Damery Lane escrita por Demiguise


Capítulo 2
Olhos abertos e ouvidos ávidos


Notas iniciais do capítulo

Me digam o que estão achando da história, me deem dicas, façam criticas, tudo pela sessão de comentários. Boa leitura :)))



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 Hogwarts. Esperando todo mundo como sempre fazia no dia primeiro de setembro. Majestosa com suas torres altas. Impressionando tanto os calouros quanto os veteranos, pois era como se todos as estivessem vendo pela primeira vez.

Ninguém tardou em descer na estação de Hogsmeade, onde as carruagens já estavam esperando todos os alunos (menos os do primeiro ano, estes iam de barco com o Guarda-Caça da propriedade, Ogg).

A noite estava anormalmente clara, mas Damery não se importou. Ela, Jeremiah e Clementine se apressaram para pegar uma carruagem. Tinham aprendido um truque nos cinco anos que frequentavam Hogwarts. Sabiam que as carruagens estavam numeradas de um a cem. Eles iam até o final da fila dos veículos e entravam na última das últimas. A maioria dos estudantes sempre espremia-se entre cinco ou seis em cada carruagem (ou querem ficar perto dos amigos ou acham que não tem o bastante), o trio ria, aproveitando a exclusividade e o espaço sobrando.

Não deu outra e eles já estavam se fazendo confortáveis na sua carruagem, tinham alguns minutos, pois eram os últimos a começar a andar. Mas uma coisa incomum aconteceu.

Dois homens entraram sem precedentes no veículo. Um deles miúdo, com cabelos longos, mas somente nas laterais, carregava uma enorme câmera com um bulbo em cima que de tempos em tempos fumegava. Já o outro, tinha uma bolsa de couro e estava lendo de um bloco, com um aspecto de importante e excêntrico.

— Noite - disse o da pasta. Sem desviar o olho do bloco, ele parecia com dificuldade de ler, estava escuro demais.

— Noite. - Responderam os três em uníssono. Confusos.

— Se importam? - disse ele, apontando para uma lamparina no canto interno da carruagem.

Damery olhou, seguida de Jeremiah e Clementine.

— Am... não - disse Damery, ansiando dizer mais palavras.

O homem dispôs a pasta que estava presa em seu ombro no banco e retirou sua varinha do bolso. Bastou um leve toque e uma chama viva se ascendeu. Iluminando todo o interior da diligencia.

Com um solavanco, a carruagem passou a andar. A estrada de pedra que ligava Hogsmeade aos terrenos de Hogwarts fazia todos balançarem de forma cômica.

— Com licença. Sou Clementine - a loira se prontificou a apertar a mão de um dos homens, o da pasta retribuiu, o outro estava devaneando, olhando para a noite no exterior, forçadamente distraído.

— Ermério Holland. Somos do Profeta Diário, caso estejam se perguntando -  o bruxo respondeu como se estivesse acostumando a se apresentar daquela forma.

— Profeta Diário? Incomum... matéria de volta às aulas? - Clementine não tinha pudor algum, tratava todos como se já conhecessem a anos.

— Claro que não - Ermério respondeu numa voz afetada, seguida de uma risada tola. O homem da câmera viu o colega rindo e passou a imitá-lo, mas de forma duplamente forçada. - Viemos cobrir a nomeação de Dumbledore.

— Que? - Jeremiah pousou os olhos arregalados nele. Os repórteres tinham cutucado finalmente sua curiosidade.

— Ermério - Proferiu o da câmera, com um tom de deboche, como se soubesse muito mais do que os garotos. Pareciam amigos.

— Vejo o que está ocorrendo aqui. - Ermério possuía um sorriso desconfiado no rosto. A carruagem dera um enorme salto, como se tivessem atravessado um buraco. - Meus caros, se ainda não sabem, é por que devem estar mantendo as novidades um segredo. Não contaremos nem mais uma palavra, não é, Sr. F?

O tal Sr. F. riu alto.

— Pode apostar que sim.

Ninguém mais achou graça.

Ermério pegou o bloco e rabiscou qualquer coisa nele. Ninguém mais deu bola para ninguém e a carruagem mergulhou em profundo silêncio até avistarem as luzes do castelo se aproximando.

Ao poucos, os alunos iam descendo das carruagens, que estacionaram bem no pátio da boca da entrada para o Salão Principal, onde Damery já sabia que em pouco tempo, o banquete a esperava.

Os homens que saíram da carruagem de Clementine, Damery e Jeremiah atraiam os olhares do restante dos alunos. Sr. F. mexia em sua câmera feito louco, tentando tirar fotos dos alunos entrando e saindo.        

