Os dias passam calmamente. Mulder tinha algumas reuniões com Skynner e sua equipe e Dana foi fazer o exame tiro,ao qual ela passou com tranquilidade.  Depois de passar a manhã em Quântico ela vai pra casa, toma um banho e se arruma. Seguindo para o hospital, ela teria uma reunião com o diretor. Eles iriam resolver as questões quanto a ela continuar seu trabalho com as crianças.

       Depois da reunião Dana vai pra casa e ao chegar lá encontra Mulder a sua espera. Ela desce do carro e vai até ele,lhe dando um caloroso beijo.

    -Oi. -ela o cumprimenta depois de encerrar o beijo.

     -Oi. Eu vim aqui pra te chamar pra uma pequena viajem se você puder e quiser é claro.

    -E pra onde iremos? -Dana abre a porta e entra, Mulder a segue. Ela coloca a bolsa no sofá e vai até a cozinha se servindo de um copo de água.

      -Nós iremos até a cidade onde nosso filho mora. -ele sorri ao ver a reação da mulher a sua frente.

      -Aí meus deus. -Dana sentia sua respiração falhar.     -Mas já, eu não estou preparada pra vê-lo, eu não sei o que dizer, como me explicar. -Ela fala aflita.

     -Nós não iremos a casa dele, nós iremos a cidade para investigar sobre as atividades da Sociedade lá.  É bem provável que nem o vejamos já que ele mora na parte rural. -ele explica a ela que parecia mais aliviada.

     -Tudo bem Mulder. Só quero me preparar pra encontrá-lo. E quando nós iremos. -ela coloca o copo na pia e vai até Mulder o abraçando, ela estava tensa ,seu coração estava acelerado.

    -Se possível hoje a noite. -Mulder abraça Dana, ele sentia seu coração acelerado. -Calma amor. Eu sei como você está, fiquei do mesmo jeito quando o vi.

     -Hoje está bom pra mim. Já conversei com o diretor do hospital e está tudo resolvido. Mas preciso preparar uma mala ficaremos quantos dias?-Dana segue até o quarto sendo seguida por Mulder.

    -No mínimo dois dias. -ele a ajuda pegando a mala do closet e colocando na cama.

       Dana começa a arrumar a mala colocando algumas roupas, ela nem sabe direito o que colocar de tão ansiosa que estava. Só de saber que estaria tão próxima de seu filho já a deixava feliz e ansiosa. Mulder estava ali ao seu lado como sempre esteve, como quando ela conheceu, amou e perdeu Emily. Por mais que ela quisesse fazer as coisas a sua maneira e sozinha no fim era Mulder quem a apoiava e abraçava. E agora que ela tem a chance de conhecer seu filho novamente ele estará aonde sempre esteve.

        Ela termina de arrumar a mala,Mulder a pega e a leva até seu carro, Dana o acompanha entrando no mesmo. Mulder dá a partida iniciando a viagem.

      A viagem é tranquila, depois de algumas horas eles chegam a cidade e vão direto a pousada que há ali. Mulder pega as malas e entra acompanhado de Dana que estava com uma expressão preocupada.

    -Aconteceu alguma coisa? -Mulder pega em sua mão que suava.

     -Não sei, estou com uma sensação estranha. -ela sente umc conforto com o toque de Mulder. Logo a recepcionista os atende, ela reconhece Mulder das outras vezes que ele veio a cidade.

    - Boa Noite agente Mulder. -Ela sorri. -O mesmo quarto de sempre?

        - Boa noite, vou querer uma suíte, essa é minha noiva Dana. -ele fala com a moça que a olha de uma forma carinhosa.

     -Então quer dizer que você conseguiu ela de volta,  assim como tinha me falado. Prazer meu nome é Lucy, e esse rapaz só sabia falar de você. Nunca vi homem mais apaixonado. -ela ri ao ver Mulder sem graça.  -Aqui esta chave do quarto, tenham uma boa noite.

