Bulletproof Army escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 2
Ué, você aqui?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi todo obra da Jenny, mas ela está ocupada e não pode contribuir muito com a fic dessa vez. Por isso, ela não vai deixar nada nas notas nem responder comentários, mas ela lê todos, então podem deixar algum recado pra ela se quiserem. Espero que gostem, porque eu achei simplesmente Jennyal. ~momento piada do Jin



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Yonseo acordou em um quarto sofisticado, do tipo que ela nunca tinha visto antes. Que lugar estranho era aquele? A última coisa que lembrava era de Sehun a encarando, enquanto ela perdia a consciência. Com esses pensamentos em mente, observava as paredes.

A porta abriu lentamente. Era Hoseok. Estava ruivo.

— Aaah, então você está aí. Seja bem vinda, Yonseo! — disse, em tom brando.

— Oppa... Onde eu estou? O que está acontecendo?

— Bom, Yonseo... Você está... No segundo mundo.

— Isso quer dizer que eu...

— Sim... Eu sinto muito...

—Aigo... Como isso aconteceu?

— Ao que seu cabelo indica, tem a ver com química.

— Meu... Cabelo?

— Sim! Está ruiva, igualzinho a mim. A cor é tão parecida que eu diria que você morreu de overdose também.

— O Sehun... Não, não é possível, ele não faria isso... Ou faria?

— Talvez tenha sido um acidente. Posso descobrir para você depois, mas antes quero te mostrar algo. Vamos lá?

Hoseok estendeu a mão para Yonseo. Ela hesitou por um instante, mas enfim, depois de meses trabalhando juntos como uma equipe, os dois parceiros finalmente puderam se tocar. Era até engraçado. Ele estendeu um sorriso tímido, sem mostrar os dentes. Ela fez o mesmo.

Os dois caminharam pelo corredor, até que ouviram uma voz grossa que estava cantando. Hoseok entrou no quarto, e Yonseo seguiu.

Quando entrou, viu um garoto loiro de costas, com uma criança no colo. Yonseo ficou paralisada na porta, enquanto Hoseok entrava. Ele se posicionou na frente do outro e cuidadosamente pegou o bebê de seus braços.

— Ah, hyung, por quê? — Taehyung resmungava, protestando. — Ela estava quase dormindo…

Com a cabeça, o mais velho indicou a porta. Sem entender, o mais novo se virou.

Os dois irmãos finalmente se olharam boquiabertos.

— Yonseo?

— O... Orabeoni!

Ele se aproximava lentamente. Ao ver que não era o único com saudades, se aproximou mais rápido. Os dois se abraçaram bem forte, enquanto as lágrimas caíam.

— Ah, minha irmãzinha! Me desculpe! Me desculpe por tudo! Eu não devia ter feito aquilo, eu não devia ter te abandonado!

— Eu também te abandonei. Mas agora está tudo bem, Orabeoni. Está tudo bem.

Ao ouvir aquelas palavras, Hoseok sentiu uma felicidade interna muito forte. Esse foi exatamente o desejo de Yonseo: Dizer a Taehyung que estava tudo bem. E ela tinha acabado de realizar.

— Como você veio parar aqui?

— Não entendi direito ainda. Mas Hoseok Oppa diz que é overdose.

— Então vamos descobrir. Mostre a ela, Hyung!

— Nada disso. Deixa isso pra depois. Agora você tem que conhecer os moradores da casa. Você nos ajudou a todos, todos querem te conhecer. A começar por essa coisinha fofa aqui.

— O nome dela é Sunghee — disse Taehyung, animado. — Ela é filha do maknae. Ela vai crescer normalmente até os quinze.

— A filha de Jungkook e Yumii — disse ela, sorrindo ao ver o bebê. — Ela é realmente muito linda.

— Aigo, Hobi Hyung realmente te contou muito.

— Os Park contaram a maior parte. O Hobi Oppa apenas complementou.

— Tae Oppa, cadê a... — Uma garota jovem entrou no quarto, e encarou Yonseo com curiosidade. — Quem é essa?

— Annyeonghaseyo, você deve ser a Yumii. Meu nome é Yonseo, eu sou a irmã de Taehyung.

— Você... Então... Poxa, eu sinto muito.

— Só de poder abraçar meu irmão novamente, sinto que já valeu à pena.

— Que bom, unnie — disse ela, pegando sua filha dos braços de Hoseok. — Você vai ver que a morte pode ser muito mais legal do que parece. Você tem a admiração de todos os juízes, certamente será salva.

