Cicatrizes - Em busca do amor perdido escrita por Débora Silva


Capítulo 25
Capítulo 24 - "Recordando um passado"




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NA CASA DE M. INÊS...

M. Inês sabia que não podia ficar andando de um lado para o outro mais estava tão angustiada que não conseguia ficar parada em um só lugar e então andava de um lado para o outro deixando Escobar tonto somente de olhá-la.

— Dona M. Inês a senhora precisa se acalmar! – estendeu o chá para ela. – Ficar andando com esse telefone na mão andando de um lado para o outro não vai adiantar nada!

— É a minha filha Escobar, minha filha! – os olhos estavam cheios de lágrimas. – Caíque também não me da noticias e nem atende essa porcaria de celular. – Escobar deixou a xícara sobre a mesa e foi ate ela para que ela sentasse, mas a campainha tocou e ela correu ate a porta.

M. Inês ao abrir paralisou e suas pernas fraquejaram e ele a amparou de imediato e a pegou no colo indo para o sofá, Escobar de mediato fechou a porta e se encaminhou para a cozinha dando privacidade aos dois. Marcelo a sentou no sofá e pegou um pouco de água para ela e entregou sentando ao lado dela.

— Eu queria conversar com você, mas acho que não é um bom momento! – ela bebeu a água.

— Não, não é um bom momento! – falou rude sem quase perceber.

— M. Inês... – ele suspirou profundamente e levantou. – Já vi que vai me condenar mais uma vez sem me ouvir! – ele se virou e caminhou ate a porta.

M. Inês o olhou ir e seu coração se apertou ainda mais e no seu ultimo fio de voz ela disse:

— Marcelo... – ele parou mais não virou. – Fica! – ele virou surpreendido. – Vamos conversar como dois adultos.

Marcelo deu um sorriso de lado e voltou ate ela e antes de qualquer coisa ele beijou os lábios dela com todo seu amor, ela o correspondeu o amava tanto e estava na hora de deixar seu orgulho de lado e conversar com seu amor. Marcelo a soltou e sentou melhor no sofá ao lado dela e segurou sua mão.

— Eu fiquei sabendo o que aconteceu no hospital com nossa filha! – ele começou. – Eu quero que você acredite em mim, M. Inês, eu não tenho nada a ver com o que aquela maluca da Úrsula disse! Eu corri para fazer o exame porque na hora eu fiquei desesperado e nem pensei em nada, eu conheci a, Úrsula, Marina já tinha quinze anos e eu nunca faria isso com você porque eu te amo M. Inês e não sou esse monstro que ela me pintou.

M. Inês o ouviu e sentia seu coração saltar ele era tão vitima da maldade de Úrsula quanto ela, mas o porquê? Porque de tanto ódio se as duas nem se quer se conheciam ou sim? A cabeça dela deu um monte de nó e ela bebeu mais um pouco de água.

— Porque ela nos odeia tanto se nem se quer a conhecíamos na época que nossa filha sumiu ou você a conhecia e não se lembra? – ele negou com a cabeça.

— Não, eu nunca tinha visto ela antes e a conheci já fora do pais a uns dez anos atrás, eu não queria um relacionamento mais me apeguei tanto a Marina que acabei dando uma chance a Úrsula! E vejam só a maldade foi tanta que eu terminei de criar a nossa filha. – M. Inês começou a chorar. – Me perdoe! Cadê Laura? Eu quero que ela saiba que independente de qualquer coisa eu sou o pai dela! – ele abraçou M. Inês que deitou a cabeça em seu peito e chorou mais ainda.

— Ela sumiu desde que abri esse maldito envelope que deu negativo, ela é a minha menina Marcelo e sempre vai ser! – ela soluçou.

— Você precisa ficar calma eu estou aqui pra ficar com você! – beijou os cabelos dela. – Vou estar sempre M. Inês, sempre!

M. Inês se agarrou mais em busca da segurança que apenas sentia em seus braços, em seu coração ela sentia que ele estava dizendo a verdade e não iria deixar que Úrsula ganhasse essa e os separasse novamente, mas sabia que tinha que resolver essa historia com ela antes de mandá-la para a cadeia.

[...]

LONGE DALI...

Úrsula estava deitada em seu sofá com um copo cheio de uísque apoiado em seu peito, não chorava apenas meditava seus próximos passos, sabia bem que sua irmã iria abrir a boca e não podia deixar que Laura descobrisse que ela na verdade sempre foi sua mãe, mas mal ela sabia que sua verdade já tinha saído a luz e que tudo que ela planejou por anos estava desmoronando em sua cabeça.

