Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 7
Capitulo 7 - " Jantando juntos!"




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729742/chapter/7

Se ajeitou mais na cara rindo ainda.

LUCIANO – Não, mas posso por aí no seu, se desejar, agora, para parar de me fazer essas perguntas!

Ela o olhou.

BETH – Quer?– perguntou maliciosa. – Aí eu aperto sua bundinha e você fica doido de bravo! – zombou dele.

LUCIANO – Não quero não!

BETH – Tem certeza? Se bem que ainda estou zangada, melhor dormir.– se ajeitou apagando a luz de seu lado da cama. – Viajamos depois de falar com Heriberto.

LUCIANO – Melhor assim. Disse agora a pouco que não estava zangada comigo!

BETH – E você me deu as costas! Você nunca me dá as costas!

Foi a vez dele rir.

LUCIANO – Depois do que me perguntou a pouco, não te darei as costas nunca mais!– ele soltou uma gargalhada.

BETH – É melhor mesmo porque você... o que tem nessa gaveta aqui? – apontou para o móvel. –  Fácil acesso e pode causar um arrombo nessa bundinha linda!

LUCIANO – Para com isso, Rosinha, pára com essa ideia boba!

Ela sorriu de lado.

BETH – Vamos dormir que amanhã tenho coisas a fazer com o novo motorista bonitão que você me deu!

Luciano a olhou...

LUCIANO – Amanha seu motorista será Clóvis!

BETH – Por que?

LUCIANO – Porque é velho e feio!

BETH – Esta com ciúmes?– riu.– Eu quero o meu motorista, Eduardo! Você contratou ele pra mim e eu não o dispenso mais! Já é o segundo que você contrata em dois meses, o outro você dispensou só porque sorriu para mim...

LUCIANO – E esse eu despeço amanhã!– foi sério e deitou na cama se cobrindo. Depois virou de costas, desligando o abajur.

BETH – Eu o contrato de volta! Ele passa bronzeador nas minhas costas tão bem!– provocou esperando a reação dele.

Luciano se sentou na cama na mesma hora.

LUCIANO – Como é? – o rosto em fogo, segurou o braço dela e a puxou para ele todo bruto. – O que disse, Elizabeth?

BETH – Aí...– solta meu braço ogro! É isso mesmo que ouviu, enche a mão de óleo e passa nas minhas costas toda até perto do bumbum!

LUCIANO – Você deixou aquele homem passar bronzeador em você?

Beth segurou a risada.

BETH – Ele tem umas mãos enormes que eu adorei!

Luciano a soltou com raiva, pegou travesseiro e se levantou da cama. Sentia seu corpo todo tremer, aquelas provocações eram as piores!

BETH – Onde vai? Luciano...

LUCIANO – Você me provoca, Rosinha e depois me pergunta onde vou?– ele a olhou de modo ciumento.– Se eu fizesse essas brincadeiras com você, choraria!

Ela riu.

BETH – Não precisar ser ciumento, você nunca foi, amor, eu e ele não temos nada é só flerte!

LUCIANO – Não sou ciumento, mas vou demitir esse homem! E você, não quero de flertes com ninguém! – caminhou para porta com o travesseiro na mão. – Você faz de propósito e depois quer reclamar de minhas secretárias! – Luciano sentiu enciumar de vez, ele não era ciumento apenas cuidadoso, mas naquele momento estava morrendo de ciúmes dela

BETH – Vai me deixar aqui sozinha? Se for, eu vou sair com o motorista e não são nem oito da noite, não sei nem porque já estou de camisola. – provocou mais, adorava ver a cara dele de ciúmes, essas cenas eram raras!

LUCIANO – Rosinha!– ele ficou vermelho.– Onde está esse homem? – falou jogando travesseiro na cama.– Vou demiti-lo agora!– os nervos explodindo e virou se saindo do quarto apenas com a calça de pijama.

Ela levantou e foi atrás dele e o pegou no corredor o puxou agarrando o corpo dele e o beijou.

BETH – Para de ser bobo, homem!

LUCIANO – Não venha me agradar! – ele falou segurando o corpo dela com força.– Você de coisa com esse malandro, vou mostrar pra ele o que acontece...

Ela acariciou o peito dele deixando uma mão sob seu ombro.

BETH – Ele é lindo amor, mas eu amo só você!– sorriu.

Luciano a olhou nos olhos profundamente e a pegou no colo.

LUCIANO – Você está de camisola porque gosta de me atentar é por isso! Não quero saber nada deste homem!

BETH – Te atento quando durmo, sem, amor!– segurou nele

LUCIANO – Dorme sem, amor? Você não dorme sem amor!

BETH – Sem roupa, porque amor eu tenho todo dia! Cheiroso!– cheirou ele. – Um homem grande que eu amo. – beijou o queixo dele. – Muito mesmo e que eu amo quando fica assim cheio de ciúmes.– riu...

Ele a carregou no colo para dentro do quarto, não sorria estava mordido. Colocou Beth na cama, ela somente o olhava e ele a beijou com carinho e deitou no peito dela.

LUCIANO – Não posso te perder de novo! – falou sofrido apertando ela

BETH – Amor, você não vai...– Acariciou ele. – Nunca mais, aproveitar que não subiu pra nenhuma outra, só pra mim,fiel mesmo não querendo ser! – Brincou. – Mais essa boca beijou muitas e não gosto de pensar!

LUCIANO – Amor, eu não subi! – Ele suspirou. – Mas me diz você....Não acredito que não ficou com ninguém...

BETH – Eu... Só beijei amor, nem quis os finalmente, só via eles nu e ia embora...

LUCIANO – Ficou vendo um monte de pinto, Beth? Pra que? Para comparar? –Ele finalmente riu e cheirou o seio dela na camisola.

BETH – Só via por ver, amor! Tetê me meteu em cada uma!