Hoseok se lembrou vagamente de que tinha pouco tempo.

— Vamos indo, pessoal? Tem muita gente para ela conhecer.

— Calma, hyung! — disse Tae. — Nós temos a eternidade.

— Eu sei. Mas ela está curiosa sobre sua morte, e eu também. Então vamos em frente.

— Até breve, gente — disse Yumii. — Vou colocar a Sunghee para dormir.

Hoseok, Taehyung e Yonseo seguiram para a sala de julgamentos, onde os outros juízes aguardavam.

Namjoom e Jimin não se deram o trabalho de fingir surpresa. Afinal um era o líder, e o outro era conhecedor da verdade. Jin foi o primeiro a demonstrar espanto.

— Você... Eu conheço você!

Os outros não a reconheceram de imediato. Apenas Jungkook já tinha visto, mas não se lembrava muito de seu rosto. O cabelo novo não ajudou.

— Kim Yonseo. Seja bem vinda — disse Namjoon.

Yoongi e Jungkook finalmente perceberam de quem se tratava.

— Não acredito — disse Yoongi. — Era só quem faltava pra completar a festa. Cara... Você morreu mesmo?

— Claro que sim, hyung — disse Hoseok, tomando assento.

Jimin precisou morder o lábio. Já Jin se sentia estranho. Era como se sentisse cheiro de porcelana. Tentou ignorar a sensação. Afinal, Yonseo estava ali, e ele tinha muito para dizer à médium.

— Eu tenho uma pergunta. Por que meu irmão precisa sentar na escada?

— Asas negras — disse Hoseok.

— Delay de salvação — disse Jungkook.

— Diferentão — disse Yoongi.

— Yonseo... Não sei nem por onde começar. — disse Jin.

— O líder sou eu. Eu começo.

— E a família salva foi a minha. Yonseo, você... Fez muito mais do que qualquer mortal poderia ter feito por nós. Você protegeu nossas famílias, sobretudo à minha. Obrigado por seu trabalho duro.

— É uma honra, Seokjin Oppa. Mas eu não fiz isso sozinha. Muitas pessoas me ajudaram.

— Serei eternamente grato a elas também. Ah, mais uma coisa. Qual é o seu prato favorito?

— Meu prato?

— Cozinheiro — disse Hoseok.

— Bom anfitrião — disse Jungkook.

— Puxa-saco — disse Yoongi, quase rindo.

— Não é hora disso, gente. Agora é a vez do líder falar.

— Kim Namjoom. Enfim nos reencontramos.

— E enfim podemos ter essa conversa…. Eu me lembro que no começo, não gostava muito de você. Você demorou para perdoar seu irmão, por isso ele foi condenado e perdeu as asas.

— Não se sinta culpada. Gosto dessas asas.

— Diferentão.

— Já pode parar, viu, hyung?

— Caham... Mas, você o perdoou, e as asas renasceram negras. Você salvou seu irmão da inexistência. Seu coração é puro. E hoje, mais que o meu perdão, você conquistou minha admiração.

— Obrigada, Namjoom Oppa.

— Só estou aqui por sua causa, minha irmã. Muito obrigado.

— Eu te amo muito, meu irmão.

— Alguém mais quer falar algo?

— Você é legal — disse Yoongi.— Na moral, parabéns.

— Minji mandou lembranças, Yoongi Oppa.

— Não ligo.

— Você não me engana, oppa. Você pensa que eu não o conheço, mas sei de alguém que te conhece muito bem. Minji não é o tipo de pessoa que você esqueceria fácil.

— Tá, o que você quer que eu diga?

— Não quero que diga nada. Só quis dizer que ela sente sua falta.

— Olha, eu… Sei muito bem disso, viu? Todo mundo aqui viu a história que ela contou, já que o Jimin fez questão de gravar.

— Se você sabe, já é suficiente.

— E você, Jungkook? — sugeriu Namjoom. — Quer dizer algo?

— Bem, os hyungs já disseram tudo. Bem vinda ao segundo mundo.

— Obrigada, Jungkook-shi. Sua filha é muito linda.

— Obrigado — O maknae estava sorridente.

— Jimin — disse Namjoom. — Acho que é a sua vez.

Jimin levantou e se aproximou dela.

— É uma grande honra rever você, menina. Mas eu acho que.... TaeTae, dá mais um abraço nela…

— Por quê?

