Segredos de Família escrita por before the end


Capítulo 2
Promessas


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente! Agora a historia realmente começa HaHa... Se passaram sete anos depois do que ocorreu no quarto da Maria.. Aproveitem :D



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7 anos depois

Um barulho enjoado soa alto nos meus ouvidos fazendo levantar assustado da minha cama bagunçada, olho para o lado e vejo meu antigo despertador que havia ganhado na infância, eram sete horas da manhã, e percebo que estou atrasado para mais um dia de aula. Vou ao banheiro rapidamente e como o flash tomo um banho rápido, o conhecido “banho de gato”. Escovo meus dentes rapidamente e volto ao meu cantinho especial daquela casa, visto minha calça jeans quase caindo e ponho minha camisa listrada com diferentes tonalidades de verde, olho no espelho e percebo que minha aparência não é umas das melhores, entretanto consigo passar mais um dia sem ser muito zoado... Olho o despertador novamente e já são sete horas e cinco minutos daquela manhã, pego minha mochila sem olhar o que havia dentro e me dirijo à cozinha para pegar uma fruta qualquer e assim enganar meu estomago pela manhã.

Chego em uma cozinha americana na parte de baixo da casa, havia um grande balcão que dividia a sala da cozinha ao lado do fogão havia uma pia não muito grande de mármore e logo após a geladeira. No meio daquele cômodo havia uma grande mesa de jantar de seis lugares como uma enorme cesta de frutas no centro onde avisto uma maça, uma cadeira estava ocupada com a Maria Cebolinha arrumada para sua escola comendo uma deliciosa fatia de bolo de chocolate, já minha mãe está cozinhando alguma coisa para o almoço rente ao fogão. Pego uma maça na mesa e ofereço um caloroso tchau a todos presente ali, até ouvir a voz de minha mãe...

— Por que está indo para escola esse horário filho? – Indagou minha mãe olhando para mim segurando uma colher de pau na mão direita, e voltando a mexer na panela.

— É que estou muito atrasado mãe, você viu que horas eram? – Respondi quase atravessando a porta de casa a caminho da escola.

— Mas filho são apenas seis e vinte da manhã, sua aula começa as sete. Para que toda essa presa?

Foi então que a ficha caiu, não estava nem um pouco atrasado, alguém havia mudado o meu despertador de horário e eu já sabia quem era...

— Maria Cebolinha!! Quantas vezes já pedir para a senhorita não entrar no meu quarto e mexer nas minhas coisas!? – Exclamei, já a minha irmã ficou apenas me observando com aquela carinha de sonsa, aquela cara famosa de “fui eu, mas vou negar até o fim”... odeio isso.

— Ora cebolinha? Por acaso você possui alguma prova contra mim? – Respondeu com a cara mais limpa do mundo.

— Sua existência é a prova perfeita – disse – além de que, já falei mais de um milhão de vezes que não é mais cebolinha, agora é Cebola, C-E-B-O-L-A.

— Tudo bem então cebolinha...

— Oh mãe! A Maria está me abusando! – Chamo minha mãe aos gritos enquanto ela apenas dar umas risadinhas e volta a comer sua fatia de bolo.

— Vocês dois não tem jeito mesmo! – Ela respondeu dando uma risadinha no canto do rosto. – Aproposito filho você vai ter que levar e trazer a Maria Cebolinha na escola hoje, seu pai teve que sair um pouco mais cedo por um imprevisto de trabalho e vou ter que sair para resolver alguns problemas e não sei que horas volto...

— Mas o que?! – Não posso acreditar nessa possibilidade. – Não tem outra pessoa para levar ela não? Por que toda quinta feira você sai?

— Alias mãe... – A Maria começa a falar. - Eu vou voltar com a Carol depois do passeio de hoje lembra, vamos visitar um museu daqui do bairro, disseram que lá tem um monte de objetos “mágicos” mal posso esperar. Então ele não precisa me buscar.

— Excelente... – Respondo com um tom sarcástico na minha voz, já que ainda irei ter que leva-la – Agora que você me fez me arrumar cedo para ir à escola trate de comer isso rápido e nós dois vamos chegar cedo hoje.

