Ela bati com o pe no chao impaciente. Esperava para receber a mensagem a dizer que já estava lá fora.

Aff que merda.

A sua vontade de ir podia matar qualquer coisa se aproximá-se dela. Estava uma confusao entre medo e uma perda total de paciencia. E ainda por cima ele estava a demorar a chegar.

 Quando finalmente ele chegou, fechou a porta com força atras de si e entrou  no carro, que ele nem teve a gentileza de abrir a porta para ela.

—Onde vamos?

—Supresa

—Nao sei se gosto deste tipo de supresas.

—Pára de ser chata.-ele disse, arracando.

—Quanto tempo vamos estar fora? Eu tenho de acordar cedo amanha sabes.

—Wow, estas mesmo chateada por saires ah noite? Normalmente é ao contrario.

—Só..nao estou ah vontade.

—Vais estar comigo, nao te vai acontecer nada..

—Isso nao me deixa de forma nenhuma mais relaxada.

Ele entrou num parque de estacionamento em frente ao parque central da cidade. Todas a luzes, incluindo as da fonte estavam acesas, e havia algumas pessoas a passear. Ela ficou bastante aliviada ao ver aquilo, ao menos era diferente de um beco escuro.

Ele deu um riso entre dentes e saiu do carro.

—é tao lindo! – ela disse juntando as maos em frente ao peito «acho que podia ter vindo com um vestido , mais bem vestida..agora sinto-me um bocado estupida» pensou.

—Sim, é..mas nós nao vamos ao parque.

—Hum?

 Ele segurou na mao dela e começou a andar pelo parque de estacionamento, na direçao oposta ao parque. A mao dele estava quente, e segurava na dela com pouca força. Ela sentio uma vontade enorme de entrelaçar os dedos. Estava tao a jeito disso. Era força de habito.

 Continuaram a andar ate desceram para uma rampa que ia para um outro parque de estacionamento debaixo do chao, de onde vinha luzes a piscar e dava para ouvir uma musica alta ah distancia.

—Humm Sasuke?

—Já te disse, estas comigo nada te vai acontecer, so nao te afastes muito de mim.

—Aff, já me estou a arrepender.

—Pensei que tivesses assim que sais-te de casa

—Ha-ha, muita piada.

 Quando finalmente teve visao do espaço onde estavam a entrar: estava a abarrotar de pessoas, havia grupos em todo o lado cada um com uma musica diferente bem alta. Era incrivel como do lado de fora nao da para preceber nada daquilo.

 Foram-se desviando ate chegaram mais ao fundo, ele encostou-se numa grade de ferro e puxou-a para junto de si, juntando as duas maos nas suas costas.

—Ham..espaço pessoal se faz favor..

—Nao

—Porque é que me troxes-te aqui? Foi para isto?

—Aff, tem calma ...Esvazia essa cabeça para variar..

—Tu nao vais te safar comigo..para variar..

—Aff..tu és chata pa ca

—Yo, Sasuke.. – um rapaz aproximou-se comprimentando-o e ele acentio, ela ainda olhava para ele com os braços cruzados pois sabia o que ele ia para lhe dizer.

—Ainda bem que nao acabas-te essa frase..

—Ai a princesa nao diz asneiras?

—Eu digo, mas nao para ofender os outros.

Ele agarrou na anca dela e suava fez ela balançar de um lado para o outro

—Relaxa um bocado..o tempo demora a passar se estiveres sempre de trombas..

—Aff está bem... o que é que tu fazes aqui que é assim tao divertido?

—Hum..o que quizer.-O rapaz que o tinha comprimentado tinha voltado, deu-lhe dois copos e foi embora.-Toma.

—Eu..nao bebo

—Mentirosa..

—Bebidas de estranhos..

—Bebe isso e cala-te. Kami como tu és irritante.

—È um Dom, e so para tua –ele enfiou o copo na boca dela fazendo-a beber, ainda deixou cair um bocado de bebida na sua camisola e um outro bocado caiu no chao – aff porque é que fizes-te isso? Quer dizer, eu sei porque, mas olha –disse esticando a sua blusa – sujás-te me! God se isto ficar nodoa eu mato-te!

—Está bem, esta bem..bebe..

—Isto nao é assim muito bom..o que é?

—Cerveja.. continua a beber, fica melhor no fim..

—Tss agora quem é que é o mentiroso.

Ela deu mais um golo, nao pode evitar em fechar os olhos com o sabor azedo que aquilo tinha. Se aquilo era cerveja, tinha de ser da mais rasca de todas, nao admira, para dar para esta gente toda, nao iria ser dada de borla. Ele logo posou o copo dele: já vazio, no chao e trocou olhares entre o dela e ela.