Ela apertou o copo entre seus dedos e se recordou...

COMEÇO DA LEMBRANÇA...

Ano de 1990

Úrsula andava por uma feira de livros quando ela "trombou" seu corpo deixando que seus cinco livros fossem ao chão ela bufou de imediato mais quando ouvia aquela bela voz ela suspirou e sentiu que ele invadia todo seu ser.

— Me desculpe moça, eu te machuquei? – pegou todos os livros do chão e entregou a ela.

Úrsula estava encantada por aquele lindo par de olhos que invadia sua alma e a desnudava e ele a fez perder o ar por um momento e ali ela soube que ele seria dela.

— Moça? – ele a fez voltar em si. – Esta tudo bem?

— Esta sim não foi nada! – ele entregou os livros dela que sorriu. – Obrigada!

— Não tem o que me agradecer, fui eu quem estava distraído mais tenho que ir. – sorriu e saiu andando sem deixar que ela falasse mais nada...

FIM DA LEMBRANÇA...

— Foi ai Marcelo que a minha vida virou a sua! – bebeu de seu copo. – Foi ai que meu inferno começou, mas se ela pensa que me venceu... – riu. – Esta enganada porque se eu sou a mãe de Laura você é o pai e fez tão gostoso comigo aquela noite... – ela suspirou bebendo e revivendo aquele momento...

COMEÇO DA LEMBRANÇA...

Marcelo teve que viajar as pressas para uma reunião onde poderia conseguir um possível sócio para o seu projeto de ter uma revista reconhecida, não pode levar M. Inês na viagem, pois foi marcada em cima da hoje e ela preferiu não atrapalhar e somente desejou boa sorte a ele que seguiu rumo ao Rio de Janeiro.

Ao chegar ele se instalou em seu quarto sempre com ela o vigiando, sabia todos os passos dele e quando chegasse à hora ele seria dela, Marcelo descansou um pouco e quando a noite chegou, ele seguiu para sua reunião que foi todo um êxito e ele ficou bem confiante de seu projeto der certo. Quando a reunião se encerou Marcelo foi chamado para jantar ali no hotel mesmo e ele não pode negar e foi ai que o plano de Úrsula começou.

O jantar fluiu perfeitamente ate que a mesa deles recebeu uma garrafa de champanhe na qual eles não negaram e brindaram rindo e conversando de negócios. O celular de Marcelo tocou e ele levantou já se despedindo e caminhou para o quarto enquanto falava com seu amor, mas ao chegar ao quarto sentiu tudo rodar e ele somente teve tempo de deitar na cama.

Úrsula já estava ali dentro aguardando que ele entrasse e quando ele entrou, ela sorriu já apenas vestida num robe e foi ate ele o virando na cama, deitou sobre ele e o beijou na boca ele se moveu e ela falou no ouvido dele.

— Ame a sua mulher Marcelo... – o beijou na boca e ele sussurrou.

— M. Inês você veio... – a beijou com loucura ela cheirava como M. Inês e o embrigava ainda mais.

Úrsula sabia que ele não duraria muito tempo acordado e que muito menos se lembraria de nada, mas para ela não importava ela apenas queria uma noite com ele e dar continuidade ao plano que tinha em sua mente. Ela abriu as calças dele e o massageou ate que ele estava pronto e ela o colocou dentro de seu e gemeu alto sentindo ele como queria há meses.

Úrsula se moveu tão rápido que os dois gozaram tão de pressa que ela continuou ali movendo seu corpo e tendo o seu momento com ele que quase já não se mexia mais, mas mesmo assim ela continuou a prolongar o seu prazer. Úrsula depois de abusar de Marcelo e limpou e o vestiu com um pijama que ele tinha levado e o deixou dormindo como se nada aconteceu e foi embora...

FIM DA LEMBRANÇA...

Ela sorriu se lembrando e apertou as pernas como se o tivesse ali naquele momento, bebeu mais de seu copo e suspirou.

— E depois foi meu por dez anos! – se enraivou. – E vai continuar a ser! – tacou o copo na parede e logo em seguida um vaso.

[...]

DE VOLTA A CASA DE M. INÊS...

A porta se abriu e por ela entrou Laura que foi ate a "mãe" que ainda estava ali sentada agarrada a Marcelo e parou frente a eles. Marcelo e M. Inês se levantaram e olharam a filha e ela disse:

— Eu sou filha da Úrsula... – ela desabou novamente no choro.


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