Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 18
Capítulo 18 - " Meu Santo Cristo!"




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729742/chapter/18

Otávio arrastou Laura até o carro estava furioso com aquela cena, fez ela entrar no carro e entrou também.

OTÁVIO— É assim que quer ser a mulher ideal? Não precisa ser porque também não sou o homem ideal!

LAURA— Cala a boca! Não venha me da lição de moral, não! – Gritou com ele.

OTÁVIO— Descompensada, que coisa horrível! Laura, você acabou com a festa de nossos amigos e foi você quem começou, eu vi!

LAURA — Tô pouco me importando, vai ser assim todas as vezes que eu a vir perto de você! E se não está bom a gente pode acabar esse casamento agora! Já aguentei de tudo! – Ofegava de raiva.

OTÁVIO— Você quer acabar? Acabamos! Vamos para casa agora e eu pego todas as minhas coisas!

Ela o olhou com sarcasmo pela primeira vez.

LAURA — Achou que eu ia sair da casa?

OTÁVIO — Não!Não achei e por isso estou dizendo que eu vou embora  e você pode encontrar um marido menos pecador para suas noites de oração!

LAURA— Ótimo, Otávio faça como quiser! – Ela aproveitou que o carro ainda estava parado e desceu.

OTÁVIO— Laura! – ele falou com raiva. – Entra nesse carro agora, não me atenta, não me faz sentir mais raiva, do que estou sentindo.

 Ela nem deu ouvidos a ele e com sua bolsa saiu andando para o outro lado da rua indo até um ponto de táxi. Otávio desceu do carro e foi atras dela e parou segurando antes que ela entrasse no carro.

OTÁVIO— Vamos conversar! – ele a arrastou até o outro lado onde tinha uma lanchonete.– Senta e vamos conversar! Sim, eu estou sendo bruto.

LAURA— Eu não quero mais conversar, deu, acabou!

Otávio se sentou e o garçom veio.

OTÁVIO— O mínimo que você vai fazer a essa altura é conversar, passamos metade deste casamento conversando!

LAURA — Passamos metade dele com você gritando é diferente! Eu quero ir pra minha casa, não quero ficar aqui!– Levantou.

OTÁVIO— Meu Deus Laura, você fez tudo certo? – ele a olhou com aquela expressão de horror.

LAURA — Eu não fiz certo, Otávio, não estou tirando a minha culpa de nada porque eu fui omissa com você e contribui para o fracasso que é essa relação, eu tô tentando mais eu não vou ser santa pra sempre não!

OTÁVIO— O que está m dizendo, Laura? Ah? O que quer dizer com não vai ser santa? – ele estava pensando o pior.– Vai me trair para se vigar, é isso?

LAURA — Olha pra mim e diz se eu vou trair você?

 Ele a olhou e a trouxe para perto dele.

OTÁVIO— Eu não posso se quer imaginar isso, Laura, não mesmo!

LAURA— Então, não seja idiota e egoísta porque se não estiver nem eu seus braços vou estar em outros?

OTÁVIO— Vamos para casa! Não quero mais estar nesta bar e nem quero mais discutir isso, só quero ir para minha casa com a minha mulher!– ele se levantou e segurou a mão dela.– Vamos para casa, chega por hoje!

Ela o olhou e apenas andou. Foram ao carro e ele começou a dirigir falando com ela.

OTÁVIO— Você quer que eu pressione nossa filha? Que descubra tudo? Mas não farei isso para você brigar com ela agredindo!

Ela suspirou e tocou o rosto.

LAURA— Faça o que quiser, afinal você não acredita em mim!

OTÁVIO— É impossível conversar com você e por isso eu grito, Laura, porque você me irrita , me irrita, me irrita!

Laura começou a chorar.

LAURA— Para o carro! Eu não vou mais com você!

O carro estava travado e ele não parou.

OTÁVIO — Por que está chorando, Laura? – ele falou suspirando e vendo que tinha se excedido com ela. – Me desculpa, eu fui grosso, mas você não conversa comigo, poxa, me tira do sério!

Laura virou para o lado da janela e chorou sob a manga da blusa para não fazer barulho. Só suspirava alto tentando respirar.

OTÁVIO— Desculpa, meu amor, eu, queria fazer você chorar! – ele falou com pesar, estava fazendo tudo errado com ela. – Laura, eu nunca fui delicado com você porque nós dois somos sangue quentes, mas eu quero ser um marido perfeito para você! Eu quero mudar e preciso de você pra isso. Olha pra mim, Laura, me perdoa!