Minerva McGonagall estava posta na enorme porta que separava a todos do Salão. Ela avistava a Ogg trazer os aluninhos do primeiro ano das docas, estavam bem perto e quando finalmente chegaram foi quando todos puderam entrar.

O Salão Principal estava diferente. Não só estava preparado para a festividade que viria a se seguir, tinha algo a mais no ar. Um sentimento de que algo importante estava por ser anunciado invadiu a mente de Damery.

Havia o dobro de archotes pendurados nas enorme e espaçosas paredes do que normalmente, fazia o recinto muito mais iluminado (as velas que flutuavam no alto estavam presas a incomuns e elegantes castiçais de ouro). Nas paredes, estavam também penduradas os quadros dos antigos diretores de Hogwarts. Jeremiah e Clementine se olharam, curiosos a medida que iam avançando no salão para achar um espaço no banco.

Damery sabia que eram os quadros dos antigos diretores pois já havia estado na sala do diretor Dippet anteriormente. O seu nível de curiosidade aumentava a todo momento.

Por fim, Damery e Jeremiah se sentaram bem na frente da longa mesa da Corvinal e Clementine se dirigiu para a sua da Grifinória. Damery estremeceu, não costumava sentar tão a frente, bem no nariz da mesa dos professores, que por sinal, ainda não haviam se sentado, estavam todos conversando entre si.

— Acho que Jamilia estava certa afinal - comentou Jeremiah, olhando para a decoração, muito pouco surpreso. 

Damery não respondeu, estava focada no restante dos alunos que entravam salão adentro. Sorria para seus antigos colegas que não havia visto desde o fim do ano passado. Callahan Hawking, da Grifinória, foi até seu encontro e arriscou dar-lhe um abraço, ela não negou e foi gentil. Não era segredo que o garoto estava afim de chegar nela fazia muito tempo, tinha uma queda quase explícita. Não podia negar também que Hawking aumentava em grande quantidade seu ego. No fundo, ela gostava de ser bajulada.

Quando o último aluno se sentou, os professores tomaram seus lugares. Alvo Dumbledore ainda se sentava na cadeira do meio, a maior cadeira, destinada ao diretor da escola, cargo atualmente pertencente á Armando Dippet. Porém o mesmo não dava as caras na escola fazia mais de quatro anos. Poucos se atreviam a dizer que estava doente fazia muito tempo. Damery concordava com a maioria em dizer que estava somente velho.  As estimativas de sua idade iam de duzentos e cinquenta e cinco até para lá de quinhentos. Eram apenas boatos, mas não é de se admirar que o diretor já estivesse, no mínimo, cansado do seu trabalho. Calye Embry, uma aluna da Lufa-Lufa começou um rumor dizendo que havia previsto a ausência de Dippet por dez anos, mas somente os sensatos não acreditaram pois as notas da garota em Adivinhação eram horrendas.  

Prof. Minerva McGonagall finalmente entrou no salão, seguida de pequenas e curiosas cabecinhas. Pararam antes da mesa dos professores. A Seleção ia começar.

Lá no fundo, Alvo Dumbledore abanou sua varinha no ar, e na frente dos novatos, materializou-se um banquinho, e em seguida, o Chapéu Seletor encardido se teletransportou em cima. Damery não deixou de notar os olhos brilhando das criancinhas ao mirar no Chapéu encantado.

Ele não tardou para começar a cantar sua canção, como sempre fazia no inicio de cada ano letivo. O silêncio se instaurou no enorme salão, e então ouviu-se:

Oh Hogwarts,

Como sempre,

Esplendida está.

Será um ano especial,

E aos Lufanos aviso,

Lugares escuros

Seria bom evitar.

Sonserinos mais astutos,

Não hesitem pois as

Regras terão de firmar.

Grifinória grande como

O amanhecer, recomendo-lhes o saber,

Para pontos merecer.

Já a respeitosa Corvinal,

A classe não devem perder,

Será um ano agitado,

Olhos abertos e ouvidos ávidos.

Assim concluo

Minhas previsões e

Recomendações para este ano,

Desejo-lhes um ótimo ano, aliás.

A Seleção agora toma lugar.

Poucos alunos conseguiram se conter, os murmúrios eram descarados e altos. Estava claro, o tal boato que Jamilia havia transmitido no trem estava perto de se tornar realidade. Jeremiah fitou Damery por uns segundos e então disse:

— O que acha que ele quis dizer com "olhos abertos e ouvidos ávidos"?