LUCIANO – Tereza é uma tarada! – Ele soltou um riso. – Nossa amiga só foi feliz com aquele maldito! Fernando me liga chorando dizendo que quer ela de volta, que é uma loucura na cama! Amor, nunca entendi porque eles não deram certo. – Ele acariciou o seio dela, lento.

BETH – Eu posso te contar, quer? Mas tem que me prometer sigilo!

LUCIANO – Você sabe? – Luciano ergueu a cabeça e a olhou.

BETH – Ela é minha amiga e conta tudo, se bem que ela só me contou porque estava bêbada! – Riu olhando ele.

LUCIANO – Me diz, amor...

BETH – Tereza é fogosa assim como eu e Fernando vamos dizer que não dava conta dela e a deixava frustrada. Só dava uma, amor e virava pro lado dormindo e ela sempre queria mais e ele não dava, uma hora a gente cansa!

Luciano soltou uma gargalhada longa, ria muito e muito, ria descontrolado.

LUCIANO – Amor, olha como é a vida e ele vivia doido querendo mais mas achava que ela ia achar ele um tarado. – Riu alto.

Ela o olhou sem acreditar.

BETH – Como assim, Luciano?

LUCIANO – Assim, amor!Ele me disse várias vezes que se masturbava de tão doido por ela.

BETH – E você conhecendo Tetê como conhece não ajudou o seu amigo? Deixou Tetê ficar anos dando uma e ele não comparecia direito. A Lulu que injustiça, ela chegou a dizer que não encontrou ninguém melhor que o ex dela!

LUCIANO – Amor, ele me contou a pouco tempo. Eu disse a ele que ela era fogosa, que ele devia conversar, sabe o q ele me disse? Que ia respeitar ela! Amor eu te desrespeito quando quero minha gruta cinco vezes numa noite?

BETH – Sim, porque ás vezes quero seis e não consigo! – Riu da cara dele e Luciano gargalhou.

LUCIANO – Ta vendo, amor, como um homem pode pensar que desrespeita uma mulher querendo ela?

BETH – Louco, o dia que o senhor me falar não eu não respondo por mim!

LUCIANO – Amor, eu quero você toda hora! Não te como toda hora que te vejo para não te deixar assada e sem andar, mas vou preparar uma viagem pra nós dois que vamos sair carregados!

BETH – Fale por você, porque eu dou conta e você que dorme e dorme como pedra.

LUCIANO – Amor, você só tem que abrir quem tem que subir sou eu. Eu dou conta de você ou não dou?

BETH – Lembro quando Ana Júlia completou dois meses e aí o médico me deu alta pra gente fazer amor, foi a noite toda e quando dormiu acordou só quatro da tarde e eu não dormi nada porque ela só chorava...

LUCIANO – Bons tempos! – Beijou ela com carinho e depois deitou de novo nos seios dela. – Anaju só chorava, nossa filha nos deu tanto trabalho!

BETH – Ela tinha muita cólica e as vezes só você conseguia fazer ela ficar calma, mas estava dormindo e nem ouvia!

LUCIANO – Eu ficava com ela no banho agarradinha em mim, eu achava tão linda nossa filha! Ela é linda como você, Rosinha!

BETH – Aqueles olhos claros que só de olhar eu já chorava. – Sorriu.

LUCIANO – Sim, amor, quando você engravidou achei que seria igual Heriberto, que você sofreu depois que ele nasceu e me quis longe, eu estava com medo.

BETH – Foram dois dias de parto com ela! Heriberto eu quase morri!

LUCIANO – Sim, meu amor, foi terrível. Ele só chorava querendo você e eu ali firme sofrendo. Uma noite, amor, eu estava tão desesperado com seu desprezo que fiquei olhando você amamentar Heriberto da porta e depois dormi lá, na porta sofrendo como um condenado!

Ela abraçou ele forte.

BETH – Me desculpe!

LUCIANO – Você não teve culpa, estava doente, a médica me disse que você ia ferir quem mais amava. Quanto mais você me repudiava, mais eu sabia seu amor.Se lembra como foi quando voltamos a fazer amor depois de todos aqueles meses?

BETH – Você foi tão lindo comigo que depois daquele dia nunca mais paramos!

LUCIANO – Você estava frágil, delicada, eu não podia ser de outro modo. Queria você feliz depois de tudo e eu tinha preparado aquele banho na banheira para você apenas, não estava te seduzindo, queria te relaxar, te fazer massagem, era isso. Mais aí você encostou em mim e meu corpo reagiu e nós ainda ficamos uma hora só abraçados e eu esperava seu próximo passo! Eu te deixei me sentir, não como homem, era como seu companheiro, como seu amigo, o pai do seu filho...

BETH – É por isso que amo você, porque acho que se fosse outro não iria ficar ao meu lado!

LUCIANO – Eu queria a minha esposa feliz, você sofreu tanto, tanto... Eu queria isso, você cheia de amor e feliz como sempre era entre nós. Eu também estava aprendendo a ser pai, a ser marido a ser tudo, mas, eu já sabia o que era ser homem e o que eu gosto, Beth é de ver prazer no seu rosto! Quando estou com você, quando estamos juntos, nos amando, eu quero ver você exausta de prazer e sorrindo de amor, não gosto de ver dor no seu rosto!

Beth sorriu feliz com a declaração dele.

BETH – Eu te amo mesmo você estando doido, assim. – Riu dando um selinho nele.

LUCIANO – Doido? Não estou doido!– Ele sorriu.

BETH – Amor, você anda pelado, tudo bem isso é normal, mas você faz isso agora brigando e quando não está nu, está de pijama no jardim sei lá o que fazendo! Por que faz isso?

LUCIANO – Eu gosto de andar nu, ser o peladão, o homem do pau livre, até porque nem tinha ninguém aqui pra ver!

Ela riu do jeito dele.

BETH – Indecente!

LUCIANO – E você já sabe amanhã estará sem motorista, vou demiti-lo e ponto.

BETH – Amor se demiti-lo quem vai passar bronzeador em mim quando não estiver?– o olhou sem rir.

