Hell Of A Girl escrita por liamara234
Notas iniciais do capítulo
Oi! Como é que vocês estão?
Está tudo meio para mim, mas vou levando... é a vida, né?
Bora para mais um capítulo?
Boa Leitura!!
Do hotel até o bar não levara mais que dez minutos - mesmo ambos não sabendo exatamente onde o lugar era. As ruas estavam claras e cheias de luzes por onde quer que se olhasse, chegava a cegar se um ponto fosse fitado por muito tempo.
Com as janelas do carro abertas, o vento soprava forte, fazendo os cabelos de Hermione voarem e ela inclinou a cabeça para trás, afim de aproveitar o frescor que invadia seu couro cabeludo. Era bom respirar outro ar.
Ao seu lado - mais precisamente sentado perto da porta oposta -, Rony tentava prender a respiração para não se embriagar com o cheiro do perfume suave que a morena exalava. Deu graças a Deus quando sentiu o carro parar junto ao meio fio e saltou para fora rapidamente, circulando por trás e abrindo a porta para Hermione.
Ela lhe sorriu e aceitou a mão estendida. Mas quando os dois tiraram as carteiras dos bolsos e estenderam o dinheiro para o motorista do táxi, seguiu-se uma troca de olhares céticos.
— Eu pago, Hermione - Rony disse firme.
— Nada disso - a morena balançou a cabeça. - Também usei o táxi, nada mais justo...
— ...do que me dar a extraordinária honra de pagar - o ruivo a completou e sorriu, entregando o dinheiro ao motorista que os fitava prendendo o riso.
Quando o carro sumiu no trânsito, Hermione se virou e não viu mais Rony ao seu lado. Girou no mesmo local e o viu já quase na entrada do bar.
— Ei, doida, vem logo - ele a chamou, acenando com a mão.
— Não me chame de doida! - ela guinchou e quando viu que atraíra olhares curiosos, corou e abaixou a cabeça.
— Você parece um animal em exposição - Rony a provocou. - Nunca consegui não chamar atenção.
— Foi a primeira vez que chamei atenção. E aliás, a culpa foi sua!
— Ah, claro - ele revirou os olhos e a guiou até uma mesa. - Não posso me esquecer do meu chamar natural de atenção.
— Você deveria ficar de boca fechada - Hermione cruzou os braços zangada e não resistiu quando Rony riu. Era leve a risada dele e quase como um tilintar de sinos.
— Isso, eu não vou mesmo - ele se ergueu de novo e ficou de frente a ela. - Vai querer beber o quê? Estou afim de dormir aqui, de tão bêbado, se for possível.
A morena o encarou.
— Por que essa vontade louca de querer ficar bêbado? - se inclinou sobre a mesa, ficando mais perto dele.
Rony apenas deu de ombros.
— Não estou louco para ficar bêbado - não esperou a resposta e se virou, andando até o bar. - Só quero esquecer.
Ninguém escutara seu sussurro e depois de pedir duas Margaritas, ele voltou a mesa e viu Hermione com a cabeça deitada no banco. Ela parecia distante, além da música alta que tocava e tagarelar de pessoas.
— Aqui - sentou ao lado dela e empurrou a taça com a bebida. Ficaram bebericando alguns segundos e estavam, intimamente, arrependendo-se por estarem ali. Rony, com seus pensamentos em Lilá e em como ela estaria feliz com aquele outro homem e Hermione, torturando-se com a mesma imagem que seu cérebro fazia sempre voltar para assombrá-la.
Após um tempo pensando no que ambos tinham errado, jogaram os braços sobre a mesa e seguraram as cabeças entre as mãos, enterrando os dedos entre os cabelos... aquele sentimento estranho pairando sobre ele, como um imã.
— Um brinde - pegou sua taça e ela o viu com os cabelos bagunçados, o que não o deixavam menos bonito ou atraente. Córmaco perdia para ele. Balançou a cabeça e acompanhou o "amigo".
— Há o que exatamente?
— A relacionamentos de merda, que começam bem e terminam destruindo a gente - ele murmurou triste.
— A traições sem fundamentos - completou Hermione.