Ela não olhou e continuou chorando, chorou o que queria chorar a tempos e não fazia, estava chateada e triste. Otávio dirigiu em silêncio para casa. Quando chegou antes de sair do carro ele manteve as portas travadas.

OTÁVIO— Agora olhe pra mim, já chegamos em casa!

LAURA— Me deixe tranquila, por favor...

OTÁVIO— Laura! Você não quer falar comigo? Eu preciso falar com você. 

Ela fungou e o olhou. Não disse nada, só esperou.

OTÁVIO — Eu errei, eu sei, Laura! Eu fiz tudo errado, mas, foi apenas uma maldita vez e me arrependo todos os dias! Todos os dias da minha vida! Você é linda e perfeita e eu sempre te amei apesar de nossos problemas. – Ela soluçou chorando e nada disse, só o ouvia. – Você defendeu o que era seu!

LAURA — Eu cansei de ser boba, Otávio já fui por muitos anos e não quero mais!

OTÁVIO — Não é boba, Laura! Você não é boba...

LAURA — Eu sou sim! Se deixei meu marido ser corrompido por uma diaba daquela, eu era sim. 

OTÁVIO — Foi um momento de debilidade. Homem é animal, Laura, eu não quero mais falar sobre isso.

LAURA— Estou com dor de cabeça...

OTÁVIO— Vamos tomar um banho juntos e eu te faço uma massagem... só uma massagem pra você relaxar.

LAURA— Eu não quero sexo!– Falou olhando ele.– Ainda me dói.

OTÁVIO— Não estou falando disso, Laura. Estou falando estarmos juntos, de te cuidar e você me cuidar que foi o que não tivemos nesse casamento. Intimidade!

Laura limpou as lágrimas o olhando.

OTÁVIO— Eu quero estar perto de você... 

LAURA — E eu de você... Mas eu não suporto mais grito, eu não quero mais!

Ele a puxou e a tomou nos braços beijando seus cabelos.

OTÁVIO— Eu não vou fazer. Com você agora será sempre com calma, com amor e sem gritos. Promete que não vai me afrontar? 

LAURA— Eu não vou ser submissa a você, Otávio, se eu achar errado, eu vou afrontar, sim! Você não pode me calar!

OTÁVIO— E vai ser assim agressiva e não quer que eu grite? Não quer que eu revide de cabeça quente.

LAURA— Otávio você grita comigo sem motivo algum! Eu sou tão má como mulher assim?

Ele a olhou.

OTÁVIO— Não, Laura que isso? Apenas me preocupo com o modo como você está. Grita e briga com Paula, se nega a mim...

LAURA— Mulher tem que querer estar com um homem, não é porque você quer que eu tenho que fazer a sua vontade!

OTÁVIO — Nos hostiliza a mim e minha filha!

LAURA — Você quer que eu sinta dor quando estivermos no ato de prevaricação? Vocês não fazem muita questão de me ter por perto!

Ele suspirou e a olhou tenso.

OTÁVIO— Dor? Não, Laura, não quero! Por que tá dizendo isso? Te quero feliz e gozando comigo como deve ser!

LAURA— Vamos entrar, minha cabeça dói!

OTÁVIO — Vamos! Mas antes me deixa te dar um beijo.– Alisou o rosto dela.– Só um beijo! – Ele a segurou de modo gentil e a beijou deliciosamente, um beijo de amor. Enquanto ele segurava o corpo dela bem junto ao seu, era aquele momento mágico de entrega de carinho.

Laura segurou o corpo dele o abraçando junto ao seu e desfrutando daquele momento. Ele a beijou com o amor de anos, querendo carregar a alegria nos corpos. Ela cessou e falou ofegante.

LAURA — Parecemos dois adolescentes namorando no carro!

Otávio riu.

OTÁVIO— Eu quis te passar a mão na perna...

Ela riu.

LAURA— Eu sei disso!– Destravou a porta e saiu do carro.

Otávio saiu e pegou a mão dela, ela estranhou, mas deu. Subiram a escada juntos e depois chegaram ao quarto com ela meio estranha com aquela sensação de dar a mão a ele.

OTÁVIO— Laura, eu quero te fazer um pedido.

Ela deixou a bolsa em cima da cama.

LAURA— Pode falar!

OTÁVIO — Me deixa despir você, me deixa tirar peça por peça, eu prometo que eu não vou fazer nada,só quero te ver...