O orgulho de Damery não a deixava admitir que o Torneiro tomaria lugar em Hogwarts.  Alguma parte de seu cérebro se convencera de que a ideia era muito impossível. Talvez não fosse completamente mentira que Damery não queria que este Torneio Tribuxo acontecesse, não gostava nadinha do fato de seu pai ter-lhe omitido tal informação. Confiava demais nele.

— Não sei, de repente as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas ficarão mais interessantes? - respondeu Damery, nada otimista.

— Hm... acho que não. Pare de se enganar. Dumbledore vai anunciar já já. - Jeremiah estava agora atento a bancada dos professores, ele era o único na Corvinal com o chapéu pontiagudo preto na cabeça, aquilo deixara Damery aflita. Imaginou por um segundo Clementine caçoando o amigo por ele ser ''certinho'' demais. Talvez seja uma característica da Corvinal, pensou Damery, rindo para si mesma. Ela olhou para trás e na mesa do lado estava Clementine, para sua surpresa, a garota estava olhando para ela, também aflita.

— Mere Lee Payman  - bradou a Prof. McGonagall e uma garota com cachos enormes aproximou-se timidamente do banco. Momentos depois a garota fora adicionada á mesa da Lufa-Lufa.

E assim foi com Isabelle Tussard, Jeromy Nasgar, Rodolfo Lestrange e mais duas dúzias de aluninhos selecionados para quatro Casas diferentes, sendo recebidos com felicitações e gritos.

Uma vez que todos se sentaram nas mesas, prontos para comer o banquete que se seguiria, o Prof. Dumbledore se levantou de sua cadeira com paciência.

Neste momento, Damery mirou duas figuras se esgueirando e exprimindo para passar entre os alunos nas mesas. Ela os reconheceu. Era Sr. F. e Ermério, os dois repórteres do Profeta Diário que ela conhecera alguns momentos atrás. Queriam chegar para perto de Dumbledore.

— Muito bem, agora que todos estão selecionados, preciso dar um recado importante.

Todos estavam ávidos para o que Dumbledore ia dizer, Damery só não tinha certeza se era por isso mesmo ou se era porque estavam ansiando pela comida.

"Sei que estão famintos, mas não se preocupem, meu anúncio é um tanto breve. Somente algo que acho importante saberem. Como sabem, Armando Dippet tem se afastado da escola nos últimos anos. Eu, antigo professor de transfiguração, venho substituindo o posto no cargo de diretor desta escola, colocando a professora Minerva McGonagall como mestra de transfiguração."

Existia uma calma e serenidade na forma que professor Dumbledore falava. Os reportes do Profeta não paravam quietos. Sr. F. fazendo um estardalhaço desnecessário com a fumaça que saia de sua câmera cada vez que uma foto era tirada. Dumbledore ignorando, continuou:

— O diretor Dippet assinou nestas férias, a sua renúncia como diretor, por motivos misteriosos. Ou seja, não é da nossa conta. - O salão irrompeu em burburinhos novamente, ouvia-se até algumas palmas dispersas. - Quero que saibam, que muitas recomendações para o cargo foram feitas pelo Ministério da Magia, e a esmagadora maioria delas, eram eu. Não posso mentir, e afirmar que a renúncia do nosso querido diretor Dippet tenha me pegado de surpresa - Dumbledore deu uma rápida olhadela para o professor Slughorn, que retribuiu com um sorriso misterioso, sua mão estava agarrada a taça de vinho. - Tenho me preparado para isso a algum tempo, involuntariamente é claro, e é com orgulho que, hoje, anuncio que assumo oficialmente o posto de novo diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!

Todos prorromperam em vivas e aplausos. O que se intensificou quando o pequenino Prof. Flitwick se levantou e lançou um feitiço que fez com que confetes e fagulhas coloridas explodissem por todo o salão. Eles desapareciam antes de chegar ao chão. Sr. F. estava a beira de um ataque, de tantas fotos que tirava. Chegou a se deitar no chão de forma exagerada, para pegar um angulo maior.

A comida apareceu subitamente nas mesas quase como se comemorando o anunciado de Dumbledore. O cheiro invadiu o salão como um agradável intruso.

Aves e porcos assados adornados com frutas, batatas coradas com ervas exóticas, bombas de queijo, tudo o que os alunos tinham direito depois de uma longa viagem de trem. Jeremiah se atracou tão rápido em um coquetel de camarões embebidos na manteiga que Damery jurou que o amigo vira um pomo de ouro posto ali.

Damery se fartou tanto que duvidava que levantaria da mesa tão cedo. Logo se arrependera de tomar a decisão quando a cabeça transparente de Helena Corvinal se levantou do seu prato.