LUCIANO – O que? – Ele a olhou de modo sério. – Eu vou dormir, Elizabeth, para mim já deu essa conversa sobre esse homem!

BETH – Grandão você é muito chato!– Riu alto.

LUCIANO – Não precisa me abraçar, já que está se refestelando e pensando em motoristas!– ele deitou na cama e se cobriu virando de costas.

Ela riu e foi até ele o abraçando e cheirando seu pescoço.

BETH – Você é muito bobo e o meu ciúmes passou pra você? Por que eu não tenho mais crise, só você!

LUCIANO – Não me agrade, não quero agrados de mulheres que querem motoristas!

Ela riu.

LUCIANO – Você está andando para todo lugar agora e é isso, viaja por ai?

BETH – Meu amor, são anos de casados, você acha que eu ia te agradar assim? Ia meter logo a mão em suas calças e chupar!

BETH – Um ano não conta, eu sei que vai dizer que é anos mais um ano ficamos separados!

Ele riu da frase dela.

BETH – Não preciso de motorista com isso aqui tudo pra mim.– Levou a mão para dentro da calça dele. – Não preciso de mais nada com isso! – Apertou.

Ele virou em um movimento e a prendeu sob seu corpo olhando dentro dos olhos dela de modo direto. Ela passou a língua nos lábios dele o provocando.

LUCIANO – Não vou te dar nada mais...Hoje, não tem mais grandão para você, Elizabeth! – ele mordeu o lábios dela e saiu de cima do corpo dela.

BETH – A que desperdício, vou até colocar uma calcinha agora!

LUCIANO – Coloque, não vou entrar nessa gruta por uma semana e esse é o seu castigo por olhar aquele mequetrefe! – se cobriu e a olhou. – Boa noite, Elizabeth!

BETH – Eu vou tomar um copo com água e dispensar o motorista por hoje!– Suspirou e levantou calçando o chinelo.

LUCIANO – Água?–ele a olhou de modo direto.– Água por que? Está sentindo alguma coisa?– ele se virou para ela preocupado, a raiva dele passava rápido.

BETH – Não é só sede Luciano, pode dormi!

LUCIANO – Não seja bruta comigo, você está errada!

BETH – Errada!– Ela riu.–Estou e vou lá em baixo falar com o motorista e tomar água!

LUCIANO – Vai, vai e se prepara porque vou amassar o carro com ele dentro e você de Rosinha vai ser violeta!

Ela o olhou.

BETH – Violeta é a sua...– Parou de falar e saiu do quarto batendo porta.

Luciano se levantou e foi atrás dela, chegou na cozinha e a viu sentada. Ficou na porta olhando para ela e sorriu estava enciumado e era por uma besteira.

LUCIANO – Deixa pra lá!– falou sem vontade.– Mas não quero você de risinhos com ele! Não vou demitir ainda, mas na primeira vez que deslizar...

Ela nem o olhou continuou girando o copo de água, odiava ser chamada de violeta e ele sabia fazia pra provocar e a deixar furiosa a ponto de dar tapas nele.

LUCIANO – Não vai me olhar? – ele foi até ela, tomou o copo da mão e bebeu o resto da água. – Ei, Rosinha... não faz assim com seu Lulu.

BETH – Você não ia dormi? – Não o olhou.

LUCIANO – Eu vou, mas não quero minha Rosinha chateada comigo porque eu sou um grandão ciumento.

Ela virou e beliscou o peito dele e deu um leve tapa em sua cara.

BETH – Ter ciúmes, não me preocupa, só me deixa feliz e excitada! Mas você me brocha logo em seguida! Eu não sou Violeta, Margarida, bromélia ou qualquer outra planta que você goste! Ou é Rosinha ou Elizabeth pra você! – Falou brava.

Ele a segurou na cintura, bruto e rindo.

LUCIANO – Bateu no seu Lulu! Eu posso ficar furioso e bater de volta, mas não vai ser no rosto, Rosinha!– Ele riu safado.

Ela se mantinha firme olhando para ele sem levantar as mãos ou o agarrar

LUCIANO – Responde ou chamo de bromélia!

Ela o empurrou e saiu de perto dele e saiu da cozinha gritando.

BETH – Idiota, cretino, eu vou te matar!

LUCIANO – Eu amo essa mulher! Como eu amo... – ele sorriu e foi atrás dela para o quarto, a noite seria longa!

Beth entrou em seu quarto e deitou de costas e assim que o viu o alertou que se chegasse perto ela ia o cortar e mostro a tesoura era uma ameaça direta e ele não a tocaria por chamar ela daquela forma, demorou mais pegou no sono. Luciano sorriu deitado bem longe dela e adormeceu cansado em seguida, conhecia Beth, sabia como ela era.

Uma mulher mais que especial, mas de um gênio terrível. Ele fechou seus olhos e adormeceu sorrindo, o dia chegaria logo e esse eu despeço amanhã...

OUTRO DIA...

A noite foi tranquila para todos, embora Luciano e Beth estivessem brigados, os dois ficaram separados apenas o primeiro momento do sono, quando a madrugada chegou, não se sabe quem, mas um dos dois abraçou primeiro e eles se enlaçaram com amor, acordando abraçados no dia seguinte. Era sempre assim, com eles, a briga não durava, era amor demais.

Tereza não conseguiu dormir direito, sentia os lábios e as mãos de João em seu corpo, sentia que tinha feito um coisa idiota em aceitar o sexo com ele, mas se sentia plena depois de tantos anos e depois de tantas outras experiências masculinas.

Victória dormiu sozinha, feliz por ter estado com Heriberto, mas enjoada e refém do banheiro com aquela indisposição que a gravidez lhe dava... Mesmo assim, quando adormeceu sabia que teria o descanso merecido e acordou com a fome de três pessoas, ela e o bebê tomaram café na companhia dos filhos e ela sorria pensando que a noite jantariam juntos. Heriberto a tinha convidado para conhecer o apartamento e jantar.

