Forget About Me escrita por Lia Mayhew


Capítulo 18
Capítulo 17 - Mermaids


Notas iniciais do capítulo

Faz um tempinho desde da última atualização, por isso tenho boas notícias. O capítulo ficou muito longo e dividi em 2 para facilitar a leitura, então é dia de postagem dupla.
Boa leitura!



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You only get one night up on the shore
So dance like you've never danced before

 

Aquela informação desestabilizou Layla. Ela não imaginava essa possibilidade. Draco era muito novo para assumir um compromisso com um grupo extremista violento. Uma criança fantasiada de soldado. 

— Eu não entendo. Seus pais são importantes. Achei que você seria mais preservado. Uma guerra pode começar a qualquer momento. 

— Isso é por conta do meu pai. Minha mãe suspeita que, como era meu pai que estava liderando no dia em que todos foram presos, essa é uma punição para nossa família. 

— Eu sinto muito, Draco. Não é justo. 

Ele se desencostou do muro e foi andando em direção ao jardim. Layla seguiu. 

— Eu nunca fui muito justo. - Ele disse baixinho, depois de um certo tempo. - É razoável que receba o mesmo tratamento. 

— Você acredita no que você dizia? Sobre pureza de sangue e criaturas mágicas. 

— Sinceramente, eu não sou um fã de trouxas. - Draco falou, aumentando o tom de voz e tentando recuperar sua pose, sem sucesso. - Acho que são inúteis e podem ficar longe de mim. Mas, isso está longe de ser o que os comensais querem. É claro que sou contrário a assasinato em massa, Layla. 

O garoto estava de cara amarrada, chutando um canteiro. Eles passavam por um corredor de lavanda enquanto discutiam genocídio. Parecia errado existir uma cor tão vibrante em um lugar como aquele. 

— E o que você vai fazer quando receber uma ordem? Quando pedirem para você matar alguém? Tem que ter outra maneira de proteger a sua mãe. 

Draco ficou quieto e começou a olhar para os próprios pés.

— Ninguém vai me pedir para matar alguém. Eles só querem alguém com acessos. 

— Entendi. - Ela não conseguia acreditar no ego dele. - Esqueci que você é um adolescente com grandes acessos. Figura importante. 

— Eu quis dizer no sentido estratégico. - Ele completou, quase perdendo a paciência. 

— Estratégico no que? - O único lugar que ele frequentava era a escola. A escola que  era um alvo frequente de ataques e o aparente centro de resistência contra magia das trevas. - Draco, você já sabe qual é a ordem? 

— Ninguém me diz nada até eu ter a marca.

— Mas você sabe que querem atingir Hogwarts. 

— Eu não sei no que eu seria útil para qualquer outra coisa. 

Ele parecia muito sensível e Layla não quis continuar insistindo. Precisava de um instante para processar o que tinha escutado. A história de Marchmont House ficou ofuscada. Mesmo enfrentando fogo e neve, ela tinha conseguido escapar daquele pesadelo treze anos atrás. Draco ainda estava vivendo em uma casa em chamas. Olhava um pé de gerânio quando uma ideia floresceu na sua cabeça. 



— Layla, querida, seu namorado está na lareira de novo. 

Peter foi até o quarto para levar o recado, encontrando a filha perdida no meio de milhares de decorações de festa. Tinha faixas, balões, uma bola de discoteca e quepes da marinha. Layla estava terminando de encher uma boia rosa clara. 

— Fala para ele que eu já vou. 

— Quando você disse que era uma festa em iate, eu não achei que vocês iam entrar na água. 

— Ainda não sei quero molhar meu cabelo. - Layla levou as mãos para a cabeça que estava coberta de rolos. - Mas é bom ter todas as opções abertas. 

— Preciso dizer que acho uma péssima ideia considerando o histórico dos seus amigos. 

— Papai. - Ela manteve a boia perto da boca e abaixou a mão para o peito, com uma emoção fingida. - Você está nos chamando de bêbados?

— Sim. - Ele saiu do quarto. - Fique longe da água. 

Layla colocou a boia cheia na pilha e respirou fundo antes de sair. 