Helena era uma fantasma peculiar. Não falava muito com alunos que não fossem da Corvinal e era facilmente aborrecida. Mas em geral, era muito gentil com os alunos da sua Casa, não se esperava menos da herdeira direta de Rowena Corvinal.

— Helena - disse Damery calma, contendo seu susto interno ao ver a fantasmagórica cabeça bem na sua frente -, é o terceiro ano consecutivo que você aparece no meu prato. Se quer que eu me junte a você como fantasma, existem formas mais simples de me matar.

Helena apenas cerrou os olhos.

— Não vai ser necessário, querida Damery. Oh, olhe Jeremiah! - o garoto disse um oi balançando com a cabeça, a boca cheia de comida.

— Helena! - gritou Dakota Essery, uma colega de Damery, também da Corvinal, que estava sentada a uns metros da fantasma. Dakota realmente gostava da fantasma, era caçoada pois já havia sido pega dando longas conversas com ela. Coisa que ninguém mais fazia.

— Oh Dakota, como senti sua falta neste verão! - Muitos alunos que sentavam próximo engasgaram-se, rindo. Helena encolheu os ombros. Se não fosse transparente, certamente estaria corando com intensidade.

— Me diga... o que o Chapéu Seletor quis dizer com a musica dele? - perguntou Dakota. Agora, o alunos que haviam rido e se engasgado, prestavam completa atenção na fantasma, sérios.

— Oh, Dakota, este chapéu maldito é tão velho que me admira as traças não o terem devorado completamente, ele é de antes do meu tempo, veja bem! Não preste mais atenção no que ele tem a dizer, há muito que não está com seu juízo perfeito.

Momentos depois, quando todos esperavam a mesa do jantar desaparecer e as sobremesas tomarem lugar, Alvo Dumbledore levantou da sua cadeira novamente.

— Atenção, mais algumas palavrinhas serão dadas hoje a noite. - Disse Dumbledore, - Apolíneo Pringle, nosso zelador, recomenda rigorosamente que não pratiquem feitiços fora das salas de aula, nos corredores ou sem algum supervisor por perto. Não queremos dar trabalho para a Madame Pomfrey. Ele também insiste que leiam a absurdamente enorme lista de restrições que fica na porta da sua sala, no primeiro andar. Afirma ele que punições severas aguardam o aluno ou aluna - uma pausa reflexiva foi feita - ...que o desobedecerem.

Muitos alunos, incluindo Damery, tinham esperanças de que com Dumbledore como diretor, as penas infligidas pelo Pringle iriam se tornar menos severas. Zelador Pringle, homem que anteriormente pegava os alunos mais travessos e sem misericórdia alguma, os penduravam de cabeça para baixo pelos calcanhares nas masmorras durante uma noite inteira e deixava que os ratos roessem seus cabelos.

Pringle era temido e secretamente odiado pela grande maioria dos estudantes.

— Agora, um aviso mais importante ainda - continuava Dumbledore, com um tom mais serio e centrado.

Damery ouviu um ''...agora sim.'' satisfeito, vindo de Jamilia Lance, que estava sentada perto de Clementine na mesa da Grifinória. Damery tremia levemente, não era mais burra para não acreditar que o Torneio Tribuxo não ia se realizar. uma pontada de raiva a atingiu no coração.

"Ha muitos anos, mais do que consigo agora recordar, um evento foi criado. Um evento especial que promovia o convívio de bruxos de nacionalidades diferentes. Sendo mais específico... bruxos estudantes, como vocês. Escolas de magia por toda a Europa esperavam sua vez para participar e anfitriar o tal evento. A este ponto, já devem saber do qual estou falando. O Torneio Tribuxo."

Os murmúrios retornaram mais potentes do que nunca. Damery fraquejou os ombros e olhou com tristeza para Clementine. Jeremiah, por outro lado, estava radiante e não tirava os olhos de Dumbledore.

É verdade afinal. Damery nunca sonhou que viveria para presenciar o grandioso Torneio Tribruxo, escrever para os pais seria a primeira coisa que faria pela manhã, sabia que ficariam tão radiantes quanto Jeremiah.

"O regulamento oficial e milenar do Torneio consta três escolas de magia Europeias, " continuava Dumbledore, ignorando o zumbido dos alunos, com uma visível  tentação de aplicar o feitiço Sonorus em sua voz. "...mas o Departamento de Cooperação Internacional de Magia decidiu abranger ainda mais a gama de escolhas e é com orgulho que apresentamos as três escolas que participaram do Torneio Tribruxo: Hogwarts!"

Todos eclodiram em vivas e palmas energéticas. E não pararam.