Heriberto voltou ao seu apartamento e sorriu sentindo Victória em cada centímetro de seu corpo, ele agora tinha forças para lutar, mesmo que não estivessem na mesma casa, tinha cada vez mais certeza do amor de Victória...

Vivi e Rafa tinham namorado e se entregado nos braços de seus amores, Vivi tendo de Léo o amor dos corpos, como ela queria e desejava e Rafa, inciando uma nova etapa com Paula, entre carícias e conhecimento de seus corpos.

NOITE...

A noite chegou e estavam todas lá, na porta para entrarem no apartamento de Heriberto, ele tinha convida Paula e Léo, mas os dois não puderam ir, assim ficou apenas um jantar em família.

Rafael não conhecia o apartamento e nem Vick, que acreditava mesmo que o marido tinha um quarto de motel, estava curiosa para conhecer o quarto dele e tirar suas dúvidas. E ela foi a última a entrara no ambiente familiar e aconchegante que era a casa dele.

Victória estava em um vestido de um tom bege que desenhava suas novas curvas, a pequena barriguinha já estava ali não tão a mostra, mas já estava. Sorriu pra ele e entregou a garrafa...

VICTÓRIA – Suco de uva, Rafa parou e comprou no mercado o que eu queria, desculpe a demora, mas eu sou grávida e tive desejo, vomitei e trabalhei nesse novo vestido os outros não davam em mim.

Heriberto sorriu, estava perfumado e era só os olhos dela que desejava ver, com aquele brilho, com aquela alegria.

HERIBERTO – Boa noite, Victória... – ele pegou da mão dela e sorriu buscando os lábios em um selinho curto.

Ela virou o rosto não era hora pra aquilo e o que era pra ser um selinho foi um beijo no rosto. Não queria confundir Rafael que os olhava intensamente. Heriberto suspirou e se afastou depois do beijo fracassado.

HERIBERTO – Boa noite, meu filho!– ele sorriu e olhou o filho.

RAFAEL – Boa noite!

HERIBERTO – Entre e veja lá o seu quarto! – ele colocou o suco dela sobre a pia.

RAFAEL – Depois eu vejo! – Foi até Victória e beijou seus cabelos, Vick sorriu.

HERIBERTO – Tudo que se vai comer nesta casa hoje é produto das mãos da minha princesa! – Heriberto sorriu para Virgínia.

RAFAEL – Deve ser gororoba! – Implicou.

A filha que era íntima da casa já tinha entrado e estava na cozinha ajeitando tudo. Vivi sorriu e olhou o irmão colocando a comida na mesa junto com o pai.

VIVI – Rafa, eu te amo muito também!– piscou para ele.

Heriberto levou as taças. e arrumou a mesa...

HERIBERTO – Sente-se Victória, fique a vontade, quer beber alguma coisa antes?

VICTÓRIA – Meu suco. – Ela puxou Rafa pra sentar junto a ela.

Heriberto preparou a taça com o suco dela e entregou a Virginia que levou para a mãe.

VIVI – Toma mãe... – estendeu a taça para Victória. – Quer beber o que, Rafa? Papai tem algumas coisas só, porque ele não pode ter bebida aqui ou tratamento não funciona!

RAFAEL – Eu quero o suco da mamãe.– Sorriu.

VICTÓRIA – Não, filho esse é só meu.– falou brincando.

VIVI – Ai, fresquinho!– debochou.

Heriberto riu colocando a salada na mesa.

HERIBERTO – Já disse o menu, filha? – ele sorriu para ela.

VIVI – Ainda não, papai.

HERIBERTO – Rafa, meu filho eu tive o mesmo medo que você quando ela se ofereceu para cozinhar...

RAFA – Eu não vou comer essa gororoba não, já vim jantado e ainda trouxe bolacha. – Tirou do bolso implicando. Victória caiu na risada, riu alto dele.

HERIBERTO – Mas quando eu comi a primeira vez num jantar que demos aqui em casa, minha filha se superou.

VIVI – Paizinho, você confiou em mim e eu fiz tudo certo!– beijou o pai e cheirou ele.– Tá muito gato, pai! – Hoje o jantar é bisteca com molho de alecrim mel e mostarda salada de tomate cereja com rúcula e arroz branco com grãos especiais. E de sobremesa meu pai pediu pavê de chocolate porque mamãe adora! – Ela sorriu e foi com os últimos detalhes da mesa

Rafa revirou os olhos.

RAFAEL – Paizinho! – Imitou ela baixo vendo que os dois estavam na cozinha e Victória riu mais e Heriberto riu também ouvindo o filho da cozinha.

VICTÓRIA – Pare com isso, meu filho!

HERIBERTO – Você pode me chamar de paizão, filho! –Heriberto debochou quando passou por ele e foi a mesa.

RAFAEL – Deixe de ser gay, Pai. – Falou sem querer.

Heriberto riu e o olhou. Victória naquele momento só sabia rir daquela situação toda,estava feliz e tinha transado muito no dia anterior o que a deixava de muito bom humor.

HERIBERTO – Quero que você seja gay como eu, filho! – Por fim estava tudo na mesa. Heriberto sorriu e olhou tudo pronto.– Por favor, podem vir para mesa! – Ele pegou o suco de Victória colocou no jarro e trouxe a mesa e colocou uma garrafa de soda limonada que seria a bebida dele, Virgínia iria beber com ele e mais uma garrafa com com água.

Depois esperou que todos fossem para mesa, ela levantou com o filho e foram sentar na mesa.

Virgínia se sentou ao lado da mãe.

VIVI – Espero que goste, mãe, eu fiz com carinho!

Heriberto se sentou e sorriu.

VICTÓRIA – Se não tiver a gente come mesmo assim pra não fazer feio! – brincou com ela e a beijou.

HERIBERTO – Obrigada, minha filha, você se esforçou e estou orgulhoso de você! – Ele se serviu e sentiu o perfume da comida.

Rafa caiu na risada e de implicância abriu o pacote de bolacha. Heriberto riu e olhou.

