POV’S SAM COLLINS

Estava indo em direção á diretoria quando a mesma garota de ontem saia de lá meio triste.

—Oii, o que aconteceu? Perguntei.

—Nada de mais, apenas vou ter que ficar aqui, percebi uma pitada de ironismo, mas deixei passar.

—Te entendo perfeitamente, eu também vou ficar aqui, não estou nada contente, mas fazer o quê né? Um dia a gente se acostuma... Disse-lhe.

—Acho difícil me acostumar, mas é bem melhor ficar aqui, pelo menos não vou sofrer de ver meus pais naquela situação, falou cabisbaixa.

—Que situação? Perguntei curiosa.

—Acho melhor eu ir né, conhecer melhor o lugar, sabe? Desconversou.

—Preciso entrar para conversar com a diretora, você não quer me acompanhar? Convidei-lhe.

—Acho melhor você entrar sozinha, deve ser particular, prefiro ir, obrigada, respondeu-me.

—Então tá, respondi.

POV’S LUCY

Ás vezes tenho receio de conversar com a Sam, o gato dela mim dá muito medo e tenho vontade de sair correndo quando ele está por perto, sorte minha que dessa vez ele não estava com ela.

—Como será que é conviver aqui? Cheio de gente estranha e um gato assustador?

Continuei andando pelo internato, quantos corredores, parece um labirinto, cheio de portas, o pior é que não sei qual é meu quarto, perdi o relatório que a diretora me entregou. Ah vou entrar em uma, é o jeito.

—O que foi garota? Pirou foi? Um dos garotos me respondeu grosseiro.

—D-desculpa desculpa, disse fechando a porta rapidamente e morrendo de vergonha.

Oh My God! Entrei no quarto dos meninos, passei o maior vexame, (mas você também é burra né Lucy, você deveria ter batido na porta antes de entrar, agora os meninos vão achar que você estava espionando-os, mas agora já foi), tenho que seguir, esse corredor tem mesmo um ar masculino.

Afs, não tem ninguém pra me orientar não? Pra quê um internato tão imenso se não há funcionários para orientar os novatos?

—Número 15, ah deve ser essa! Dessa vez bati.

—Quem é? Perguntou uma delas.

—É a Lucy! Respondi.

—E quem é Lucy? Perguntou novamente.

—É a minha calça, ela que está falando contigo, e está pedindo pra entrar, disse irônica.

—Engraçadinha você hein? Pode entrar, respondeu-me.

Entrei e fui logo dizendo:

—Oii meninas vocês sabem-me dizer onde fica meu quarto? Perguntei.

—Qual seu número? Perguntou-me.

—Pior que eu não sei onde coloquei o papel onde estava escrito, respondi.

—Agora fica difícil né? Respondeu-me.

—Pois é, obrigada mesmo assim, tchau, boa noite, disse sem tomar muito tempo.

—Boa noite! Respondeu-me em coro.

Continue andando, vi salas de aula, banheiros e nada do meu quarto. Até que encontrei a Sam.

—Oii Sam, até que enfim encontrei alguém por aqui, disse-lhe.

—Por quê? Você se perdeu? Perguntou-me.

—Não exatamente, é que eu perdi o relatório que a diretoria havia me entregado com o número do meu quarto, perguntei para algumas meninas, mas não puderam me ajudar, respondi.

—Por acaso é esse daqui, disse mostrando-me uma folha, exatamente o relatório que havia perdido.

—É sim, onde o encontrou, perguntei.

—Jogado no pátio, imaginei que fosse seu, disse-me.

—Deve ter caído do meu bolso, obrigada, disse agradecendo-lhe.

—Por nada, aliás, você é do mesmo quarto que eu, que coincidência né? Disse-me com um sorriso.

—Nos-sa, que Le-gal, mas o seu gato, ele vai ficar aqui? Disse assim em sílabas, estava nervosa, aquele gato assombrado conseguiu mesmo me assustar.

—Vai sim, a diretora permitiu afim de que eu me comprometesse com toda sua bagunça, respondeu-me.

Naquele momento engoli em seco, como vou conseguir dormir com aquele maldito gato me bisolhando? E mesmo se estiver dormindo, vou olhar para ele e lembrar do seu olhar maníaco.

AI QUE MEDO!