Sombras do Passado: Uma Segunda Chance escrita por BLACKHEART


Capítulo 8
Verdade Revelada


Notas iniciais do capítulo

Finalmente férias... Agora sim essa fanfic deslancha até o retorno da série com mais 3 ou 4 capitulos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729803/chapter/8

Depois de relatar todo o ocorrido a Mulder e Scully, ela vai até a cozinha, pega um xícara de café e se senta à mesa, ela estava muito abalada. Dana a segue pra se certificar que ela estava bem.

— A senhora está bem?- pergunta entrando na cozinha.

— Na verdade não, estou apavorada sem saber o que estão fazendo com o meu menino. –fala a mulher sem olhar para Dana enquanto beberica do seu café.

— Eu imagino seu desespero, nós vamos fazer de tudo para encontrá-lo, eu prometo que vamos achar ele são e salvo. –Dana faz essa promessa mais pra si mesma que para a mulher a sua frente.

— Eu sei quem você é sempre soube. -ela olha para Dana- Você é a mãe do William e o agente Mulder é o pai. – a mulher solta à informação de uma vez. Dana que era bem branquinha perde a cor totalmente.

—Como você descobriu? -Dana balbucia, ela se senta em uma cadeira ali, sentindo seus olhos marejar, ela temia não poder mais ver o filho.

— Tem mais ou menos cinco anos, eu contratei um detetive para descobrir quem eram os pais do William, eu tinha dúvidas sobre muitas coisas. E eu não conseguia acreditar na história de que a mãe dele o entregou a adoção porque não podia cuidar dele, não tinha condições. William era um bebê saudável nunca deu trabalho com questões de saúde. E além do mais eu percebi umas mudanças sutis, mas significativas, ele estava diferente como se houvesse desenvolvido poderes ou sei lá o que. Então um dia o detetive voltou e eu não acreditei quando ele falou que a mãe do meu menino era uma agente do FBI, e quando eu a vi no hospital achei que era uma ilusão. Não acreditei que você estava aqui, a mãe do meu menino, aquela que o mandou embora. – a mulher fala de forma dura e ressentida.

Dana ouve tudo em silencio, ela não conseguia emitir uma única palavra, depois do que ouviu. Ela sabia, ela entendia o que a mulher sentia referente a ela. É bem provável que se fosse o contrario ela sentiria o mesmo. Dana se levanta e caminha até a porta da cozinha, olhando pra fora para aquela imensidão verde.

— Eu me arrependo do que fiz todos os dias, eu sofro por isso desde o dia que o mandei embora. – ela confessa seu rosto já banhado em lágrimas, ninguém jamais a viu tão frágil, ela nunca se sentiu tão frágil, nem quando quase morreu de câncer ou quando viu Mulder quase morrer, nem aí ela se sentiu tão devastada. Ela não sabia mais o que dizer a aquela mulher.

—Eu não sei se acredito em você, uma mãe não abandona um filho apesar de todas as adversidades, eu sei do sequestro e da loucura que foi quando as pessoas acharam que o William era um tipo de Messias. Mas ele era o seu bebê. E eu não tenho dúvidas que seja por isso que levaram meu filho embora. - a mulher despejou tudo em Dana ela estava frustrada, revoltada, desesperada, furiosa. –Você e o agente Mulder são os culpados pelo que aconteceu com meu filho, - ela fala quase aos berros-, se não fosse isso meu filho estaria aqui comigo, você não merece o William como filho, nunca o mereceu. - ela estava aos prantos a respiração ofegante, seu coração batia tão forte que parecia que ia rasgar o peito.

Dana nada falou, somente chorou ela sabia que a mulher tinha razão, ela podia ter abandonado o FBI, os Arquivos X e ter cuidado do seu filho sozinha, seria uma médica e cientista tão boa quanto é hoje, e ainda teria seu filho ao seu lado, mesmo que Mulder não estivesse, mas ela optou pelo que ela considerou mais fácil. E agora se arrepende amargamente. De repente a porta da cozinha se abre e entram os dois homens meio assustados com a discussão que acontecia ali. Na verdade não era uma discussão estava mais para uma bronca já que Dana Scully não abrira a boca uma única vez para retrucar a mulher.

—Está tudo bem? – pergunta o Sr. Van de Kamp se dirigindo a mulher enquanto Mulder vai até Dana que estava pálida e parecia que ia desabar.

— Está tudo bem, agora está. – a mulher olha para Dana, um olhar que demonstrava todo o ódio que sentia naquele momento.