HERIBERTO – Você é um atentando Rafael, mas vai lamber os beiços quando comer a comida dela! Acho que vou abrir um restaurante...– ele gargalhou. – Isso, Victória, só está acontecendo porque ela quis namorar um velho! – implicou a filha.

VIVI – Pára, papai...

VICTÓRIA – Panela velha é que faz comida boa. – Falou sem querer e ele riu.

VIVI – Ele não é velho, ele é só maduro!

Heriberto beijou a filha.

HERIBERTO – Rafa, seu cunhado joga golfe com seu pai!– soltou uma gargalhada sem se conter.

VICTÓRIA – Chega de falar da vida sexual dela e vamos comer!

VIVI – Obrigada, Rafa!– deu língua para ele. – Até porque eu pelo menos tenho uma vida sexual!

Heriberto engasgou com a soda e tossiu.

RAFAEL – Se você quer estragar tudo e só dizer que eu vou embora! – Fechou a cara para ela.

VICTÓRIA – Filho, calma foi só uma brincadeira. – Victória o olhou com preocupação.

VIVI – Ué? Cadê o senso de humor? Só tem graça quando é com os outros, mamãe!

Heriberto entendeu que a coisa era delicada.

HERIBERTO – Filha, não provoque seu irmão! Vamos comer, sim!

VICTÓRIA – Virgínia deixe seu irmão se acha que é fácil guardar todo aquele volume na calça sem aliviar? – Tentou ajudar e só piorou.

Heriberto a olhou assustado para o filho.

RAFAEL – Obrigada mãe! – Falou debochado

VICTÓRIA – De nada filho. – Sorriu cínica. – Vamos comer que meu bebê tá com fome e como por dois agora!

VIVI – Eu sempre quis transar, agora eu tenho um homem que me completa, vou transar sempre e nem adiante ninguém me dar lição de moral! – arrumou sua comida.

RAFAEL – Sua vida sexual é a pauta do jantar?

VIVI – Eu gosto de Leo dentro de mim, por horas! – gargalhou.

VICTÓRIA – Virgínia, que modos são esses? O pudor e o respeito perdeu junto com essa virgindade? Eu lavo sua boca com sabão e te tranco dentro de casa quero ver isso de "gosto dele dentro de mim"!

VIVI – Só estou falando, mamãe ou você não gosta de meu pai dentro de você?

Victória falou debochando e brava ao mesmo tempo.

HERIBERTO – Virgínia, não fale assim com sua mãe!– Heriberto começou a comer.

VICTÓRIA – Mesmo que isso fosse certo não saio espalhando por aí! Pudor e segredo é mais descente! – Pegou o suco pra tomar.

HERIBERTO – Saiba, filha não tem nada da sua mãe em mim e nem meu nela e vamos mudar de assunto!

Rafa ficou quieto e se serviu comendo em silêncio. Heriberto falou, o filho e imaginou que não tinha resolvido o problema.

HERIBERTO – Quando vamos oficializar seu namoro, filho? Otávio é um velho amigo, quero as coisas bem resolvidas. Você é o melhor que poderia acontecer a Paula!

RAFAEL – Um dia desses... – Falou sem vontade daquele assunto.

Heriberto o olhou e mudou de assunto.

HERIBERTO – Vou fazer uma viagem com sua irmã e queria te convidar... Você quer ir, meu filho?

Victória que até então comia o olhou.

HERIBERTO – Será daqui a vinte dias, vamos para Aruba e passaremos quatro dias lá! Eu queria que você fosse conosco. O que me diz?– comeu sua comida e bebeu sua soda.

RAFAEL – Preciso ver minha agenda de trabalho.

HERIBERTO – Veja então e me avise, que preciso tirar as passagens!

RAFAEL – Tudo bem, vejo essa semana!

Heriberto voltou a comer, não ia chamar Victória, ela fez questão de dizer que não era mais um casamento então não faria um passeio com ele. Queria muito que ela fosse, mas ia doer ser rejeitado ali na frente dos filhos e por isso se calou e comeu. Victória se serviu de mais comida estava faminta e colocou mais suco em seu copo e continuou a comer.

Victória devorou seu prato e olhou a todos. Heriberto comeu um pouco mais...

VIVI – Estava bom, mãe?– Vivi a olhou sempre precisava da aprovação dela. – Hoje eu não acertei o ponto do molho, eu faço melhor.

Vick sorriu e depois de limpar os lábios a beijou.

VICTÓRIA – Filha você pode cozinhar todo dia pra mim, sua irmã não reclamou em nenhum momento, estava uma delícia! – A beijou mais, Virgínia encheu os olhos de lágrimas.

VIVI – Que bom, mãe, eu estava tensa de ficar bom! Meu pai queria um jantar especial...

VICTÓRIA – E foi meu amor, só de ter vocês aqui comigo já fica ótimo!

VIVI – Sim, mãe eu também, mesmo o Rafa sendo um chato, eu queria dizer que estou feliz e eu queria dizer outra coisa também...

VICTÓRIA – Não sendo gravidez pode dizer. – Sorriu para ela.

VIVI – Eu queria dizer que estou orgulhosa de você, mãe porque está enfrentando tudo de pé como a mulher que você é. Eu tenho muito orgulho de você e dizer que meu pai está de parabéns também porque ele não bebe a mais de um mês e faz a terapia dele e está se cuidando e perdeu até peso! – Victória encheu os olhos de lágrimas. Heriberto olhou orgulhoso para a filha e estendeu a mão choroso. – E dizer que eu e meu irmão, sofremos muitos e ficamos juntos.– ela estendeu a mão e Rafael, que só analisava a cena e pegou a mão da irmã. – E nós dois nos cuidamos como amigos, porque ele precisa de mim e eu dele. Não está perfeito, mas está bem melhor agora.– e ela por fim chorou. – E as vezes, eu entendi, uma família é mais família quando esta separada do que quando está junta. Queremos que nosso irmão ou irmã seja feliz, do que jeito que a gente foi um dia! – ela limpou seus olhos e Heriberto a puxou para ele beijando seus cabelos e estendeu a mão na mesa ao filho, eles eram tudo que ele tinha.