    Dana acha graça do que a moça diz mas não fala nada ela pega as chaves e acompanha Mulder até o quarto. Ela abre a porta e ao entrar se encanta com o ambiente tinha um ar romântico, com cortinas rendadas e na cama uma colcha bordada e os travesseiros combinavam com mesma, tinham dois criados mudos com pequenos vasos e neles delicados ramalhetes. Mulder deixas as malas num canto e vai até Dana que estava sentada na cama. -Você quer sair pra jantar? Tem um lugar aqui perto, mas se não quiser peço pra Lucy buscar algo pra nós.

       - Na verdade eu quero tomar um banho e descansar, não sei porque estou me sentindo assim exausta. Deve ser ansiedade. -ela fala e se deita ali, talvez o fato dela saber que William estava tão perto  deixasse assim e isso só iria passar o dia que ela o encontrasse e pedisse perdão por tê-lo abandonado.

      - Vou pedir pra Lucy buscar o jantar e nós ficamos aqui. -ele se deita ao lado de Dana se virando para ela, olhando aqueles lindos e apaixonantes olhos azuis. - Eu não posso dizer que sei como você está se sentindo, mas eu fiquei nervoso quando fui a casa dele, eu queria contar pra ele que eu era seu pai, mas não podia, queria abraça-lo e pedir que ele me perdoasse por tê-lo abandonado assim que nasceu. -os olhos de Mulder se encheram de lágrimas e Dana o abraça beijando sua testa.

     - Espero que ele entenda e a família dele também, eu só quero protegê-lo não quero tirar ele da família que o criou com tanto amor. -Dana fica ali abraçada a Mulder por um tempo, logo batem na porta Dana se levanta e vai atender era Lucy com o jantar. - Pode deixar ali na mesa. -A moça faz o que Dana pediu e logo se retira. -O jantar já chegou você quer comer agora ou quer tomar banho primeiro? - Ela pergunta ao homem que permanecia deitado.

    - Vamos jantar primeiro. -ele se levanta dá um beijo na testa de Dana e juntos eles se sentam à mesa.

        Depois do jantar eles tomam um banho e vão se deitar, o dia seguinte seria corrido e eles precisavam descansar. As horas passavam porém Dana não conseguia relaxar, seu coração estava acelerado e uma sensação de que ele já sabia que ela estava ali a preocupava e ela não conseguia dormir. Então ela se levanta troca de roupa colocando um agasalho, silenciosamente ela sai do quarto e vai até a recepção, Lucy não estava mais  ali, agora era um rapaz que ela cumprimentou e saiu. Em frente havia uma praça, ela se senta em um banco ali e fica a observar a noite. Ela estava distraída quando ela ouve alguém se aproximar.

      -Quem está aí. -ela pergunta sacando sua arma.

       -Sou eu, William, seu filho. -fala o rapaz surgindo por detrás de uma árvore.

    Dana senta novamente no banco, ela sentia seu coração acelerado, suas mãos suavam, ela não acreditava no que estava vendo, ela esfrega os olhos como uma forma de despertar pois achava que estava alucinando. O rapaz se aproxima dela e toca em seu rosto.

    -Me perdoe meu filho. -Dana já estava com o rosto banhado em lágrimas,nem uma palavra mais foi dita. Eles se olhavam, o coração de Dana batia tao forte que parecia que ia explodir.

     -Eu te perdoo a senhora e a meu pai, eu sei tudo o que esta acontecendo. -o rapaz a abraça e beija a sua testa assim como Mulder fazia.

     -Precisamos falar com Mulder. -ela se levanta.

    -Amanhã, preciso voltar pra casa, sai escondido, minha mãe não sabe e se ela descobrir estou encrencado.

           - Tudo bem, mas como você sabia quem eu sou? -Dana estava curiosa quanto a isso, já que o único que sabia que eles viriam era o xerife.

    -Eu soube assim que vocês chegaram, e eu precisava vir te ver, eu estava aflito, e senti a sua aflição. Eu não me esqueci do seu rosto e nem do meu pai apesar de termos ficado juntos por tão pouco tempo eu não me esqueci. A minha condição me permite isso. -o rapaz enxuga uma lágrima que insistia em cair daqueles lindos olhos azuis.

    Dana o abraça mais uma vez, naquele momento ela poderia voltar ao seu quarto e dormir.