— Vamos embora. –Dana pede pra Mulder, ela estava apoiada no batente da porta da cozinha, seus olhos estavam vermelhos por chorar, um choro silencioso e doloroso.

— Vamos, só vou falar com o xerife. –Mulder vai até a parte externa da casa encontrando o homem conversando com um policial que fazia a escolta do lugar.

— Xerife nós já vamos, já pegamos os depoimentos do casal e já foi chamada a pericia, e temos que pegar os depoimentos dos amigos do William.

—Tudo bem Agente eu os acompanho até a cidade.

Mulder vai até a varanda da casa onde Scully já o aguardava. –Vamos o xerife irá nos acompanhar até a cidade.

Depois de sair da casa dos pais de William, Mulder e Scully seguem o xerife, cada qual em seu carro e vão direto para o hotel, nenhuma palavra é dita, nada. Nenhum som é emitido. A cabeça de Dana latejava e ela só queria tomar um comprimido, tomar um banho e dormir pelo máximo de tempo possível.

Logo eles chegam ao hotel, Mulder desce do carro e vai até o carro do xerife trocando algumas palavras com ele, logo ele volta ao carro, Dana o aguardava do lado de fora. Eles entram e Mulder vai pegar a chave com o recepcionista, Lucy não se encontrava ali naquele momento ela teve um compromisso e por isso trocou com o rapaz que ficava á noite. Eles sobem até o quarto, Dana entra e se senta na cama, ela estava completamente abalada com as palavras da mãe do William.

—Ela sabe. – Dana fala sem olhar para Mulder. -ela sempre soube quem éramos, e ela nos odeia pelo que fiz ao nosso filho.

—Como assim ela sabe? –Mulder fala espantado.

— A mãe dele contratou um detetive á uns cinco anos pra investigar quem eram os pais dele, e ela já sabia quem éramos desde a primeira vez que você veio, e ela tem toda razão quando disse que não o merecemos como filho, e ela tem toda razão.

—Por isso ela sempre foi tão seca comigo, achei que era o jeito dela, mas percebi que era só comigo, até com o Skinner ela foi mais amável. Ela só está com toda essa raiva porque o William sumiu e somos nós que estamos responsáveis pelas investigações do caso, eu vou ligar pro Skinner e pedir para ele vir para cá e nos ajudar você não esta em condições e nem eu, eu não acredito que levaram o nosso filho bem debaixo dos nossos narizes.

— Tudo bem, acho melhor agora só quero tomar banho e dormir, não sinto vontade de nada nesse momento. – Dana ia se levantar, mas Mulder a impede e a abraça. Ela se rende ao abraço e chora, um choro contido, Mulder a deita e se deita ao seu lado, seus olhos estavam marejados ele sentia a dor de Dana ele compreendia, mas infelizmente não podia tirar aquela dor dela, somente a confortar.

Mulder e Scully ficam na cidade por mais dois dias tomando depoimentos e acompanhando a evolução da saúde de Emily,depois da reimplantação do dispositivo, ela entra em remição e eles se sentem seguros em deixar a cidade. Eles tinham novos casos para investigar, enquanto paralelamente a eles continuavam investigação sobre o sumiço do William. Mas infelizmente nada de novo era descoberto, somente pistas falsas.

Duas semanas depois Dana estava na casa de Mulder quando receberam um telefonema de Skinner, avisando-os que um rapaz estava hospitalizado em um hospital no interior de Maryland. Eles pegam as malas que sempre estavam prontas e seguem viajem. Depois de duas horas de viajem eles chegam a estrada 320 A, passam por um casarão antigo abandonado, uma placa desgastada pelo tempo com o nome do lugar "Além do Além" chama a atenção de Mulder.

 

—Já estive nesse lugar, a muito tempo atrás. -ele fala enquanto dirige lentamente, eles estavam na cidade Craiger onde morou na sua adolescencia.

 

 - Esse lugar não me trás boas lembranças, mas isso não importa mais, o que importa é acharmos William. -Dana olha pra frente e Mulder acelera para o hospital da cidade.

Ao chegar eles vão direto a recepção se identificando, logo eles são encaminhados a UTI onde o rapaz estava internado. Dana entra primeiro. Suas pernas fraquejam ao ver William ali. O rapaz estava entubado e cheio de aparelhos que faziam o controle de seus sinais vitais. Dana se desespera, pois sabia o que o filho passava, já que ela mesma já passara o mesmo.

Mulder entra logo em seguida ele vai até Dana abraçando-a, a tristeza nos olhos do mesmo era palpável, mas ele seria forte e passaria essa força a Dana.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aguardo comentários



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sombras do Passado: Uma Segunda Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.