O Apanhador de Almas escrita por SoaresGabis


Capítulo 1
A Garota e o Exceed


Notas iniciais do capítulo

Oie, sou Gabriele ou Gabis. Fã de Fairy Tail e apaixonada por leitura. Posto esta mesma história no Spirit com o mesmo apelido. Se acharem esta estória lá, não é plágio.

Notas importantes:
I - Primeira fanfic baseada em Fairy Tail;
II - Erros de gramática podem/devem ser comunicados para correção;
III - Personagens de Fairy Tail não pertencem a mim, pertencem a Hiro Mashima;
IV - Se divirtam!



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Fazia mais ou menos uma semana que havíamos retornado de Edolas e todos estavam matando a saudade da querida nakama deles, Lisanna. A mesma havia retornado após dois anos de uma suposta morte. Todos, sem exceção, estavam com muita saudade, sem mencionar a felicidade da família Strauss por ter de volta a irmã morta. Pensando bem, era uma coisa boa. Nossa família Fairy Tail estava completa.

Levantei minha cabeça do balcão e voltei meus olhos para a linda Mirajane que estava secando um copo e sorrindo abertamente.

— Mira acho que vou para casa. – Sorri para ela vendo que a mesma ficou um pouco séria. Me levantei e segui meu caminho para fora da guilda.

Não me importava com toda a atenção que Lisanna estava recebendo, de fato, ela é uma garota muito boa, gentil e eu sentia que poderíamos ser grandes amigas.

— Cuidado senhorita Lucy. – Os pescadores falavam, como sempre, quando eu passava pelo rio me equilibrando no muro acompanhada pelo Plue, o mesmo não estando ao meu lado hoje.

Abri a porta e subi direto para o meu apartamento. Passando pelo corredor vi a síndica me lançando seu olhar de repreensão. Faltavam três dias para que meu aluguel vencesse. Precisava o mais rápido possível ir numa missão para conseguir dinheiro suficiente para pagar meu aluguel e continuar com meu querido apartamento sem risco de ser despejada para fora.

Tirei meu cinto e o deixei em cima da mesa junto com minhas chaves. Também fazia uma semana que eu não havia chamado nenhum espírito celestial. Sentia que não devia incomodá-los só por me sentir um pouco solitária.

Sentia falta de estar com meus queridos amigos, fazendo parte da equipe mais forte de Fairy Tail. Entendia que a atenção de todos estava voltada para ela, mas não podia evitar o medo de que posso ser trocada.

Tomei um banho rápido e vesti um vestido amarelo com duas alças finas indo até um palmo acima do meu joelho. Saí do banheiro e senti uma presença passando pelo meu quarto em direção a porta. Poderia ser eles vindo me visitar finalmente?

Fui até a cozinha com meu cinto e as chaves em mãos. Poderia ser Natsu e Happy, como também poderia ser algum invasor. Peguei a minha chave mais forte, já me preparando para pedir ajuda a Loke. Não sentia a presença bagunceira e desorganizada de Natsu ou o cheiro de peixe pela cozinha, o alimento preferido do Happy.

— Quem está aí? – Falei instigando quem estivesse lá a se manifestar. Sei que devemos ser o mais cuidado possível quando temos a possibilidade de ser assaltada, mas não sentia uma presença ameaçadora.

Ouvi um barulho vindo por trás do balcão. A cozinha estava vazia, geladeira fechada, armários ilesos, tudo em seu devido lugar. Poderia estar imaginando coisas agora.

Entrei, de fato, na cozinha analisando minimamente cada espaço, esperando de verdade que houvesse alguém ali. Não quero ser taxada de maluca, além de ser considerada a mais fraca do time mais forte da guilda Fairy Tail.

— Kyaaaah – Tomei um susto quando senti algo pulando em mim e me apertando fortemente.

— Onee-chan estou com fome. – Uma garotinha de, no máximo, cinco anos falou enquanto fazia um beicinho e esboçava uma expressão irritada.

Uma linda garotinha com cabelos acizentados olhava para mim. Algo em seu olhar fez com que eu me arrepiasse. Algo em seu olhar me amedrontava. Afastei esses pensamentos enquanto me levantava do chão com a garotinha em meu colo.

— Qual é o seu nome? – Precisava tomar conhecimento de qualquer informação para ajudar a garotinha.