LAURA— É importante pra você, meu amor?– O olhou nos olhos. Sentia o rosto inchado pelas lágrimas.

OTÁVIO — Sim, meu amor! – Ele se aproximou. – Há quanto tempo que você não me deixa te ver assim nua? Quando foi que tomamos um banho juntos pela última vez?

Ela abaixou o olhar.

LAURA— Eu não sou mulher pra você...

OTÁVIO— Quanto tempo tem que não nos acariciamos deitados em nossa cama...

LAURA – Muito tempo, Otávio, muito tempo!

OTÁVIO— Então me deixa fazer isso agora...

LAURA— Tudo bem, eu deixo fazer o que quiser comigo. Mas só um pouquinho, está claro e eu tenho vergonha que me veja. 

OTÁVIO— Você é linda, Laura... – ele se aproximou e sussurrou.– Está depilada? Está de calcinha de renda?

Ela ficou com vergonha.

OTÁVIO— Fala Laura... – Ele se aproximou mais ainda dela e tocou o ombro dela com carinho. Deslizou a mão descendo a alça da blusa.

LAURA — Eu só uso calcinha assim e tô depilada, toda minha perereca tá lisa.

Otávio fechou os olhos como se pudesse ver, sentiu o corpo responder a ela.

OTÁVIO — Laura, Laura... – Ele sussurrou...– Eu sempre gostei lisinha...Lisinha sem pelo algum a minha xaninha...

LAURA— Eu sei disso! – ela falou envergonhada, vermelha e sussurrante.

Ele desceu a blusa dela e os seios branco ficaram a mostra. Tirou a saia dela deslizando de vagar até cair ao chão a calcinha preta apareceu. Ele riu.

OTÁVIO— Preta?

Laura o olhava atenta a cada movimento dele. Otávio beijou o ombro dele várias vezes.

LAURA— Você não gosta de preta?

OTÁVIO— Eu gosto disso aqui, Laura. – A tocou de vagar e entre as pernas.– Gosto como louco!

Ela segurou a mão dele o olhando.

OTÁVIO — Não vou te masturbar, não hoje. – Ele se ajoelhou, e ela sentia o corpo responder e ficou de frente a ela. Fechou os olhos esperando o próximo passo, beijou a barriga dela e depois com um sorriso hipnótico. 

Laura o olhou. Ele segurou os dois lados da calcinha e foi descendo até que chegou aos pés. Ele ficou de pé.

OTÁVIO— Agora tira a minha.

Laura o olhou e como se o fogo a consumisse por dentro, ela não teve calma e foi arrancando a roupa dele com pressa até que ficou de joelhos frente a ele e seu membro já descoberto. Ela o olhou bem dentro dos olhos e salivou molhando os lábios.

OTÁVIO — Você quer? – Ele falou rouco. – Você quer em sua boca... em sua xaninha lisa?

Ela riu da perversão dele.

LAURA — Eu que te pergunto se você quer a sua pecadora te agradando!

OTÁVIO— É tudo que eu sempre sonhei, Messalina!Arder no fogo do inferno com você por causa da nossa carne! 

Laura pegou o membro dele e colocou na boca o máximo que pode e tirou novamente o lambendo.

OTÁVIO— Ahhhhhhh, diaba, ahhh!– Gemia sortindo vendo ela ali.

Laura o chupou com maestria enfiando o pau em boca hora rápido hora devagar apertando e o estimulando para o gozo era somente isso que ele teria dela naquele dia seus lábios. Ele gemeu e gozou.

OTÁVIO— Me deixa gozar na sua boca.

Ela não respondeu só continuou chupando ele até sentir aquele líquido quente em sua boca.

OTÁVIO— Ahhhhhh, Laura, que delicia!

Laura cuspiu fora e levantou com a blusa na mão ela limpou os lábios.

OTÁVIO — Deixa eu fazer...Laura em você. Bem gostoso aqui com a boca.– Tocou nela.

LAURA— Não...– Ela negou de imediato. – Eu ainda não estou bem daquela nossa noite, Otávio!

OTÁVIO— Por que?

Olhou o bumbum roxo.

LAURA — Aqui está a prova!

Ele chegou mais perto e ela mostrou o bumbum a ele com os roxo de sua mão. Otávio se ajoelhou e beijou.

OTÁVIO— Perdão!

LAURA — Tá tudo bem só vamos tomar banho e descansar...