— Oi, amor. - Ela disse para a imagem na lareira - O que foi?

— Eu sei que já tivemos essa conversa, só que ainda não entendi porque você quer se encontrar com a Ordem. 

— Fred, você marcou a reunião na segunda, certo? 

— Sim, marquei. Essa é a questão, nem fui capaz de explicar direito. Eles são adultos, Layla, amigos dos meus pais. São responsáveis por assuntos sérios. Não é um canal aberto para todo tipo de coisa. 

— Eu sei disso. Garanto que não vou desperdiçar o tempo deles. - Ela suspirou.  - Vamos conversar antes da reunião e vou te explicar tudo. 

— Para que todo esse mistério? Me conta já. 

— Eu tenho mais dez boias para encher hoje, Fred. As meninas vão chegar amanhã cedinho para se arrumar. Você aguenta esperar dois dias. Beijo, te amo, tchau. 

Ela se apressou para apagar a imagem na lareira. Quando voltou para seu quarto, encontrou outra distração. 

— Com certeza, tudo isso é demais para uma festa do Edward. - Declarou Brendon. - Da última vez, fomos beber na casa nova dele, que não tinha piso nem água.

— É exatamente por isso que me ofereci para ajudar. O Eddie dispensou os funcionários e ninguém precisa que aquele fiasco se repita. Para ser justa, tinha  atrasado a entrega do mármore de Carrara. 

— Dispensou os funcionários? É ele que vai pilotar o barco?

— Ninguém dispensou o piloto, Brendon. O Ed mal sabe andar de vassoura. 

— Ainda não é um motivo bom o suficiente para você estar desse jeito. - Com um movimento da varinha, ele terminou de encher as outras boias. - Até a Clementine comentou como você estava controladora essa última semana. 

Layla sentou na sua cama, ao lado do irmão. 

— Que exagero. 

— Sabe o que acho? - Ele percebeu o erro em dar abertura para ela retrucar uma resposta e se apressou em completar. - Você está se ocupando com chapéus temáticos para não pensar no que descobriu. 

Layla sabia que ele ia querer falar em particular sobre a questão da adoção. Ela também tinha algumas considerações nesse assunto. Com a nota suficiente para o programa acadêmico que queria, seu irmão tinha passado a última semana correndo atrás dos outros documentos necessários para se mudar para a Suíça em setembro. Eles mal se viram durante a semana e o debate permanecia aberto. 

— Pode me dizer, Brendon. Você é inteligente, deve ter suspeitado que eu poderia ser adotada. Sei que fez todas as lições de genética. 

— Eu sempre soube que você não é parecida com o pai ou com a tia Candy. Fiquei surpreso quando recuperei minhas memórias e percebi que você também não é parecida com a mamãe. Acho que nunca considerei essa possibilidade de verdade, porque não senti nada diferente. 

— Fofo. Mentiroso, mas tudo bem. 

— Olha só quem fala. - Brendon se virou e ficou de frente para ela. - Você a encontrou. A maldita.

Os olhos cristalinos dele pareciam ser enxergar além de qualquer mentira que ela contasse. Layla desviou o olhar e encarou os babados da barra da sua camisola. 

— O quê?

— Qual é, Layla. Você estava procurando alguém parecida com você e descobriu que é adotada. Você encontrou. Tem algo diferente com você. 

Ela ficou em silêncio e pensou no que responder. Tinha gostado da ajuda de Brendon no começo. Era mais leve e menos obsessivo dividir seus pensamentos com ele. Agora, voltava a ter o impulso de esconder e mentir por motivos diferentes. Não por achar difícil compartilhar, ter tendências a autodestruição ou vergonha. Ela queria priorizar ele. Se recusava a admitir que queria proteger ele, por parecer muito com o que seu pai tinha dito sobre todas as mentiras que ele contou. O problema é que ninguém tinha pensado em Brendon nesse tempo todo. Acharam que era aceitável falar que a Bonnie tinha morrido no parto dele e apagar todas as poucas memórias que tinha com ela. Se ela era Lyra Lestrange, fruto de gerações de sanguinários, queria garantir que ele ia ser Brendon Harrison. Futuro brilhante, diploma de finanças, um romance com a garota dos sonhos e toda essa merda. Contudo, não era tão fácil assim. Certas consequências fugiam ao controle dela e Layla não subestimaria seu irmão ao ponto de se achar mais inteligente que ele. De modo geral, ele tomava decisões melhores do que ela. 

