Capitulo 10

MANSÃO GUTIÉRREZ
Raúl chegou na mansão, disse que precisava conversar com Victória, eles foram até o escritório. Raúl deu uma péssima notícia, que estragou o seu dia.
—Como assim Leonor esta voltando? Era só o que me faltava. Parabéns Raúl! Vc conseguiu estragar o meu dia.
—Por favor Victória, sei que não gosta da minha tia mas...
—Não, eu não gosto, realmente, na verdade, eu não a suporto. Toda vez que ela vem pra essa casa nós brigamos. - Lupe estava indo a cozinha quando ouviu a mãe brigando com o pai, ficou preocupada. Decidiu entrar.
—Com licença. Posso entrar?
—Claro, venha filha. - Disse Victória com a mão no rosto, ainda furiosa.
—O que aconteceu papai? Por que mamãe esta assim? - Perguntou Lupe
—Deixe que explico Raúl. Lupe, a tia de seu pai, esta vindo, ou melhor, voltando para casa. Leonor. Ela e eu não nos damos bem.
—É por isso que esta assim? - Perguntou Lupe
—É! Elas não se suportam. - Disse Raúl
—Quando ela chega? - Perguntou Victória
—Hoje mesmo. - Disse Raúl
—Hoje?! - Disse Victória - Que horas?
— 2 da tarde.
—Raúl....Isso é daqui a 20 minutos! - Disse
—Uouu! - Se surpreendeu Lupe - Vem mãe, vamos esperá-la na sala.
Victória  foi a sala com a filha, Lupe avisou a Vic e Alma o ocorrido, logo após Raúl foi a sala, recebeu uma mensagem no celular, sem falar nada, foi até a porta. Victória já sabia que Leonor tinha chegado. Raúl abriu a porta, Leonor entrou, colocou a mala na frente da escada, e virou, foi até a sala, deixou a bolsa cair no chão.
—Quem são essas garotas? - Disse Leonor, muito surpresa.
—Minhas filhas Leonor. - Disse Victória
—Fi...filhas?!
—Olá. Meu nome é Guadalupe. Essas são Alma e Victória.
Leonor pensou ''Outra Victória? Era só o que me faltava, agora são mais três para aguentar.'' As olhou e perguntou
—Decidiu ter filhos? - Disse Leonor
—Elas são adotadas. - Disse Victória, a mesma pediu para Lupe chamar Valentina. Lupe veio com Valentina.
—Tem mais uma? - Perguntou Leonor
—Essa é Valentina, irmã delas. - Disse Raúl. - Victória, conte a minha tia, tudo o que aconteceu.
—Não devo satisfações a ela. Essa história não é problema dela. - Disse Victória
Lupe, Alma, Valentina e Vic discretamente disseram: - Woooooh! - Valentina disse: - Com licença Victória, vou subir com as meninas.
—Não é necessário Valentina. Esta casa é de vcs, não dela. Não precisam se retirar. - Disse Victória
—Tia, me acompanhe ao meu escritório. Vou lhe contar tudo o que aconteceu. - Disse Raúl, um pouco sério
Leonor foi até o escritório com o sobrinho. A mesma ficou muito surpresa com a história. Subiu para seu quarto e ficou pensando em uma jeito de humilhar Victória e as meninas. Na hora do jantar...
Hora do jantar...
Leonor, já estava pronta para o jantar, foram a mesa. Leonor disse:
—E então, vcs já chamam Victória de mãe?
—Sim, por que não? Afinal ela é nossa mãe. - Disse Alma
—Mas...não são adotadas?
—Senhora, se elas nos adotou, ela é nossa mãe. - Disse Lupe
—É senhorita, me trate com mais respeito. - Disse Leonor
—Já chega! Perdi a fome. Com licença. - Disse Victória, se levantando.
Victória foi para o quarto. Depois de alguns minutos as meninas acabaram e se levantaram, subiram e foram ao quarto da mãe.
—Mamãe? Podemos entrar? - Perguntou Alma
—Claro filhas, entrem. - Disse Victória se sentando.
As meninas começaram a conversar com ela. Ela começou a contar porque ela e Leonor não se davam bem.
—Ah mãe! Não fique assim. Pelo que percebi, ela também não gostou da nossa presença. - Disse Victória
—Ela que se atreva a brigar com vcs. Qualquer coisa que ela faça contra vcs, me avisem. - Disse Victória
—Está bem mamãe! - Disse Lupe, elas começaram a rir. Logo desceram. Leonor já não estava presente, havia subido para o quarto para descansar.
