Durante as aulas... escrita por Sarah


Capítulo 1
O (crush) inconveniente


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :3



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Ela mal via a hora que aquela tortura, também conhecida como aula de português, acabasse.

Não que a aula em si estivesse ruim, afinal, era só a explicação de um conteúdo que, francamente falando, ela já sabia de cor. Então, como não havia nada para fazer, ela ficava só observando as discussões intermináveis sobre poesias e poemas e também o desespero da nova professora, que tentava inutilmente enfiar qualquer conhecimento nas cabeças lerdas de seus alunos lerdos, o que era até um pouco divertido, na verdade.

O único problema, e só podia ser esse o problema, era ele.

Aquele ser idiota, imbecil, ridículo, estúpido, absolutamente detestável e, para sua eterna infelicidade, sua nova quedinha.

Quedinha, sim. Nada de verbos como gostar, apaixonar e menos ainda amar. Era apenas uma quedinha insignificante pelo garoto mais babaca da sala, e ao mesmo tempo o garoto mais legal da sala... Certo, ela admitia que talvez, e só talvez mesmo, essa quedinha fosse um pouco mais do que uma pequena e simples quedinha, talvez fosse uma quedinha um pouco maior do que um penhasco...

Seu Cupido tinha um sério problema com alucinógenos, era a única explicação lógica para ela sempre acabar gostando do ser mais idiota da sala. Não importava onde a garota fosse, sempre dava um jeito de identificar o ser mais idiota do lugar e acabar gostando dele.

Mas dessa vez ela estava decidida a não demonstrar absolutamente nada. Nada mesmo. E depois, como próximo passo, iria achar o seu Cupido e se livrar dele. De algum jeito.

Mas enquanto isso, ela era obrigada a ficar ali, vendo ele se agarrar a uma garota qualquer, enquanto lhe lançava olhares debochados, como se a desafiasse a fazer alguma coisa para impedir toda aquela agarração (que nem era tanto assim, admitia para si mesma).

Sua vontade era de levantar-se do seu lugar, empurrar aquela garota oferecida (que na verdade não era oferecida e até que era simpática) para bem longe dele, para que só ela e mais ninguém acariciasse aquele cabelo castanho que parecia ser tão macio e...

Foco, criatura! Não vá fazer nenhuma besteira!

Ótimo, agora tinha que brigar com ela mesma, mentalmente. Tudo isso por culpa daquele imbecil. Logo, ela estaria gritando para si mesma, pelos corredores daquela escola, que já parecia um pouco (muito) com um hospício.

Voltou a prestar atenção na aula, os gritos desesperados da professora faziam sua cabeça doer. Não aguentava mais aquele conteúdo. Não conseguia prestar atenção na aula. Não conseguia parar de olhar na direção do casalzinho.

Então, como se alguma força divina tivesse finalmente se apiedado dela, o sinal tocou, os libertando finalmente daquela escola/hospício.

Simplesmente jogou suas coisas dentro da mochila, e saiu correndo da sala, tentando não pensar no sorriso vitorioso que ele lhe lançara pouco antes do sinal tocar, porque claro, ele tinha que saber que ela gostava dele.


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