Ele a beijou mais o traseiro, depois a pegou no colo e foram para o banho. Ele a ensaboou alisando o corpo dela com carinho. Laura se deixou sentir por ele, entregue a suas carícias, até que se virou e perguntou:

LAURA — Meu rosto está vermelho?

OTÁVIO — Não está, está mais que vermelho pimenta...Eu adoro!

LAURA — Não, Otávio não pode estar tão vermelho assim!– Tocou.

LAURA— Vai ficar marcado por culpa daquela vulgar.

OTÁVIO— Não está, meu amor, estou brincando. – Ele desfilava as mãos no corpo dela. Ela segurou o rosto dele.

LAURA — Você tem certeza que me ama ainda?

Otávio acariciou o rosto dela.

OTÁVIO— Te amo mais que quando a gente se casei. – Puxou Laura para ele.

LAURA— Então, faz amor comigo, devagar, a gente consegue.– Ela abraçou o corpo dele.

OTÁVIO – É tudo que eu quero!

Lauta beijou ele com carinho. Otávio sorriu deslizando as mãos pelo corpo dela, com carinho acariciando e beijando.

OTÁVIO— Você é tão linda, Laura!

Beijou o ombro dela e depois os seios.

LAURA— Vamos pra cama...

OTÁVIO — Não quer aqui? Eu gosto aqui. Mas vou onde você quiser...

LAURA— Não vai conseguir ir devagar aqui...– Acariciava os ombros dele.

OTÁVIO— Tá bem, amor. Vamos para cama. 

Ele a pegou no colo e ela ficou corada. Há tempos que ele não a pegava no colo. Ela sorriu feliz por estar assim nos braços de seu homem.

OTÁVIO — Eu te amo!– Ele disse quando a colocou na cama e subiu sobre ela.

Lá os dois fizeram amor com calma sem pressa como deveria ser a vida toda beijando...

NA CASA DE VICK

Victória estava no quarto com Ana e seu coração estava disparado. Vick estava perdida em seus pensamentos enquanto segurava a mão de Ana. Suspirava alto o dia já não tinha começado bem e agora estava pior. Se aproximou mais de Ana e a cheirou. Ana virou seu corpinho e agarrou Vick a abraçando enquanto dormia. Heriberto entrou no quarto e a olhou. Foi até a cama e deitou atrás dela. 

HERIBERTO— Sua mãe é de matar. – Riu tentando fazê-la não sofrer.

VICTÓRIA— Não quero saber! – Falou baixinho.

HERIBERTO— Amor não fica assim, família é assim!– Beijou as costas dela. – Calma, não te quero nervosa!

VICTÓRIA— Fez um papel ridículo, ela estava errada e ainda quis enfrentar a Laura ela tinha que ter vergonha e nem olhar pra ela!– Falou brava.– Já não estava bom só piorou!

HERIBERTO— Meu amor, sua mãe não ia recuar. Já apanhou muito na vida, não quer mais. Vamos ficar quietos aqui e deixar que se resolvam!

VICTÓRIA— Eu tô quieta, você que veio aqui falar!

HERIBERTO — Victória não briga comigo!– Ele reclamou se aconchegando nela.

VICTÓRIA— Não me apertar assim, tô enjoada. Você deixou os convidado já sozinhos?

HERIBERTO — Amor, assim que tudo aconteceu, papai, mamãe  e Anajú foram embora imediatamente. Nosso filho tá lá em baixo com a irmã e a namorada e nem viu nada direito. E sua mãe e Fernando estão no quarto trancados.

VICTÓRIA— Coitado do Fernando ficar sabendo das coisas assim pelos outros é horrível. Me deixa levantar!

Heriberto a soltou.

HERIBERTO — Pronto amor!

Vick levantou e foi até o closet tirou aquela roupa e colocando um shorts molinho voltou para o quarto e foi ao banheiro, voltou minutos depois com um coque mal feito no cabelo. A barriga ficou a mostra, ela o olhou.

VICTÓRIA— Eu nem comi direito.

HERIBERTO— Quer o que?

VICTÓRIA— Vamos descer deixa a Ana dormir sossegada!

HERIBERTO — Vamos pra piscina, meu amor.

Ela assentiu e eles desceram.

NO QUARTO DE HÓSPEDES...

Fernando estava sentado na cama em silêncio olhando para as mãos, Tereza estava chorando, ela não sabia que dizer. Aquele era o tipo de situação que nenhum pessoa deseja viver. Não podia e nem queria admitir que tinha estragado momento.

