Capitulo 14 – Coincidências

No outro dia...

Havia chegado o dia da audiência de Leonor. Naquela manhã, Victória não desceu para tomar café. Ficou no quarto, a empregada levou um café para ela no quarto, enquanto ela revisava uns papéis. Rebeca estava de saída quando Victória a chamou novamente.

—Rebeca venha aqui.

—Pode falar senhora.

—Quando...Leonor, estava na delegacia, contou ao meu marido que você havia lhe ajudado. Mas não quis dizer no quê. Pode me falar? Não se preocupe, se não nada grave, não irei lhe demitir.

Rebeca, quando ouviu ‘paralisou’, realmente ficou muito surpresa. Ainda nervosa, disse:

—Eu...eu, eu apenas peguei uma coisa que a senhora Leonor queria...

—Não a chame de senhora, aquela velha não merece nenhum respeito!

—Está bem, me desculpe. Eu apenas peguei o que ela queria.

—E...o que seria isso? – Perguntou Victória

—Eu não entendi o por que, mas ela me pagou apenas para pegar alguns fios de cabelo da senhora, e de suas filhas.

—(Victória pensou) Está bem, quanto ela lhe pagou?

—100 Mil, senhora. – Disse Rebeca, muito nervosa.

—OK, pode se retirar, vou conversar com meu marido, e decidiremos se lhe despedimos ou não.

—Com licença senhora – Disse Rebeca, ela realmente, estava nervosa. Ela, por muitas vezes, presenciou sua patroa brava, e realmente não gostava nada.

MANSÃO RIVERO

Valentina, Letícia e Helena estavam no escritório quando Mercedes entrou. Letícia se levantou e disse:

—Com licença, vou para o jardim.

—Eu vou com vc. Vc vem Helena?

—Sim, vamos. – Dito isso Helena se levantou, “Verônica” e Letícia já tinham saído, Helena estava se virando para sair, Mercedes a segurou pelo braço, e disse:

—Espero que não esteja me traindo. Não queira me ter como sua inimiga. Espero que não esteja do lado delas.

Helena não disse nada, deu um leve riso, e retirou-se.

...

No julgamento...

A audiência já havia começado, Lupe havia ido, assim como seu pai pediu, ela ficou e foi  com Valentina. Quando Leonor confessou a verdade ela ficou triste, por ter tratado a mãe daquela forma e não ter acreditado nela. Victória tinha uma prova que Leonor e seu advogado não esperavam. No dia em que Leonor revelou a verdade, Victória levou um gravador, e tinha a prova de que Leonor era culpada. E com aquela prova, o juiz declarou Leonor culpada. Ela pegaria 30 anos de prisão.

Mais tarde...

Tudo estava tranquilo na mansão. Victória estava radiante, Raul estava na sala de estar, em frente a lareira, bebendo um pouco de vinho. Victória entrou, e disse:

—Boa noite, meu amor.

—Boa noite. Está muito feliz, não é?

—Sim, demais. Poder saber que aquela velha está na cadeia, por ter tirado nossa filha, me deixa muito feliz, agora ela está pagando por tudo. – Disse Victória se sentando ao lado de Raul

—Sim, finalmente. Apesar de ser minha tia, quando soube da verdade, isso me fez perder todo o respeito por ela.

—Não vamos falar dela agora, certo? Não quero estragar minha felicidade e paz...Quero apenas voltar a ser feliz com a minha família, agora completa.  – Ela sorriu, e apoiou a cabeça no ombro de Raul.

—Ainda...se lembra de como nos conhecemos? – Perguntou Raul, se lembrando do passado, porém, apenas boas coisas.

—Claro que sim, Raul. Como esqueceria?

{Flashback On}

Victória estava andando na rua, trazia alguns papéis. Um homem, alto e bonito(claro haha) vinha em sentindo contrário, não estava prestando atenção, estava concentrado em seu celular, acabou esbarrando em Victória. Os papéis caíram no chão, Victória começou a pegá-los, Raul se abaixou, ainda não havia visto seu rosto.

—Oh! Não olha por onde anda? – Disse Victória, que sempre teve um gênio muito forte.