" ... o Instituto de Durmstrang e... a Escola Ilvermorny de Magia e Feitiçaria! Da América!".

Todos sabiam que a grande estrela e novidade do Torneiro se tornaria Ilvermorny. A escola nunca antes na história participara do Torneio Tribruxo. Ficava nos Estados Unidos. Damery sabia pouco da tal Instituição, apenas o que seus pais brevemente mencionavam. Ela sabia das regras altamente rigorosas entre o contato bruxo e trouxa, e não fazia ideia de como os bruxos americanos se deslocariam de lá para a Europa. Eles não costumam sair muito.

"Preciso deixar vocês saberem, que o Torneio foi cancelado em 1792. Por motivos de um cocatrice ter invadido a escola e descontroladamente colocado os jurados em posição de perigo mortal. Mas algumas leis foram revogadas este ano. As tarefas foram calculadas para não representar perigo algum.... aos espectadores." Mais murmúrios e vivas.

Damery sentiu violentos arrepios açoitarem a pele de seu antebraço, Jeremiah percebeu o tremelique da amiga e a olhou com solidariedade. Como se pudesse ler a mente da amiga.

"Devo avisa-los também que somente alunos a partir do quarto ano poderão desfrutar da honra de se candidatar para o Torneio. Não seria sensato se a competição fosse injusta devido aos diferentes conhecimentos de magia dos estudantes competidores. Peço encarecidamente, aos alunos que pretenderão se candidatar para o Torneio, para que não o façam de forma irresponsável. Um contrato mágico é indiretamente assinado assim que o nome é inscrito, portanto estarão por risco absolutamente próprio. Voltarei a repetir estas palavras em outubro, quando os nossos vizinhos bruxos chegarem. Os Diretores de Ilvermorny e Durmstrang trarão consigo seus possíveis competidores e eles ficaram grande parte do ano, conosco aqui no castelo. Nada menos do que grande respeito é esperado de vocês. Queremos que aproveitem a companhia dos nossos futuros colegas, e acima de tudo, queremos que divirtam-se o máximo possível. Sem mais delongas, a sobremesa."

Dumbledore tornou a se sentar, e dessa vez parecia que não iria levantar tão cedo. Os anunciados do diretor tinham finalmente terminado e Damery a este ponto, não sentia mais fome. Principalmente das cachoeiras de chocolate, travessas de sorvetes exóticos e torres de frutas caramelizadas, que haviam acabado de se materializar ao longo das quatro mesas. Jeremiah se atracou novamente, fazendo Damery rir.

Era perceptível que a reação exagerada do amigo era proposital, afinal, outra coisa igualmente perceptível era a mistura de confusão, medo e descontentamento de Damery exposta em seu rosto, para todo mundo ver. Jeremiah estava simplesmente tentando alegrar a amiga, se lambuzando com o sorvete de abobora por toda sua boca e fazendo caretas feias.

O que Damery mais queria fazer naquele exato momento, era correr para a biblioteca e procurar o maior número possível de livros e arquivos sobre os Torneios Tribruxo que ocorreram na história. A fome pelo conhecimento e a informação era uma característica determinante dos alunos da Casa Corvinal. Damery não fugia deste padrão, era uma garota extremamente curiosa. Mas odiava permanecer curiosa.

O toque de recolher de Dumbledore fora dado minutos depois de todos se fartarem das sobremesas. O silencio fora completamente ausente em todas as ocasiões daquela noite. Damery e Jeremiah se despediram sem delongas de Clementine, que seguiu para o corredor do quadro da Mulher Gorda com uma preguiça excepcional, a loira mal conseguia andar em linha reta, estava absorta de tanto comer.

Enquanto Damery seguiu com Jeremiah para a Torre Oeste, em direção a sala Comunal da Corvinal, ela já esperava o tipo de noite que teria, estava cansada, é claro, mas pensamentos sobre o Torneiro recém anunciado iriam martelar sua cabeça a exaustão com toda certeza.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!
Por favor, comentem, preciso mesmo saber o que estão achando! Deem suas opiniões sobre o role das fotos dos personagens também. Tenham uma ótima pascoa e aproveitem seus chocolates! A quem não ganhou chocolate, aproveite o amendoim com açúcar pq é tão bom quanto, senão melhor. A quem não ganhou nada, aproveite a família, isso com certeza é melhor que chocolate! (a menos que você seja órfão e esteja lendo essa fanfic de um computador do orfanato (nesse caso, meus profundos pêsames e forças).
ps. Se alguma palavrinha estiver comida ou errada nesse capítulo, por favor, avise! Eu releio rapidamente o capítulo antes de postar mas ainda sim é uma grande possibilidade.



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