TEREZA – Nando... – Ela chamou por ele de calmo de pé enquanto olhava para ele.– Meu amor, me perdoa! Eu não queria ter causado esse constrangimento, tudo que aconteceu, aconteceu quando estávamos separados! Eu não precisava falar disso com você. Tudo que aconteceu enquanto estivermos separados eu não quero falar! Para que?

Ele levantou e foi até a janela.

TEREZA – Para te magoar?

FERNANDO— Eu não quero ouvir suas explicações! Não é a mim que deve pedir desculpa e sim a sua filha! As coisas já não estavam boas e você vem e estragada tudo e ainda descubro pela boca dos outros que a minha mulher dormiu com um homem casado e amigo do próprio genro! – Falou enfurecido sem olhar para ela.

Tereza soluçou, estava errada e não tinha o que falar.

TEREZA – Nando não estávamos juntos! Eu sei que não tem justificativa! Foi uma maldita noite que nos embebedamos. – Ela foi até ele. – Eu vou pedir perdão a Victória!

FERNANDO— Vá agora que eu vou pegar as coisas da Ana pra gente ir embora. Deu por hoje!

TEREZA— Tudo bem. – Ela limpou as lágrimas e foi, bateu na porta e depois entrou. Não tinha ninguém, só a filha dormindo. Deixou Ana e desceu para falar com Vick.

Victória estava na piscina comento sentada no meio das pernas de Heriberto enquanto conversavam de assuntos bobos para ela se distrair. Tereza chegou até eles e se sentou.

TEREZA — Eu quero pedir perdão aos dois por ter arruinado a comemoração.Perdão, minha filha, e para amenizar isso, eu vou entender se não quiserem que eu venha mais aqui! Eu sinto muito, eu não devia ter revidado.– Ela suspirou e olhou para a filha. – Você me deu a melhor das notícias.

VICTÓRIA — Sabe o que me choca é que você brigou no meio de todo mundo por um homem que não é o seu marido! – Falou Victória. – Como esta o Fernando depois dessa palhaçada toda?

TEREZA— Está mau e talvez eu tenha acabado com meu casamento! É isso, eu sinto muito...– Eu preciso ir. Eu te amo, minha filha, acima de tudo e de todos! – Tocou o rosto da filha.– Obrigada por cuidar de sua irmã.Obrigada por tudo que vocês fizeram!

VICTÓRIA — Você vai levar ela assim? Pra ver vocês brigarem?

TEREZA— Não vai nos ver brigar, Vick!

Os olhos cuidadosos, se preocupou.

TEREZA — Fernando não é assim. Ele vai me castigar com o silêncio. – Os olhos lacrimejaram.– Não vou embora sem ela! Obrigada por cuidar dela.

VICTÓRIA— Tudo bem... – Suspirou e voltou os olhos para sua comida esperando a mãe ir embora. 

Tereza se levantou, beijou os dois chorando, e foi a sala. Fernando estava com Ana na sala esperando por ela.

TEREZA— Vamos! Cadê a bolsa dela? Me dá ou me dá ela!

FERNANDO — Não precisa eu levo! – Estava com os olhos vermelhos.

Ele levantou e andou com a filha nos braços e a bolsa na outra mão. Tereza foi com ele. Foi para o carro a arrumou no banco de trás em sua cadeira e fechou a porta. Fernando entrou no carro e depois que Tereza se ajeitou no banco do passageiro, ele dirigiu até em casa e em absoluto silencio.

Ao chegar meia hora depois, ele desceu, pegou Ana e deixou as bolsas para ela levar, entrou e subiu com ela para o quarto. A colocou no berço e depois de um beijo ele saiu e foi para o quarto, tirou a roupa e foi para o banho ainda estava molhado por segurar ela e a apartar da briga, estava bravo e chateado a mulher dele havia brigado na frente de todo mundo por um homem que não era ele.

Se enfureceu e socou a parede por duas vezes sem se importar em machucar a mão. Tereza estava sem reação, não queria e não podia ficar em silêncio.Precisava conversar com ele, precisava acertar aqueles ponteiros. Foi ao quarto tirou a roupa molhada e colocou um roupão. Suspirou e esperou que ele voltasse ao quarto...

Fernando demorou mais ou menos uns vinte minutos e saiu secou um pouco o corpo e enrolou a toalha na cintura. Saiu para o quarto e a olhou. Foi ao closet e pegou uma cueca e uma bermuda. Se secou melhor e vestiu.