Heriberto sentiu o coração doer, era doloroso ver a filha sofrer, ver o filho em silêncio e saber que a maior parte da culpa era dele. Rafael tentou, mas não conseguiu pegar a mão do pai. Heriberto manteve a mão estendida, como pai ele queria dizer ao filho que a mão sempre estaria ali.

HERIBERTO – Ainda falta muito mas vamos conseguir! Eu prometo a vocês Virginia e Rafael que vou fazer o impossível para que vocês sejam felizes porque não importa o que aconteça! Victória e eu sempre seremos pai e mãe de vocês.

RAFAEL – Atos e feitos é isso que quero de você! – Olhou ele, não era olhos de julgamento e sim mostrava que estava dando uma segunda chance a ele.

HERIBERTO – Eu sei, meu filho e é só o que tenho feito, não estou aqui para dizer que estou pronto e que tudo sta bom e passaremos uma borracha! Não sou hipócrita, eu sei o que fiz e o que não fiz! Isso não se perdoa e nem se esquece assim, da noite para o dia!

Rafael somente assentiu em confirmação e Victória limpou os olhos.

HERIBERTO – Com sua mãe as coisas são mais complicadas, porque na verdade foi a ela quem mais feri. Bem ou mal vocês tiveram um pai, quem ficou sem o marido foi ela por muito anos. Foi ela que não teve aconchego, carinho, atenção e respeito as decisões dela. Ela teve sexo, brigas e nosso ciúme. Foi isso que a mãe de vocês teve de mim nos últimos anos! – Heriberto chorou e suspirou.– Mas eu a amava... eu a amei todos esses anos e ainda amo, de modo incontrolável!

RAFAEL – Eu não tive um pai de verdade e isso já tem uns bons anos! – Largou o garfo na mesa. – Você sempre deu atenção a ela, assim como mamãe dava pra mim, para suprir a sua falta, você nunca quis conversar de verdade comigo até agora.

HERIBERTO – Meu filho, eu fui omisso com você, mas não será mais assim! Assim como sua mãe não será com Virgínia e ela já começou a mudar isso! Sem querer, em nossa loucura de casamento, dividimos vocês. – ele olhou o filho. – Mas eu te amo, meu filho e você me faz falta todo dia, e quero o meu amigo, o amigo que eu tinha quando era mais jovem.

Rafael limpou os olhos e levantou, doía e doía muito mais do que ele imaginava que poderia doer naquele momento. Victória levantou e foi até ele, Heriberto se levantou e foi até o filho, tocou seu cabelo, olhou para ele, olhou Victória. Segurou o pescoço dele com a mão e olhando pata o filho disse:

HERIBERTO – Você sempre foi motivo de orgulho, meu filho, sempre! – e puxou o filho para um abraço, tinha medo de ser rejeitado de que o filho não o abraçasse, mesmo assim o fez! Rafael se deixou abraçar e pela primeira vez chorou e quis se soltar, queria sair dali e não deixar que ninguém o visse chorar. Heriberto beijou a cabeça dele com amor e suspirou sentindo o quanto o filho estava sofrendo.– Eu te amo, meu filho, muito!

Rafael nada falou. Heriberto estendeu o outro braço para Virgínia.

HERIBERTO – Vem cá, filha! – e a recebeu beijando do outro lado de seu corpo.

Victória se afastou um pouco e somente olhou aquela cena que se formava a sua frente. Heriberto por fim, depois de algum tempo, soltou os filhos e suspirou.

HERIBERTO – Acho que devemos nos sentar e ver alguma coisa, um filme.

VICTÓRIA – Eu quero a minha sobremesa! – Victória sentenciou.

Heriberto sorriu e junto com Vivi serviram a sobremesa para todos, recolheram os pratos e copos e deixaram apenas as louças da sobremesa. O celular de Rafa tocou e ele foi pra varanda e atendeu ficando ali por meia hora.

HERIBERTO – Quer mais, Vick? – ele perguntou quando já estavam sentados os dois no sofá.

Virginia sorriu e disse olhando os dois...

VIVI – Léo veio me buscar, está lá embaixo. – se levantou pegando a bolsa. – Te amo mãe, eu vou demorar! Tchau paizinho... – ela beijou o pai.

Victória apenas olhou ela e fez sinal de negativo com a cabeça. Rafael também veio e se despediu rapidamente e foi embora sobrando só os dois. Heriberto a olhou e esperou que ela falasse algo.

VICTÓRIA – Quero mais disso e depois eu vou pra casa, melhor você me leva porque perdi minha carona!

Heriberto a serviu e esperou que ela comesse.

HERIBERTO – Eu levo você a hora que quiser, mas pode dormir aqui se quiser. – ele não estava fazendo uma proposta para que dormisse com ele, era apenas uma gentileza. – Você dorme lá no meu quarto e eu durmo aqui no sofá!

VICTÓRIA – Não tem mais quartos aqui? – Comia com calma.– Não quero dormi num quarto que parece com um motel!

Heriberto riu.

HERIBERTO – Tem quartos aqui, na verdade e meu quarto não é como você pensa! Você quer ver?

VICTÓRIA – Deus me livre, não quero!

Heriberto riu, o telefone dele tocou, ele não atendeu e deixou sobre o sofá. Tocou novamente.

VICTÓRIA – Pode atender só me diz onde é o banheiro que eu quero. – Se levantou.

HERIBERTO – Vá no banheiro do meu quarto, é só seguir o corredor!

VICTÓRIA – Mas como vou saber qual é?

HERIBERTO – O mais bonito, tem uma foto enorme sua sobre minha cama.

Ele se levantou...

HERIBERTO – Vamos, vou te levar! – Ela riu e balançou a cabeça negativamente.

VICTÓRIA – Você é bobo vai atender o telefone!

