Not Him escrita por Cherry Pitch


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É o presente de aniversário da Speedy, uma das maiores Blackinnon shippers que eu conheço! Espero que goste, e vocês (que não são a Speedy) também :)



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Marlene McKinnon encarava o pobre garoto do sexto ano a sua frente, com a pena tomando seu peito. 

Ele era um dos mais bonitos daquele ano, com seus cabelos cor de caramelo e olhos verdes enormes. Mark era seu nome. Ele tinha levado flores a ela, a levado para o passeio de Hogsmeade e rido de suas piadas ruins enquanto tomavam uma cerveja amanteigada no Três Vassouras. Ele a apresentara aos seus amigos, e tinha sido respeitoso com Lily, Mary, Dorcas e as outras meninas. 

Mark era o menino perfeito. Gentil, bonito, e estava jogado aos pés de Marlene. 

Mas lá estava ele, ali, na frente da loira, olhando dentro dos seus olhos, chamando-a para passar o Natal em sua casa, conhecer seus pais, e lá estava Marlene, sem vontade alguma de aceitar. 

— Marlene — chama Mark, como se tentasse trazer a loira de volta para a realidade. — Você quer passar o Natal na minha casa?

O cérebro de Marlene trabalhava como nunca antes, enquanto esta torcia para não fazer nenhuma besteira. Por que ela poderia fazer uma besteira? Porque agora ela encarava os olhos verdes claros de Mark e só conseguia pensar em olhos escuros. Agora ela encarava os cabelos curtos de Mark e só conseguia pensar em cabelos longos quase na altura do pescoço. 

Marlene olhava para Mark e só conseguia pensar em outro, e tinha que piscar várias vezes para perceber que não era outro que estava ali. Tinha que piscar várias vezes para perceber que não era Sirius Black que estava ali, encarando-a, e querendo passar o Natal com ela. 

— Não. — Marlene fecha os olhos por alguns segundos, como se fosse chorar. Mas nenhuma lágrima caía. Todas as suas lágrimas tinham sido gastas com outra pessoa. — Me desculpe, Mark. 

Dizendo isso, Marlene sai da frente do garoto e corre pelos corredores de Hogwarts, e sabe exatamente onde vai encontrar o que quer. 

Enquanto corre, todos os alunos saem de seu caminho, sem que a loira precise desviar, por verem a expressão de desespero no rosto dela. Marlene sente como se a gravidade, o ar, ou alguma força maior do que tudo, a estivesse puxando em direção a um lugar específico. 

Quando chega até a sala onde acontece a aula de Poções, nas masmorras, ela finalmente consegue parar por um tempo. Sua respiração está ofegante, seu peito sobe e desce. Dentro da sala, estava o professor Slughorn com um livro em mãos, mas não era para o professor de Poções que a atenção de Marlene McKinnon estava direcionada. 

A atenção de Marlene McKinnon estava direcionada para um garoto de cabelos longos na altura do pescoço, olhos escuros e, naquele momento, distraídos. A atenção de Marlene McKinnon estava direcionada para Sirius Black e suas mãos, que se mexiam freneticamente, batendo na mesa de madeira da sala de aula, provavelmente no ritmo de alguma música de rock trouxa. Estava direcionada para Sirius Black e as suas botas pretas de combate. Estava direcionada para Sirius Black e sua jaqueta de couro, e tudo relacionado a ele.

Marlene não consegue mais ficar apenas espiando pela fresta da porta da sala. Ela entra, e as suas mãos começam a tremer. 

  — Professor Slughorn. — ela chama, fazendo com que este desvie a sua atenção do livro que  tinha em mãos. 

— Senhorita McKinnon. — um sorriso se forma nos lábios do professor. Apesar de não estar no Clube do Slugue, Marlene era uma ótima aluna, além de ser a melhor amiga de Lily Evans, uma das melhores alunas do sétimo ano. — O que faz aqui, na hora da detenção?

— É... Eu queria o Sir-o senhor Black emprestado por alguns instantes. — Marlene engole em seco ao dizer aquilo, e, tanto o professor quanto Sirius arregalam os olhos. Depois que Slughorn assentiu com a cabeça, aceitando o pedido de Marlene, Sirius levanta da sua mesa e segue a garota. 

O olhar de Marlene estava fixo no chão, enquanto o de Sirius estava fixo nela.

— Então, McKinnon... — diz Sirius, surpreendentemente sério. — O que quer?

Marlene aperta um pedaço do tecido da roupa que usava, tentando impedir que Sirius percebesse o seu nervosismo. 

— Eu... Eu quero você, Black. — ela responde, sentindo as suas bochechas corarem. Ignorando o fato, Marlene continua a falar. — Eu não consigo ficar mais com Mark! Eu vejo você em todo lugar! Eu olho o cabelo curto dele, os olhos, e até o jeito, e... Parece que nós não nos encaixamos. Que eu não me encaixo nele... como eu me encaixo em você. 

Marlene disse aquelas palavras tão rápido como um líquido demora a cair quando jogado em direção ao chão, mas Sirius tinha ouvido cada palavra. Quanto ao seu entendimento, não se podia dizer o mesmo. Os olhos dele ainda estavam fixos no rosto de Marlene, enquanto tentava processar cada palavra dita por ela. 

— Eu te amo, Sirius Black. — Marlene completa, e o que quer que Sirius estivesse tentando processar naquele momento pareceu sair do cérebro dele.

Os olhos de Sirius se arregalam, e Marlene tem vontade de gritar. Como ele poderia não ter nenhuma reação, ficar parado?! Ela estava ali, à beira de um ataque, e ele apenas arregala os olhos! Não está suando, nem tremendo, e nem mesmo dirige a ela um daqueles sorrisos bobos que estão presentes em seus lábios na maior parte do tempo. 

Irritada, Marlene puxa Sirius pela blusa e o beija. No início, Sirius continua com os olhos arregalados, mas depois, apenas fecha os olhos e deixa que a loira continue, sem protestar ou apresentar sinais de espanto. Apenas se une a ela como se um beijo entre os dois fosse um hábito constante. 

Depois de vários segundos passados, Marlene solta Sirius, já que ambos estavam em fôlego, e Sirius dá um meio-sorriso. 

— Sempre soube que você me amava, McKinnon. 

Marlene revira os olhos ao ouvir isso e ao ver a expressão de Sirius. É, ela pensa. Não devia ter sentido falta desse sorriso, ele sempre vem acompanhado de uma provocação.  

Mas, no fundo... Marlene sorri de volta.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? ♥



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