O professor misturou bem os pequenos papéis que estavam naquele minúsculo pote de vidro, a Patrícia cruzava os dedos, ela achava que poderia acontecer algum tipo de milagre para que o nome dela pudesse sair no grupo que ela tanto desejava.

—Grupo número um, o professor falou bem alto, fazendo com que todos tivessem sua concentração voltada especificamente á ele.

—Jessamine, Patrícia e... Sam, ele disse, voltando a remexer nos papéis, muitos se aliviaram, mas, dava para ver a decepção nos olhos da Patrícia, ela não queria estar ali de jeito nenhum, mas, não poderia haver trocas, então o jeito era ter que aguentar.

—Segundo grupo, continuou.

—Victória, Hacher e... Stiles, falou, meu nome demorava a ser sorteado, só faltavam mais dois grupos, pelo menos a Lucy comemorava por não ter que fazer trabalho com o grupo da Sam, imagina se o gato maníaco decide dar à louca.

—Sério? Victória disse arqueando uma sobrancelha.

—Sim, o professor respondeu-lhe, revirando os últimos seis nomes que restavam.

—Grupo três, Andreas, Lucy e... Sandra, disse.

—Nem preciso dizer o último grupo, mas, para que não haja discussões, Arthur, Zanny e Alisson, você são do grupo quatro. Agora para que não discutam, o grupo um fica com o jardim, o dois com a sala de aula, o três com a biblioteca e o último no laboratório de ciências, disse, tentando dar por encerrado aquele assunto.

—É injusto, o laboratório é bem melhor, Jessamine retrucou.

—Não mudarei nada, se contentem com o lugar de vocês, o trabalho é para ser entregue na próxima aula, ou seja, depois de amanhã, e espero que dê tudo certo, não tem erro, caprichem ao máximo que conseguirem e tentem inovar, o professor falou em tom calmo.

—Podemos ir agora? Hacher perguntou.

—Estão dispensados, até depois de amanhã o professor saiu da sala. Todos os alunos se levantaram muitos se encaixaram em grupinhos de conversa e ficaram a discutir sobre seus grupos.

Na hora do almoço, o assunto ainda permaneceu entre todos, principalmente entra a Sandra e a Patrícia.

—Patrícia você viu o grupo que eu caí? Sandra perguntou.

—Não, depois que eu ouvi o meu entrei em desespero e não quis ouvi o resto, Patrícia respondeu ainda inconformada.

—Bom o Andreas caiu no meu grupo e a Lucy eu não conheço muito bem, não sei que avaliação eu dou, Sandra respondeu.

—O grupo era para ser eu, você e a Victória, a Patrícia falou.

—Patrícia sorteio é sorteio, aceita que dói menos, Victória disse irônica.

—Se eu fosse você estaria em prantos por cair num grupo desses, você que é a sem sorte, Patrícia continuou.

—Você também é sem sorte, olha só, você em um grupo e a Sandra no outro, sem contar que eu acho que a Jessamine não vai nada com a sua cara, Victória falou, encerrando a pequena discussão.

—Vem Sandra, ela não entende, vamos procurar outra pessoa para conversamos, Patrícia e Sandra saíram do refeitório.

—Ouviram o meu clamor, Victória disse.

                                                    Sam ON

No comecinho da tarde, meu grupo decidiu se reunir para começarmos a fazer o trabalho, até que eu gostei do jardim é fresco e o Sr. Timbols gosta de ar fresco de vez em quando. Levamos tudo o que encontramos e algumas coisas mais, queríamos fazer o vulcão jorrar tintas coloridas, era uma ideia diferente e legal só restaria saber se iria dar certo.

—Esse gato vai ficar aqui? Jessamine perguntou.

—Sim, o Sr. Timbols é muito legal e adora ar fresco, ele vai ficar aqui com a gente algum problema? Falei.

—Não imagina, Patrícia disse, encerrando a conversa.

—Bom, a ideia é o seguinte montamos o vulcão normalmente e quando chegar à sala de aula só jogamos as tintas coloridas, Jessamine explicou.

—Tem certeza de que é só isso? Perguntei.

—Sim, se não fosse por mim vocês estariam perdidas, Jessamine disse convencida, eu e a Patrícia fizemos o que ela havia falado e guardamos as tintas para colocarmos na sala.

                                               Pov’s Victória

—Como se faz isso? Stiles perguntou.

—Não sei, Hache respondeu.

—Nem eu, mais deve ser fácil, a gente só precisa usar isso para fazer o vulcão, expliquei mostrando os materiais, seguimos tudo o que dizia na internet e depois que o vulcão ficou pronto, ficamos pensando o que iríamos acrescentar de novo.

—Que tal colocarmos água, Stiles sugeriu.

—Água? Perguntei.

—Sim, a gente só joga no dia da apresentação junto com os outros ingredientes e pronto, Stiles explicou.

—Sei lá acho muito sem graça, vai ficar um vulcão muito ralo, Andreas disse-nos.

—Se a gente não pode usar água, vamos colocar fogo, vai chamar a atenção de todo mundo, vai ser o melhor trabalho de todos, falei.

—Acho que vai dar erro, Stiles disse.

—Vai não, na hora que a gente jogar os ingredientes no vulcão riscamos um palito de fósforo e jogamos junto, vai ficar muito maneiro, cofiem vai dar tudo certo.

—Deve ser agora podemos ir? Hacher perguntou.

—Sim, respondi. Retiramo-nos da sala de aula, cada um pro seu lado e fomos procurar outra coisa para fazer.

                                            Andreas ON

Fomos até a biblioteca para fazer logo o trabalho de ciências, quanto antes melhor, assim sobraria mais tempo para fazer algo mais interessante do que ficar sentado num grupo onde tem uma novata e uma garota só sabe falar.

—Vamos adiantar tudo logo, já pensei em tudo então vocês só fazem o que eu mandar certo? Falei para as duas.

—Por quê? Sandra retrucou.

—Porque já tenho tudo na mente então só é fazer mesmo, falei.

—E o que vamos pôr de novo? Lucy perguntou.

—Pensei em algo diferente podíamos por uma pedra e ver como a força do vulcão a faz voar para longe, expliquei para que pudessem entender. Depois terminamos de montar e catamos algumas pedras no jardim, só faltava esperar o dia da apresentação, depois fomos embora.

                                         Pov’s Arthur

Fomos para o laboratório de ciências, sem dúvidas tivemos muita sorte, é o melhor lugar. Levamos tudo o que precisamos e montamos o vulcão, para falar a verdade todos os vulcões estariam do mesmo jeito só mudariam a ideia do que colocar de novo.

—Agora só falta pensar o que colocar de novo, Alisson falou, limpando as mãos sujas de argila numa folha de papel.

—Que tal fogo de artifício? Zanny sugeriu.

—Não se pode usar isso numa sala de aula, falei.

—Acho melhor não usarmos nada, Alisson disse.

—Mais tem que ter alguma coisa, você não ouviu? Falei já me irritando.

—Vamos usar confeites então, Zanny falou.

—É pode ser, não tem coisa melhor mesmo, falei, depois arrumamos tudo e fomos cada um para um caminho diferente, já estava no finalzinho da tarde, logo mais chegaria a hora do jantar e enfim poderíamos descansar.

                                         Arthur OFF