Ele foi com ela pelo corredor abriu a porta e fez um gesto para que ela entrasse e para surpresa dela tinha mesmo quadro enorme com o rosto dela em cima da cama dele. Ela sorriu, mas não olhou nada e foi direto para o banheiro. Heriberto voltou a sala e o telefone continuava tocando mais ele não queria atender.

Victória foi no banheiro e logo saiu, olhou o quarto e seu quadro riu e tocou a cama sentindo se era macia ou não. Olhou as coisas que ali tinham e entrou no closet, se ouvia a voz dele falando no telefone e ela curiosa resolveu mexer nas coisas, cheirou uma camisa dele e no meio de suas camisas achou um urso, um pequeno urso que ela cheirou e segurou contra seu corpo e continuou a olhar as novas roupas dele.

Atendeu e falou rapidamente e depois foi ao quarto.

HERIBERTO – Victória... – falou baixo. Procurou por ela no quarto mas ela não estava ele então caminhou até o closet e ficou observando. Ela tinha uma gravata dele no pescoço de um tom azul bebê e o urso agarrado ao corpo ainda. – Que tá fazendo aí? Veio ver as minhas coisas?

Victória tomou um susto e caiu sentada no divã que tinha ali no meio do closet.

VICTÓRIA – Esta louco?

HERIBERTO – Amor, desculpa!

VICTÓRIA – Não faz isso, eu estou grávida e pode me acontecer alguma coisa!

HERIBERTO – Não fiz querendo, eu não te vi, chamei e você não respondeu, eu então vim aqui!– se ajoelhou na frente dela. – Desculpa, o que quer aqui no meu closet?

VICTÓRIA – Só estava olhando, não posso?

HERIBERTO – Pode amor, pode olhar tudo... Não tem nada que você não possa ver.

VICTÓRIA – Ótimo. – Ela pegou a mão do urso e tocou o nariz dele e levantou.

HERIBERTO – O que quer com esse Mário?– ele riu falando do urso. – Mario é de Vivi!

VICTÓRIA – É meu agora.

HERIBERTO – Nem sei porque ele está ai... – Ele gargalhou. – Amor, vai roubar o urso dela?

VICTÓRIA – Tá aqui porque sua filha deixa as coisas dela em todo lugar. Vou sim, quando ela ver na minha cama quero ela tendo um troço!

Heriberto riu e a olhou de modo apaixonado.

VICTÓRIA – Porque está me olhando assim?

HERIBERTO – Por nada... Apenas estou pensando como a vida pode ser cruel. Ela nos dá o que mais amamos e assim, num sopro, nos tira e nisso que estou pensando, Victória, em como fui tolo e cruel... com os outros e comigo!

VICTÓRIA – Ficar se martirizando com isso não vai te ajudar em nada tem que se perdoar primeiramente pra poder lutar pelo que quer!

Heriberto foi até a cama e sentou.

HERIBERTO –Eu estou tentando, mas algumas vezes, gosto de pensar porque cheguei até aqui, Victória, mas não precisa pensar sempre.

Ela sentou ao lado dele e sorriu.

VICTÓRIA – Vai superar e vamos ficar bem independente do que acontecer! Seremos sempre pais e amigos, amantes, namorados e tudo mais.– Riu.

HERIBERTO – Eu tenho ajuda e isso facilita bastante!– ele sorriu, embora não fosse tão simples.– E se Vivi consegue fazer um jantar como aquele, tudo é possível!

Ela riu mais...

VICTÓRIA – Sim e por falar nisso será que tem mais?

HERIBERTO – Tem sim, você quer? Está na cozinha... quer mais o que? A janta ou a sobremesa que você comer quase toda? – ele sorriu.

VICTÓRIA – Não sou tão fominha assim, tô brincando! Tá me chamando de gulosa? Que petulante! – Levantou e saiu do quarto.

Heriberto ficou mais alguns segundos na cama e depois se levantou e foi até a cozinha.

HERIBERTO – Você já quer ir ou quer ver tv ou um filme enquanto eu lavo a louça?

VICTÓRIA – Eu te espero comendo isso aqui e vendo TV, enquanto você limpa porque eu não sei te ajudar. – Brincou pegando a tigela de doce e indo para o sofá.– Heriberto vem ligar aqui isso!

Heriberto ligou e entregou o controle para ela e depois, rindo voltou a cozinha. Ela comeu e ficou vendo TV por um tempo até que sentiu sede, tirou os saltos e foi até a cozinha dando a ele a pote e pegando uma água.

VICTÓRIA – Quer que eu te ajude a secar?

HERIBERTO – Não, minha vida, pode descansar, não precisa!

VICTÓRIA – Tem certeza? – Ela o olhou por última vez.

HERIBERTO – Tenho sim, tenho absoluta certeza! Vai ver sua tv e me deixe terminar minhas coisas!

VICTÓRIA – Então, tá.– Ela voltou para o sofá e deitou vendo TV.

Heriberto terminou, depois se sentou ao lado dela com um copo e soda, Victória cochilava.

HERIBERTO – Amor, vou te levar, vamos ou você quer dormir aqui?

VICTÓRIA – Eu quero dormir.– Levantou e foi pro colo dele. Heriberto a pegou no colo, enquanto se sentou em seu colo de lado e cheirou seu pescoço. – Dormir com você... – Falou manhosa e cheia de sono.

HERIBERTO – Vamos dormir, então. – Vamos pra cama que já está tarde! – Ele se levantou com ela no colo e ela se abraçou mais a ele que caminhou até o quarto lentamente para que fosse confortável para ela. Depois a colocou na cama, tirou os seus sapatos, tirou as meias dela depois abriu o blazer que ele usava para poder fazer as coisas de modo mais tranquilo e o colocou na cama. – Você quer uma camisola, Vitória?

VICTÓRIA – Eu quero uma camisa sua. – Sentou na cama.

Heriberto foi até o closet pegou uma camisa e trouxe, colocou sobre a cama e tirou o vestido dela com calma.