— Eu encontrei, não foi legal. Os dois são pessoas horríveis. 

— Sei que não devo julgar os outros, que às vezes as pessoas cometem coisas terríveis em estado de desespero, mas, quando o pai contou como acharam você… eu soube que não teria redenção. Eu não poderia perdoar ninguém por abandonar você daquele jeito. 

De repente, Brendon chorou um pouco. Layla acariciou a cabeça do irmão.  

— Está tudo bem. Eles me fizeram um favor. Me abandonaram bem antes, na verdade. Eu tinha uma semana de vida quando me deram para parentes. 

Seu irmão estava certo. Ela soava diferente. Mais calma, mais no controle.

— Então, você sabe a história inteira? - Ele se recompôs. - E a relação com Sirius Black?

— Acho que eu sei. Fui parar no meio da neve por conta de um incêndio. Colocaram fogo na casa dessa família com que eu estava. Conseguiram me tirar da casa, mas acabei perdida na floresta. Andei sozinha na neve até a mamãe me achar.

— Essa é a coisa mais maluca que eu já escutei. Parece a mistura de um conto de fadas com uma história de terror. - Aquela expressão de descrença clássica se formou. - Tem certeza sobre isso? E o que Sirius Black tem haver com isso?

— Parece esquisito, porque não é a nossa realidade. A casa queimada era de um casal extremista que sem dúvida cometeu vários crimes violentos contra  nascidos trouxas. Quem me tirou da casa e me deixou no frio congelante foi Narcisa Malfoy, a mãe de Draco. A maldita é Bellatrix Lestrange, a comensal da morte que matou Sirius três semanas atrás. A mãe biológica que se parece dolorosamente comigo. 

Foi a vez de Brendon ficar mudo e um pouco pálido. Layla pegou seu caderno e tirou os recortes de jornais que tinha feito. Uma foto dela jovem, antes de Azkaban, e uma depois. 

— A Bellatrix era prima dele, certo? Nascida Black. Sirius era o último herdeiro. Escutei a notícia no rádio. 

— Sim. Por isso, eu pareci tão familiar. 

Ele devolveu as fotos para ela. Não negou as semelhanças entre as duas.

— Você disse algo sobre a mãe do Draco? 

— Sim. A história só melhora. Aquele garoto que você convenceu a sair da escola para vir me humilhar quando eu estava passando por um momento difícil…

— Você nunca vai deixar isso para lá?

—  Jamais. Ele é meu primo. Narcisa e Bellatrix são irmãs. Foi ele quem me contou a história inteira.  

Brendon caiu em uma gargalhada gostosa. 

— Para. Não é engraçado.

— É muito engraçado. Problemático, sem dúvida, mas continua hilário. 

— Tem uma coisa boba que está me incomodando muito. Eu não nasci na Escócia. Moramos lá por pouco mais de cinco anos. Tenho que abandonar meu sotaque?

— Por favor, não. O único motivo pelo qual eu sobrevivi na escola é porque você conseguiu deixar o nosso sotaque descolado. Além do mais, o que você vai fazer com todas as suas camisetas escritas “escocesas fazem melhor”?  

 

 

Layla acordou cedo na manhã seguinte. Arrumou a mesa da sala de jantar para cinco e conferiu o café da manhã. Já tinha levado as bebidas para o barco do Ed na véspera e acomodou todas as decorações em sacolas. Com as preocupações coletivas encaminhadas, ela se dedicou a seu assunto preferido: ela mesma. Ia esperar as meninas chegarem para colocar a roupa, mas começou a tirar os rolos do cabelo, revelando os cachos definidos. Elsie foi a primeira a chegar, aparatando dentro da casa. 

— Oi, Layla. - Ela deu um beijo no seu rosto. - Eu trouxe dois vestidos, você vai ter que me ajudar a escolher. Se não tiver você do lado para comparar, vou ficar com medo de estar básica. 