— Não discute, só vem. Faça isso como se fosse a última vez que fosse vê-la.

Apenas por um instante, Taehyung hesitou. Não podia imaginar que ficaria sem ver sua irmã novamente. Ela tinha acabado de chegar! Por que iria embora?

De qualquer forma, sentia que precisava obedecer ao pedido de Jimin logo. Se levantou da escada e deu um abraço muito forte em Yonseo.

— Ah, orabeoni… Senti muito sua falta.

— Olhe, já está começando a rachar! — disse Jungkook.

— Jimin-shi… — disse Tae. — O que está acontecendo?

— Yonseo, você disse que gostaria de saber como morreu. Bom... Você... Não morreu.

Quase todos já sabiam. Namjoom avisara a todos na sala que a pessoa que viria estava viva, mas não podia saber. Só que Taehyung não estava na sala. Estava quase se acostumando com a ideia de tê-la de volta, mas agora teria que deixá-la novamente. Ele não aguentou, e deu mais um abraço forte em sua irmã.

— Obrigado pela visita — disse ele, retendo as lágrimas no ombro dela. — Por favor, continue trabalhando duro no primeiro mundo, e seja feliz.

— Tae Oppa, o que está acontecendo? — questionou, ao soltar-lhe. — Eu estou rachando!

— Não se preocupe, você só está acordando — disse Hoseok, ainda emocionado por ter conseguido. — Te vejo do outro lado.

— Dois, três...

— Annyeonghaseyo, somos BTS! Obrigado pela visita! — Disseram todos, menos Taehyung, pois disse:

— Saranghaeyo!

— Espectro, traz uma vassoura!

A voz de Yoongi foi a última que Yonseo ouviu antes de se quebrar completamente.



— Sabe o que isso lembrou? — Disse Jin. — Aquelas câmeras escondidas que a empresa fazia com a gente.

— É mesmo! — Concordou Jimin. — Até que enfim acabou. Eu estava me corroendo por dentro.

— Você já tem muito autocontrole, Jiminie. Parabéns — disse Namjoom.

— E vou melhorar com o tempo, líder. Você verá.

— Gente, eu preciso ir lá falar com ela.

— Está liberado, Hoseok — disse Namjoom.

Hoseok voou rapidamente até a sala de Eva.

 

Yonseo abriu os olhos.

— Você está bem, amor?

— Eu estou bem... — Yonseo tocou a pele do rosto e segurou uma mecha dos cabelos. Eu tive um sonho muito maluco...

— Não foi sonho, Yonseo — disse Hoseok, se posicionando de forma oposta a Sehun. — Você realmente esteve lá conosco.

Yonseo começou a se lembrar do seu irmão. Imediatamente começou a chorar de felicidade.

— Como isso foi possível?

— Foi tudo ideia do Hoseok — disse Sehun.

— Só foi possível graças ao Dr. Sehun — disse Hoseok.

— Um de cada vez, gente!

— Hoseok, será que você não tem... Mais daquelas pílulas?

Pensando rapidamente enquanto sua boca formava um pequeno O, Hoseok mergulhou a mão no bolso e retirou algumas pílulas verdes. As Pílulas do Oculto Visível, que foram criadas para uso de Sehun. Assustando Yonseo um pouco, Hoseok atirou em Sehun, porém sem causar dor. Após o início do efeito, Sehun cumprimentou o amigo, e juntos, contaram para Yonseo tudo o que havia acontecido.

 

Naquele dia que Jin projetou para curar Sehun, Jimin mencionara aquela “exaustão a longo prazo”, como justificativa para adiar a projeção de Taehyung. O fenômeno existia, porém, o risco de acontecer era muito menor do que o garoto deixara aparentar. Jimin estava escondendo o real motivo: Hoseok estivera queimando seus neurônios para encontrar um jeito de colocar Taehyung e Yonseo novamente no mesmo plano.

Assim estava fazendo Hoseok, encarando Taetae naquele jantar. Ele sabia que o reencontro dos irmãos Kim deveria ser mais que emocionante. Uma projeção não seria suficiente.  Até que reparou em Jungkook e Yumii, trocando um beijo suave.

“Jin Hyung. Jin Hyung já esteve aqui em casa, e ao mesmo tempo, vivo. Será que é possível?”

— É isso, hyung — sussurrou Jimin.