Não sabia se a mesma estava perdida e por alguma razão veio parar em meu apartamento, ou mesmo se veio atrás de mim tendo o conhecimento de que sou uma maga celestial com boa parte das chaves de ouro.

Ela sorriu para mim enquanto mexia numa mecha dos meus cabelos.

— Você é tão bonita Onee-chan. – Continuava brincando com meus cabelos.

Lembrei que a mesma falou que estava com fome. A coloquei sentada sobre a bancada da cozinha na tentativa de conseguir espaço e poder preparar algo para ela comer, e talvez, só talvez, ela pudesse falar seu nome e outras coisas importantes.

— Me chamo Sae e tenho cinco aninhos. – Ela falou estendendo uma de suas mãos mostrando cinco dedinhos bem esticados.

Sorri com a fofura, mas não podia me deixar levar pela graciosidade e não tomar conhecimento de quem essa pequena boneca é.

— Oh, isso tudo? Que linda mocinha. – Olhei para ela sorrindo. 

Deixei um prato com biscoitos, os preciosos biscoitos que deixo escondidos do Natsu e Happy, e também um copo de leite. É isso que crianças comem, certo?

Ela prontamente se pôs a comer fazendo uma bagunça, deixando rastros de biscoitos voarem pelo ar.

— E então Sae, você está sozinha? Como chegou até meu apartamento? – Apoiei minha cabeça sobre uma mão e com a outra peguei um biscoito para comer também.

Ela tomou um gole de seu leite depois pulou do banco e correu para fora da cozinha. Antes que eu pudesse levantar e segui-la, a mesma entrou na cozinha segurando um envelope branco. Me entregou e tentou pular em meu colo novamente.

A peguei no colo, trazendo os biscoitos e o copo de leite para mais perto.  Analisei a carta e arregalei meus olhos quando notei que estava endereçada para mim.

Rasguei a lateral do envelope e puxei a carta.

“Querida Lucy-san,

Se estiver lendo esta carta significa dizer que você já está com Sae-chan. Sinto em informar através de uma carta um assunto que é extremamente importante.

Preciso que venha até Fiore o mais rápido possível. Tenho notícias sobre um dragão extremamente poderoso e sinto que somente você pode me ajudar.

Com carinho, Princesa Hisui.”

Olhei para Sae e a mesma estava quase adormecendo em meu ombro. A ajeitei cuidadosamente para que eu pudesse levantar com ela em meu colo. Precisava falar com o Mestre. Por que razão a Princesa Hisui enviaria uma criança até meu apartamento para me entregar uma carta? Que assunto importante é esse que ela cita? Por que ela precisaria de mim?

— Onee-chan meu gatinho sumiu. – Ela se segurou em meu ombro e se ajeitou em meu colo.

— Gatinho? Como você chegou até aqui Sae? – Saí da cozinha e a deixei deitada no sofá.

Prendi o meu cinto em minha cintura, guardando a chave de Leo na bolsinha. Olhei para Sae vendo que a mesma dormia tranquilamente no sofá. Poderia levá-la até o mestre pela manhã. Olhei para a janela da sala e vi que já havia anoitecido.

Decidi levar Sae até a cama para deixa-la descansar e então, na manhã seguinte, tentaria obter novas informações e a levaria até o mestre.

A deixei na cama e a cobri, quando me distanciei da cama senti uma mãozinha me segurando.

— Onee-chan, dorme comigo? Tenho medo. – Ela falou sonolenta. Cedi sorrindo.

Me deitei ao seu lado, puxei o cobertor para que eu ficasse coberta também. Logo, ela se aproximou de mim e jogou um braço pela minha cintura. Adormecemos rapidamente.

[...]

Acordei no dia seguinte sentindo um peso sobre a minha cabeça e sobre minha barriga. Esperançosamente, abri meus olhos. Poderia ser Natsu e Happy em suas visitas noturnas para dormir comigo.

Olhei para baixo e lembrei quem havia dormido ao meu lado, Sae. Quem estaria sobre minha cabeça? Estendi meus braços e senti um pêlo macio.

— Sae-chan me deixe dormir mais um pouco. – Uma voz muito delicada como de outra criança.