— Elsie, meu amor. - Layla beijou a bochecha dela e apontou para a figura alta no espelho. - Você é clássica. Quem te chamar de básica é invejoso. 

A amiga não perguntou ou procurou pelo seu irmão. Era evidente que Layla tinha concentrado muita energia naquele dia. Tinha tudo para ser uma festa épica. Era para reunir as melhores coisas de Berwick-upon-Tweed e do grupinho deles. Ela tinha canalizado seu lado mais fútil no planejamento. Brilho, frutos do mar frescos, bebidas boas e os convidados certos. Agora, já tinha feito tudo o que estava ao seu alcance e se recusava a deixar de aproveitar um minuto sequer. Ligou uma música alta e usou sua amiga de boneca. Blake, Clementine e Ravenna chegaram pouco tempo depois. 

Layla acomodou as amigas na mesa, servindo queijos e pães. Elas tomaram suco, ainda que ela tenha oferecido começar direto com mimosas. Peter apareceu para cumprimentar as meninas. 

— Acho que estou no lugar errado. Devo ter entrado em um chá de senhoras. 

— Está bem, pai. - Disse a filha, revirando os olhos. 

Ele manteve uma conversa tranquila com as garotas, fazendo questão de perguntar da família de cada uma. O carisma do seu pai e a habilidade de encantar estranhos eram qualidades que costumava reservar para o trabalho, ainda que funcionasse bem em toda situação. Layla nunca tinha feito essa comparação antes, contudo era muito parecido com o jeito dela se relacionar. Quando julgou estar satisfeito, Peter se despediu com alertas. 

— Vou parar de incomodar vocês. - Blake suspirou alto de tristeza e Clementine deu uma cotovelada no seu ombro. - Tomem bastante cuidado enquanto estiverem no barco. Não quero ir buscar ninguém na baía. 

— Tchau, pai. 

A anfitriã aproveitou a libertação e saiu com as garotas escadas acima. Elas tagarelavam e espalharam roupas, maquiagens e biquinis pelo quarto. Layla vestiu uma mini saia de denim branco com padrão de rosas magenta e uma camiseta branca simples que deixava parte da barriga à mostra. Completou a roupa com óculos redondo branco e uma bolsa rosa felpuda, na qual colocou o biquíni. Parecia simples à primeira vista e Layla sabia que suas amigas estavam morrendo de vontade de comentar a respeito e nenhuma tinha coragem. Sentia-se confiante em uma roupa mais antiga e tinha programado uma troca de roupa dramática mais tarde.

— Vai encontrar seu namorado lá, Layla? - Perguntou Ravenna ao fechar uma saia vermelha na cintura. 

— Fred não pode vir dessa vez. Uma pena. Pelo menos, vai ser uma coisa mais nossa. Uma última festa de St. August.

Era uma mentira. Ela não convidou Fred, falou que tinham pedido daquele jeito. Não era um ambiente natural para ele e Layla só queria um dia como era antes. Em sua essência pura, sem se explicar na frente do seu namorado. 

— Sim, vamos fingir que não vamos nos ver em dezembro e várias outras vezes pelo resto da vida. - Clementine comentou, ácida em seu conjunto de regata e bermuda verde esmeralda. -  Vamos ver esse barco logo?

Carregando sacolas de roupas e decorações, elas finalmente apartaram no cais onde estava o barco. Era um iate à vela que os pais de Edward tinham comprado no início do ano. O casco era comprido, fino e verde brilhante. Era magnífico visto de perto. 

— Meninas! - Gritou Ed, que estava conversando com um homem de meia idade na frente do barco. - Cadê os biquínis? Era o único trabalho de vocês. 

— Único, claro. Você conjurou o almoço e as bebidas que estão lá dentro, convidou as pessoas e trouxe as decorações. - Layla tirou uma câmera mágica da bolsa. - Biquíni só depois das fotos. 

— Depois, durante, vamos conversar sobre isso. - Ed sorriu e apresentou o senhor, batendo nas suas costas. - Esse é o Maurice, nosso capitão hoje. 