— Está bem – ela condiz com a minha afirmação, porem com a mesma cara de sonsa de sempre, mastigando o bolo de pouco a pouco.

— Vamos guria engula isso logo! – Digo com um tom de raiva na minha voz já esperando o pior.

— Minha mãe sempre disse para mastigamos umas trinta vezes antes de engolir algum alimento – Ela levanta o rosto e vejo um pequeno sorriso em seu levantado em seus lábios. – Estou mastigando sessenta só para ter certeza.

— Ma- Ma- Maria... – falo, ela então pega uma pequena porção de bolo e começa a mastigar lentamente.

— Um.... Dois.... Três....

— MÃE...

— Maria Cebolinha pare com isso...

— Foi mal! – Respondeu dando altas gargalhadas.

***

Estou caminhando pelo bairro em direção a escola da Maria cebolinha, não ficava muito longe de minha casa, apenas uns dois quarteirões de distância, continuamos andando sem dizer muitas coisas um para o outro, ainda está chateado pelas coisas que ela me fez passar hoje de manhã, mas vamos ser sinceros, ela é minha irmã, ela vai continuar a me abusar, não tem como fugir.... Caminhamos mais um pouco e viramos um quarteirão faltando apenas mais um para chegar a sua escola, até que ela quebra o gelo.

— Desculpa Cebola, sei que você está chateado comigo, mas vamos garantir que foi muito engraçado, não foi mesmo?

— Até hoje não entendo seu senso de humor. – Rio ainda caminhando. – Na próxima vai ser mais difícil me pegar.

— Se você diz – rimos juntos da minha cara, posso até parece infantil discutindo com a Maria Cebolinha mais cedo, mas a verdade é que gosto muito dela, e eu também reconheço que quando eu era pequeno era muito pior com a Monica, deve ser de família ser um pestinha quando criança – Sabe cebola... – Ela continua. - Eu gosto muito de você, e você deve saber isso mais que qualquer um, porem tenho que dizer que estou com um mal pressentimento.

— O que houve Maria? Está passando por algum problema na escola? Algum coleguinha não está te tratando bem? – Pergunto.

— Não! Não é nada disso... – Ela olha para baixo e continua... – Eu estou voltando a ter aqueles pesadelos, eu consigo ver algo acontecendo, entretanto, todo o sonho você está... Está... Morrendo.... E isso não para, o que está acontecendo comigo?

— Pensei que eles haviam parado? – Olhei para ela preocupado.

— E pararam, mas de uns dias para cá eles voltaram e continuam muito frequentes, eu já tentei várias coisas, olhei na internet alguma coisa para parar com meus pesadelos, mas nada funciona, o que está acontecendo comigo? Será que são visões? Ou será que são apenas terríveis pesadelos?

— Maria Cebolinha Não está acontecendo nada! – Eu a abraço forte passando segurança, e a seguro pelos seus pequenos. – Ouça, já tivemos essa conversa antes e esses sonhos várias vezes e nada ocorreu, talvez você não se lembra, entretanto quando você era pequena e teve esse mesmo pesadelo eu te prometi que nunca iria te abandonar, e não vou agora, irei cumprir essa promessa, além de que, acredite eu sou praticamente imortal. – Dou um pequeno sorriso para ela lembrado do que ocorreu em Sococó da Ema e volto a abraça-la...

— Me prometa cebola que vai ficar tudo bem? – Ela retribui o abraço acariciando minhas costas.

— Eu prometo! - Continuamos a caminhar até a sua escola de mãos dadas, tentei puxar algum outro assunto, sobre como estava na escola ou então como estava sua amiga Carol, todavia ela estava realmente preocupada comigo e queria saber se eu estava realmente bem, tentei acalma-la de todas as formas, entretanto não pude, também havia voltando com os meus terríveis pesadelos, os mesmos que os dela, mas não queria alarma-la, ela já estava bastante assustada.... A única coisa que eu queria, e ainda quero é pagar minhas promessas.
Continua...


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Podem me falar eu aguento HaHaha!!



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