—Moça, me desc....Nossa! – Havia se impressionado, com tamanha beleza da moça, que ao ouvi-lo se virou e o olhou nos olhos.

(Tu Respiración - L.I. Chayanne)

—Ah, deixa pra lá. Não foi nada. Eu também não estava prestando atenção. Me desculpe, o senhor. – Disse Victória

—Nossa! Além de linda, é bipolar.

—Como é que é? – Disse Victória

—Você estava super brava comigo, dai me pediu desculpa, e voltou a ficar brava.

—Epa! Pera ai! Mas respeito comigo. Ou quer levar na cara?

—Ta bom, ta bom! Não ta mais aqui quem falou! Desculpa.

—Ok. Tudo bem.  Qual seu nome?

—Raul, prazer. E o seu?

—Victória. Prazer. – Se cumprimentaram, com um simples toque, um simples aperto de mãos, seus corpos gelaram, ficaram paralisados (Ui  que romântico haha). Victória, então, constrangida, disse. – Bom, preciso ir. Até mais, Raul.

—Até! – Disse Raul.

Alguns dias depois...

Victória estava numa lanchonete, mexia no computador e revisava alguns documentos. Raul, por coincidência(ah ta) entrou na mesma lanchonete, viu Victória, foi até a ela e disse:

—Olá, Boa Tarde! Posso me sentar?

—Olá, que bom revê-lo. Claro, a vontade.

—O que faz? – Perguntou Raul

—Estou estudando, faço direito. E vc? Que faculdade cursa?

—Nossa, que coincidência, eu também estudo direito. – Os dois sorriram

(Christian Daniel – Quiero Quitarte El Miedo)

Os dois começaram a conversar, começaram a falar do futuro, profissional, alguns meses depois de muitos encontros, e um pedido de namoro, Raul, levou Victória a uma praia, estava anoitecendo, ele se ajoelhou, tirou uma caixinha do bolso, e disse:

—Victória, aceita ser minha esposa? Quer se casar comigo?

Victória, muito surpresa, abriu um belo sorriso, e disse:

—Sim! Aceito ser sua esposa, meu amor

(Víveme - Laura Pausini)

Raul se levantou e a beijou. Estava muito feliz. Era o mês de Setembro, e marcaram o mais rápido possível o casamento, ele seria em Novembro, do ano seguinte, e assim foi. Em Novembro do ano seguinte se casaram, estavam muito felizes.

{Flashback Off}

Eles riram, ao se lembrarem dessa maluca história de amor, que deu certo. Victória disse:

—Hahaha. Muito obrigado meu amor. – Disse inclinando a cabeça um pouco, para olhar Raul nos olhos.

—Obrigado, pelo que meu amor? – Perguntou Raul, confuso

—Por me fazer tão feliz. – Dito isso, ela o beijou e continuaram a conversar pela noite.

  ...

Valentina havia saído com Letícia e as amigas. Porém, Verônica, foi sair um pouco, se sentia um pouco mal, era mais sensível, não gostava de lembrar que não podia se recordar das coisas. (Ok, ficou confuso)

''Valentina’’ dirigia o carro indo em direção a uma praça. Letícia e ''Verônica’’ voltavam com suas amigas. Quando, Valentina (É a Verônica, só que como a Tina, desculpa se ta confuso) olhou pela janela, ficou muito surpresa, foi como se aquela cena tivesse passado em câmera lenta. Ela viu Valentina e Letícia, porém apenas Valentina a viu. As duas ficaram muito pálidas. Letícia perguntou :

—Aconteceu algo Verônica? Está muito pálida!

—Não, está tudo bem. Apenas estou um pouco enjoada. Não se preocupe.

—Está bem! Vou confiar em vc, ok?

Quando  as duas voltaram para suas devidas casas, não conseguiram dormir a noite toda, apenas pensaram naquela cena, e se perguntavam: ‘’Quem era aquela mulher? Por que ela é tão parecida comigo? Não, não, isso é coisa da minha cabeça!’’ Tentavam se convencer de uma mentira, que era verdade ao mesmo tempo.

(Leia as notas iniciais do capitulo)

FIM DO CAPITULO 14...