No outro dia...
Leonor havia pensado em um plano para tirar as meninas do caminho. Ela discretamente pegou um colar de diamantes e colocou na mochila de Lupe, subiu rapidamente, quando as meninas desceram para tomar café ela desceu com o porta-joias, foi até a mesa e disse:
—Onde esta meu colar de diamantes?
—Não sabemos tia. Não sabe onde deixou? - Disse Raúl
—Tinha deixado aqui dentro. - Disse mostrando o porta-joias - A menos...que alguém tenha pegado. - Disse Leonor olhando para as meninas. Victória nesse momento foi até ela e deu-lhe um belo de um tapa na cara.
—Está insinuando que minhas filhas roubaram essa porcaria desse colar?
—Sim! Afinal, o que pode se esperar de alguém que veio da rua.
As meninas, Valentina e Raúl ficaram surpresos. Raúl levantou e disse:
—Já chega tia! Por favor. Victória, sente-se. Chega de discussões!
—Não discuto mais. Porém, quero que Rebeca procure nas coisas dessas fedelhas. - Disse Leonor. Nessa mesma hora Victória ia partir pra cima dela, Raúl a segurou. Victória disse:
—Me solte Raúl! Não vou permitir que ela ofenda minha filhas.
—Victória, deixe que minha tia procure. - Nesse momento Victória deu uma bofetada no marido, Lupe disse:
—Ok! A coisa ta ficando feia - Disse Lupe - deixa ela procurar mãe, ela vai ver que não pegamos nada.
—Vc tem razão querida. Faça Leonor - Disse Victória, ela queria esganar Leonor.
Leonor chamou Rebeca, disse para ela procurar nas mochilas das meninas, e depois no quarto das mesmas. Rebeca não achou nada nas mochilas de Alma e Victória, quando foi procurar na mochila de Lupe, disse:
—Está aqui senhora. - Disse entregando o colar a Leonor
—Eu não disse? Raúl, querido, exijo que as expulse, ela é uma ladrazinha.
—Nossaaaa! Que ótima atriz que temos aqui! Já pode ser atriz da globo querida! - Disse Victória, as meninas começaram a rir. - Quem me garante que vc não colocou ali dentro?
—Está duvidando de mim? Eu não teria o porque! - Disse Leonor
—Mãe eu não peguei esse colar! - Disse Lupe
—Eu sei que não querida. - Disse Victória
—Lupe, se vc pegou, não precisa esconder, talvez quisesse apenas mostrar para as suas amigas. - Disse Raúl
—Raúl! Vc esta falando que ela pegou? Não vai defender a sua própria filha? - Disse Victória - Eu não posso acreditar que esta fazendo isso! Meninas, arrumem suas coisas, vamos sair dessa casa.
—Não Victória, não faça isso. - Disse Raúl
—Esta bem. Então como sou dona dessa casa....Leonor vá embora.
—O que?! Vai deixar sobrinho? - Disse Leonor, surpresa.
—Decida Raúl, ou eu e as meninas, ou ela. - Disse Victória
—Tia...Me desculpe, mas, vc tem que ir. - Disse Raúl
—Como é que é?! Vai me deixar na rua por causa dessas ai?
—Essas aqui Leonor, são a esposa e as filhas dele. - Disse Victória, que estava sorrindo.
—Onde eu vou ficar Raúl?
—Pagarei um hotel para vc tia. Não se preocupe quanto a isso. - Disse Raúl
Victória sorriu triunfante, subiu com as meninas, Lupe estava preocupada, disse:
—Mamãe, o papai acha que sou uma ladra?
—Claro que não meu amor. Seu pai não pensa como eu. Ele achou que queria mostrar o colar para as suas amigas. Mas eu sei que vc não é capaz de pegar algo sem pedir. - Disse Victória abraçando a filha. Lupe abriu um sorriso, estava menos preocupada.
 ...
Leonor ficou em um hotel um pouco perto da mansão. Raúl se despediu da tia e voltou para casa. Quando chegou Victória estava descendo. Ele estava muito bravo. Victória toda sorridente disse:
—Olá meu amor! E então? Ela ficou em um hotel muito longe daqui?
