Heróis escrita por HunkV2


Capítulo 1
Capítulo 1




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 Futuro, longe da Terra. Uma nave cruza o espaço utilizando o Hiperespaço, um método de se viajar mais rápido que a luz. Nessa nave estão seres humanoides, bípedes e com corpo semelhante a lobos. Estes são os chamados Keidrans e essa nave é uma nave de exploração e colonização.

 Um Keidran, que está manipulando uma tela holográfica, diz ao seu superior:

 -Almirante, estamos chegando no sistema.

 -Quantos planetas habitáveis existem nele?

 -Apenas um, senhor.

 -Algum sinal de inteligência? Tribal, moderna?

 -Não senhor, o planeta está em estágio não-desenvolvido.

 -Excelente. Avise os agentes para se aprontarem e mande que as naves de reconhecimento fiquem prontas, agora.

 -Sim, senhor.

 Após alguns minutos, eles saem do Hiperespaço e aparecem no sistema que era a muito tempo chamado de sistema Sol, com seu terceiro planeta a partir da estrela, a Terra.

 A “nave-mãe”, chamada de K-Colonyz, fica em uma orbita entre a Terra e seu satélite natural, a Lua. Nisso, debaixo da nave, saem duas naves pequenas rumo ao planeta azul. Dentro das naves estão as irmãs Amy e Andy.

 -Está pronta para explorar mais um possível novo lar dos Keidrans? –diz Amy.

 -Não fique animada, não sabemos como é o ecossistema desse planeta. –responde Andy.

 -Bem, pelo menos a atmosfera é respirável.

 As naves voam para mais perto do planeta e Andy nota alguns objetos metálicos que ela logo identifica como satélites “primitivos”.

 -Satélites? –indaga Andy. –Mas não era para ter nenhuma forma de vida inteligente aqui... Espera... aquilo é uma estação espacial?

 Ela vê logo ao lado a antiga Estação Espacial Internacional, agora abandonada.

 -Tem alguma coisa errada. –afirma Andy. –Os escaners estão quebrados?

 -Não senhora. –diz um técnico que está na nave. –Todos estão em perfeito estado.

 -Mas porque-

 -Andy, dá uma olhada nesses asteroides. –diz Amy.

 Ambas olham e veem milhões ou até bilhões de asteroides perfeitamente redondos que estão orbitando o planeta.

 -Esse planeta é muito estranho... –diz Andy.

 -Sinto uma forte energia. A Mana é poderosa em alguns desses asteroides. –diz Amy.

 A Mana é uma força única e poderosa que está em tudo e em todos no universo, algumas pessoas são tão conectadas a ela que podem utiliza-la para feitos magníficos e únicos.

 Depois de finalmente cruzarem a atmosfera, as naves partem rumo a porção de terra que outrora fora chamada de Europa e vão até onde era a antiga França, mais precisamente, em Paris.

 -Andy... olha aquilo. –diz Amy.

 Andy e Amy veem dota uma cidade abandonada, a vegetação tomando conta das antigas casas que ali existem.

 As naves pousam e todos saem delas. Eles andam pela cidade, observando tudo. Eles veem carros e motos enferrujadas, concreto rachado, alguns com plantas dentro. Amy olha dentro de um dos carros e diz:

 -Pessoal, olha aqui.

 Todos vão até o local e veem um esqueleto humano deitado no volante do carro.

 -Aqui tem outro. –diz um soldado em outro carro.

 -Aqui também. –diz mais um.

 -Pesquisador, examine esses esqueletos e identifique de que ordem são. –diz Andy.

 -Sim senhora. –diz o analista.

 Enquanto isso, Amy e Andy andam e observam a gigantesca construção da Torre Eiffel, toda enferrujada e abandonada.

 -Como esse povo construiu algo dessa proporção? –indaga Amy.

 -Devem ter tido ajuda externa. –diz Andy.

 Amy olha por lado e vê um animal selvagem vindo na direção delas. Ela empunha sua espada com uma aura azul, mas logo ela vê que é apenas um Canis Familiaris, vulgo cachorro. Amy se agacha e faz um cafuné nele.

 -Cuidado Amy... –diz Andy.

 -Tudo bem, esse aqui parece ser uma sub-raça da nossa espécie.

 Nisso o cão se vira e vai embora.

 -Senhoras, terminei de analisar os corpos. –diz o pesquisador. –Parecem ser da ordem dos primatas, mas evoluídos e não possuem cauda.

 -Impossível. –diz Andy. –Nós sabemos que é totalmente impossível um primata evoluir.

 -Isso em nosso planeta. Mas aqui, parece que a evolução funcionou diferente.

 -Bem, não importa agora que estão mortos. Vamos levar alguns corpos para melhor analise na K-Colonyz e...

 Andy é interrompida por algo estranho que ela está sentindo. Uma presença de alguém. Amy também a sente. Elas sentem frio, raiva, ódio.

 -Você sentiu isso? –pergunta Amy, se virando para a Torre Eiffel.

 -...Sinto frio... –diz Andy.

 Nisso uma figura preta, alta e assustadora aparece na frente deles. A figura se aproxima, revelando ser um humano com roupas e capa pretas e uma máscara preta com detalhes em vermelho com uma rachadura no canto superior direito, como se ela tivesse sido quebrada e consertada.

 -Não acho que ele veio para nos dar boas-vindas... –diz Andy empunhando sua lança com aura laranja.