—Toma, podes beber eu nao quero.

—Bebe isso..despacha-te

—Eu nao consigo beber assim tao rápido, e isto sabe tao mal..Porque é que queres assim tanto que eu beba? Isto vai me por incosciente? –ele levou a mao para fazê-la beber outra vez mas ela antecipou-se desviando a cara: -Okay, ja percebi, eu bebo.

Quando finalmente conseguio acabar aquilo, podia jurar que iam lágrimas aos olhos dela. Ele tirou-lhe o copo das maos e pos ao lado do outro.

Meteu os braços dela ah volta do seu pescoço e voltou a juntar as maos ah sua volta. Ela logo mandou-lhe um olhar mortal. Ele suspirou deixando ela afastar-se dele.

Estava dificil.

Voltou a puxa-la para si mas desta vez selou os seus labios nos dela. Voltou a meter os seus braços ah volta do pescoço e abraçou-a com força, aprofundando o beijo. Um momento que nenhum dos dois conseguia:ou queria, escapar. Afastaram-se um pouco e cada um tinha a sua respiraçao descompactada.

—Nao acredito que fizes-te isto.

—Vais dizer que nao gostas-te?

—Aff, eu quero ir para casa. Porfavor.

—Hum – ele fez novamente aquele tipico riso dele entre os dente – fica-te bem..

—O quê?

—A tua cara a implorar..

—Ham?! Es-Estupido! –ela soltou-se dele. – eu nao preciso que me leves a casa, vou sozinha.

Voltou-se de costas para ele e começou a andar em passos rapidos e pesados pela multidao.Ele ainda ficou parado alguns segundos vendo-a a ir.

 Bastou seguir em frente para sair daquele sitio nojento, sentia que as sapatilhas tinham cola por baixo e o cheiro a suor e bebida tinham formado uma aura ah volta dela. O parque era tao lindo. Preferia tanto ter ido lá ao invez de ir para debaixo do chao. Ligou o GPS no telemovel. A caminhada era longa mas se ele nao a levava, azar.

 Olhou para tras para ver se ele tinha ido atras dela, mas nao la estava ninguem. Nem valia apenas gastar mais celulas do cerebro a pensar nele. Era um estupido perverso. Nem disfarçava do quanto a estava a usar para passar o tempo.

 Assim que saiu do centro da cidade, as ruas começaram a ser mais escuras e frias.

—Aff, porque a mim kami? – resmungava quase dando pontapes no que aparecia ah frente dela.-estupido! Estupido, estupido! Argg que idiota..!

—Falas sozinha? – a voz sudentina fê-la dar um pequeno pulo para trás.

—O que..Como é que apareces-te aqui?

—Eu passei de carro por ti ah bocado.

—E preferis-te assustar-me de morte ao aparecer ah minha frente, vindo das sombras, muito simpatico.

—Vim te acompanhar a casa, como um gentleman.

—Um gentleman nao vai a sitios daquelas, muito menos levar lá uma rapariga.

—Nem quizes-te dar uma oportunindade, nao te podes queixar.

—Eu so quero ir para casa, okay. – respondeu num suspiro, passando por ele, que lhe agarrou no braço virando-a de frente para si.

—Eu disse-te para nao te afastares de mim.

—Agora das uma de mandao,assustador? Tu tambem nem te importas-te que eu saisse sozinha.

—Nunca ninguem te disse que é perigoso andar na rua ah noite..?  - ele falava num tom baixo e grave e aproximava-se dela cada vez mais

—Sasuke, estas a assustar-me de verdade.

—Aff, desculpa, pelo que eu disse ah pouco, era para ter sido a brincar.

—Nao, nao faz mal... Nao me admira estares a perder a paciencia comigo, eu fui...horrivel esta noite. Desculpa tambem eu.

—Vamos lá. Ja deve ser quase meia noite e a cinderela precisa de ir embora..

—Humpf.. olha que tu nao és o principe.

—Ainda bem..Isso so me cheira a regras..

—Para de gozar comigo okay!

—Vamos voltar a sair na sexta.

—Outra vez? Aserio?

—Sim, vamos a outro lado, mas ou menos tenta ser..menos tu.

—Hue? E entao onde é que vem aquela conversa toda de eu parar de fingir e ser eu mesma?

—Bem, eu nao sabia que tu eras assim. Acredita que tinha sido melhor ter ficado calado.

 Ela deu-lhe um encontrao no ombro:

—Isso nao me ofende..

—Porque é que me bates-te?

—Porque tu mereces!

 **

Chegada a casa ele foi embora e ela espalmou-se na cama.

Nao acredito que ele me beijou.