TEREZA— Amor, precisamos conversar. – ela falou séria olhando para ele.

Ele a olhou.

TEREZA— Eu quero que você se sente e que converse comigo. – ela o olhou. –  Por favor, não fica em silêncio, eu não posso ser ignorada por você.

Ele foi para o quarto e sentou na poltrona e esperou.

TEREZA — Fernando...

FERNANDO— É só você falar, Tereza é só você falar! – Foi rude. 

TEREZA— Eu e você estávamos separados, uma noite, eu bebei demais, eu e ele e acabamos na cama, foi isso! Depois, eu me arrependi, mas já tinha feito e não podia voltara atrás.

FERNANDO— Essa desculpa é passada demais pra uma mulher como você!

TEREZA — Ele sabia que ele era casado e fui uma idiota, eu poderia te ficado com quem quisesse, mas o desejo naquele momento falou mais alto. Por Deus, Nando, eu quero que você me perdoe!– ela estava nervosa.

FERNANDO— Devo te perdoar pelo que? Por fazer papel de ridícula na frente de todo mundo ou por me expor daquela maneira?

TEREZA— Eu não ia deixar ela me bater, já apanhei demais nessa vida! Entende isso!E eu não queria te expor, foi horrível, eu acabei com minha filha, com a festa dela, foi tudo um horror!

FERNANDO— Tereza, você não deveria nem olhar para a cara daquela mulher!

TEREZA — Ela me bateu! Nando, ela me bateu!

FERNANDO— Devia ver ela e passar do outro lado da rua! Você é afrontosa, Tereza!

Ela ficou de pé.

VICTÓRIA — Eu vi que ela te falou algo e você revidou!

TEREZA — Ela me xingou! Se ela não tem competência e o marido dela procura outras!

Fernando se levantou de imediato...

FERNANDO— E você serviu pra falta de incompetência dela? Serviu de colchão pra ele?

Tereza sentiu o coração doer.

TEREZA— Você quer me magoar e me ofender? Vamos lá! Me ofenda! Eu sou uma prostituta porque dormi com ele? Ele é casado! Eu estava sozinha e a errada sou eu? 

Ele passou as mãos no cabelo nervoso.

FERNANDO— Esse assunto já deu pra mim!– Foi pra porta pra sair do quarto.

TEREZA – Não sai, Fernando, estamos conversando!

FERNANDO — Eu não quero conversar, Tereza, só falta você me contar como foi com ele. Sabe que você rodou o mundo aí e foi parar na cama de um cara que estava com a gente quase todos os dias enquanto estivemos casados!

TEREZA – Tudo bem, Fernando! O que você quer? Acabar tudo? Quer terminar o nosso casamento por causa disso? Se é isso me aviso que vou embora logo com minha filha! – E por fim ela chorou.

FERNANDO— Tá achando que se você for embora vai levar a Ana com você? – Foi duro. – Se esse casamento tiver que acabar, eu tenho que ir embora a casa é sua!

TEREZA — Ana Lívia é minha filha! – Falou furiosa. – Não vai levar minha filha a lugar algum!

Fernando se virou e foi até ela a segurou pelos braços.

FERNANDO— Você é minha mulher! Eu não quero te ver cruzar o mesmo caminho que ele!

Ela se assustou.

TEREZA — Fernando!– Falou nervosa.

FERNANDO— Se o vir, mude de calçada ou volte de onde veio! Eu não te quero perto dele ou aí sim, eu vou embora com a minha filha! Sumo nesse mundo e você não vai me encontrar mais! – A soltou.

Tereza o olhou assustada ele não era assim...

TEREZA – Eu não quero nada com aquele homem!

Ele se afastou.

TEREZA — Meu marido é você!

FERNANDO— Acho bom que você esteja com isso bem claro na sua cabeça! – Fernando saiu do quarto batendo porta.

Tereza sentiu o coração apertar. Foi até o quarto chorando e pegou a filha, voltou ao quarto dela e se deitou com a filha chorando muito. Tereza ficou ali com a filha e tentou esquecer, mas não conseguiu. Estava aos pedaços...

LONGE DALI ...

Heriberto ria com Vick na piscina. Tinha falado tantas coisas engraçadas que ela tinha simplesmente relaxado com ele.

VICTÓRIA — Daqui a pouco você vai para a clínica, né!

HERIBERTO— Amor, já vou juntar minhas coisas!