—Não! Ela esta em um hotel próximo. - Disse Raúl, um pouco sério e frio com Victória, que disse:
—Esta bem! Melhor em um hotel próximo do que aqui. - Eles entraram no escritório
—Victória. Quando minha tia voltar, quero que se tratem com respeito.
—Hahaha! Só nascendo de novo ela me tratará com respeito. - Disse Victória - Tire essa cara emburrada. Vamos sair com as meninas. Peça desculpas a sua filha. Lupe achou que vc disse que ela era uma ladra.
—Não foi a intenção. - Disse Raúl
—Não foi o que pareceu. - Disse Victória - Venha vamos logo. - Ela subiu e chamou as meninas, saíram.
Durante o passeio Raúl pediu desculpas a filha, que  o perdoou. Passaram a tarde brincando.
MANSÃO RIVERO
Mercedes foi até a sala, pegou duas taças de vinho, em uma delas, colocou um ''pozinho'', essa seria a taça destinada a Miguel. Ela foi até o escritório e disse:
—Trouxe para vc. - Disse entregando a taça
—E por que? - Perguntou Miguel
—Esta a tarde toda trabalhando. Descanse um pouco.
—Esta bem, vamos para a sala. - Disse Miguel se levantando
Eles seguiram para a sala. Miguel tomou todo o vinho que havia na taça. Mercedes disse que iria subir. Ela não queria estar presente, quando ele passasse mal para não suspeitarem dela. Depois de alguns minutos Miguel começou a passar mal. Desmaiou. 30 minutos depois Letícia desceu, estava com fome, foi até a cozinha, quando estava voltando, viu o pai no chão desacordado. Chamou a empregada, disse para ela chamar uma ambulância, a mesma o fez. Com o barulho, Valentina acordou, ela estava descansando. Desceu, perguntou:
—O que esta acontecendo? - Disse ela no meio da escada.
—Papai esta desacordado. Vá chamar a mamãe por favor. - Disse Letícia
''Verônica'' foi até o quarto da mãe, a acordou e contou o que estava acontecendo. Mercedes fingiu estar preocupada, disse que iria se arrumar e descer para esperar a ambulância. Valentina desceu correndo as escadas, chegou perto do pai e se ajoelhou, tentando acordá-lo. Mercedes desceu, Valentina observou a taça e disse:
—O que é essa taça? - Perguntou
Mercedes ficou parada, inventou uma história.
—Eu estava com seu pai, bebendo vinho, estava cansada decidi subir ele ficou aqui bebendo, talvez tenha bebido de mais.
Letícia estranhou um pouco. Mas ''engoliu'' a história. A ambulância chegou e levou Miguel. Algumas horas depois o doutor foi até a recepção, chamou pelos parentes do senhor Rivero, disse:
—Pelos exames que fizemos, o senhor Miguel, ingeriu um tipo de substância que continha no vinho. Já fizemos a lavagem gástrica. Ele já esta se recuperando. - Quando o doutor disse isso, Valentina e Letícia olharam para Mercedes. A mesma disse:
—Eu estava bebendo vinho com ele, subi para descansar e depois Verônica entrou no meu quarto me avisando que Letícia o encontrou desacordado na sala.
—Esta bem. Se quiserem entrar para vê-lo podem ir. - Disse o doutor
—Queremos ir vê-lo. - Disse Letícia
—Esta bem me acompanhem. - Letícia e Valentina entraram. Mercedes ficou na recepção, depois entrou, avisou que voltaria para casa, avisar Helena. E assim ela fez, quando já eram por volta de 23:57hrs Miguel já estava acordado, disse para irem descansar em casa. Ele estava com muita dor de cabeça. Tina e Letícia foram para casa.
No outro dia...
Miguel já havia sido liberado, ele voltou para casa logo pela manhã acompanhado pelas filhas. As três, Helena, Tina e Letícia. Mercedes havia pedido a filha que fosse acompanhar o pai até em casa, pois deu a desculpa que não poderia ir.
Na verdade ela estava morrendo de raiva por não ter conseguido matar Miguel. Os quatro estavam chegando, Helena disse:
—Nossa. Aquele vinho devia estar horrível para o senhor ter que ir ao hospital.
—Ainda bem que o senhor esta melhor papai. - Disse Letícia
—Eu sou um Rivero. Um Rivero nunca perde.
Eles começaram a rir. Daquela vez, Helena não foi destratada por suas irmãs, ou por seu pai. Naquele momento, ela pode rir com eles. Estava feliz.
FIM DO CAPITULO 10...