— Não! - o ruivo franziu a testa. - Tem que colocar um xingamento para a coisa ficar mais legal.
— Mas não costumo dizer palavões - queixou-se a morena fazendo uma careta fofa e o homem riu. - Não sou desse jeito...
— Que se foda o seu jeito - retrucou e Hermione arregalou os olhos. - Sem ofensa.
— Não ofendeu - pontuou irônica.
— Ótimo! Agora... um brinde de verdade e com xingamento!
Ela pensou tempo demais... caramba, não costumava mesmo dizer palavões por que a) não era de seu feitio e b) sua profissão meio que não permitia isso, então...
— Será que dá para acelerar isso? - Rony disse cansado e segurando seu braço que estava erguido. - Daqui a pouco ficarei com o braço dormente!
— Está bem! - murmurou. - Que tal... A torcida para que os bilaus de merda, dos homens de merda, caiam quando eles traírem!
Rony não aguentou e gargalhou, chegando a bater a mão na testa de tanta histeria. Hermione também explodiu, o acompanhando nas risadas e ficaram assim uns bons segundos, um apoiando o corpo do outro para que não caíssem. Ela ainda não acreditara no que tinha dito e apoiou o queixo no ombro dele.
— N-não... ac-credito que... - Rony estava ofegante para conseguir falar e resolveram terminar logo o brinde, batendo de leve as taças e entornando o líquido. Se recostou no banco e puxou mais a mulher para junto a ele.
Nenhum dos dois não se davam conta da posição em que estavam e quando as risadas foram cessando... apenas ficaram calados, olhando para a frente, abraçados.
***
— Mais que filho da mãe!
A mesa a suas frentes já estava cheia de garrafinhas de cerveja - a única bebida mais fraca que beberam -, e o lugar estava pouco movimentado. Após as gargalhas, os dois começaram a despejar suas angústias de uma vez um para o outro e eles não sabiam qual era o mais fodido. Hermione não entendia como a tal Lilá tivera a coragem de terminar um noivado com aquele ruivo.
E Rony achava Córmaco o mais imbecil do mundo. Trair uma mulher como a morena devia ser muita demência, afinal, ela era linda, cacete!
— E essa Lilá é uma...
— Diz! - Rony vibrou, a incentivando.
— Uma vadia! - gritou ela, batendo com a mão na mesa.
— YEAS!! - gritou o ruivo e riram. Até ele começava, em fim, se convencer que era verdade.
— Não deveria ficar triste por esse McLaggen - Rony torceu o nariz. - Ele, com certeza, não merece você.
— Obrigada - Hermione sorriu docemente. - E a Lilá... bom... ela não sabe o que está perdendo.
Assim que disse isso, o rosto dela ficou vermelho de vergonha; ele achou a coisa - entre muitas -, mais linda. Estavam próximos o bastante para que Rony estendesse a mão e erguesse seu queixo. O rubro das bochechas de Hermione ficou maior quando notou o olhar que o ruivo segurava e, chocada, o olhar que ela não queria desviar.
Inevitavelmente e sem sentido nenhum, seus rostos foram se inclinando para frente - Rony era que puxava o rosto dela pelo queixo - e estavam cada vez mais próximos. A conexão que prendia seus olhos um no outro não se quebrava e conseguiam sentir as respirações bater em seus rostos. A direção dos olhares se desviaram para... as bocas.
Hermione se perguntava se queria aquilo e parecia que seu cérebro tinha pifado de repente, deixando apenas com o desejo de querer sentir aqueles lábios nos dela. Rony não era diferente: mesmo a razão e emoção travando uma luta, não conseguia diminuir a vontade sobre a boca da morena.
Com os lábios a centímetros de distância, o barulho do sino que informava que local estava perto de fecha fez ambos pularem no banco e se separarem. O homem continuava a bater no sino e Rony e Hermione se fitaram, a mesma pergunta rondando suas cabeças: "O que acontecera ali?"
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vai dá certo, sim! Mais dois capítulos e acaba ;(
Mas não vai ser a minha última fic RoMione, calma!
Quero saber o que acharam do capítulo, o próximo os fará morrer de fofura deles... uma coisa ou outra mais ousada hahaha
Amo vocês e Nox!