 Os soldados Keidrans apontam suas armas para o homem mascarado. Amy dá um passo à frente e diz:

 -Nós não viemos causar problemas. Somo amigos.

 O homem nada diz, apenas empunha uma espécie de objeto cilíndrico e metálico com um pequeno botão. Ele começa a erguer a outra mão. Andy percebe que o homem irá atacar e, então, grita:

 -ATIREM NELE! AGORA!

 Imediatamente, os soldados Keidrans começam a disparar contra o homem mascarado, mas algo inesperado acontece. As balas começam a parar e ficarem flutuando no ar em frente ao homem. Ele, então, gira a mão e nisso as balas começam a girar também... Andy grita novamente:

 -PEGUEM COBERTURA.

 As balas, então, começam a ir na direção dos Keidrans, que pulam pro chão ou pra traz de carros para se protegerem, mas alguns foram feridos ou no braço ou na perna.

 Andy e Amy empunham suas armas, saem do cover e ficam entre seus soldados e o homem mascarado.

 -Nós já dissemos, nãos somos inimigos! –exclama Amy.

 O homem nada diz, apenas aperta o botão do objeto cilíndrico que estava segurando e dele sai um feixe de energia vermelha.

 -Ou esse cara é surdo ou não quer saber se estamos aqui em paz ou não... –diz Andy.

 Amy e Andy ficam e posição de ataque. Com um gesto de mão, Andy diz para os Soldados ficarem recuados e apostos. Nisso o homem mascarado começa a caminhar em direção das duas Keidrans e diz com uma voz grave:

 -Vocês, aliens, são realmente insistentes. Vocês, assim como os outros que vieram aqui, vão se arrepender de virem para este planeta.

 -A gente não tem medo de você! –diz Andy.

 -Então iram morrer mais valentes que os outros.

 Andy vai para cima dele, desferindo vários golpes com sua lança, mas os golpes atravessam o corpo do homem sem feri-lo, como se ele não tivesse massa. Nisso o homem segura a lança e a joga para longe e desfere dois golpes em Andy, um na perna e outro no lado direito de sua barrica, queimando os locais dos golpes. Sangue não sai deles pois o calor é tanto que cicatriza na hora os ferimentos.

 Andy cai no chão. O homem prepara para desferir um golpe para matá-la, mas é interrompido por Amy, que vai em ajuda a sua irmã, mas ela sente algo levitando-a e a lançando contra uma das pernas da Torre Eiffel.

 -O que estão esperando? Atirem nele! –diz Andy, ainda sentindo fortes dores.

 -Não... conseguimos... nos mexer... –diz um soldado.

 Os soldados Keidrans fazem muita força, mas seus corpos estão imóveis, impossibilitando sua mobilidade ou fazer qualquer tipo de ação.

 Andy vira-se e olha sua irmã contra as vigas da torre e o homem fazendo movimento com a mão esquerda e, ao mesmo tempo, a mão de Amy que está segurando sua espada começa a ir em direção ao seu pescoço.

 -Vocês foram tolos ao pensarem que poderiam me enfrentar. –diz o homem. –Agora, vão morrer. Como todos os outros aliens que vieram aqui antes de vocês.

 Amy tenta impedir que sua espada corte sua garganta com todas as suas forças, mas é inútil. Ela observa em volta e observa um esqueleto caído no chão. Ela se concentra e, do nada, ela é substituída pelo esqueleto. O homem fica surpreso e rapidamente vira-se para se defender do golpe de Amy. O homem percebe que os olhos de Amy, que ficaram amarelas com detalhes em branco.

 -Os olhos dos deuses. –diz o homem. –Como você adquiriu esse poder?

 -É uma herança sanguínea de família. –diz Amy.

 -Herança... –diz o homem.

 Nisso, o homem empurra Amy com sua força gravitacional e desativa sua “espada de energia”. Amy, Andy e os outros Keidrans ficam sem entender.

 -Vocês são ingênuos e ainda “crianças” no entendimento do universo.

 -Do que é que você está falando? –pergunta Amy.

 -“Herança sanguínea”. Vocês tem alguma noção de ciência?

 -Onde você quer chegar?

 -Apenas terei clemencia. Sumam do meu planeta e nunca mais voltam. Caso contrário, eu não terei a mesma misericórdia.

 O homem vira-se e sai andando para uma sombra de uma das pernas da Torre Eiffel. Nisso, ele faz um gesto com a mão e as feridas de Andy se curam. Antes de chegar na sombra, Andy diz:

 -Mesmo assim, ficaremos mais alguns dias. Queremos apenas pesquisar.

 -Façam como desejarem, mas se pegarem algo envolvido pela Mana, eu mato vocês.

 Então o homem desaparece.

 Amy vai correndo de encontro com a sua irmã, que se levanta sem nenhuma dificuldade.

 -Você está bem? –pergunta Amy.

 -Sim. –responde Andy. –Parece que aquele cara me curou de algum jeito.

 -Quem é esse cara? Ele deve ter alguma coisa haver com o mistério deste planeta. Precisamos seguir ele.

 -Não. Ele é encrenca. Deixa isso quieto.

 -Mas-

 -Nada de mas. Vamos fazer o que temos que fazer e vamos embora daqui. Esse lugar deve ser amaldiçoado. Mexem-se.

 Todos obedecem e começam a ir para as naves, mas Amy ainda quer saber o que aquele homem é e o que ele tem haver com o que aconteceu com o planeta.


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