HERIBERTO— Você quer que eu vá embora antes do plantão?– Ele suspirou.

Ela se sentou melhor para olhar para ele. 

VICTÓRIA — Heriberto quero te falar uma coisa! Eu quero que volte para o hospital, eu sei que todas as suas pesquisas estão lá e que você esta tentando trazer ela para a clínica, mas lá não tem espaço, você tem dinheiro suficiente pra comprar metade daquele hospital e a gente nunca mais brigar se você voltar pra lá. – falou e o olhou esperando resposta.

HERIBERTO— Meu Deus, Victória! Você quer mesmo isso? Vamos usar parte do dinheiro de nossos filhos se eu comprar. Vick eu não sei se devo! Se bem que tem o dinheiro lá na minha outra conta.

VICTÓRIA — você disse que não iria precisar usar o dinheiro deles! O que fez com o dinheiro que tinha guardado pra isso?

HERIBERTO — Amor aquele dinheiro e seu e meu! Seu e meu! Eu não vou mexer num dinheiro que é seu também, meu amor!

VICTÓRIA— Por isso mesmo estou falando pra você comprar! Eu vou adorar ser dona de metade daquele hospital! – sorriu maldosa.

Ele não disse mais nada apenas a abraçou forte e sentiu o seu coração acelerar.

HERIBERTO— Meu amor, essa é a melhor notícia, é a melhor ideia que eu poderia ouvir de você! Victória você é mesmo uma empresária maravilhosa! Sabe amor, eu com minha cabeça de médico nunca nem pensei em comprar parte daquele hospital! Você está certa, eu amo aquele Hospital! Sinto falta das minhas pesquisas e de toda a equipe que estava lá. 

VICTÓRIA— Eu falei com meu advogada e podemos comprar um percentual dele.

HERIBERTO— Eu quero, amor, quero que seja quase nosso! Porque é quase todo nosso!

VICTÓRIA — Sim, amor e rapidinho nos levantamos o capital de volta e em dois anos compramos a outra parte e terá um hospital só seu!

HERIBERTO— Amor! – Ele a beijou. – Eu te amo!

Os dois se beijaram por minutos... o gosto delicioso das línguas unidas e cheias de cumplicidade e amor entre os dois.

VICTÓRIA — Vamos ser diferentes pra gente conseguir ser feliz e juntos...

HERIBERTO — Eu já estou mais que feliz, amor, mais que feliz!

Ela o abraçou forte.

VICTÓRIA — Vai ter que me querer pelancuda, porque eu vou engordar e ficar muito grande.

HERIBERTO— Vai continuar linda!

VICTÓRIA— Vou sim... Agora meu book vai ficar maior. – deitou no peito dele.

HERIBERTO— Sim e mais lindo! Onde está nosso filho, amor? Você viu Rafa e Paula? – ele vistoriou o espaço e só viu Vivi. 

VICTÓRIA — Devem estar fazendo o que a gente não faz!

HERIBERTO — A gente não faz? A gente fez hoje!– ele riu. – E fizemos gostoso, mas se quiser podemos fazer mais agora.

VICTÓRIA — Não, depois não da tempo de você ir para o seu plantão quero você descansado! – olhou as mãos dele e tocou. –  O que foi isso, Heriberto?

HERIBERTO— Nada, amor...

VICTÓRIA — Não mente pra mim... – o olhou. – Você teve outra crise?

HERIBERTO — Amor, eu quebrei Afonso! Depois de tudo que Anaju me contou. Eu não podia, não podia ser indiferente. Ele usou minha irmã como lixo!

VICTÓRIA— Meu Deus, Heriberto! Com violência não se resolve as coisas. 

HERIBERTO— Amor! Já fui a consulta...

VICTÓRIA— Heriberto me conta isso direito.

HERIBERTO— Amor, ele usou minha irmã como vagabunda dele. Comeu e jogou fora...

Victória se levantou e o olhou.

VICTÓRIA— Meu Deus e como Anaju está?

HERIBERTO — Ela está mal...Eu não vou permitir...Não vou, desgraçado! Eu o odeio e a piranha é a mulher dele! Não minha irmã!

VICTÓRIA — Você tem que estar mais com ela, trazer sua família para perto.

HERIBERTO — Farei isso, amor e você apoie sua mãe. Ela cometeu um erro, mas te ama. Muito e não gosto de ver minha sogra assim!