Eva, no entanto, avisou que seria trabalhoso. As regras eram as mesmas: Se ela soubesse que estava viva, racharia. Ela não poderia saber, mas Sehun precisava, para colocar Yonseo em um coma leve. Como ele poderia fazer isso? Pensou na única outra médium que conhecia, Michung. Mas isso também seria muito cansativo, e não teria a agilidade que a missão exigia. A solução final foi produzir duas pílulas. A primeira era a pílula do oculto visível.

No dia seguinte, estava observando o SNUH. Sehun estava sentado sozinho em uma mesa, tomando café. Hoseok sentou na cadeira à sua frente e engoliu a pílula para atirar.

— Espero que funcione… — Disse, antes de atirar.

Inicialmente, Sehun não demonstrou reação. Tomou mais um gole de café, de cabeça baixa. Alguns segundos depois, ergueu o olhar lentamente e viu seu antigo paciente.

— Ju... Jung Hoseok?

— Olá, Doutor — disse Hoseok, com seu sorriso radiante. — Finalmente nos reencontramos.

— Você... Não mudou nada!

— Na verdade, mudei. É que as minhas projeções nesse mundo assumem a forma do momento de morte. Que foi aqui nesse hospital.

— Como isso é possível? Achei que só a Yonseo pudesse te ver.

— Naturalmente, só ela me vê. Mas eu coloquei essa pílula dentro de você. Agora você pode me ver por alguns minutos.

— E por que tamanha honra? perguntou, rindo levemente.

— Agora, é para o doutor que eu tenho uma missão. Eu... Quero fazer algo para a Yonseo. Mas ela não pode saber. Preciso da sua ajuda.

— Se é para ela, eu quero ajudar.

 

— Exames?

— São exames de rotina, bae. Só quero ter certeza de que está tudo bem com você.

Na sala de Eva, Namjoom assistia Hoseok se preparar para projetar. Hoseok mostrou a ele a segunda pílula, roxa, que tinha criado.

— Como o nome sugere — disse Hoseok — a Pílula das Memórias vai preservar o que a Yonseo viver nesse mundo. Hoje nada pode dar errado!

— E isso de pílula no primeiro mundo funciona?

— Sim. Já fiz isso antes.

Yonseo se deitou na maca, como Sehun havia pedido. Havia uma seringa em cima da mesa.

Hoseok estava escondido embaixo da mesa para que Yonseo não o visse. Delicadamente, o rapaz colocou a Pílula das Memórias dentro da seringa, usando as pontas dos dedos indicadores.

Sehun injetou a seringa em Yonseo. Gradualmente, ela perdeu a consciência.

 

Yonseo só conseguia se emocionar mais e mais. Hoseok havia trabalhado duro, e ao lado de Sehun. Todos os juízes colaboraram para que o plano desse certo. E todos eram muito gratos a ela.

— Oppas… Obrigada… Muito obrigada!  Eu nunca vou esquecer o que vocês fizeram. Hoseok Oppa, conte comigo para o que você precisar por aqui.

— Conte comigo também,  Hoseok-shi. Quero te ver mais vezes.

— Será um prazer, doutor. E trate de cuidar bem dessa garota! Ela merece.

— Ah, mas isso você não precisa nem me pedir! Eu já cuido dela.

— Cuida até demais — denunciou Yonseo, rindo.

— E vou cuidar até que eu me vá deste mundo. E quando nos reencontrarmos no segundo, eu continuo cuidando.

— Olha, alguém andou estudando! Que bonitinho, bae.

— Eu não preciso mais me preocupar. Yonseo está em excelentes mãos. Mas não se preocupem, eu os visito conforme o tempo permitir. Agora, eu preciso ir. Tem julgamento daqui a pouco.

— Tudo bem, Oppa. Obrigada por tudo.

— Eu que agradeço, minha amiga. Até breve!

— Até breve! — disseram Yonseo e Sehun, juntos.


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Notas finais do capítulo

E então gente?
Antes de vocês me contarem o que acharam, vou falar de duas coisas que PODEM ter com essa fic. Mas só PODEM, não temos certeza.
1 - Inserir uma teoria do GOT7 bem brisante mesmo, que talvez seja explorada em uma fic à parte, que já seria uma história especificamente deles.
2 - E se eu inventasse de publicar essa série em livro físico? Muita coisa ia ter que mudar, eu não poderia usar os nomes deles, as letras nem nada disso, não sei se valeria à pena... A graça é ser do BTS, né? Mas que nomes vocês acham legais pra cada um?

Abracinhos!



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