava bem no dia anterior, e, mesmo que não estivesse bem de madrugada, ainda havia esperança. Mas naquela manhã... 

Tudo estava bem no dia anterior, mas quando o sol substituiu a lua, o diabo levou o último suspiro de Harry Potter. O último suspiro do Menino Que Sobreviveu, e o início das lágrimas de Draco Malfoy, o início dos pedidos desesperados e sussurrados à noite, no escuro do quarto da Mansão Malfoy, para que o amor da vida de Draco voltasse. 

Mas, no fundo, Draco sabia que o espaço vazio e frio em sua cama continuaria desse jeito.  


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? ♥



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