Cicatrizes - Em busca do amor perdido escrita por Débora Silva


Capítulo 24
Capítulo 23 - "Anastácia..."




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729735/chapter/24

— Qual é o resultado? – Laura perguntou com medo ao ver a cara dela depois de ler o que tinha ali. – Fala logo... – a voz falhou.

— Negativo...

“Negativo... negativo... negativo...” era a única coisa que ecoava na mente de Laura, aquela pequena palavra que pra ela significava o fim do seu mundo o fim de sua ilusão de ter seus pais por perto novamente.

M. Inês levantou rapidamente e foi ate ela que tentou sair correndo do mesmo modo como tinha feito quando ela pediu para que elas fizessem um novo exame, M. Inês agarrou o corpo dela e a trouxe para si a apertando e a confortando. Laura chorava sem rumo sem saber o que fazer, tinha ganhado uma família e meses depois a tiravam! Era um pesadelo só podia ser um maldito pesadelo.

— Me solta ma... me solta M. Inês! – respirou fundo pra não chorar mais.

— Não faz assim minha filha, não faz assim! – ela deixava que suas lágrimas escorressem por seu rosto, estavam novamente tirando sua filha, mas ao mesmo tempo lhe dando a certa. – Você vai ser sempre a minha filha a minha Laura! – Laura se soltou quase que com brutalidade dos braços dela e gritou.

— Eu não sou a sua filha! Eu não sou... – desabou no choro e saiu correndo dali como queria fazer assim que ouviu de seus lábios “Negativo”.

Caíque amparou a mãe e a fez sentar, ela ainda estava se recuperando e não podia recair em sua recuperação ele a abraçou e ela chorou por longos minutos ate que pediu a ele que a levasse para ver Marina e ele a ajudou a ir. Ao chegarem ao quarto ela entrou com o coração na mão e foi recebida com um lindo sorriso de sua filha, sim a sua filha.

Marcelo também estava ali e ao ver o seu amor sentiu o coração acelerar e ficar pequenino no mesmo instante sentiu a garganta secar e a mão ficar gelada, não sabia se dizia algo ou simplesmente se calava e via como ela iria reagir a sua presença e o seu intimo o respondeu e ele apenas a olhou se aproximar e segurar a mão de Marina.

— Obrigada por me salvar! – sorriu acariciando a mão dela. – Papai já me contou tudo. – M. Inês o olhou.

— Tudo? – voltou a olhar para ela que sorriu.

— Sim! Ele me contou que você era a única que poderia me salvar já que minha mãe não era compatível e ele por não ser meu pai não podia doar. – M. Inês mordeu o canto do lábio e respirou. – Mas o engraçado nisso tudo é que somente parentes conseguem doar em casos assim mais você conseguiu e me salvou.

M. Inês sorriu para ela e alisou sua mão.

— Eu só vim te dar um beijo e vou para casa, ainda preciso de pelo menos mais dois dias na cama pra estar 100% e você mais uns dez dias poderá ir pra casa também! – sorriu.

— Eu não vejo à hora de tomar um sorvete de limão e acabar com esse cheiro de hospital! – todos riram de leve.

— Vai poder voltar a sua rotina normal depois de seis meses. – se aproximou mais e beijou os cabelos dela sentindo o cheiro de sua menina e se controlou. – Quando sair daqui iremos ter uma longa conversa. – a olhou e sorriu de leve.

— Vamos sim M. Inês! – M. Inês olhou para Marcelo por mais alguns segundos e saiu indo embora com Caíque.

Quando eles chegaram a casa ela implorou para que ele achasse Laura e ele saiu de casa a procura de sua irmã. Laura andou pelas ruas da cidade ouvindo o som de seu celular tocar enlouquecidamente mais ela não ligou apenas andou por aquelas ruas ate chegar em uma praça onde ela chorou e se recordou de quando esteve pela primeira vez frente a frente com sua “mãe”.

INICIO DA LEMBRANÇA...

Laura olhou as duas mulheres a sua frente, as mãos tremiam e ela tomou ar e falou.

— Qual das duas é a M. Inês? – M. Inês afogou seu próprio choro. – É você? – Disse olhando para Tina que estava sentada no sofá.

— Não meu amor é ela! – Apontou a irmã que não se mexia e tinha os olhos marejados de lagrimas.

Laura deu dois passos a frente, limpou os olhos estavam embaçados pelas lagrimas.

— É você? É você a minha mãe?

M. Inês não aguentou e chorou e só conseguiu abrir os braços, Laura nem pensou apenas se jogou nos braços de sua mãe.

FIM DA LEMBRANÇA...

Laura chorou ainda mais sentindo o peito arder pegou seu celular que não parava de tocar e viu na tela escrito “Anastácia mãe”. Era ali que estavam todas as suas respostas e depois de limpar o rosto saiu andando e pegou um táxi rumo a sua “casa” para conversar com a mãe que a cuidou desde bebê.

Foram minutos ate que ela parou frente a casa, desceu depois de pagar e caminho alguns metros ate a porta e tocou a campainha. Anastácia estava ali na cidade desde que Laura encontrou sua “mãe”, ela não era uma mulher má e sim Úrsula que a manipulava com chantagens emocionais e ela não tinha coragem de “decepcionar” sua irmã e assim Úrsula conseguia tudo dela.

Anastácia abriu a porta e seu coração disparou e ela olhou sua filha com todo amor do mundo...

— Filha... – Laura entrou que nem um furacão.

— Você sabia não sabia? – jogou a bolsa no sofá e a encarou.

Anastácia sentiu o corpo tremer e abaixou o olhar depois de fechar a porta.

— Mãe me conta a verdade, por favor! – Anastácia a olhou e foi ate ela e a abraçou.

Laura não se negou e a abraçou de volta estava tão sentida com tudo desmoronando a sua volta. Anastácia sentou com sua menina e beijou seus cabelos e chorou junto com ela.

— Me perdoe... eu nunca quis isso minha filha, nunca! – Laura a olhou.

— Você sempre soube? Sempre soube que ela não era a minha mãe e mesmo assim me deixou se iludir? – levantou.

— Não Laura! – levantou. – Eu soube há um mês mais ou menos mais eu não podia te contar, não podia! – chorou mais.

— Mais agora você vai me contar tudo mamãe, tudo! – Anastácia confirmou que sim com a cabeça e uma coisa passou pela sua cabeça. – Quem é ela? Quem é a minha mãe? Você sabe?

— Eu sei... – se aproximou mais dela. – Eu que você saiba que eu achei mesmo que você era a filha daquela mulher e quando descobri que não eu fui pra te contar mais fui impedida, mas eu não posso mais calar e te deixar sofrer porque você é tudo que eu tenho de mais valioso em minha vida!

— Me diz... – secou o rosto. – Me diz quem é ela e porque fez isso comigo! – Anastácia tomou ar e disse.

— Úrsula... Úrsula é sua mãe!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cicatrizes - Em busca do amor perdido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.