Levantei meu corpo fazendo com que um gato caísse e sentasse na cama esfregando seus olhos.

Um gato com pêlos cinzas e orelhas laranjas. Sae acordou e sorriu abertamente se jogando em meus braços.

— Onee-chan, bom dia. Agora você conhece o Roku. – Ela me abraçava e olhava na direção do gatinho. Sem dúvida um exceed. O ponto em questão, um novo Dragon Slayer surgiu?

Acariciei sua cabeça e o mesmo se derreteu vindo em direção ao meu colo.

— Lucy é tão carinhosa. Princesa Hisui tem razão. – Ele falou se aconchegando ao lado de Sae, brigando por mais atenção.

Eu não entendia nada que estava acontecendo. Minha casa foi invadida por uma criança de 5 anos acompanhada por um exceed, ambos vieram por ordem da Princesa Hisui. Que pessoa seria maluca ao ponto de enviar uma criança e um gato para entregar um recado sobre uma missão importante?

Deixei Sae sentada com Roku ao seu lado na cama e me levantei ficando de frente para os dois.

— Sae, preciso que você me conte tudo o que sabe. Roku, você também deve saber de alguma coisa. – Cruzei meus braços esperando aparentar seriedade.

Ela se deitou novamente e cobriu seu rosto. Esta atitude infantil me lembrou muito de um Dragon Slayer do Fogo. Sentia muita a falta dele, mas não era o momento propício para tal.

Puxei as cobertas e Sae estava rindo enquanto fingia estar dormindo ao lado de um sonolento, mas acordado, exceed. Atitude esperada de uma criança. Claramente ela não saberia me informar o que estava acontecendo.

— Já que não há ninguém acordado, não preciso fazer panquecas para mais de uma pessoa. – Levantei e fui em direção a cozinha. Bati a porta e me escondi por trás da parede, fora do quarto.

Contei 3 segundos vendo, ao final da contagem, a dupla pequenina correndo na direção da cozinha gritando meu nome.

Preparei o café da manhã e rapidamente tomamos. Após todos tomarem um banho, improvisei uma blusa de manga minha, de forma que simulasse um vestido para a pequena Sae. Saímos em direção a guilda. Hoje apresentaria a dupla ao mestre e tentaria tirar as dúvidas que enchiam minha mente.

Abri a porta da guilda da forma mais delicada possível, tentando não chamar atenção, mesmo depois de responder tantas perguntas pelo caminho, como “Lucy é mãe?” ou “Não parece nada com o Dragon Slayer de fogo”.

A última pergunta me deixou confusa, afinal, somos nakamas próximos, parceiros, apesar de nutrir um sentimento confuso por ele. Deixei esses pensamentos de lado. Precisava resolver um assunto muito importante e Natsu não era o foco agora.

Passei pela porta notando a presença das mesmas pessoas pela guilda. No canto do salão estava o mesmo grupo rindo alegremente. Parecia ser um dia comum desde que Lisanna retornou.

Olhei na direção deles e notei como Natsu parecia feliz com Lisanna ao seu lado. Erza saboreava seu bolo de morango, Happy voava alegremente, Gray sorria com uma Juvia derretida ao seu lado. Todos pareciam extremamente felizes, como se não houvesse nada de diferente ou como se não faltasse nada ao lado deles.

Deixei a mágoa de lado. Agora precisava resolver assuntos mais importantes. Segui em direção ao balcão sendo encarada por uma Mirajane confusa.

— Lucy quem são... – A interrompi cobrindo sua boca. Não queria chamar mais atenção, ainda mais aqui na guilda.

— Preciso falar com o mestre Mira, depois esclarecerei toda e qualquer dúvida que tiver.

Ela continuou com suas sobrancelhas franzidas. Apontou em direção ao segundo andar numa porta ao lado do mural das missões da Classe S. Sae encarava toda a guilda impressionada, Roku descansava sobre minha cabeça.

Subi as escadas, batendo na porta e entrando quando foi sinalizado que poderia entrar.

Deixei Sae sentada numa cadeira e fechei a porta para que tivéssemos mais privacidade.

— Lucy? – Makarov olhou preocupado para Sae.

— Mestre, preciso de sua ajuda. – Peguei a carta que estava presa ao meu cinto e deixei em sua frente apoiada na mesa.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima galera : )



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