Maurice fez um cumprimento silencioso e foi em direção a cabine. 

— Como os seus pais liberaram para você usar o barco? - Perguntou Blake, visivelmente impressionada. Essa era uma dúvida que estava circulando na cabeça de todas elas. - Ele é novinho. 

— Não sou eu que vou pilotar. O barco é nosso, a vaga na marinha está paga. Por que não usar?

Elas não contradisseram o raciocínio. Após pendurar as decorações na área interna, Layla e Elsie sentaram nos sofás do deck com coquetéis na mão. Os móveis eram quadrados e embutidos no piso contornando uma mesa de centro. As outras meninas e Edward conversavam mais para frente, sentados nas almofadas usadas para tomar sol. 

— Vamos brindar você, amiga. - Disse Elsie, batendo as taças juntas. - A festa ficou linda e sei que, não importa o que você decida fazer, se dará muito bem. 

—  Na verdade, eu decidi o que vou fazer. 

Elsie pareceu surpresa e ia fazer mais perguntas quando um grupo de convidados chegou, entre eles Brendon, Julian e Christopher. A lista deveria ser restrita a 20 pessoas por conta do tamanho do barco, completando com alguns atletas da escola que andavam com os meninos, amigos mais velhos e três calouras bonitas que Layla gostava. Ela tinha reservas da festa ficar chata com apenas eles e fez vista grossa ao ver acompanhantes que não convidou, sabendo que tinha organizado comida o suficiente para 25 pessoas. 

O barco zarpou e eles aproveitaram o trajeto de meia hora até uma parte bonita da costa em que permaneceu atracado. O caminho inclui um desvio pelas ilhas mais próximas. Enquanto na área de costa de Berwick-upon-Tweed, eles só conseguiam ver um campo de golfe, as ilhas eram rochosas ou unidades de preservação natural com vegetações baixas. O sol batia quente nas suas costas e Layla se sentiu em paz. 

As coisas foram acontecendo rápido. Os amigos tiraram muitas fotos, em grupo, sozinhos, em casal. Clementine organizou os pratos de comida para o almoço, dividindo a comida da melhor forma. Edward passou a refeição inteira tentando reconquistar Layla, com investidas pouco sutis. Ela e Blake dançaram em cima da mesa. Brendon e Thomas ganharam de todos no poker, anotando dívidas escandalosas em pergaminhos. Depois de Ravenna jogar Christopher na água de roupa por quebrar uma garrafa vazia de vodka, todos colocaram a roupa de banho. Layla e Clementine pularam na água primeiro, sob os gritos de Brendon para ficar no seu campo de visão. Mesmo em um dia quente de verão, a água do mar continuava fria e ela boiou por poucos minutos até voltar para se secar. Por cima do biquíni branco, ajeitou o vestido azul claro acinturado sem mangas. Olhou no reflexo do vidro e viu que tinha atingido a estética arrumada sem esforço, com o vestido cor do mar e os cachos pretos molhados. Essa é quem ela era.

 

 

— O primo do Thomas perguntou de você mais cedo e Julian disse que você era a divindade de St. August. - Comentou Clementine ao ajudar ela a guardar as louças no final da noite. - Achei que Blake ia estrangular ele. 

— O elogio ia significar mais se Julian já também não tivesse dito hoje que Viktor Krum é o bruxo mais importante do século XX. E nós sabemos quem é a verdadeira deusa, ou melhor, rainha daquela escola. Eu sou só um rostinho bonito que sabe dar festas. 

A amiga passou uma pilha de pratos de cerâmica. 

— Até parece. Você entende esse lugar melhor que eu. Sempre vou ressentir essa cidade por alguma coisa, por me prender, por me chamar de volta. Berwick-upon-Tweed sente que você gosta dela de volta e te acolhe com graça. Filha pródiga. 

Layla caiu no riso. 

— Esse é o meu ponto, deusa. Quem fala desse jeito? Cala boca, Mimi.


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Notas finais do capítulo

Espero ter deixado vocês curiosos para o próximo capítulo, que já está ali do lado.
Beijinhos.



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