HERIBERTO – Você vai ficar de sutiã, Victória?

VICTÓRIA – Não, me aperta. – Ela levou as mãos e abriu tirando ali na frente dele como um ato normal. Heriberto suspirou, era impossível que ele não sentisse desejo por ela estando exposta para ele daquele modo. Os olhos foram direto nos seios, ela pegou a camisa e vestiu devagar.

Heriberto abaixou até ela e a olhou.

HERIBERTO – Me dá um beijo...

Ela coçou os olhos... e beijou o rosto dele, ele a puxou delicado.

HERIBERTO – Assim não, Vick, me dá um beijo na boca! Me deixa beijar você só um pouquinho aqui na cama.

Victória sentiu borboletas no estômago e o corpo se arrepiar.

VICTÓRIA – Só um, não pense que vai abusar de mim!

Heriberto ficou de pé e começou a se despir. Até que ficou apenas de cueca box branca evidenciando o corpo bem mais magro que tinha agora. Foi até a cama e segurando no pescoço de Vick ele a trouxe para ele iniciando o beijo delicioso que ele queria dar. Ela o segurou pelo pescoço e sorriu no meio do beijo.

Heriberto continuou beijando, envolvendo Victória em seus braços até que a deitou na cama. O beijo parou para que ela respirasse, mas ele recomeçou em seguida buscando a língua e sendo carinhoso mas agora mais caloroso.

Ela o apertou em seus braços querendo mais beijos. Heriberto continuou e de modo furtivo ele invadiu a camisa com a mão tocando os seios dela, massageou delicado e manteve o beijo. Ela o afastou em busca de ar e tirou a mão de seu seio.

VICTÓRIA – Eu não vou fazer amor com você!

Heriberto a olhou e se afastou.

HERIBERTO – Por que? Achei que quisesse.– Ele se deitou na cama e olhou para ela sorrindo.

VICTÓRIA – Não quero, quer dizer, sim mais não assim. Estamos em momentos diferente e não podemos nos deixar levar pelo desejo!

HERIBERTO – Tudo bem. – Ele a olhou com carinho. – Posso pelo menos dormir segurando seus seios?

Ela riu alto.

VICTÓRIA – Pervertido, se for por cima da camisa sim, não quero ser acordada de madrugada por você, com essa coisa grande me apertando

HERIBERTO – É uma proposta bastante razoável mas quero dentro da camisa ou posso ficar com a mão aí.– Apontou entre as pernas dela e riu. – Eu prefiro a boca, mas... pode ser a mão também.

VICTÓRIA – Não tem negociação, é pegar ou largar!

HERIBERTO – Eu pego! Vem que tá muito frio eu preciso me cobrir e levantou o edredom esperou que ela deitasse o lado dele. Pelo menos era um avanço poderia estar no mesmo espaço sem gritar um com o outro. – Eu tenho certeza de uma coisa hoje em dia, eu era, eu fui e sempre serei um masoquista!

Ela riu e deitou debaixo da coberta e virou de costas para ele esperando ele se acoplar em seu corpo, ele se acoplou, colocou o edredom dos dois e com as mãos ágeis, ele a envolveu colocando uma das mãos exatamente nos seios dela. A cabeça ficou colada ao pescoço dela eu acho cabelos que cascateavam vão as costas dela.

Ela deu um longo suspiro, se ele era um masoquistas ela era pior ainda por aceitar aquele jogo, sabia que ele acordaria no meio da noite de pau duro sem poder conter a sua ereção e reclamaria de dor. E sabia que mesmo com sono teria que ajudar ele a se aliviar.

VICTÓRIA – Boa noite, Heriberto!

HERIBERTO – Boa noite, Victória!– Alisou o seio dela e se roçou nela chegando mais perto. Ela apertou os olhos travando as pernas.

VICTÓRIA – Não me tente, diacho! – Falou de olhos fechados....

HERIBERTO – Eu te amo Vick, foi quase perfeito hoje! – Ele fechou os olhos cheirando ela.

VICTÓRIA – Por que quase perfeito? – Roçou o traseiro nele sem maldade se arrumando melhor nos braços dele.

HERIBERTO – Estamos na mesma cama e não vamos fazer amor! Ahhh, Victória, não me desgraça!

VICTÓRIA – Desculpe. – falou manhosa.

Ele riu e descendo a mão alisou o traseiro dela, alisou várias vezes. Na mão a aliança que ele não tinha tirado.

VICTÓRIA – Pare, Heriberto ou te jogo pra fora desse quarto!

HERIBERTO – Só pra Relembrar os velhos tempos, amor?

VICTÓRIA – Não, já me teve ontem e não te quero hoje! – Falou mentirosa.

HERIBERTO – Vamos dormir amanhã te dou seu presente que está aqui na cama... – Ele brincou implicando com ela.

VICTÓRIA – Desgraçado! – Levou a mão pra trás e apertou o membro dele com força sem do pra ele sentir dor. – Pra aprender a não me deixar curiosa! – Tirou a mão e se arrumou.

HERIBERTO – Ai amor! – Ele riu e pegou a caixa com um anel.– É seu eu comprei para te dar hoje e não me lembrei! – Olhou para ela com amor.

Victória pegou e sorriu virou para ele.

VICTÓRIA – É lindo! – deu a ele para que colocasse em seu dedo, ele colocou e beijou o dedo dela, depois sorriu. Ela o beijou rapidinho. – Obrigada!

HERIBERTO – De nada, amor, você merece e ele ficou lindo! Agora vamos dormir!

Heriberto sorriu.

VICTÓRIA – Sim, vamos! – Ela voltou a virar e colocou a caixinha sobre a mesa e pegou a mão dele colocando em seu seio e fechou os olhos suspirando.

Heriberto se chegou mais e adormeceu. A noite foi tranquila e os dois permaneciam dormindo, Heriberto ouvia o ressonar dela e percebia que quando estavam juntos.Victória dormia feliz e tranquila, serenamente e sentia-se segura nos braços dele!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.