VICTÓRIA — Eu vou, mas deixa passar, ela não deveria fazer isso não aqui e não na frente do Fernando. Eu disse a ela que a bebedeira dela ia acabar prejudicando ela.

HERIBERTO— Mas ela já está sofrendo e ela já pagou com seu pai todos os pecados da vida. Você acha que Fernando foi agressivo com ela? 

VICTÓRIA — Não sei! – acariciou seu próprios braços. – Vamos subir tá frio aqui!

HERIBERTO — Eu vou ligar pra eles, Vick! Sua mãe não merece que ele a trate mal por algo que aconteceu quando estavam separados. Não estou dizendo que ela está certa de sair com homem casado, mas ele quis também não quis?

VICTÓRIA— Meu amor, eu nem sei dessa história direito, só sei por cima, eu não quis saber!

HERIBERTO— Estou com pena da minha sogra! Acabou de chegar da lua de mel, 

VICTÓRIA — Quem manda achar que tudo se resolve nas treta? – falou rindo.

HERIBERTO — Para, Vick!

Ele deu a mão a ela e subiram

VICTÓRIA— Eu to mentindo? Vocês deveriam dar a mão e sair junto!

HERIBERTO— Não, mas é sua mãe, eu sei que é.

VICTÓRIA — Você quer que eu vá lá, agora...

HERIBERTO — Não agora, não vai adiantar. Eles precisam desse tempo, só quero saber se ele não excedeu.

VICTÓRIA — Ele nunca foi agressivo, Heriberto, nunca!

Vick entrou no quarto e tirou o top que vestia, estava apertando muito e já tinha as marcas um pouco abaixo dos seios, tapou os seios e foi ate o roupão, vestiu e o olhou rindo.

HERIBERTO – Victória, não tem a menor graça! Por que esta fazendo isso?

VICTÓRIA — O que? – falou inocente tirando a roupa na minha frente.

HERIBERTO — Não está certo!

VICTÓRIA — Heriberto, está me marcando todas as roupas!

HERIBERTO— Eu fico doido amor, não faz isso!

Abriu um lado do roupão e mostrou cobrindo o seio.

VICTÓRIA— Olha ai, chega ficar grosso.

Ele se deitou na cama e olhou a marca beijando.

HERIBERTO— Pronto, vai sarar! – ela riu e montou no corpo dele.

VICTÓRIA— Vai sarar, sim!– o beijou só para atentar ele esfregando o seio nele.

HERIBERTO — Pára tentação! Se não vai me dar, não oferece!– ele riu e quase conseguiu beijar um seio.

VICTÓRIA— É verdade, não vou dar! – se levantou não o deixando chegar em seu seio. – Vou ver onde esta Rafael! – fechou o roupão e ia sair do quarto.

HERIBERTO— Eu vou, amor, deixa que eu vou ver nosso filho, é melhor... – ele riu e a olhou.

VICTÓRIA –  O que esta me escondendo?– abriu a porta já saindo.

HERIBERTO— Nada, amor, mas ele é um rapaz, eu acho que as coisas estão evoluindo e ele pode estar namorando igual a você e eu. Igual namorávamos na nossa cama.– ele riu se levantando e passando por ela na porta.

VICTÓRIA — Eu vou do mesmo jeito e se ele tiver de safadeza vai apanhar!

HERIBERTO— Amor, não vem, me deixa ir sozinho, ele vai se constranger, me espera aqui!– ele riu, sabia que ela iria mesmo assim.

VICTÓRIA— Não mesmo! – empurrou ele e saiu na frente.

Os dois foram ao quarto e Heriberto estava atrás dela quando Vick abriu a porta. 

VICTÓRIA — Rafael, o que é isso? – falou levando a mão a boca.

Paula ficou vermelha e fechou as pernas... Os dois estavam expostos, nus, ele entre as pernas dela...

VICTÓRIA — Meu santo cristo!

RAFAEL – Mãe porque não bate? – cobriu a namorada.

PAULA— Tia... – ela falou se encolhendo e ficando nervosa e sofrida.

VICTÓRIA— Se sua mãe te pega assim, Paula ela mata vocês dois, imprudentes!

Heriberto soltou uma gargalhada.

HERIBERTO— Amor, vamos embora!

VICTÓRIA— Estão se cuidando pelo menos?

HERIBERTO— Meu filho, desculpa e pode continuar! Vamos, Vick!

E Heriberto fechou a porta ainda rindo e levando Victória embora...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você e eu, Eu e você - Reconstruindo um Amor!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.